Literatura Portuguesa

Introdução

O papel da literatura é determinante na formação dos alunos, na vertente da experiência estética e na do crescimento pessoal e interpessoal. A disciplina de Literatura Portuguesa proporciona o desenvolvimento e aprofundamento da competência literária adquirida na formação geral, em Português, favorecendo um envolvimento informado e pessoal dos alunos com o texto literário, em geral, e português, em particular.

Fazem parte das finalidades desta disciplina o fortalecimento dos hábitos de leitura de obras de reconhecido mérito da Literatura Portuguesa, a promoção da leitura autónoma e crítica, a formação de leitores com critérios de apreciação literária consistentes, a reflexão acerca do papel de cada indivíduo como cidadão integrado numa determinada comunidade mas que se relaciona de modo construtivo com outras pessoas de outras culturas, através do contacto com tradições literárias diferentes da portuguesa, o desenvolvimento da criatividade, através da sensibilização estética e artística.

Em anexo, encontra-se o quadro de referências literárias para o ano inicial de Literatura Portuguesa.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
LEITURA LITERÁRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar textos literários, com recurso a metalinguagem adequada e a estratégias de análise de texto.

Demonstrar a organização interna e externa do texto.

Explicitar tema(s), ideias principais, pontos de vista.

Inferir sentidos a partir da análise dos recursos expressivos presentes no texto.

Reconhecer características estéticas e formais de obras e autores de diferentes épocas e géneros: lírica galego-portuguesa; Livros de Linhagens, crónicas de Fernão Lopes; lírica camoniana; Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro; Peregrinação, de Fernando Mendes Pinto; teatro de António José da Silva; poesia de Boacage.

Contextualizar textos literários de vários géneros e autores.

Mobilizar para a interpretação textual os conhecimentos adquiridos sobre as características de textos literários de diferentes géneros.

Compreender o significado das influências sociais e históricas sobre a escrita e o leitor.

Comparar textos da mesma época e de épocas diferentes em função de temas, ideias, valores e marcos históricos e culturais.

Relacionar a literatura com outras formas de arte e outros produtos culturais da atualidade, descobrindo a especificidade da experiência estética e da fruição individual que dela decorrem.

Compreender a literatura nas suas dimensões social, cultural, pessoal e ética.

Desenvolver um projeto individual de leitura.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Exercícios de leitura expressiva.

Leitura e interpretação de texto.

Leitura analítica e crítica.

Análise de intertextualidades.

Leitura comparativa.

Pesquisa histórica.

Pesquisa sobre temas da História das Artes Visuais.

Trabalho de projeto.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ESCRITA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Planificar o texto, selecionando informação relevante para a sua adequação à situação comunicativa e aos objetivos da escrita.

Organizar, por escrito, informação relevante para a produção de texto, através de procedimentos adequados ao registo e ao tratamento da informação.

Escrever textos com marcas específicas dos vários géneros, apreendidos na leitura e no contexto escolar, vocacionados para a elaboração de conhecimentos e análise crítica (resumos, resenhas, comentários).

Produzir textos críticos com base na comparação de obras lidas com outros textos (literários ou não) e com outras manifestações estéticas.

Produzir textos que reflitam um ponto de vista estético e literário sobre as obras lidas com base na experiência de leitura crítica.

Adequar, em tarefas de produção escrita, efeitos estéticos e retóricos à intenção e ao destinatário ou público-leitor.

Respeitar os requisitos do trabalho intelectual na produção e divulgação de textos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Escrita expressiva e lúdica.

Escrita para apropriação de técnicas e modelos.

Relatórios de leitura.

Diários de leitura.

Resumos.

Comentários.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Organizador
ORALIDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Participar de forma segura e autónoma em situações de comunicação oral, exprimindo reações e pontos de vista sobre leituras realizadas.

Produzir textos orais em situações formais de comunicação (exposições orais, intervenções em debates e em diálogos argumentativos) com respeito pelas características do género em causa e pelos princípios de cooperação e cortesia.

Utilizar metalinguagem adequada à interpretação e análise do texto.

Partilhar experiências de leitura sob o ponto de vista estético e literário.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Exposições orais.

Debates sobre temas da literatura.

Mesas redondas.

Tertúlias.

Palestras.

Exposições orais orientadas, a partir de documentários e filmes relacionados com as obras em estudo.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Anexos

Módulo inicial

A. Aferição de competências essenciais

B. Projeto Individual de Leitura

  • Seleção das obras
  • Discussão de estratégias
  • Definição dos métodos de trabalho
  • Apresentação dos critérios de avaliação
  • Calendarização
     

Módulo 1 – Poesia e prosa medievais

Poesia

Lírica e sátira galego-portuguesas

Prosa

Livros de Linhagens (um excerto)

Fernão Lopes – Crónica de El-rei D.Pedro (excertos) OU Crónica de El-rei D.João I (excertos) (ciclos de capítulos com coerência narrativa)

Módulo 2 – Do Renascimento ao Pré-Romantismo (O(s) docente/discentes seleciona(m) 4 itens, sendo um deles obrigatoriamente a poesia camoniana)

Poesia

Camões – redondilhas, sonetos, uma canção

Bocage – poemas

Texto de teatro

Gil Vicente – Inês Pereira OU Lusitânia ou Dom Duardos * (tradução de Mário Barradas e Margarida Vieira Mendes, 1996, Ed.Cotovia)

António José da Silva – Guerras do Alecrim e Mangerona

Prosa

Bernardim Ribeiro – Menina e Moça (excertos)

Fernão Mendes Pinto – Peregrinação (excertos)

Padre António Vieira – Sermão da Sexagésima (excertos)

Latim A

Introdução

Num perfil de base humanista em que o conhecimento é fundamental, em que o saber é valorizado, considerando, nomeadamente, que “toda a ação deve ser sustentada por um saber sólido e robusto”, formando um cidadão “capaz de pensar crítica e autonomamente” e “apto a continuar a aprendizagem ao longo da vida”, como preconizado no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (pp. 13 e 15), a disciplina de Latim A desempenha um papel essencial na formação do cidadão de hoje e do futuro. Na verdade, pela sua especificidade, levando ao contacto com um passado cujos valores humanos são permanentes, à reflexão sobre a língua que obriga a uma melhor estruturação do pensamento e reforça a competência comunicativa, o Latim promove uma análise e uma reflexão que permitem o relacionamento de culturas e saberes, pontos importantes para a construção do perfil do jovem à saída da escolaridade obrigatória. Valorizando a articulação do presente com o passado, partindo da observação do mundo em que vivemos para a procura das nossas raízes histórico culturais, o estudo dos temas de cultura e civilização permite a compreensão e explicação de muito do nosso quotidiano, nos costumes, na língua, na civilização em geral.

O estudo da língua latina, sendo ainda uma iniciação, vai permitir, pela relação com o Português, uma melhor compreensão e aprendizagem da língua materna, pela reflexão a que conduz (nomeadamente na estrutura frásica e textual, no conhecimento do vocábulo e da sua especificidade semântica), contribuindo para uma competência comunicativa fundamentada, que se reflete nas diferentes áreas do saber, das línguas às ciências, da filosofia às mais variadas artes e à literatura de todos os tempos. E ainda, porque o conhecimento da língua latina ajuda a enriquecer o corpus lexical da língua portuguesa, tem repercussões em todas as atividades do aluno, escolares e extraescolares, preparando um cidadão ativo, conhecedor e linguisticamente competente.

Reduzindo à essencialidade o Programa e as Metas Curriculares em vigor, definem-se concretamente as questões de civilização e cultura e especificam-se as aprendizagens da língua, retirando o estudo exaustivo das questões gramaticais.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Civilização e Cultura
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a presença da herança cultural da antiguidade clássica em diversos domínios da civilização ocidental.

Identificar a presença da língua latina e da cultura clássica no quotidiano:

  • em expressões de uso corrente;
  • nas marcas de diversos produtos;
  • na imprensa;
  • na publicidade.

Conhecer lendas e mitos greco-latinos.

Identificar a presença da mitologia na literatura portuguesa.

Conhecer a lenda da fundação de Roma e a sua relação com a história e a localização estratégica da cidade.

Conhecer a história dos primeiros tempos de Roma:

  • os reis e os feitos atribuídos a cada reinado;
  • a expansão e o desenvolvimento da cidade.

Conhecer e explicitar os principais aspetos da religião romana, distinguindo:

  • o culto público e o culto privado;
  • as divindades e os seus atributos;
  • a relação entre os homens e os deuses;
  • as práticas de interpretação da vontade dos deuses.

Conhecer aspetos da vida familiar dos Romanos, no que respeita a:

  • organização da família;
  • rituais de nascimento, casamento, morte;
  • alimentação;
  • vestuário;
  • habitação.

Relacionar o presente com o passado, interpretando todo o legado civilizacional.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimentos, de informação, de espírito critico, reflexão e memorização, por exemplo:

  • recolha de informação;
  • análise e interpretação de textos;
  • exercícios de aplicação e memorização;
  • tarefas de compreensão e consolidação;
  • tarefas de síntese;
  • elaboração de esquemas;
  • observação do presente e aplicação dos conhecimentos adquiridos;
  • relacionação do presente com o passado;
  • análise de factos, debate de ideias, argumentação;
  • confronto de ideias e interpretações dos factos;
  • uso de diferentes modalidades para expressar as aprendizagens;
  • interpretação de representações artísticas;
  • trabalhos de grupo.

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimentos, de informação, reflexão, memorização e aplicação em novas situações, por exemplo:

  • reflexão sobre a relação da língua latina com outras línguas;
  • identificação das raízes comuns;
  • discussão sobre a identidade europeia;
  • relacionação da história contemporânea com a Antiguidade;
  • confronto de diferentes culturas;
  • questionamento linguístico, com base nas raízes da língua;
  • organização e estrutura de textos;
  • crítica fundamentada de textos de diversos tipos;
  • autonomia no estudo e resolução de problemas.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, I)

Criativo (A, C, D)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, I)

Comunicador (A, B, D, E, H, J)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
A língua e o texto
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Ler textos latinos de acordo com a pronúncia clássica, aplicando as regras de acentuação e de quantidade vocálica e silábica.

Conhecer a morfologia, no que se refere a:

  • nomes (as cinco declinações);
  • adjetivos; graus dos adjetivos (os regulares e os irregulares bonus, malus, magnus e paruus);
  • pronomes/determinantes: o possessivo; o demonstrativo is, ea, id; o relativo, e o interrogativo;
  • os pronomes pessoais;
  • os numerais cardinais e ordinais;
  • o verbo, identificando radical, tema, característica e desinência:
    • a flexão verbal: infectum e perfectum;
    • modo indicativo, imperativo (presente) e infinitivo (presente);
    • voz ativa e voz passiva;
    • particípio presente; supino; particípio perfeito;
    • as quatro conjugações temáticas;
    • o verbo esse e seus derivados (possum, desum, absum, prosum).
  • advérbios : de tempo, de lugar, de modo, de negação, interrogativo e relativo;
  • partículas interrogativas : -ne, num e nonne;
  • preposições : in, a/ab, e/ex, de, cum, per, inter;
  • conjunções : coordenativas (copulativas e adversativas); subordinativas (temporais e causais).

Relacionar a morfologia e a sintaxe, na análise textual e frásica, identificando:

  • os constituintes da frase;
  • orações coordenadas copulativas e adversativas;
  • orações subordinadas adjetivas relativas;
  • orações subordinadas circunstanciais temporais e causais.

Adquirir um corpus lexical que permita compreender o sentido global de um texto latino de dificuldade média.

Compreender e interpretar frases e textos latinos, aplicando os conhecimentos de língua e de cultura.

Traduzir um texto latino para português, obedecendo à estrutura de uma e outra língua.

Relacionar a língua latina com a língua portuguesa, nomeadamente em questões de etimologia e de evolução fonética e semântica.

Inglês

Introdução

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Nos domínios da linguagem, informação e comunicação, promove o conhecimento de uma metalinguagem facilitadora da aquisição de outras línguas, desenvolve a capacidade de pesquisa e validação de informação e alarga a competência de comunicação e interação com o outro, mobilizando tipologias de atividades, projetos e recursos diversos. Potencia, ainda, situações e experiências que estimulam competências cognitivas tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade na gestão de projetos e resolução de problemas. Traduz-se, também, na construção de uma identidade própria de cidadão global na relação com os outros, alicerçada em atitudes e valores, tais como o respeito pelo outro e, no âmbito específico da língua inglesa, pela cultura anglo-saxónica, bem como pelas outras culturas no mundo, a responsabilidade e a cooperação entre indivíduos e povos com repercussões individuais e coletivas. Neste sentido, os alunos irão mobilizar saberes das várias áreas do conhecimento na consecução de trabalhos individuais e em grupo, integrando transversalmente conteúdos de diferentes áreas disciplinares, conforme a gestão curricular decidida em conselho de turma, com base nos documentos orientadores do Agrupamento de Escolas ou de Escola não agrupada.

As Aprendizagens Essenciais de Inglês têm em conta a análise dos documentos curriculares em vigor para a disciplina, nomeadamente os Programas e o “Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas” (QECR, Conselho da Europa, 2001), documentos de referência para a docência da disciplina. Os exemplos de Leitura (R), Compreensão oral (LC), Interação oral (SI), Produção oral (SP), Escrita (W) e Domínio intercultural (ID) remetem para os descritores referentes a cada ano de escolaridade.

Em relação ao Inglês 10.º ano (B1.1/B1.2), o aluno deve ser capaz de: compreender as questões principais, quando é usada uma linguagem clara e estandardizada e os assuntos são do seu conhecimento (temas abordados na escola, nos momentos de lazer, etc.); lidar com a maioria das situações que lhe são familiares; produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos correntes ou de interesse pessoal; descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como expor, de forma breve, razões e justificações para uma opinião ou um projeto (Adaptado do QECR, Escala Global, Nível B1.1/B1.2: Utilizador Independente; Conselho da Europa, 2001). 

As Aprendizagens Essenciais referentes aos anos de aprendizagem do Inglês no ensino secundário correspondem aos seguintes níveis do QECR:

Ensino Secundário
10.º ano de escolaridade B1.1/B1.2
11.º ano de escolaridade B2
12.º ano de escolaridade B2.1/B2.2

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  1. Um Mundo de Muitas Línguas: Cyber friends, Internet, música, intercâmbios, programas comunitários.
  2. O Mundo Tecnológico: A inovação tecnológica e as mudanças sociais.
  3. Os Media e a Comunicação Global: A Internet e a comunicação global, a comunicação e a ética.
  4. Os Jovens na Era Global: Os jovens de hoje e do futuro.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias de aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção de informação pertinente;
  • organização sistematizada de leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso do saber, bem como a mobilização do aprendido;
  • estabelecimento de relações intradisciplinares e interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/culto/ informado (A, B, G, I, J)

Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Compreender um discurso fluido e seguir linhas de argumentação dentro das áreas temáticas apresentadas, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos em outras disciplinas.

Compreensão escrita

Ler e compreender diversos tipos de texto, dentro das áreas temáticas apresentadas, recorrendo, de forma adequada, à informação visual disponível; identificar o tipo de texto; descodificar palavras-chave/ideias presentes no texto, marcas do texto oral e escrito que introduzem mudança de estratégia discursiva, de assunto e de argumentação; interpretar informação explícita e implícita, pontos de vista e intenções do(a) autor(a).

Interação oral

Interagir, pedindo clarificação, reformulação e/ou repetição e usar formas alternativas de expressão e compreensão, recorrendo à reformulação do enunciado para o tornar mais compreensível; interagir com eficácia progressiva, participando em discussões, no âmbito das áreas temáticas.

Interação escrita

Responder a um questionário, email, chat e carta, de modo estruturado, atendendo à sua função e destinatário, no âmbito das áreas temáticas apresentadas, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos em outras disciplinas.

Produção oral

Exprimir-se de forma clara sobre as áreas temáticas apresentadas; produzir, de forma simples e breve mas articulada, enunciados para descrever, narrar e expor informações e pontos de vista.

Produção escrita

Planificar e elaborar uma atividade de escrita de acordo com o tipo e função do texto e o seu destinatário, dentro das áreas temáticas apresentadas, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos em outras disciplinas; reformular o trabalho escrito no sentido de o adequar à tarefa proposta.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • na formulação de hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • na apresentação de situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • na criação de alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • na criação de um objeto, texto ou solução face a um desafio;
  • na análise de textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • no uso de modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens, esquemas);
  • na apresentação de soluções estéticas criativas pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo na:

  • mobilização do discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos rebater os contra-argumentos);
  • organização de debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análise de factos ou dados;
  • discussão de conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • análise de textos com diferentes pontos de vista e confronto de argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • problematização de situações;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • registo seletivo;
  • organização (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaboração de planos gerais, esquemas;
  • promoção do estudo autónomo, identificando os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação unidirecional e bidirecional;
  • ações de resposta, apresentação, questionamento e iniciativa.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • questionamento de uma situação;
  • elaboração de questões para os pares, sobre temas diversificados;
  • autoavaliação.
Descritores do Perfil dos alunos

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Questionador (A, F, G, I, J)

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer realidades interculturais distintas

Desenvolver a consciência do seu universo sociocultural e como este se relaciona com os universos culturais dos outros; relacionar a sua cultura de origem com outras culturas com que contacta, relativizando o seu ponto de vista e sistema de valores culturais, demonstrando capacidade de questionar atitudes estereotipadas perante outros povos, sociedades e culturas. 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação ou argumentação de pontos de vista diferentes;
  • respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões;
  • confronto de ideias e perspetivas distintas sobre a abordagem de um dado problema e ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador da diferença/do outro (A, B, E, F, H)

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comunicar eficazmente em contexto

Adaptar o discurso ao registo do interlocutor, utilizando vocabulário e expressões idiomáticas correntes, assim como estruturas frásicas diversas.

Colaborar em pares e em grupos

Participar em atividades de par e grupo, revelando inteligência emocional em situações conhecidas; interagir com o outro, pedindo clarificação e/ou repetição, aceitando feedback construtivo para atingir o objetivo proposto.

Utilizar a literacia tecnológica para comunicar e aceder ao saber em contexto

Comunicar online a uma escala local, nacional e internacional; demonstrar progressivamente autonomia na pesquisa, compreensão e partilha dos resultados obtidos, utilizando fontes e suportes tecnológicos; contribuir para projetos de grupo interdisciplinares.

Pensar criticamente

Relacionar vários tipos de informação, sintetizando-a de modo lógico e coerente, com apresentação de pontos de vista e opiniões, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos em outras disciplinas.

Relacionar conhecimentos de forma a desenvolver criatividade em contexto

Relacionar o que ouve, lê e produz com o seu conhecimento e vivência pessoal, recorrendo ao pensamento crítico e criativo; elaborar trabalhos criativos sobre vários assuntos relacionados com as áreas temáticas apresentadas e interesses pessoais.

Desenvolver o aprender a aprender em contexto e aprender a regular o processo de aprendizagem

Avaliar os seus progressos como ouvinte/leitor, integrando a avaliação realizada de modo a melhorar o seu desempenho; demonstrar uma atitude proativa perante o processo de aprendizagem, mobilizando e desenvolvendo estratégias autónomas e colaborativas, adaptando-as de modo flexível às exigências das tarefas e aos objetivos de aprendizagem; reformular o seu desempenho oral e escrito de acordo com a avaliação obtida; realizar atividades de auto e heteroavaliação, tais como portefólios, diários e grelhas de progressão de aprendizagem.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para a:

  • identificação dos pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrição dos processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • melhoria ou aprofundamento de saberes, tendo em consideração o feedback dos pares e do professor;
  • reorganização do trabalho, individual ou em grupo, a partir do feedback dado pelo professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno de:

  • colaboração e apoio aos pares em diversas tarefas;
  • prestação de feedback para melhoria ou aprofundamento de ações.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • consciencialização e cumprimento de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • cumprimento de compromissos, contratualização de tarefas;
  • apresentação de trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • prestação de feedback ao professor e aos pares do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com os pares nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização/atividades de entreajuda;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si mesmo;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

História A

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História A identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que os alunos do Curso de Línguas e Humanidades devem atingir com a aprendizagem da História no Ensino Secundário. A sua definição tem como objetivo assegurar aos jovens formações sólidas, orientadas para o desenvolvimento de competências com elevado grau de transferência que possibilitem a aprendizagem ao longo da vida e desempenhos adequáveis a novas situações, seja o prosseguimento de estudos ou a inserção no mercado de trabalho.

O objeto e o método próprios da disciplina de História A tornam-na importante para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: recorrendo à multiperspetiva e a comparações entre realidades espácio-temporais distintas, o aluno adquire a compreensão do mundo em que vive e uma consciência histórica que lhe permite assumir uma posição informada e participativa na construção da sua identidade individual e coletiva, numa perspetiva humanista; um método que valoriza a análise exaustiva de fontes diversificadas promove o desenvolvimento de uma perspetiva crítica, possibilitando a desconstrução de informação, identificando o erro e a ilusão, promovendo uma intervenção consciente e democrática na vida coletiva.

As AE constituem orientação curricular para efeitos de planificação, realização e avaliação e susbstituem o que no programa é enunciado como “conteúdo de aprofundamento” e “conceitos/noções estruturantes”. Estabelecem o conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes que se considera ser essencial que os alunos adquiram ao longo do processo de ensino aprendizagem, mas não esgotam de forma alguma o que pode ser lecionado e apreendido, considerando que o programa continua em vigor.

No Curso de Línguas e Humanidades, a História A é a disciplina obrigatória e estruturante da formação específica, abrangendo os três anos do ensino secundário. Nesta perspetiva, e pressupondo-se a necessidade de mobilizar as aprendizagens do ensino básico, este documento estrutura-se em torno de quatro eixos organizadores:

  • valorização do conhecimento histórico decorrente de uma construção rigorosa que resulta da confrontação de fontes e de hipóteses;
  • opção pela abordagem de aspetos significativos da evolução da humanidade, integrando linhas de reflexão problematizadoras das relações entre o passado e o presente;
  • aquisição de referentes seguros que possibilitem a compreensão das grandes questões nacionais e dos problemas decorrentes da globalização;
  • opção por uma pedagogia que envolve os alunos na construção do conhecimento, permitindo o aprofundamento de determinados temas, a mobilização de componentes locais para a construção do currículo e as explorações interdisciplinares.

Ao assumir o Perfil dos Alunos como documento enquadrador do currículo, as opções tomadas para a definição das Aprendizagens Essenciais pressupõem o desenvolvimento de competências, próprias do conhecimento histórico, em sintonia com as áreas identificadas naquele documento:

Pesquisar, de forma autónoma mas planificada, em meios diversificados, informação relevante para assuntos em estudo, manifestando sentido crítico na seleção adequada de contributos (A; B; C; D; F; I)

Analisar fontes de natureza diversa, distinguindo informação, implícita e explícita, assim como os respetivos limites para o conhecimento do passado; (A; B; C; D; F; I)

Analisar textos historiográficos, identificando a opinião do autor e tomando-a como uma interpretação suscetível de revisão em função dos avanços historiográficos; (A; B; C; D; F; I)

Utilizar com segurança conceitos operatórios e metodológicos da disciplina de História; (C; D; F; I) Situar cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes, relacionando-os com os contextos em que ocorreram; (A; B; C; D; F; I)

Identificar a multiplicidade de fatores e a relevância da ação de indivíduos ou grupos, relativamente a fenómenos históricos circunscritos no tempo e no espaço; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Situar e caracterizar aspetos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Relacionar a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e analogias/especificidades, quer de natureza temática quer de âmbito cronológico, regional ou local; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Mobilizar conhecimentos de realidades históricas estudadas para fundamentar opiniões, relativas a problemas nacionais e do mundo contemporâneo, e para intervir de modo responsável no seu meio envolvente; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Problematizar as relações entre o passado e o presente e a interpretação crítica e fundamentada do mundo atual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Elaborar e comunicar, com correção linguística e de forma criativa, sínteses de assuntos estudados; (A; B; C; D; F; I; J)

Manifestar abertura à dimensão intercultural das sociedades contemporâneas; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Desenvolver a capacidade de reflexão, a sensibilidade e o juízo crítico, estimulando a produção e a fruição de bens culturais; (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J)

Desenvolver a autonomia pessoal e a clarificação de um sistema de valores, numa perspetiva humanista; (A, B, C, D, E, F, G, H, I)

Desenvolver a consciência da cidadania e da necessidade de intervenção crítica em diversos contextos e espaços. (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J) 

Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade: étnica, ideológica, cultural, sexual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)

No ensino básico os alunos adquiriram uma visão genérica da evolução das sociedades e a factologia essencial, especialmente no que respeita à história de Portugal. Num entendimento de sequencialidade entre aquele ciclo e o ensino secundário propõe-se, no 10.º ano de escolaridade, um estudo mais aprofundado das matrizes culturais clássicas e medievais da civilização europeia e das mutações que caracterizam os séculos XV e XVI, relacionando a história nacional com a história europeia e mundial, entendida ora na sua singularidade ora como exemplo da evolução mais geral.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
RAÍZES MEDITERRÂNICAS DA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – CIDADE, CIDADANIA E IMPÉRIO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O modelo ateniense

Demonstrar que a polis ateniense se constituiu como um centro politicamente autónomo onde se desenvolveram formas restritas de participação democrática.

O modelo romano

Justificar a extensão do direito de cidadania romana enquanto processo de integração;

Distinguir formas de organização do espaço nas cidades do Império tendo em conta as suas funções cívicas, políticas e culturais;

Analisar a relevância do legado político e cultural clássico para a civilização ocidental, nomeadamente ao nível da administração, da língua, do direito, do urbanismo, da arte e da literatura;

Distinguir os instrumentos de aculturação usados no processo de romanização da Península Ibérica;

Identificar/aplicar os conceitos: urbe; império; cidadão; Direito; urbanismo; romanização; civilização; época clássica.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

Selecionar fontes históricas fidedignas e de diversos tipos;

Recolher e selecionar dados de fontes históricas para a análise de assuntos e temáticas em estudo;

Organizar, de forma sistematizada e autónoma, a informação recolhida em fontes históricas;

Estudar de forma autónoma e sistematizada;

Analisar factos, teorias e situações, selecionando elementos ou dados históricos relevantes para o assunto em estudo;

Saber problematizar os conhecimentos adquiridos, de forma escrita e oral;

Utilizar a capacidade de memorização, associando-a à compreensão;

Estabelecer relações intra e interdisciplinares;

Valorizar o património histórico e natural, local, regional e europeu, este último numa perspetiva de construção da cidadania europeia.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

Formular hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico;

Mobilizar o conhecimento adquirido aplicando-o em situações históricas específicas, simples e complexas;

Propor alternativas de interpretação a um acontecimento, evento ou processo, problematizando-as;

Promover a multiperspetiva em História, num quadro de desenvolvimento pessoal e autónomo;

Usar meios diversos para expressar as aprendizagens, sabendo justificar a escolha desses meios;

Criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

Mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo de forma sistemática e autónoma;

Organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados históricos;

Organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História;

Organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos metodológicos da História;

Discutir conceitos, factos e processos históricos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar histórico;

Analisar diversos tipos de fontes históricas com diferentes pontos de vista, problematizando-os.

Promover estratégias que induzam ao respeito pela diferença e diversidade;

Aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;

Saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;

Confrontar ideias e perspetivas históricas distintas, respeitando as diferenças de opinião.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno: 

Planificar, sintetizar, rever e monitorizar;

Registar seletivamente informação recolhida em fontes históricas de diversos tipos;

Construir sínteses com base em dados recolhidos em fontes históricas analisadas;

Elaborar relatórios, obedecendo a critérios e objetivos específicos;

Elaborar planos específicos e gerais, assim como esquemas simples e complexos, estabelecendo cruzamento de informação;

Sistematizar, seguindo tipologias específicas acontecimentos e/ou processos históricos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

Colocar questões-chave cuja resposta abranja acontecimentos ou processos históricos;

Questionar os seus conhecimentos prévios.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

Comunicar uni, bi e multidirecionalmente;

Responder, apresentar;

Mostrar iniciativa.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

Questionar de forma organizada e sustentada o trabalho efetuado por si e pelos outros;

Autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;

Avaliar de forma construtiva as aprendizagens adquiridas, os comportamentos e atitudes dos outros;

Aceitar as críticas dos pares e dos professores, de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que induzam o aluno a:

Colaborar com os pares e professores no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;

Apoiar o trabalho colaborativo;

Intervir de forma solidária;

Ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;

Estar disponível para se autoaperfeiçoar.
 

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

Assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;

Assumir e cumprir compromissos;

Apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;

Dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Descritores do Perfil dos alunos

Indagador/ Investigador/ Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado/autónomo (A, B, C, D, H, I)

Criativo (A, B, C, D, F, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, F, I, H)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, C,D, E, F, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F)

Questionador (A, B, C, D, E, F, I)

Comunicador (A, B, C, D, E, F, I, J)

Autoavaliador e heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ cuidador de si e do outro (transversal às áreas)

Responsável/ autónomo (A, B, C, D, E, F, H, I)

Organizador
DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII A XIV – ESPAÇOS, PODERES E VIVÊNCIAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O espaço português

Reconhecer o cristianismo como matriz identitária europeia;

Analisar a extensão da rutura verificada na passagem da realidade imperial romana para a fragmentada realidade medieval, mais circunscrita ao local e ao regional;

Compreender que o senhorio constituía a realidade organizadora da vida económica e social do mundo rural, caracterizando as formas de dominação que espoletava;

Contextualizar a autonomização e independência de Portugal no movimento de expansão demográfica, económica, social e religiosa europeia;

Demonstrar a especificidade da sociedade portuguesa concelhia, distinguindo a diversidade de estatutos sociais e as modalidades de relacionamento com o poder régio e os poderes senhoriais;

Enquadrar os privilégios e as imunidades no exercício do poder senhorial;

Interpretar a afirmação do poder régio em Portugal como elemento estruturante da coesão interna e de independência do país;

Identificar/aplicar os conceitos: concelho; senhorio; vassalidade; imunidade; monarquia feudal; Cortes/parlamento; época medieval.

Organizador
Aumentar tamanho do título
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI

O alargamento do conhecimento do mundo

Reconhecer o papel dos portugueses na abertura europeia ao mundo e a sua contribuição para a síntese renascentista;

Demonstrar que o império português foi o primeiro poder global naval;

Reconhecer que o contributo português se baseou na inovação técnica e na observação e descrição da natureza, abrindo caminho ao desenvolvimento da ciência moderna;

Demonstrar que as novas rotas de comércio intercontinental promoveram a circulação de pessoas e produtos, influenciando os hábitos culturais à escala global;

Reconhecer que a prosperidade das potências imperiais se ficou também a dever ao tráfico de seres humanos, principalmente de África para as plantações das Américas;

Identificar/aplicar os conceitos: navegação astronómica; cartografia; experiencialismo; globalização.

A reinvenção das formas artísticas Identificar na produção cultural renascentista europeia e portuguesa as heranças da Antiguidade Clássica assim como as continuidades e ruturas com o período medieval;

Reconhecer a retoma renascentista da conceção antropocêntrica e da perspetiva matemática no urbanismo, na arquitetura e na pintura;

Analisar a expressão naturalista na pintura e na escultura;

Problematizar a produção artística em Portugal: do gótico-manuelino à afirmação das novas tendências renascentistas;

Desenvolver a sensibilidade estética, através da identificação e da apreciação de manifestações artísticas e/ou literárias do período renascentista; Identificar/aplicar os conceitos: Renascimento; humanista; antropocentrismo; classicismo; naturalismo; perspetiva; Manuelino.

A renovação espiritual e religiosa Interpretar a reforma protestante como movimento de humanização e individualização das crenças e a contrarreforma católica enquanto resposta aquela;

Caracterizar as principais igrejas reformadas;

Avaliar o impacto da reforma católica na sociedade portuguesa;

Identificar/aplicar os conceitos: Reforma; contrarreforma; heresia; dogma; sacramento; inquisição; época moderna; identidade.

Matemática A

Introdução

A disciplina de Matemática A destina-se aos Cursos Científico-Humanísticos de Ciências eTecnologias e de Ciências
Socioeconómicas.

As Aprendizagens Essenciais (AE) baseiam-se no programa e metas da disciplina para este ano de escolaridade homologados em 2014. Os detalhes das AE devem ser complementados com esses documentos. Os temas curriculares não identificados nas AE podem ser abordados pelos docentes no exercício da sua autonomia em consonância com o projeto educativo de cada Unidade Orgânica. As AE aprofundam as Orientações de Gestão curricular para o Programa e Metas Curriculares de Matemática A, publicadas na página da Direção-Geral da Educação em agosto de 2016, com as quais são totalmente compatíveis, enquadradas e articuladas com a orientação do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), assim como a experiência de três anos de lecionação do programa e metas.

As AE incluem os temas matemáticos de Funções e Geometria no 10.º ano, Funções, Geometria e Estatística no 11.º ano e Funções, Probabilidades e Números Complexos no 12.º ano. O papel relevante da Estatística na sociedade atual justifica a integração de alguns dos seus conteúdos essenciais e a extensão do programa e metas motiva a sua abordagem apenas no 11.º ano. Em termos gerais, na definição das AE, foi feita a opção de sugerir o estudo de alguns temas em anos posteriores ao previsto no programa, mas nunca em anos anteriores, com o objetivo de facilitar a utilização do manual por parte de professores e alunos.

As AE assumem a Lógica e a Teoria de Conjuntos como temas transversais e colocam no mesmo patamar de relevância a Resolução de Problemas, a História e a Modelação Matemáticas.

Para cada tema matemático, as AE formam um todo constituído por conteúdos, objetivos e práticas interrelacionados. Os objetivos concretizam essas aprendizagens relativas a cada conteúdo, incidindo sobre conhecimentos, capacidades e atitudes a adquirir e a desenvolver, e as práticas estabelecem condições que apoiam e favorecem a consecução desses objetivos.

A aquisição e o desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes, e a sua mobilização em contextos matemáticos e não matemáticos são objetivos essenciais associados aos conteúdos de aprendizagem de cada tema matemático. Estes objetivos essenciais, definidos em termos de capacidades e de atitudes, devem ser valorizados com igual importância relativamente aos conteúdos e favorecem uma aproximação aos conceitos matemáticos.

Estas AE são enquadradas e articuladas no e com o PA, tendo em vista a sua consecução. No que particularmente se refere às aprendizagens dos alunos associadas às áreas de competências aí definidas, seja nas áreas (a), (b), (c), (d) e (i), intrinsecamente relacionadas com temas, processos e métodos matemáticos, seja nas restantes áreas, (e), (f), (g), (h) e (j), a que a Matemática dá igualmente contributos essenciais. No entanto, pressupõe o recurso a práticas de trabalho autónomo, colaborativo e de caráter interdisciplinar. O trabalho em sala de aula deve contemplar a ligação a outras disciplinas, o ensino experimental e a realização de projetos com vista a promover um desenvolvimento integral dos estudantes de acordo com o PA.

Considera-se essencial que os professores diversifiquem as suas metodologias de ensino. Por um lado, assume-se que “o professor de matemática deve ser, primeiro que tudo, um professor de matematização, isto é, deve habituar o aluno a reduzir situações concretas a modelos matemáticos e, vice-versa, aplicar os esquemas lógicos da matemática a problemas concretos” (Sebastião e Silva). Por outro lado é preciso atender aos diferentes tipos de aluno pois, tal como um método de ensino não é suficiente para ensinar estudantes de variados níveis de desenvolvimento, uma única estratégia de ensino também não funciona em todos os problemas matemáticos. Por último, desenvolver competências matemáticas complexas pode requerer estratégias de ensino diferentes daquelas usadas para desenvolver competências matemáticas básicas.

Deve ter-se em atenção que não é indiferente o modo como se ensina matemática. Os estudantes devem ter oportunidades de descobrir, raciocinar, provar e comunicar matemática. Para isso é fundamental que os estudantes se envolvam em discussões e atividades estimulantes e que não se sobrevalorizem as competências procedimentais sem a compreensão dos princípios matemáticos subjacentes.

Desde o início do ensino secundário, a tecnologia deve ser usada de forma crítica e inteligente contribuindo para o desenvolvimento de novas competências associadas à área da programação que, nalguns países, estão já integradas nos programas de Matemática. A tecnologia é uma ferramenta cada vez mais presente na sociedade e no mercado de trabalho e também um recurso essencial no ensino, ajudando os alunos a perceber as ideias matemáticas, a raciocinar, a resolver problemas e a comunicar. Assim, a tecnologia gráfica deve estar presente, quer em contexto de sala de aula, quer em contexto de avaliação externa.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
GEOMETRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Geometria analítica no plano

Geometria analítica no espaço

Cálculo vetorial no plano e no espaço

  • Reconhecer o significado da fórmula da medida da distância entre dois pontos no plano em função das respetivas coordenadas;
  • Reconhecer o significado das coordenadas do ponto médio de um dado segmento de reta, da equação cartesiana da mediatriz de um segmento de reta, das equações e inequações cartesianas de um conjunto de pontos (incluindo semiplanos e círculos) e da equação cartesiana reduzida da circunferência;
  • Identificar Referenciais cartesianos ortonormados do espaço;
  • Reconhecer o significado das Equações de planos paralelos aos planos coordenados; Equações cartesianas de retas paralelas a um dos eixos; Distância entre dois pontos no espaço; Equação do plano mediador de um segmento de reta; Equação cartesiana reduzida da superfície esférica;Inequação cartesiana reduzida da esfera;
  • Reconhecer, analisar e aplicar na resolução de problemas: Norma de um vetor; Multiplicação de um escalar por um vetor e a sua relação com a colinearidade de vetores e com o vetor simétrico; Soma e diferença entre vetores; Propriedades das operações com vetores; Coordenadas de um vetor; Vetor-posição de um ponto e respetivas coordenadas; Coordenadas da soma e da diferença de vetores; Coordenadas do produto de um escalar por um vetor e do simétrico de um vetor; Relação entre as coordenadas de vetores colineares; Vetor diferença de dois pontos; Cálculo das respetivas coordenadas; Coordenadas do ponto soma de um ponto com um vetor; Cálculo da norma de um vetor em função das respetivas coordenadas; Vetor diretor de uma reta; Relação entre as coordenadas de um vetor diretor e o declive da reta; Paralelismo de retas e igualdade do declive;
  • Reconhecer, analisar e aplicar na resolução de problemas a generalização ao espaço dos conceitos e propriedades básicas do cálculo vetorial;
  • Reconhecer o significado e aplicar na resolução de problemas a equação vetorial de uma reta no plano e no espaço.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Estabelecer conexões entre diversos temas matemáticos e de outras disciplinas.
  • Introduzir a Lógica à medida que vai sendo precisa e em ligação com outros temas matemáticos promovendo uma abordagem integrada no tratamento de conteúdos pertencentes a outros domínios.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia nomeadamente para experimentar, investigar, comunicar, programar, criar e implementar algoritmos.
  • Utilizar a tecnologia para fazer verificações e resolver problemas numericamente, mas também para fazer investigações, descobertas, sustentar ou refutar conjeturas.
  • Utilizar a tecnologia gráfica, geometria dinâmica e folhas de cálculo, no estudo de funções e geometria.
  • Apreciar o papel da matemática no desenvolvimento das outras ciências e o seu contributo para a compreensão e resolução dos problemas da humanidade através dos tempos.
  • Enquadrar do ponto de vista da História da Matemática os conteúdos abordados que para o efeito se revelem particularmente adequados.
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos ou fomentem novas aprendizagens.
  • Comunicar, utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar procedimentos, raciocínios e conclusões.
  • Avaliar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D,

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da  diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
FUNÇÕES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Generalidades acerca de funções reais de variável real

Funções quadráticas, módulo e funções definidas por ramos

Polinómios

  • Reconhecer, representar e interpretar graficamente funções reais de variável real e funções definidas por expressões analíticas e usá-las na resolução de problemas e em contextos de modelação;
  • Reconhecer e interpretar as propriedades geométricas dos gráficos de funções e usá-las na resolução de problemas e em contextos de modelação;
  • Reconhecer e interpretar a paridade; as simetrias dos gráficos das funções pares e das funções ímpares; os intervalos de monotonia de uma função real de variável real; os extremos relativos e absolutos e usá-los na resolução de problemas e em contextos de modelação;
  • Reconhecer e interpretar os extremos, sentido das concavidades, raízes e a representação gráfica de funções quadráticas e usá-los na resolução de problemas e em contextos de modelação;
  • Reconhecer, interpretar e representar graficamente funções definidas por ramos e a função módulo e usá-los na resolução de problemas e em contextos de modelação;
  • Reconhecer e interpretar graficamente a relação entre o gráfico de uma função e os gráficos das funções a.f(x), f(b.x), f(x+c) e f(x)+d ,a,b,c e d números reais, a e b não nulos e usá-las na resolução de problemas e em contextos de modelação;
  • Reconhecer, identificar e aplicar na resolução de problemas a divisão euclidiana de polinómios e regra de Ruffini; a Divisibilidade de polinómios; o Teorema do resto; a Multiplicidade da raiz de um polinómio e respetivas propriedades.

 

História B

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História B destinam-se a alunos do Curso de Ciências Socioeconómicas dos Cursos Científico-Humanísticos, ou a alunos de outros cursos que, nos termos da legislação aplicável, optem por um percurso formativo próprio.

Identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que os alunos devem atingir com a aprendizagem da História no Ensino Secundário. A sua definição tem como objetivo assegurar aos jovens formações sólidas, orientadas para o desenvolvimento de competências com elevado grau de transferência que possibilitem a aprendizagem ao longo da vida e desempenhos adequáveis a novas situações, seja o prosseguimento de estudos ou a inserção no mercado de trabalho.

O objeto e o método próprios da disciplina de História B tornam-na importante para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: recorrendo à multiperspetiva e a comparações entre realidades espácio-temporais distintas, o aluno adquire a compreensão do mundo em que vive e uma consciência histórica que lhe permite assumir uma posição informada e participativa na construção da sua identidade individual e coletiva, numa perspetiva humanista; um método que valoriza a análise exaustiva de fontes diversificadas, direcionadas para a História Socioeconómica, promove o desenvolvimento de uma perspetiva crítica, possibilitando a desconstrução de informação, identificando o erro e a ilusão, promovendo uma intervenção consciente e democrática na vida coletiva.

As AE constituem orientação curricular para efeitos de planificação, realização e avaliação e substituem o que no programa é enunciado como “conteúdo de aprofundamento” e “conceitos/noções estruturantes”. Estabelecem o conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes que se considera ser essencial que os alunos adquiram ao longo do processo de ensino aprendizagem, mas não esgotam de forma alguma o que pode ser lecionado e apreendido, considerando que o programa continua em vigor.

A disciplina de História B frequentada, sobretudo, por alunos do Curso de Ciências Socioeconómicas, privilegia a história económica e social, embora foque a diversidade e as interrelações entre os planos político, institucional, económico, social, cultural e de mentalidade. A abordagem inicia-se no séc. XVI, altura em que a reflexão socioeconómica adquire autonomia.

Pressupondo-se a necessidade de mobilizar as aprendizagens do ensino básico, este documento estrutura-se em torno de quatro eixos organizadores:

  • valorização do conhecimento histórico decorrente de uma construção rigorosa que resulta da confrontação de fontes e de hipóteses;
  • opção pela abordagem de aspetos significativos da evolução da humanidade, integrando linhas de reflexão problematizadoras das relações entre o passado e o presente, priveligiando uma vertente socioeconómica;
  • aquisição de referentes seguros que possibilitem a compreensão das grandes questões nacionais e dos problemas decorrentes da globalização;
  • opção por uma pedagogia que envolve os alunos na construção do conhecimento, permitindo o aprofundamento de determinados temas, a mobilização de componentes locais para a construção do currículo e as explorações interdisciplinares.

Ao assumir o Perfil dos Alunos como documento enquadrador do currículo, as opções tomadas para a definição das Aprendizagens Essenciais pressupõem o desenvolvimento de competências, próprias do conhecimento histórico, em sintonia com as áreas identificadas naquele documento:

Pesquisar, de forma autónoma mas planificada, em meios diversificados, informação relevante para assuntos em estudo, manifestando sentido crítico na seleção adequada de contributos (A; B; C; D; F; I)

Analisar fontes de natureza diversa, distinguindo informação, implícita e explícita, assim como os respetivos limites para o conhecimento do passado; (A; B; C; D; F; I)

Analisar textos historiográficos, identificando a opinião do autor e tomando-a como uma interpretação suscetível de revisão em função dos avanços historiográficos; (A; B; C; D; F; I)

Utilizar com segurança conceitos operatórios e metodológicos da disciplina de História; (C; D; F; I)

Situar cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes, relacionando-os com os contextos em que ocorreram; (A; B; C; D; F; I)

Identificar a multiplicidade de fatores e a relevância da ação de indivíduos ou grupos, relativamente a fenómenos históricos circunscritos no tempo e no espaço; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Situar e caracterizar aspetos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Relacionar a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e analogias/especificidades, quer de natureza temática quer de âmbito cronológico, regional ou local; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Mobilizar conhecimentos de realidades históricas estudadas para fundamentar opiniões, relativas a problemas nacionais e do mundo contemporâneo, e para intervir de modo responsável no seu meio envolvente; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Problematizar as relações entre o passado e o presente e a interpretação crítica e fundamentada do mundo atual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Elaborar e comunicar, com correção linguística e de forma criativa, sínteses de assuntos estudados; (A; B; C; D; F; I; J)

Manifestar abertura à dimensão intercultural das sociedades contemporâneas; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Desenvolver a capacidade de reflexão, a sensibilidade e o juízo crítico, estimulando a produção e a fruição de bens culturais; (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J)

Desenvolver a autonomia pessoal e a clarificação de um sistema de valores, numa perspetiva humanista; (A, B, C, D, E, F, G, H, I)

Desenvolver a consciência da cidadania e da necessidade de intervenção crítica em diversos contextos e espaços. (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J)

Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade: étnica, ideológica, cultural, sexual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)

No ensino básico os alunos adquiriram uma visão genérica da evolução das sociedades e a factologia essencial, especialmente no que respeita à história de Portugal. Num entendimento de sequencialidade entre aquele ciclo e o ensino secundário, propõe-se, no 10.º ano de escolaridade, analisar os dinamismos económicos europeus nos séculos XVI a XVIII, do Antigo Regime à afirmação do Liberalismo, assim como as formas de expansão e disseminação assumidas pela ideologia liberal nos séculos XVIII e XIX e a caraterização da civilização industrial.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
DINAMISMOS ECONÓMICOS DA EUROPA NOS SÉCULOS XVI A XVIII
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Uma Europa a dois ritmos: predominância rural e dinamismo urbano: a fachada Atlântica – Lisboa, Sevilha e Antuérpia

Reconhecer no império português o primeiro poder global naval, destacando a sua componente comercial;

Demonstrar que as novas rotas de comércio intercontinental promoveram a circulação de pessoas e produtos, influenciando os hábitos culturais à escala global;

Compreender que a prosperidade das potências imperiais se ficou também a dever ao tráfico de seres humanos, principalmente de África para as plantações das Américas;

Analisar as transformações económicas ocorridas em Portugal nos séculos XVII e XVIII e a condição de subordinação das suas áreas coloniais;

Identificar/aplicar os conceitos: economia pré-industrial; crise demográfica; mercantilismo; bolsa de valores; capitalismo comercial; companhia monopolista; protecionismo; balança comercial; exclusivo colonial; comércio triangular.

A hegemonia económica britânica

Justificar a formação de um mercado nacional e o arranque industrial ocorridos em Inglaterra com a transformação das estruturas económicas;

Compreender que o agravamento das condições do mundo rural se relacionou com as crises económico-demográficas;

Explicar o carácter cíclico das crises, comparando crises do passado e crises atuais;

Contextualizar a afirmação de cidades potenciadoras de dinamismos económicos e sociais a nível regional, nacional e mundial – os exemplos de Londres e de Lisboa;

Reconhecer, nas práticas mercantilistas, modos de afirmação das economias nacionais;

Portugal no contexto da ascensão económica da Inglaterra

Analisar a forma como o estado português organizou as forças produtivas do reino e do Brasil;

Enquadrar as primeiras medidas mercantilistas, nomeadamente a instalação de manufaturas;

Analisar as questões levantadas com a aplicação do tratado de Methuen, nomeadamente as relacionadas com o desenvolvimento da política manufatureira;

Relacionar a política económica e social pombalina com a prosperidade comercial de finais do século XVIII.

Identificar/aplicar os conceitos: manufatura; enclosure; banco de depósito; mobilidade social; revolução industrial; mercado nacional; época moderna; crise.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

Selecionar fontes históricas fidedignas e de diversos tipos;

Recolher e selecionar dados de fontes históricas para a análise de assuntos e temáticas em estudo;

Organizar, de forma sistematizada e autónoma, a informação recolhida em fontes históricas;

Estudar de forma autónoma e sistematizada;

Analisar factos, teorias e situações, selecionando elementos ou dados históricos relevantes para o assunto em estudo;

Saber problematizar os conhecimentos adquiridos, de forma escrita e oral;

Utilizar a capacidade de memorização, associando-a à compreensão;

Estabelecer relações intra e interdisciplinares;

Valorizar o património histórico e natural, local, regional e europeu, este último numa perspetiva de construção da cidadania europeia.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

Formular hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico;

Mobilizar o conhecimento adquirido aplicando-o em situações históricas específicas, simples e complexas;

Propor alternativas de interpretação a um acontecimento, evento ou processo, problematizando-as;

Promover a multiperspetiva em História, num quadro de desenvolvimento pessoal e autónomo;

Usar meios diversos para expressar as aprendizagens, sabendo justificar a escolha desses meios;

Criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

Mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo de forma sistemática e autónoma;

Organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados históricos;

Organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História; Organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos metodológicos da História;

Discutir conceitos, factos e processos históricos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar histórico;

Analisar diversos tipos de fontes históricas com diferentes pontos de vista, problematizando-os.

Promover estratégias que induzam ao respeito pela diferença e diversidade;

Aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;

Saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;

Confrontar ideias e perspetivas históricas distintas, respeitando as diferenças de opinião.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

Planificar, sintetizar, rever e monitorizar;

Registar seletivamente informação recolhida em fontes históricas de diversos tipos;

Construir sínteses com base em dados recolhidos em fontes históricas analisadas;

Elaborar relatórios, obedecendo a critérios e objetivos específicos;

Elaborar planos específicos e gerais, assim como esquemas simples e complexos, estabelecendo cruzamento de informação;

Sistematizar, seguindo tipologias específicas acontecimentos e/ou processos históricos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

Colocar questões-chave cuja resposta abranja acontecimentos ou processos históricos;

Questionar os seus conhecimentos prévios.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

Comunicar uni, bi e multidirecionalmente;

Responder, apresentar;

Mostrar iniciativa.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

Questionar de forma organizada e sustentada o trabalho efetuado por si e pelos outros;

Autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;

Avaliar de forma construtiva as aprendizagens adquiridas, os comportamentos e atitudes dos outros;

Aceitar as críticas dos pares e dos professores, de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que induzam o aluno a:

Colaborar com os pares e professores no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;

Apoiar o trabalho colaborativo;

Intervir de forma solidária;

Ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;

Estar disponível para se autoaperfeiçoar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

Assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;

Assumir e cumprir compromissos;

Apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;

Dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Descritores do Perfil dos alunos

Indagador/ Investigador/ Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado/autónomo (A, B, C, D, H, I)

Criativo (A, B, C, D, F, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, F, I, H)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, C,D, E, F, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F)

Questionador (A, B, C, D, E, F, I)

Comunicador (A, B, C, D, E, F, I, J)

Autoavaliador e heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ cuidador de si e do outro (transversal às áreas)

Responsável/ autónomo (A, B, C, D, E, F, H, I) 

Organizador
DO ANTIGO REGIME À AFIRMAÇÃO DO LIBERALISMO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A crítica da monarquia absoluta e as origens da ideologia liberal

Analisar a articulação entre o estado absoluto e a sociedade de ordens.

Reconhecer que o poder social da burguesia em finais do século XVIII resultou de dinamismos mercantis e da aliança com a coroa, num quadro de fortalecimento do poder régio;

Examinar o fenómeno revolucionário oitocentista, enquanto afirmação da supremacia do princípio da soberania nacional sobre o da legitimidade dinástica;

Identificar/aplicar os conceitos: Antigo Regime; monarquia absoluta; parlamento; ordem/estado; sociedade de corte; iluminismo; contrato social; nacionalismo.

A implantação do liberalismo em Portugal

Analisar a interação dos fatores que convergiram no processo revolucionário português;

Enquadrar as resistências à implantação do liberalismo na sociedade portuguesa;

Relacionar a desarticulação do sistema colonial luso-brasileiro e a questão financeira com a transformação do regime;

Validar a importância da legislação de Mouzinho da Silveira para o novo ordenamento político, social e económico;

Identificar/aplicar os conceitos: monarquia constitucional; carta constitucional; vintismo; cartismo; setembrismo; cabralismo; Estado laico; sufrágio censitário; liberalismo económico; época contemporânea. 

Organizador
CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL – ECONOMIA E SOCIEDADE; NACIONALISMOS E CHOQUES IMPERIALISTAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

As transformações económicas na Europa e no Mundo

Compreender que a expansão industrial se relacionou com o carácter cumulativo dos progressos técnicos e energéticos e com a racionalização do trabalho;

Problematizar os desfasamentos cronológicos da industrialização e as relações de domínio ou de dependência de diferentes áreas geográficas;

Reconhecer as características das crises do capitalismo liberal, nomeadamente o seu carácter cíclico;

Identificar/aplicar os conceitos: progressos cumulativos; capitalismo rural; cartel; trust; holding; taylorismo; estandardização; livre cambismo; explosão demográfica.

A afirmação da sociedade industrial e urbana

Analisar o papel dominante da burguesia na expansão da indústria, do comércio e da banca;

Inferir que o movimento operário decorreu dos problemas sociais surgidos com o capitalismo industrial;

Comparar as alterações verificadas na estrutura profissional resultantes da industrialização do século XIX com as alterações verificadas na estrutura profissional resultantes da implantação da economia digital;

Identificar/aplicar os conceitos: profissões liberais; consciência de classe; sociedade de classes; proletariado; movimento operário; socialismo; marxismo; demoliberalismo; imperialismo; colonialismo; nacionalismo.

O caso português

Integrar o processo de industrialização portuguesa no contexto geral, identificando os seus limites;

Analisar a coexistência, no espaço português, e à semelhança do que se verificava noutros espaços em industrialização, de fatores de mudança e de resistência à mudança;

Contrapor o livre-cambismo ao protecionismo, enquanto políticas económicas que marcaram a Regeneração (1850- 80);

Caraterizar o período de 1880 a 1914 como de depressão e expansão – crise financeira e surto industrial;

Relacionar o esgotamento do liberalismo monárquico com o fortalecimento do liberalismo republicano;

Identificar/aplicar os conceitos: Regeneração.

História da Cultura e das Artes

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História da Cultura e das Artes visam identificar as competências (conhecimentos, capacidades e atitudes) que os alunos devem desenvolver no contexto desta disciplina e que contribuem e para desenvolvimento das áreas de competência definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Recorrendo à multiperspetiva, à contextualização histórica e à análise de obras/objetos de arte relevantes para a história da cultura e das artes, pretende-se que o aluno conheça, interprete e analise formas de expressão artística produzidas em determinadas épocas e espaços, construindo uma cultura visual e artística e desenvolvendo a sensibilidade estética e o juízo de gosto.

Assim, pretende-se que os alunos do 10.º ano desenvolvam uma consciência cultural e artística com base no estabelecimento de comparações entre realidades espácio-temporais distintas, a partir do conhecimento de factos históricos essenciais desde a Antiguidade Clássica até ao Renascimento e do contacto com a produção artística dessas épocas, através do reconhecimento das suas caraterísticas essenciais permitindo-lhes, deste modo, assumir uma posição crítica, participativa e informada na sociedade, reconhecendo a utilidade da História da Cultura e das Artes para a compreensão do mundo em que vivem, numa perspetiva humanista.

Tendo como referência as áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, para além das AE identificadas, o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina e transversais aos anos de escolaridade:

  • Situar cronologicamente as principais etapas da evolução humana que encerram fenómenos culturais e artísticos específicos. (A, B, C, D, F, I)
  • Reconhecer o contexto espacial dos diversos fenómenos culturais e artísticos. (A, B, C, D, F, I)
  • Valorizar o local e o regional enquanto cruzamento de múltiplas interações (artísticas, culturais, políticas, económicas e sociais). (A, B, C, D, F, H, I)
  • Reconhecer características dos diferentes tempos médios, normalmente designados como conjunturas ou épocas históricas. (A, B, C, D, F, I)
  • Analisar criticamente diferentes produções artísticas, tendo em conta os aspetos técnicos, formais e estéticos, e integrando-as nos seus contextos históricos (económicos, sociais, culturais, religiosos, militares e geográficos). (A, B, C, D, F, H, I)
  • Reconhecer diferentes produções artísticas na época histórica e cultural em que se inserem, ou seja, saber-ver, saber-ouvir, saber-interpretar e saber-contextualizar. (A, B, C, D, F, H, I)
  • Sintetizar a informação relativa às características históricas, culturais e artísticas, tendo em linha de conta continuidades, inovações e ruturas. (A, B, C, D, F, H, I)
  • Pesquisar e analisar, de forma autónoma e planificada, utilizando fontes de natureza diversa, informação relevante para assuntos em estudo, manifestando sentido crítico na seleção adequada de contributos. (A, B, C, D, F, I)
  • Identificar a multiplicidade de fatores e a relevância da ação de indivíduos ou grupos, relativamente a fenómenos históricos e artísticos circunscritos no tempo e no espaço. (A, B, C, D, F, H, I)
  • Relacionar as manifestações artísticas e culturais da história de Portugal com as manifestações artísticas e culturais da história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e analogias/especificidades. (A, B, C, D, F, G, H, I)
  • Utilizar, em cada área artística, vocabulário específico. (A, B, C, D, F, I)
  • Elaborar e comunicar, com correção linguística e de forma criativa, sínteses de assuntos estudados, recorrendo a diversas formas de comunicação (textos, imagens, vídeos, entre outras). (A, B, C, D, F, H, I)
  • Desenvolver a capacidade de reflexão, a sensibilidade estética e artística e o juízo crítico, estimulando a fruição de bens culturais e artísticos. (A, B, C, D, E, F, G, H, I)
  • Emitir opiniões pessoais fundamentadas sobre produções artísticas das épocas em estudo, utilizando a linguagem das artes visuais. (A, B, C, D, E, F, H, I)
  • Manifestar abertura à dimensão intercultural das sociedades contemporâneas. (A, B, C, D, E, F, H)
  • Desenvolver a autonomia pessoal e a clarificação de um sistema de valores, numa perspetiva humanista. (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J)
  • Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Módulo Inicial: CRIATIVIDADE E RUTURAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender a existência de grandes ruturas culturais e estéticas do século XX e XXI, como ponto de partida para a própria abordagem da disciplina.

Reconhecer casos práticos como produtos e agentes do processo histórico-cultural em que se enquadram.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • realizar tarefas de memorização, associadas à compreensão e uso de saber;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • valorizar o património histórico, artístico, cultural, natural, local, regional e europeu, numa perspetiva de construção da cidadania europeia;
  • reconhecer casos práticos como produtos e agentes do processo histórico-cultural em que se enquadram.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos e que lhes permitam:

  • mobilizar o conhecimento adquirido, aplicando-o de forma criativa em situações específicas, simples e complexas (organizando, por exemplo, de forma original e pessoal, quadros comparativos entre processos de criação artística e cultural do passado e do presente);
  • valorizar formas criativas de intervenção democrática no contexto dos ambientes de aprendizagens e na vida coletiva da escola;
  • utilizar meios diversos para expressar as aprendizagens, sabendo justificar a escolha desses meios e criando soluções criativas, originais e pessoais, no desenvolvimento e apresentação dos trabalhos.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso oral, escrito e visual de forma argumentativa, tendo em conta a necessidade de estruturarem o pensamento para poderem expressar tomadas de posição, apresentarem argumentos e contra-argumentos e rebaterem os contra-argumentos de modo sistemático e autónomo;
  • organizar e/ou participar em debates que requeiram sustentação de afirmações e a elaboração de opiniões com base em factos históricos e conhecimentos da história da cultura e das artes;
  • discutir conceitos, factos e processos históricos, artísticos e culturais, numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar diversos tipos de fontes históricas, artísticas e culturais com diferentes pontos de vista, problematizando-os de forma autónoma.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • recolher e selecionar informações de fontes fidedignas para a análise das temáticas em estudo;
  • organizar de forma sistematizada e autónoma a informação recolhida;
  • saber estudar com autonomia e método;
  • analisar factos históricos e obras artísticas, selecionando informação relevante para o tema em estudo;
  • saber problematizar os conhecimentos adquiridos de forma escrita, oral, visual e audiovisual.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar argumentos e contra-argumentar, tendo em conta diversos pontos de vista;
  • saber interagir com os outros no respeito pela diferença de opiniões e pela diversidade de pontos de vista;
  • valorizar o mundo natural e a dignidade animal, através do respeito pela preservação da natureza e pelos direitos dos animais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • planificar, sintetizar, rever e monitorizar o trabalho, no contexto das suas aprendizagens;
  • registar seletivamente a informação recolhida em fontes fidedignas de diversos tipos;
  • organizar as informações de modo consolidar os  conhecimentos adquiridos, através, por exemplo, da construção de sínteses com base em informações recolhidas em fontes fidedignas ou elaborar relatórios de visitas de estudo ou aulas de campo, obedecendo a critérios e objetivos específicos;
  • elaborar planos específicos e gerais, assim como esquemas simples e complexos, estabelecendo cruzamentos de informação escrita e visual;
  • organizar e sistematizar, seguindo tipologias diversas, acontecimentos históricos interligando- os com os contextos artísticos e culturais de cada época.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber colocar questões-chave cuja resposta abranja acontecimentos ou processos históricos, assim como o legado artístico e cultural;
  • saber colocar questões a terceiros;
  • questionar os seus conhecimentos prévios.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber comunicar uni, bi e multidirecionalmente;
  • responder, apresentar, mostrar iniciativa; específicos;
  • elaborar planos específicos e gerais, assim como esquemas simples e complexos, estabelecendo cruzamentos de informação escrita e visual;
  • organizar e sistematizar, seguindo tipologias diversas, acontecimentos históricos interligando- os com os contextos artísticos e culturais de cada época.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber colocar questões-chave cuja resposta abranja acontecimentos ou processos históricos, assim como o legado artístico e cultural;
  • saber colocar questões a terceiros;
  • questionar os seus conhecimentos prévios.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber comunicar uni, bi e multidirecionalmente;
  • responder, apresentar, mostrar iniciativa;

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com os pares e docentes, no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;
  • apoiar o trabalho colaborativo;
  • saber intervir de forma solidária;
  • ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades nas tarefas e perante atitudes e comportamentos manifestados;
  • assumir e cumprir compromissos;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam o aluno a:

  • estar disponível para se autoaperfeiçoar;
  • preservar os espaços, os materiais e os equipamentos individuais e coletivos;
  • estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação;
  • valorizar os saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar e argumentar as suas ideias.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor, Sabedor, Culto e Informado (A, B, C, D, F, I)

Criativo (A, B, C, D, F, H, I,)

Crítico e Analítico (A, B, C, D, E, F, H, I)

Indagador e Investigador (A, B, C, D, F, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, C, D, E, F, G, I)

Sistematizador e Organizador (A, B, C, D, F, I)

Questionador (A, B, C, D, E, F, I)

Comunicador (A, B, C, D, E, F, I, J)

Autoavaliador e Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo e Colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável e Autónomo (C, D, E, F, G, I)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G, J)

Organizador
Módulo 1: A CULTURA DA ÁGORA – O homem da democracia de Atenas
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Avaliar o contributo de Péricles para a consolidação da democracia no século V a. C.

Identificar a Grécia como berço do urbanismo ocidental relacionando diversos espaços públicos de Atenas, nomeadamente a Ágora e a Acrópole com a vida da pólis, o diálogo, o comércio, a política, a razão.

Compreender a construção identitária da sociedade grega clássica - os deuses e o Olimpo, os heróis, enquanto homens com poderes de deuses; a importância dos mitos, dos sentimentos, das virtudes e da razão.

Compreender, a partir do Parthenon, síntese da arquitetura grega e do templo de Athena Niké, as ordens arquitetónicas como sistema racional de construção.

Demonstrar o carácter cívico, sagrado e de formação moral do teatro grego.

Interpretar a evolução dos principais aspetos técnicos, formais e estéticos dos diversos períodos da escultura da cerâmica e da pintura gregas.

Reconhecer casos práticos como produtos e agentes do processo histórico-cultural em que se enquadram.

Organizador
Módulo 2: A CULTURA DO SENADO – A lei e a ordem no Império
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar as principais realizações de Otávio.

Explicar a relevância do Direito Romano e do Latim na construção e manutenção do Império Romano.

Explicar a importância do modelo urbano nas cidades do Império: ruas, praças, templos, casas, banhos, o Coliseu.

Relacionar a monumentalidade da arquitectura e do urbanismo romanos com a expansão imperial, identificando tipologias dos edifícios públicos.

Compreender as características essenciais da arquitetura romana: utilidade, grandiosidade e avanços tecnológicos, percebendo de que modo o urbanismo era uma materialização do Imperium.

Compreender, a partir de edifícios públicos e privados, que tipo de cultura do ócio foi desenvolvida pelos romanos.

Analisar as características formais e estéticas da escultura romana e as suas dimensões de individualismo, realismo e idealização.

Compreender as caraterísticas essenciais da pintura romana a partir da análise de exemplos dos frescos de Pompeia.

Referir as características da arte do mosaico.

Reconhecer casos práticos como produtos e agentes do processo histórico-cultural em que se enquadram.

Organizador
Módulo 3: A CULTURA DO MOSTEIRO – Os espaços do Cristianismo
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender a relevância das fronteiras dos reinos cristãos e da geografia monástica da Europa.

Conhecer aspetos da vida e feitos de Carlos Magno, enquanto modelo de imperador cristão.

Reconhecer o mosteiro românico expoente da arquitetura monástica, como espaço de autossuficiência e como centro de conhecimento e de cultura.

Reconhecer a iluminura como uma nova expressão de arte e outra forma de escrita.

Comparar formas de vida: no castelo e no mosteiro.

Reconhecer no Canto Gregoriano uma manifestação artística da devoção religiosa.

Compreender a evolução da arquitetura cristã.

Compreender a unidade e a diversidade do românico, através das características arquitetónicas principais e localizando os seus principais centros difusores.

Especificar algumas características do românico em Portugal.

Identificar aspectos temáticos e formais da escultura românica reconhecendo a sua dependência da arquitetura. Identificar manifestações da arte dos reinos muçulmanos na Península Ibérica, como expoente da civilização islâmica.

Indicar elementos característicos constituintes do edifício religioso muçulmano em território peninsular.

Referir características gerais da arte moçárabe.

Reconhecer casos práticos como produtos e agentes do processo histórico cultural em que se enquadram.

Organizador
Módulo 4: A CULTURA DA CATEDRAL – As cidades e Deus
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as grandes cidades da Europa.

Analisar a organização da cidade medieval.

Distinguir o papel dos letrados na cidade, a partir da biografia de Dante.

Compreender a evolução ocorrida na arte de construir na passagem do românico para o gótico.

Reconhecer a catedral como expoente da arquitetura gótica, símbolo da afirmação dos espaços urbanos e espaço catequético, onde o vitral tem um papel relevante.

Referir características principais da arquitetura gótica.

Analisar a evolução do gótico em Portugal identificando monumentos góticos portugueses.

Justificar a crescente autonomia da escultura em relação à arquitetura.

Explicar como o medo da Peste Negra foi utilizado do ponto de vista social, político e religioso.

Contextualizar o manuelino, um estilo entre a Idade Média e o tempo novo.

Referir as características principais da arquitectura manuelina.

Relacionar a revolução pictórica flamenga com as novas técnicas e o particularismo nórdico.

Reconhecer casos práticos como produtos e agentes do processo histórico-cultural em que se enquadram.

Organizador
Módulo 5: A CULTURA DO PALÁCIO – Homens novos, espaços novos, uma memória clássica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explicar a relevância das rotas comerciais para uma nova perceção do mundo e do Homem.

Indicar condições favoráveis ao desenvolvimento do humanismo e ao desenvolvimento artístico italiano no século XV.

Relacionar o heliocentrismo com valores e conceitos subjacentes ao movimento renascentista.

Avaliar a importância da imprensa para o desenvolvimento das ideias humanistas.

Reconhecer as cortes principescas como centros de irradiação cultural e artística, a partir da biografia de Lourenço de Médicis e do seu exercício de mecenato.

Indicar condições favoráveis ao desenvolvimento artístico italiano no século XV e ao desenvolvimento do humanismo.

Analisar a pintura renascentista enquanto exercício intelectual.

Identificar as principais características técnicas, estéticas e formais da pintura renascentista e a definição de novos temas: o retrato; o nu; a paisagem.

Avaliar o impacto da redescoberta dos referenciais artísticos clássicos: o relevo, o retrato, a estátua equestre e a completa autonomização da escultura.

Enunciar aspectos fundamentais da obra de Brunelleschi, Donatello, Masaccio, Piero della Francesca, Rafael, Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, identificando algumas obras destes artistas.

Compreender o século XVI como uma época de crise de valores e da afirmação do indivíduo.

Analisar reflexos do Renascimento e do Maneirismo em Portugal.

Anexos

Módulo Inicial: CRIATIVIDADE E RUTURAS

Síntese 1: História da Cultura e das Artes

  1. As artes enquanto cultura.
  2. As problemáticas da criação artística: criatividade e imaginação, utilidade e fruição.

Síntese 2: A linguagem das Artes Visuais

  1. As origens da arte: o útil e o belo.
  2. A arte enquanto discurso.
  3. Disciplinas, técnicas e vocabulário artístico.
  4. O mito da originalidade: o artista e a criação.

Casos práticos que podem ser analisados em alternativa (sugere-se a seleção de seis):

Three Tales (2002), Steve Reich (1936- ) (Música). Beryl Korot (Vídeo). Nonesuch Records. Warner Group Company. 3.º conto: Dolly; Radioactivity (1975), Kraftwerk (1970-); Lichtung II (1995-6), Emmanuel Nunes (1941- 2012). Ensemble Intercontemporain. Direcção Jonathan Nott. Ircam; Metastasis ou Metastaseis (1953-54), Iannis Xenakis (1922-2001) ou também peças de Elliott Cook Carter Jr. (1908-2012); Estádio Municipal de Braga (2000- 2003), Souto Moura (1952-) [Sugerem-se, em alternativa, outros estádios do Euro 2004]; The Barn (1994), Paula Rego (1935-). Coleção Joe Berardo. Sente-me, Ouve-me, Vê-me, (c.1970) e Seduzir da série de trabalhos de Helena Almeida (1934-); The large Self-Portraits (séries de 2005), Pedro Cabrita Reis (1956-); For Mozambique (model n°1 screen-kiosk-tribune celebrating a post independence utopia), 2008, de Ângela Ferreira (1958-);La Fura dels Baus (início c.1980); Nouveau cirque du Vietnam: Long Toi Mon Village, conceção e música de Nhât Ly
Nguyen, 2013; Anonntiation (1995) de Preljocaj (1957-) – coreografia de Angelin Preljocaj; Escadas nas minas de ouro de Serra Pelada. Brasil, 1986, fotografia de Sebastião Salgado (1944 -); Ville en extension (1970). Vieira da Silva (1908-1992). A obra de Vieira da Silva foi passada a azulejo por Manuel Cargaleiro (1925-), que decorou a estação do Metro do Rato, em 1997; D. Sebastião (1973), em Lagos – João Cutileiro (1937-); Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves (1991-1999), Porto – Álvaro Siza Vieira (1933-); Matadero Madrid. Centro de creación contemporánea. Inaugurado em 2005; Le 104 CentQuatre Paris. Une fabrique artistique et culturelle innovante. Inaugurado em 2008; Projeto de sinalização e comunicação do recinto da EXPO 98, Lisboa: designer Henrique Cayatte (1957-), arquiteto Pierluigi Cerri, diretores do projeto. Designer Shigeo Fukuda, autor dos pictogramas.

Módulo 1: A CULTURA DA ÁGORA – O homem da democracia de Atenas

Tempo: O Século V a.C.: O Século de Péricles.

Espaço: Atenas: a polis; a planta de Atenas; o mar e o porto.

Biografia: O Grego Péricles. Democracia e representação. Péricles e a consolidação da democracia.

Local: A Ágora: um espaço público da cidade; os homens da Ágora.

Acontecimento: A Batalha de Salamina (480 a. C.). Os exércitos em presença. As políticas imperialistas. O significado da batalha.

Síntese 1: A Mitologia: deuses e heróis. A configuração de Homero. Os deuses e o Olimpo. Os heróis, homens com poderes de deuses.

Síntese 2: A organização do pensamento. O mito, os sentimentos, as virtudes e a razão. Lógica racional e antropologia. A “razão” para Aristóteles e Platão.

1.º Caso Prático: O Parthenon e Athena Niké. Descrição do Parthenon e do templo de Athena Niké. As normas das ordens. A arquitetura e as ordens.

2.º Caso Prático: O diálogo entre o coro e Xerxes depois da fala da rainha nos Persas, de Ésquilo. O estádio e o teatro. A tragédia e a comédia. Conteúdos e técnicas nos Persas.

3.º Caso Prático: O vaso de Pronomos (cerâmica de figuras vermelhas, 410 a.C.). A representação de actores e músicos: máscaras e trajes.

4.º Caso Prático: Teatro de Priene, Século V-IV a.C.

Módulo 2: A CULTURA DO SENADO – A lei e a ordem no Império

Tempo: Século I a.C. / I d.C. O século de Augusto.

Espaço: Roma. A planta da urbs. Ruas, praças, templos, casas, banhos, o Coliseu. O modelo urbano no Império.

Biografia: O romano Octávio. Octávio, uma dinastia que chega ao poder. Ser romano e imperador. As realizações de Octávio.

Local: O Senado. A lei, da República ao Império. Os senadores e o cursus honorum. A retórica.

Acontecimento: O Incêndio de Roma (64) por Nero (54-68). Nero, o herói do incêndio.

Síntese 1: A língua latina. A construção do latim. O latim de Cícero. O latim do limes.

Síntese 2: O ócio. Os tempos do lúdico. Os jogos do Circo. A preocupação com as artes.

1.º Caso Prático: A Coluna de Trajano (98-117). A função comemorativa das colunas. A narrativa da Coluna de Trajano. Uma linguagem escultórica.

2.º Caso Prático – Frescos de Pompeia (79). O cataclismo de Pompeia. Habitações com cor e imaginação decorativas. Os conteúdos dos frescos.

3.º Caso Prático: Anfiteatro Flávio, Roma (in. 72 d.C.). Arquitetura, ócio e espetáculo. A gestão das multidões. Da técnica à forma. O Anfiteatro Flávio como espaço retórico.

4.º Caso Prático: Aqueduto de Segóvia (provavelmente do séc. I d.C.).

Módulo 3: A CULTURA DO MOSTEIRO – Os espaços do Cristianismo

Tempo: Séculos IX-XII. Da reorganização cristã da Europa ao crescimento e afirmação urbanos.

Espaço: A Europa dos Reinos Cristãos. A Christianitas. As fronteiras dos reinos cristãos. Geografia monástica da Europa.

Biografia: O cristão São Bernardo (1090-1153), um exemplo do modo de vida monástico cisterciense. O que se sabe da vida de São Bernardo? Um monge no mosteiro. Caraterísticas do cristianismo monástico.

Local – O espaço físico do mosteiro: uma vida própria com domínio do tempo e do espaço. A autossuficiência monástica.

Acontecimento: A coroação de Carlos Magno enquanto expoente de relações de poder entre a Igreja e a Monarquia (800). O imperador do Ocidente Carlos Magno. Vida e feitos de Carlos Magno. O modelo de imperador cristão.

Síntese 1 – Os guardiães do saber. As heranças greco-latina e muçulmana. Cristianizar as heranças. A posse e o poder do saber.

Síntese 2 – O poder da escrita. Scriptorium, livraria e chancelarias. As palavras que se transformam em letras e frases. A iluminura: outra forma de escrita.

1.º Caso Prático – Canto Gregoriano: Da missa um Gradual e um Kyrie; da liturgia das horas, uma Antífona com versículo salmódico. Cantar a horas certas. O canto e a liturgia. Um canto a uma só voz.

2.º Caso Prático – São Pedro de Rates. A arquitetura. Simplicidade, rudeza e mensagem. São Pedro de Rates na Christianitas. S. Pedro de Rates como um símbolo da ruralização e feudalização da Europa românica. O portal de S. Pedro de Rates como expoente do carácter da escultura românica. O portal e o claustro como roteiros de ascese;

3.º Caso Prático – Livro de Kells (800 d.C.), Irlanda. “Iluminar” como forma de oração. O Livro de Kells como expoente do processo de cristianização da Europa, síntese de culturas e do conhecimento exercido pelo clero.

4.º Caso Prático: Tapís de la creació ou Tapete de Girona (c. 1096-1101), Museu da Catedral de Girona.

Módulo 4: A CULTURA DA CATEDRAL – As cidades e Deus

Tempo: Século XII – 1.a metade século XV. Do renascimento do século XII a meados de quatrocentos.

Espaço: Elaborar um mapa com a Europa das grandes cidades, das cidades-porto e das catedrais e universidades.

Biografia: O letrado Dante Alighieri (1265-1321). Dante, um homem da cidade e das letras. A escrita da Divina Comédia. As novas propostas.

Local: A catedral. Bispos e catedrais. A representação do divino no espaço. A catequese: imaginária e vitral.

Acontecimento: A Peste Negra (1348). A pandemia europeia. Descrição e consequências da Peste Negra. A utilização da Peste Negra: medos, punições e ameaças.

Síntese 1: A cidade. O complexo urbano: espaço, população, subsistência. A fixação dos poderes, dos ofícios e dos artesãos. A cidade com os campos.

Síntese 2: A cultura cortesã. O torneio e o sarau. Gentilezas cortesãs e civilidade. As artes cortesãs: do teatro à dança.

1.º Caso Prático – A Catedral de Notre-Dame de Amiens (1220-1280). As catedrais francesas. A catedral de Amiens. Os modelos: a disseminação do gótico pela Europa. Sugere-se também que seja trabalhada a Catedral de Reims.

2.º Caso Prático – Casamento de Frederico III com D. Leonor de Portugal (festas de 13 a 24 de Outubro de 1451), Nicolau Lanckman de Valckenstein. Descrever uma festa na cidade. O casamento: representações e públicos. As artes: da liturgia às ruas.

3.º Caso Prático: Alegoria do Bom Governo: Efeitos do Bom Governo na Cidade, Ambroggio Lorenzetti, 1337- 1340, Siena, Palazzo Pubblico. Arte e política: a importância da pedagogia cívica. A lenta apropriação da perspectiva espacial. Arte e representação.

4.º Caso Prático: O Triunfo da Morte, de Pieter Bruegel, o velho – Museu do Prado, Madrid (1562).

Módulo 5: A CULTURA DO PALÁCIO – Homens novos, espaços novos, uma memória clássica

Tempo – 1.a metade século XV – 1618. De meados de quatrocentos ao início da Guerra dos Trinta Anos.

Espaço – A Europa das rotas comerciais. Do Mediterrâneo ao Báltico. O Oriente e o Atlântico.

Biografia – O mecenas Lourenço de Médicis (1449-1492). A família Médicis e Florença. Perfil de interesses de Lourenço, o Magnífico. Um Príncipe, um mecenas.

Local – O palácio. O palácio, habitação de elites. Das arquiteturas exteriores ao interior dos palácios.

Acontecimento – O Revolutionibus orbium coelestium (1543), de Nicolau Copérnico (1473-1543). Uma “revolução” diferente com o Sol no centro. Um tratado e a sua história e divulgação. O heliocentrismo.

Síntese 1 – O Humanismo e a imprensa. A Antiguidade e a Sagrada Escritura. Os humanistas. O livre-exame.

Síntese 2 – Reformas e espiritualidade. A devotio moderna e Erasmo. O “caso Lutero”. Trento e a Reforma Católica.

1.º Caso Prático – A Anunciação (1475-1578), de Leonardo da Vinci (1452-1519). O pintor Leonardo da Vinci como um dos expoentes da maturidade da pintura renascentista. As novas técnicas e “regras” da pintura. A “Anunciação” sob perspetiva.

2.º Caso Prático – Fala do Licenciado e diálogo de Todo-o-Mundo e Ninguém. Lusitânia (1532), de Gil Vicente (c. 1465-1536?) (Compilaçam). Fazer teatro na Corte. Uma farsa e uma comédia. Todo-o-Mundo, Ninguém e as outras personagens. O estatuto emergente do artista e a sua relação com o poder. Um discurso moral sobre a condição humana.

3.º Caso Prático – Requiem - Introito (1625), de Frei Manuel Cardoso (1566-1650). O rigor técnico da polifonia
da Escola de Évora e a expressividade mística nas 6 vozes da Missa dos Defuntos do Mestre da Capela do
Convento do Carmo.

4.º Caso Prático – David (1501-1504), de Miguel Ângelo (Michelangelo Buonarroti).

 

Geografia A

Introdução

A Geografia é a disciplina científica que se distingue e caracteriza pelo pensamento espacial, que pode ser definido como o conjunto de competências associadas ao conhecimento do território, à utilização de ferramentas de representação de informação sobre factos e processos numa base espacial, promovendo uma visão multiescalar e interescalar.

Dada a importância do reconhecimento da identidade espacial de Portugal, nos contextos europeu e mundial, o conhecimento geográfico do país, do seu território, dos seus recursos naturais e humanos e suas inter-relações, é uma componente fundamental do currículo nacional. A nossa matriz cultural e o nosso lugar no conjunto dos povos e das nações só podem ser entendidos se houver uma compreensão efetiva do território em que vivemos. A identidade e a cultura alicerçam-se na diversidade do mosaico territorial, na forma como se articulam várias dimensões da sua compreensão, incluindo as condições naturais e socioeconómicas. Um povo que não conheça e não estime o seu território, que é parte integrante da sua cultura e vida quotidiana, terá grande dificuldade em entender a importância da sua gestão planeada e ordenada e de nele intervir numa perspetiva de cidadania ativa.

As Aprendizagens Essenciais (AE) têm como referente o Programa de Geografia A e focam-se nas competências essenciais que se pretendem desenvolver com a aprendizagem da Geografia de Portugal, no 10.º ano do Ensino Secundário.

Optou-se por selecionar três grandes áreas de desenvolvimento das competências: analisar questões geograficamente
relevantes do espaço português
; problematizar e debater as inter-relações no território português e com outros espaços;
comunicar e participar - o conhecimento e o saber fazer no domínio da Geografia e participar em projetos multidisciplinares
de articulação do saber geográfico com outros saberes
. O desenvolvimento destes três domínios deve ser feito de forma a
que, partindo-se de um conceito ou uma situação problematizadora, se possam aplicar propostas metodológicas escolhidas
pelo professor, tendo em consideração a escola e os alunos, que permitam uma articulação entre os três domínios do saber —
o saber-saber, o saber-fazer e o saber-ser.
No âmbito dos principais desafios socioambientais que Portugal enfrenta como território independente, mas inserido no
contexto da União Europeia, são exemplos das temáticas abordadas pela Geografia de 10.º ano: a problemática das
dinâmicas territoriais, do envelhecimento demográfico e das migrações; o aquecimento global e a importância das energias
renováveis; a irregularidade inter e intra-anual do clima e os riscos e vulnerabilidades a ela associados; as consequências
para a gestão das áreas de floresta e para a desertificação de grandes áreas do território, associadas às alterações
climáticas; a gestão dos recursos hídricos a diferente escalas; a sustentabilidade e o turismo; as oportunidades para Portugal
da economia do mar; o potencial de uma localização periférica na Europa, mas central no contexto das grandes rotas intercontinentais, só para citar alguns dos temas constantes do programa da disciplina de Geografia.

Para a análise dos desafios que se colocam ao território português e à sua inserção num espaço globalizado que cada vez
mais se contrai, onde fenómenos ambientais, populacionais, sociais e culturais, entre outros, têm causas e consequências
multifacetadas que ultrapassam as fronteiras, é fundamental desenvolver uma educação geográfica que problematiza,
questiona e procura equacionar cenários e inventariar soluções para as complexas situações que ocorrem em Portugal e no
Mundo.
O ritmo de desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aplicadas ao território tem contribuído para
transformar o acesso à informação geográfica e divulgar os procedimentos do pensamento espacial. A utilização das
Tecnologias de Informação Geográfica (TIG) é fundamental para a aprendizagem dos padrões de distribuição de diferentes
fenómenos naturais e sociais no território português e suas inter-relações com outros espaços geográficos. A disciplina de
Geografia tem sido responsável pela introdução destes procedimentos no ensino, que são cada vez mais imprescindíveis ao
cidadão comum e essenciais ao conhecimento, planeamento e gestão territorial.

Exemplos do contributo da Educação Geográfica no 10.º ano para os princípios enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória
(PA), encontram-se identificados, de uma forma sintética, no quadro que se segue:

Áreas de Competências - PA

Exemplos do Contributo da Educação Geográfica para estas áreas de competências (expressa através das competências transversais enunciadas no documento das Aprendizagens Essenciais em Geografia ao longo dos 12 anos de escolaridade)

Linguagens e textosMobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo, Google Earth, Google maps, GPS, SIG, Big Data,etc.).

Informação e comunicaçãoRecolher, tratar e interpretar informação geográfica e mobilizar a mesma na construção de respostas para os problemas estudados. Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica.

Raciocínio e resolução de
problemas
Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados.

Pensamento crítico e
pensamento criativo
Investigar problemas ambientais e sociais, ancorados em guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê).
Identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas.

Relacionamento interpessoalAplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.
Pesquisar exemplos concretos de solidariedade territorial e sentido de pertença, numa perspetiva dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Desenvolvimento pessoal e autonomiaAplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.
Realizar projetos, identificando problemas e colocando questões-chave, geograficamente relevantes, a nível económico, político, cultural e ambiental, a diferentes escalas.

Bem-estar, saúde e ambienteIdentificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas.

Sensibilidade estética e artísticaComunicar os resultados da investigação, usando a linguagem verbal, icónica, estatística e cartográfica.

Saber científico, técnico e tecnológicoComunicar os resultados da investigação, usando diferentes suportes técnicos, incluindo as TIC e as TIG.

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
MÓDULO INICIAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Analisar questões geograficamente relevantes do espaço português

Reconhecer a importância da localização na explicação geográfica, analisando informação representada em mapas com diferentes escalas e sistemas de projeção.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que desenvolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • ler e interpretar mapas de diferentes escalas;
  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos e do vocabulário geográfico;
  • selecionar informação geográfica pertinente;
  • analisar factos, teorias e/ou situações, identificando os seus elementos ou dados, nomeadamente a localização e as características geográficas;
  • mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo Google Earth, Google Maps, Open Street Maps, GPS, SIG, Big Data,etc.);
  • representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados;
  • organizar informação, resultante da leitura e do estudo autónomo, de forma sistematizada;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam:

  • formular hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado, nomeadamente através da exploração do conhecimento do território local, para aplicação de estudos de caso;
  • propor abordagens diferentes, se possível inovadoras para situações concretas;
  • criar um objeto, mapa, esquema conceptual, texto ou solução, face a um desafio, desenvolvendo um estudo de caso, à escala local/regional;
  • analisar textos, suportes gráficos e cartográficos (analógicos e/ou digitais) com diferentes perspetivas de um mesmo problema, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer projeções, nomeadamente face aos desafios demográficos e de sustentabilidade do território português e tendo como horizonte os ODS;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens, mapas, infografias);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais, que englobem a manipulação de diversos tipos de suporte gráfico e cartográfico;
  • identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas;
  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos a favor e contra-argumentos, rebater os contra- argumentos) sobre diferentes aspetos da realidade socioeconómica e de sustentabilidade do país;
  • participar em debates/simulações que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados geograficamente cartografáveis;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • analisar factos, teorias e/ou situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • problematizar Portugal na sua multidimensionalidade e multiterritorialidade, na construção da identidade do eu e dos outros, utilizando exemplos concretos, resultantes da interação meio e sociedade, na atualidade e a diferentes escalas;
  • investigar problemas ambientais e sociais, ancorado em guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê);
  • incentivar a procura e aprofundamento de informação;
  • recolher dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes.

Promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões:

  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de um dado problema e/ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global;
  • pesquisar exemplos concretos de solidariedade territorial e sentido de pertença face ao ordenamento do território;
  • participar em trabalho de campo, para recolha e sistematização da observação direta dos territórios e fenómenos geográficos;
  • saber questionar uma situação;
  • interrogar-se sobre a relação entre territórios e fenómenos geográficos por comparação de mapas a diferentes escalas;
  • comunicar os resultados da investigação, usando a linguagem verbal, icónica, estatística e cartográfica, usando diferentes suportes técnicos, incluindo as TIC e as TIG;
  • aplicar o trabalho de campo e outras metodologias geográficas (como o estudo de caso), em trabalho de equipa;
  • participar em campanhas de sensibilização para um ambiente e ordenamento do território sustentáveis.
Descritores do Perfil dos alunos

A; B; C; D; E; F; G; H; I

Organizador
A POPULAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Analisar questões geograficamente relevantes do espaço português

Problematizar e debater as inter-relações no território português e com outros espaços

Comunicar e participar

Comparar a evolução do comportamento de diferentes variáveis demográficas, recolhendo e selecionando informação

Comparar a evolução do comportamento de diferentes variáveis demográficas, recolhendo e selecionando informação

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica, para localizar, descrever e compreender os processos demográficos.

Equacionar medidas concretas para minimizar o envelhecimento da população portuguesa.

Reportar as assimetrias na distribuição da população, aplicando o conceito de capacidade de carga humana a nível local e regional.

Selecionar medidas que possam ter efeito nas estruturas/comporta mentos demográficos e na distribuição da população no território português.

 

Organizador
OS RECURSOS NATURAIS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Analisar questões geograficamente relevantes do espaço português

Problematizar e debater as inter-relações no território português e com outros espaços

Comunicar e participar

Relacionar a distribuição dos principais recursos do subsolo com as unidades geomorfológicas.

Comparar a distribuição dos principais recursos energéticos e das redes de distribuição e consumo de energia com a hidrografia, a radiação solar e os recursos do subsolo.

Identificar as principais bacias hidrográficas e a sua relação com as disponibilidades hídricas.

Relacionar as especificidades climáticas, as disponibilidades hídricas e os regimes dos cursos de água de diferentes regiões portuguesas, apresentando um quadro síntese para cada região.

Relacionar a posição geográfica dos principais portos nacionais com a direção dos ventos, das correntes marítimas, as características da costa e do relevo do fundo marinho.

Distinguir os principais tipos de pesca.

Relacionar a pressão sobre o litoral com a necessidade do desenvolvimento sustentado das atividades de lazer e de exploração da natureza, apresentando casos concretos reportados em fontes diversas.

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica, descrever e compreender a exploração dos recursos naturais.

Equacionar as potencialidades e limitações de exploração dos recursos do subsolo.

Inferir o potencial de valorização económica da radiação solar, apresentando exemplos dessas possibilidades.

Relacionar as disponibilidades hídricas com a produção de energia, o uso agrícola, o abastecimento de água à população ou outros usos.

Discutir a situação atual da atividade piscatória.

Equacionar a importância da Zona Económica Exclusiva, identificando recursos e medidas no âmbito da sua gestão e controlo.

Construir um quadro de possibilidades sobre a exploração sustentável dos recursos naturais de Portugal – minerais, energéticos, hídricos e marítimos, evidenciando reflexão crítica e argumentação fundamentada.

 

Conceitos

Módulo Inicial

Conceitos: localização, escala, unidades territoriais (NUTS, distrito, município, comunidade intermunicipal, freguesia e região autónoma), território, cidadania, espaço lusófono, União Europeia, mercado comum, moeda única e tratados de Roma, Maastricht e Lisboa.

Tema 1. A população, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

Subtema: A população: evolução e diferenças regionais

Conceitos: crescimento natural, saldo migratório, taxa de natalidade, taxa de mortalidade, taxa de mortalidade infantil, esperança de vida à nascença, crescimento efetivo, estrutura etária, taxa de fecundidade, índice de renovação de gerações, índice sintético de fecundidade, envelhecimento demográfico, índice de dependência de idosos, índice de dependência de jovens, nível de qualificação profissional, estrutura ativa, desemprego, emprego temporário, taxa de alfabetização, taxa de desemprego, tipos de emprego, desenvolvimento sustentável, qualidade de vida.

Subtema: A distribuição da população

Conceitos: êxodo rural, assimetrias regionais, capacidade de carga humana, despovoamento, litoralização, ordenamento do território.

Tema 2 - Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Subtema: Os recursos do subsolo

Conceitos: jazida, unidade geomorfológica, água mineral, água termal, recurso não renovável, recurso renovável, combustível fóssil, energia fóssil, energia renovável (geotérmica, hídrica, eólica, biomassa, etanol, biodiesel, etc.), energia hidroelétrica, energia termoelétrica, mineral energético, mineral metálico, mineral não metálico, rochas industriais, rochas ornamentais, turismo termal.

Subtema: A radiação solar

Conceitos: energia solar, radiação solar, equilíbrio térmico, efeito de estufa, insolação, albedo, temperatura média, isotérmica, amplitude térmica, regime térmico, encosta soalheira, encosta umbria, turismo balnear.

Subtema: Os recursos hídricos

Conceitos: massa de ar, isóbara, depressão barométrica, anticiclone, situação meteorológica, relevo concordante/discordante, barreira de condensação, isoieta, precipitação convectiva, precipitação frontal, precipitação orográfica, superfície frontal polar, período seco estival, balanço hídrico, evapotranspiração (potencial e real), recurso hídrico, rede hidrográfica, bacia hidrográfica, escorrência, infiltração, toalha freática, permeabilidade, aquífero, produtividade aquífera, água residual, água subterrânea, água superficial, caudal, regime fluvial,disponibilidade hídrica, albufeira, barragem, barragem de retenção versus barragem de produção, efluente, eutrofização, salinização.

Subtema: Os recursos marítimos

Conceitos: águas interiores, águas territoriais, zona contígua, Zona Económica Exclusiva (ZEE), erosão marinha, abrasão marinha, plataforma continental, talude continental, formas de relevo do litoral e fluvio-marinhas (arriba, praia, ilha barreira, sistema lagunar, tômbolo, estuário), corrente marítima, deriva Norte-Sul, energia dos oceanos, maré negra, nortada, recurso piscícola, tipos de pesca, quotas de pesca, upwelling, aquicultura, ordenamento da orla costeira.

Geometria Descritiva A

Introdução

A disciplina de Geometria Descritiva proporciona, de uma forma muito própria, o desenvolvimento da inteligência espacial dos alunos, contribuindo para as diferentes áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). É através do seu contributo para a literacia científica e artística que a disciplina de Geometria Descritiva proporciona não só o desenvolvimento da inteligência espacial dos alunos, mas também dos seus processos de análise e questionamento crítico da realidade, articulando as diferentes áreas de competências do PA, que envolvem a avaliação cuidada e a seleção de A disciplina de Geometria Descritiva proporciona, de uma forma muito própria, o desenvolvimento da inteligência espacial dos alunos, contribuindo para as diferentes áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). É através do seu contributo para a literacia científica e artística que a disciplina de Geometria Descritiva proporciona não só o desenvolvimento da inteligência espacial dos alunos, mas também dos seus processos de análise e questionamento crítico da realidade, articulando as diferentes áreas de competências do PA, que envolvem a avaliação cuidada e a seleção de informação pertinente, a formulação de hipóteses e a tomada de decisões sustentadas por processos de investigação que estimulam o desenvolvimento de novas ideias e soluções.

A procura por estas soluções pode assumir formas inovadoras e geradoras de dinâmicas de trabalho colaborativo potenciadoras de articulações várias com disciplinas que desenvolvem competências semelhantes, como é o caso da Matemática e do Desenho A, entre outras. Não sendo a única disciplina a contribuir para o desenvolvimento da inteligência espacial dos alunos, a Geometria Descritiva A, pela sua especificidade, proporciona o desenvolvimento de competências permansivas necessárias à perceção e visualização espaciais, à orientação e rotação mentais e a todas as relações inerentes às questões de espaço através do Bloco "Introdução à Geometria Descritiva" e, sobretudo, dos Blocos "Representação Diédrica" e "Representação Axonométrica."

Neste documento, enunciam-se as Aprendizagens Essenciais (conhecimentos, capacidades e atitudes) de Geometria Descritiva A, tendo por referências o Programa e o PA. Através deste conjunto de Aprendizagens Essenciais (AE), proporciona-se uma otimização consciente da didática e da aprendizagem da disciplina de Geometria Descritiva A no ensino secundário atual, enquadrada pelo estudo das questões de espaço que melhor apelam às capacidades de visualização dos alunos, alicerçada num conjunto de competências específicas a desenvolver ao longo da aprendizagem desta disciplina.

Para o primeiro ano da disciplina, os conteúdos do “Módulo Inicial” do Programa surgem integrados nos descritores das AE como abordagem introdutória aos Blocos com que diretamente se relacionam, o que poderá facilitar a gestão de tempo de referência atribuído no Programa. Em virtude desta alteração, a numeração dos Organizadores e Blocos apresentados nos documentos para os dois anos da disciplina é diferente da numeração no Programa em vigor.

Antecipou-se, do segundo para o primeiro ano da disciplina, o “Bloco Paralelismo e Perpendicularidade entre retas e planos”, em concreto os descritores “Paralelismo de retas e planos” e “Perpendicularidade de retas e de planos”, o que se justifica pelo facto de estas aprendizagens serem indispensáveis a Blocos subsequentes, nomeadamente, Sólidos I e Sólidos II.

A sequência de aprendizagens apresentada é uma referência, correspondendo à que se julga ser mais conveniente, embora tal não obste a que cada professor faça a sua gestão de modo diverso, em função do contexto e da sua experiência.

Deverá ser atribuída uma ênfase particular ao desenvolvimento de atividades de índole formativa que proporcionem o aprofundamento de competências cognitivas e espaciais dos alunos através da metodologia de resolução de problemas, no sentido de gradualmente desenvolverem as áreas de competências prevista no PA, visando ainda as finalidades da disciplina:

  • perceção dos espaços, das formas visuais e das suas posições relativas;
  • visualização mental e representação gráfica de formas reais ou imaginadas;
  • interpretação de representações descritivas de formas;
  • comunicação através de representações descritivas;
  • utilização, com propriedade, do vocabulário específico da geometria descritiva;
  • formulação e resolução de problemas, espírito crítico e capacidade criativa;
  • gradual autoexigência de rigor e espírito crítico;
  • realização pessoal, por forma a adquirir autonomia de procedimentos e de raciocínio, espírito de solidariedade, entreajuda e cooperação.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
1. INTRODUÇÃO À GEOMETRIA DESCRITIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

1.1. Geometria Descritiva

1.2. Tipos de projeção

1.3. Sistemas de representação

  • Relembrar noções essenciais de Geometria no Espaço:
    • Ponto
    • Reta
      • Posição relativa de duas retas: complanares (paralelas ou concorrentes) não complanares  (enviesadas).
    • Plano
      • Posição relativa de retas e de planos:
        reta pertencente a um plano
        reta paralela a um plano
        reta concorrente com um plano
        planos paralelos
        planos concorrentes.
      • Perpendicularidade de retas e de planos:
        retas perpendiculares
        retas ortogonais
        reta perpendicular a um plano
        planos perpendiculares.
  • Identificar o objeto, finalidade e vocação particular da Geometria Descritiva no estudo exato das formas dos objetos e de distinguir estes da sua representação gráfica.
  • Distinguir os conceitos de ponto próprio e impróprio e de reta própria e imprópria e de os associar, respetivamente, aos conceitos de direção e de orientação.
  • Identificar os elementos caracterizadores de uma projeção (centro de projeção, projetante, superfície de projeção, projeção).
  • Inferir os tipos de projeção e o modo como interferem na projeção de um mesmo objeto:
    • central ou cónica,
    • - paralela ou cilíndrica (clinogonal/ortogonal).
  • Identificar a função e vocação particular de cada um dos sistemas de representação a partir de descrições gráficas de um mesmo objeto:
    • pelo tipo de projeção
    • pelo número de projeções utilizada
    • pelas operações efetuadas na passagem do tri para o bidimensional:
    • Projeção única
      n projeções e rebatimento de n-1 planos de projeção.

1.4. Introdução ao estudo dos sistemas de representação triédrica e diédrica

  • Identificar os planos que organizam o espaço no sistema de representação diédrica, respetivas retas de interseção, semi-espaços e coordenadas ortogonais:
    • Representação diédrica:
      • diedros de projeção
      • planos de projeção: plano horizontal (plano 1), plano frontal (plano 2)
      • eixo x ou aresta dos diedros (Linha de Terra)
      • planos bissetores dos diedros
      • plano de referência das abcissas.
  • Identificar os planos que organizam o espaço no sistema de representação triédrica, respetivas retas de interseção (eixos coordenados), semi espaços e coordenadas ortogonais:
    • Representação triédrica:
      • triedros trirretângulos de projeção
      • planos de projeção: plano horizontal xy (plano 1), plano frontal zx (plano 2), plano de perfil yz (plano 3)

      • eixos de coordenadas ortogonais: x, y, z

      • coordenadas ortogonais: abcissa ou largura; ordenada/afastamento ou profundidade; cota ou altura.

  • Reconhecer vantagens e inconvenientes dos sistemas de representação diédrica e triédrica e sua intermutabilidade.

  • Identificar o modo como o ponto é representado nos sistemas de representação diédrica e triédrica e inferir a sua localização no espaço e correspondência biunívoca.

   

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar ao aluno diferentes oportunidades
para:

Confrontar ideias e perspetivas distintas sobre a abordagem de um dado problema ou maneira de o resolver.

Descrever, oralmente e/ou por escrito, o raciocínio seguido para a resolução de um determinado problema.

Formular problemas a partir de situações abordadas em aula, criando enunciados de situações/problema de sua autoria, que constituam desafios estimulantes relacionados com as aprendizagens realizadas.

Apresentar, em contexto de aula, trabalhos de investigação sugeridos por determinados conteúdos do Programa da disciplina.

Utilizar o vocabulário específico da disciplina para verbalizar o raciocínio adotado na resolução dos problemas propostos.

Proporcionar ao aluno diferentes oportunidades para:

Mobilizar o discurso argumentativo no âmbito das situações propostas em aula, de modo a expressar uma tomada de posição ou pensamento em resposta a debates entre professor, alunos e alunas, apresentando argumentos e contra-argumentos e rebatendo-os, sempre que justificado.

Participar em momentos de discussão e de partilha de conhecimentos que requeiram a sustentação de afirmações, a elaboração de opiniões ou a análise de situações específicas, através das quais se explore a articulação entre conteúdos diversos da disciplina.

Discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, adotando o vocabulário da disciplina para comunicar.

Pesquisar fontes documentais físicas ou digitais e selecionar/aprofundar a informação recolhida para responder a uma situação-problema ou trabalho de investigação proposto.

Explorar as potencialidades das ferramentas digitais disponíveis no sentido de facilitar a compressão e visualização de determinados conteúdos (sugerem-se, a título de exemplo: 3dsMax, AutoCAD, Blender, Cibema4D, GeoGebra, Poly, Rhinoceros/Grasshopper, SketchUp, SolidWorks, Stella 4D, The Geometer’s Sketchpad, entre outros).

Promover atividades que proporcionem ao aluno diferentes oportunidades de explorar o pensamento crítico e o pensamento criativo para:

Conceber situações onde conteúdos específicos da disciplina possam ser aplicados, sem descurar eventuais oportunidades de exploração colaborativa dos mesmos conteúdos por outras disciplinas, numa perspetiva interdisciplinar.

Interpretar enunciados de problemas e formular hipóteses de resposta através de diferentes processos de resolução.

Imaginar abordagens alternativas a uma forma tradicional de resolver uma situação-problema.

Recorrer de forma empírica, mas sistemática, a um dos sistemas de representação em estudo para descrever graficamente uma determinada situação/problema concebida no espaço tridimensional.

 

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor, Sabedor, Culto, Informado (A, B, D, I)

Crítico e Analítico (B, C, D, I)

Indagador e Investigador (C, D, F, I)

Respeitador da diferença/ do outro (B, E, F)

Sistematizador e Organizador (A, B, C, D, F, I)

Questionador (D, F, I)

Comunicador (B, E, F, I)

Autoavaliador (A, B, C, D, F, H, I)

Participativo e Colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável e Autónomo (B, C, D, E, F)

Cuidador de si e do outro (E, F, I)

Criativo (B, C, D)

Organizador
2. REPRESENTAÇÃO DIÉDRICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

2.1. Ponto

 

  • Representar o ponto pelas suas projeções e relacioná-las com a localização do ponto no espaço.

  • Diferenciar as coordenadas e as projeções de pontos situados nos diferentes diedros, planos de projeção e planos bissetores, assim como de pontos situados na mesma projetante.

2.2. Segmento de
reta
2.3. Reta
  • Representar o segmento de reta pelas suas projeções, e delas inferir a posição do segmento de reta no espaço, bem como eventuais relações de verdadeira grandeza entre este e a(s) sua(s) projeção(ões):
    • Segmento de reta perpendicular a um plano de projeção:
      • vertical
      • de topo
    • Segmento de reta paralelo aos dois planos de projeção:
      • fronto-horizontal
    • Segmento de reta paralelo a um dos planos de projeção:
      • horizontal (de nível)
      • frontal (de frente)
    • Segmento de reta oblíquo aos dois planos de projeção:
      • de perfil (paralelo ao plano de referência das abcissas)
      • passante (concorrente com o eixo x)
      • passante de perfil
      • oblíquo.
  • Representar segmentos de reta paralelos a um ou a dois planos de projeção, definidos por um ponto e pelo seu comprimento.
  • Representar a reta pelas suas projeções e qualquer ponto que lhe pertença (incluindo os traços nos planos de projeção e nos planos bissetores), ou reta que se relacione com a reta inicial.
  • Desta representação, inferir tanto as relações destes elementos entre si, como a posição da reta no espaço:
    • Reta perpendicular a um dos planos de projeção:
      • vertical
      • de topo
    • Reta paralela aos dois planos de projeção:
      • fronto-horizontal
    • Reta paralela a um dos planos de projeção:
      • horizontal (de nível)
      • frontal (de frente)
    • Reta oblíqua aos dois planos de projeção:
      • de perfil (paralela ao plano de referência das abcissas)
      • passante (concorrente com o eixo x)
      • passante de perfil
      • oblíqua.
  • Distinguir retas projetantes de retas não projetantes.
  • Representar retas concorrentes e retas paralelas.
  • Distinguir retas complanares de retas não complanares.

2.4. Figuras
planas I

 

  • Relembrar construções elementares de geometria plana.
  • Representar polígonos e círculos horizontais, frontais ou de perfil e identificar o plano de projeção em que se projetam em verdadeira grandeza.

2.5. Plano

  • Representar o plano pelos elementos que o definem:
    • o 3 pontos não colineares
    • o uma reta e um ponto exterior
    • o duas retas paralelas
    • o duas retas concorrentes (incluindo os traços nos planos de projeção).
  • Representar qualquer ponto ou reta contidos no plano e, desta representação, deduzir não apenas as condições de pertença entre pontos, retas e plano, mas também a posição do plano no espaço:
    • Plano paralelo a um dos planos de projeção:
      • horizontal (de nível)
      • frontal (de frente)
    • Plano perpendicular a um dos planos de projeção:
      • vertical
      • de topo
    • Plano perpendicular aos dois planos de projeção:
      • de perfil (paralelo ao plano de referência das abcissas)
    • Plano oblíquo aos dois planos de projeção:
      • de rampa (paralelo ao eixo x)
      • passante (contém o eixo x)
      • oblíquo (oblíquo ao eixo x).
  • Distinguir planos projetantes de planos não-projetantes.
  • Representar as retas notáveis do plano (horizontais, frontais, de maior declive, de maior inclinação) relacionando-as entre si.

2.6. Intersecções (Reta/Plano e Plano/Plano)

  • Determinar a interseção de uma reta com um plano (definido ou não pelos seus traços), recorrendo, nos casos que o justifiquem, ao método geral da interseção de uma reta com um plano:
    • Interseção de uma reta com um plano projetante
    • Interseção de uma reta com um plano não projetante.
  • Determinar a interseção de um plano com os planos bissetores.
  • Determinar a interseção de quaisquer dois planos (definidos ou não pelos seus traços), recorrendo, nos casos que o justifiquem, ao método geral da interseção de planos:
    • Interseção de dois planos projetantes
    • Interseção de um plano projetante com um plano não projetante
    • Interseção de dois planos não projetantes.
  • Determinar a interseção de quaisquer três planos, recorrendo, nos casos que o justifiquem, ao método geral da interseção de planos.

2.7. Paralelismo e Perpendiculari- dade entre retas e planos

  • Relembrar noções essenciais de Geometria no Espaço sobre paralelismo entre retas e planos:
    • Paralelismo de retas e de planos:
      • retas paralelas
      • reta paralela a um plano
      • planos paralelos
  • Relembrar noções essenciais de Geometria no Espaço sobre perpendicularidade entre retas e planos:
    • Perpendicularidade de retas e de planos:
      • retas perpendiculares
      • retas ortogonais
      • reta perpendicular a um plano
      • planos perpendiculares.
  • Representar uma reta paralela a um plano.
  • Representar uma reta perpendicular a um plano.

2.8. Sólidos I

  • Relembrar noções essenciais de Geometria no Espaço sobre Superfícies e Sólidos:
    • Superfícies: generalidades, geratriz e diretriz (exemplos: superfícies plana, piramidal, cónica, prismática, cilíndrica, esférica, entre outras).
    • Sólidos: generalidades, poliedros e não-poliedros (exemplos: pirâmides, prismas, cones, cilindros, esfera, entre outros).
  • Representar pirâmides (retas ou oblíquas) de base regular e cones (retos ou oblíquos) de base circular, situada num plano horizontal, frontal ou de perfil.
  • Representar prismas (retos ou oblíquos) de bases regulares e cilindros (retos ou oblíquos) de bases circulares, situadas em planos horizontais, frontais ou de perfil.
  • Representar paralelepípedos retângulos com faces situadas em planos horizontais, frontais e/ou de perfil.
  • Representar a esfera e as suas circunferências máximas horizontal, frontal e de perfil.
  • Representar pontos e linhas contidos nas arestas, faces ou superfícies dos sólidos em estudo.

2.9. Métodos Geométricos Auxiliares I:

Mudança de Diedros de Projeção
Rotações

  • Aplicar métodos geométricos auxiliares para determinar a verdadeira grandeza das relações métricas entre elementos geométricos contidos num plano de perfil, vertical ou de topo, designadamente:
    • Mudança de diedros de projeção (casos que impliquem apenas uma mudança) para transformar as projeções:
      • de um ponto
      • de uma reta
      • dos elementos definidores de um plano.
  • Rotações (casos que impliquem apenas uma rotação) para proceder:
    • à rotação de um ponto
    • à rotação de uma reta
    • à rotação de um plano projetante
    • ao rebatimento de planos de perfil
    • ao rebatimento de planos verticais
    • ao rebatimento de planos de topo.
  • Compreender espacialmente cada um dos métodos auxiliares em estudo e reconhecer as suas características e aptidões, selecionando o mais adequado, de acordo com o objetivo pretendido.
  • Identificar o eixo de rotação ou charneira do rebatimento como eixo de afinidade, por aplicação do teorema de Desargues.

2.10. Figuras
planas II

  • Representar polígonos e círculos contidos em planos de perfil.
  • Representar polígonos e círculos contidos em planos verticais.
  • Representar polígonos e círculos contidos em planos de topo.
2.11. Sólidos II
  • Representar pirâmides retas e prismas retos, de base(s) regular(es), situada(s) em plano(s) vertical(ais) ou de topo.
  • Representar paralelepípedos retângulos com face(s) situada(s) em plano(s) vertical(ais) ou de topo.

Francês Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

A definição das AE para o Francês apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Iniciação privilegia um desenvolvimento equilibrado das competências orais e escritas num desempenho de nível A2 no 11.º ano.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º Opção
Iniciação Formação Específica A2.1 A2.2 B1.1

No final do 10.º ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência A2.1 que constitui um patamar intermédio do nível A2 de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001). Esta competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias áreas de competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Geografia A, História A, Filosofia, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

No contexto temático da vida quotidiana, o aluno deve ficar capaz de:

Compreensão oral

Identificar palavras-chave e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos (anúncios públicos, mensagens telefónicas, publicidade, canções, videoclipes, publicações digitais, entre outros), relacionados com situações do quotidiano e experiências pessoais e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Identificar palavras-chave e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos (correspondência, folhetos, publicidade, catálogos, receitas, ementas, artigos de jornal, banda desenhada, publicações digitais, entre outros), relacionados com situações do quotidiano e experiências pessoais, constituídos essencialmente por frases simples e vocabulário familiar.

Interação oral

Interagir sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, pronunciando de forma compreensível, em conversas curtas, bem estruturadas e ligadas, tendo em conta o discurso do interlocutor, respeitando os princípios de delicadeza e usando um repertório limitado de expressões e de frases com estruturas gramaticais elementares para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever, narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.

Interação escrita

Escrever textos simples e curtos (50-60 palavras) em suportes diversos, sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário elementar e frases simples e articulando as ideias com conetores básicos de coordenação e subordinação para:

  • descrever e narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.

Produção escrita

Redigir textos (50-60 palavras) em suportes diversos, sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário muito frequente e frases curtas e articulando as ideias com diferentes conetores básicos de coordenação e subordinação para:

  • descrever e narrar experiências e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção e associação de informação explícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas.

Interação oral e escrita e produção escrita

  • Identificação da situação de comunicação;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações, redação de textos principalmente informativos/descritivos como convites, mensagens pessoais e cartazes, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Observar e identificar a diversidade na sua cultura de origem, assim como na(s) cultura(s) da língua estrangeira em referências, hábitos, atitudes e comportamentos inseridos em situações da vida quotidiana.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação e recolha de elementos culturais da língua estrangeira;
  • identificação de traços identitários, de semelhanças e diferenças culturais em situações quotidianas.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a importância de estratégias no processo de aprendizagem da língua estrangeira (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação de conhecimentos) e identificar as mais frequentes e eficazes para realizar tarefas individualmente ou em grupo.

Utilizar diferentes estratégias e suportes técnicos nas fases de planificação, de realização de tarefas comunicativas de compreensão, interação oral e produção escrita, avaliando a sua eficiência.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Recolha de informação sobre a motivação e representações da língua;
  • utilização da língua estrangeira na comunicação da sala de aula;
  • mobilização de conhecimentos linguísticos, experiências e meios não-verbais para superar as deficiências na receção e na produção.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J