Francês Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO

A definição das AE apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Continuação apresenta, tal como previsto no programa em vigor, um leque abrangente de competências. São privilegiadas capacidades cognitivas de nível superior para desenvolver um desempenho de nível B1.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º
Continuação Formação Específica B1.1 B1.2 B2.1

No final do 12.º ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência B2.1 que constitui um patamar intermédio do nível B2. Esta competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas.

A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Geografia C, História A, Filosofia A, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos reforçando capacidades de autonomia, de criatividade e de adaptação a diferentes contextos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral
Identificar as ideias principais e aspetos específicos e relacionar informação não-verbal e verbal em textos complexos (noticiários, reportagens, documentos radiofónicos, publicidade, videoclipes, curtas-metragens, filmes, publicações digitais, entre outros), sobre assuntos de ordem científica, tecnológica e cultural, com organização das ideias marcada explicitamente, vocabulário frequente, expressões idiomáticas correntes, articulação clara e ritmo normal.

Compreensão escrita

Seguir indicações, normas e instruções escritas complexas, identificar as ideias, conclusões e aspetos específicos, selecionar e associar informação explícita e implícita pertinente em textos descritivos, narrativos, explicativos e argumentativos complexos (correspondência, artigos de imprensa, publicidade, texto literário, publicações digitais, entre outros), sobre assuntos de ordem científca, tencológica e cultural, com ideias bem estruturadas, vocabulário frequente e expressões idiomáticas correntes.

Interação oral

Interagir sobre assuntos de ordem científica, tecnológica e cultural, com fluência e espontaneidade, em situações formais e informais, reagindo de forma pertinente ao discurso do interlocutor, respeitando as convenções sociolinguísticas, recorrendo a poucas estratégias de evitação e pronunciando de forma clara e natural e com ritmo e entoação apropriados para:

  • descrever, narrar e argumentar;
  • pedir e dar informações, conselhos e sugestões;
  • expor, explicar, comparar informações, argumentos e justificar opiniões.

Interação escrita

Escrever textos (200-250 palavras) para correspondência, fóruns ou redes sociais sobre assuntos de ordem científica, tecnológica e cultural, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário e utilizando recursos linguísticos adequados para construir textos coerentes e coesos para:

  • descrever, narrar e argumentar;
  • expor, explicar, comparar informações e argumentos;
  • justificar argumentos e opiniões.

Produção oral

Exprimir-se com fluência e espontaneidade em monólogos preparados previamente, sobre assuntos de ordem científica, tecnológica e cultural, usando recursos linguísticos adequados para construir uma sequência coesa, coerente e bem estruturada e pronunciando de forma clara e natural, com ritmo e entoação apropriados para:

  • descrever, narrar e argumentar;
  • expor, explicar, comparar informações, argumentos e justificar opiniões.

Produção escrita

Escrever textos (200-250 palavras) longos claros, diversos, coerentes e coesos sobre sobre assuntos de ordem científica, tecnológica e cultural, respeitando as convenções textuais para: 

  • descrever, narrar e argumentar;
  • expor, explicar, comparar informações e argumentos;
  • justificar argumentos e opiniões.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • antecipação e formulação de hipóteses face a discursos complexos e verificação;
  • identificação de pontos de vista, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • seleção, associação, classificação, hierarquização e organização de informação explícita e implícita;
  • comparação de informação de fontes diferentes;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral, seletiva e detalhada.

Interação e produção orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • síntese e tradução;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulação de situações mediáticas e profissionais, debates, jeux de rôle, criação e redação de textos heterogéneos, de formato e matriz variados (mensagens pessoais, textos mediáticos, interação em redes sociais, blogues, fóruns, etc.), integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Questionar factos, atitudes, opiniões, comportamentos, valores e crenças culturais, revelando abertura ao diálogo intercultural e uma visão pluricultural do mundo.

Analisar o uso da língua e os produtos culturais do mundo francófono, identificando indícios pertinentes e interpretando o carácter particular e a dimensão universal na dinâmica intercultural do século XXI.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Análise da pluriculturalidade veiculada pela língua no mundo francófono;
  • confronto de ideias e de pontos de vista distintos sobre factos, comportamentos, valores e crenças, tendo em conta diferentes perspetivas culturais a nível local, nacional ou global.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Mobilizar e avaliar as estratégias de aprendizagem e comunicação mais adequadas ao seu perfil de aprendente e de falante.

Avaliar progressos e dificuldades na comunicação, desenvolvendo a autonomia na aprendizagem dentro e fora da aula, assim como a capacidade de se corrigir, reformular e negociar o sentido com os interlocutores.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Identificação das estratégias mais eficientes na aprendizagem e no âmbito da comunicação (receção, interação e produção);
  • avaliação do seu perfil de comunicador e identificação de prioridades na sua aprendizagem;
  • utilização de recursos diversificados em trabalho autónomo; 
  • avaliação de planos de trabalho a nível individual e/ou coletivo.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Espanhol Continuação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Continuação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV B1.2 B2.1 B2.2
CE B2.1 B2.2 B2.2+
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) B1.1 B1.2 B2.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Para além da compreensão, interação e produção, a competência comunicativa a desenvolver com os alunos dos cursos de Formação Específica incui as atividades de mediação, também nas modalidades oral, escrita e audiovisual. O nível B2.2+ de compreensão escrita implica um alargamento da competência B2.2 através da diversificação de géneros e tipologias textuais, assim como das atividades e estratégias ligadas ao desenvolvimento da competência de mediação oral e escrita e do trabalho interdisciplinar com outras áreas do currículo.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 12.º ano de Continuação dos cursos de Formação Geral e Específica, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis:

CAV B2.1 É capaz de compreender as ideias principais de um discurso em espanhol padrão, linguística ou proposicionalmente complexo, tanto acerca de assuntos abstractos como concretos. É capaz de seguir um discurso longo e linhas de argumentação complexas desde que o assunto lhe seja razoavelmente familiar e a organização da exposição seja marcada explicitamente. É capaz de entender grande parte de muitos programas de rádio, televisão, vídeos e filmes sobre assuntos do seu interesse pessoal, sempre que o débito da fala seja relativamente pausado e claro e as expressões idiomáticas, correntes.
CE B2.2 É capaz de ler com um elevado grau de autonomia, adaptando o estilo e a velocidade de leitura a diferentes textos e fins e utilizando de forma selectiva fontes de referência adequadas para solucionar problemas de compreensão. Possui um amplo vocabulário de leitura, mas pode sentir alguma dificuldade com o léxico e as expressões idiomáticas menos frequentes. É capaz de entender artigos, ensaios e obras literárias relacionados com problemas atuais, nos quais o escritor adopta uma posição ou um ponto de vista próprios. Através da consulta de dicionários e outros textos, é capaz de solucionar a maioria dos problemas de compreensão com que se depara.
IO / IE / PO / PE / MO / ME B1.2 É capaz de comunicar com alguma segurança, em situações do dia-a-dia e servindo-se de meios tecnológicos, sobre assuntos familiares e sobre outros mais abstratos que tenham sido trabalhados previamente, introduzindo e compreendendo opiniões, reações, intenções, argumentos e exemplos. Pode dar instruções relativamente precisas e detalhadas e realizar uma descrição, um relato ou uma apresentação estruturados como uma sucessão linear de tópicos claros e com uma linguagem simples, sobre diversos temas do seu interesse e sobre assuntos conhecidos (experiências, sentimentos, acontecimentos, sonhos e projetos reais ou imaginários, a intriga de um romance ou de um filme, etc.). É capaz de servir de mediador interlinguístico e intercultural, transmitindo, oralmente e por escrito, anúncios, mensagens, notas e resumos de intervenções ou textos feitos originalmente em espanhol ou português, com uma linguagem simples e corrente e com interferências linguísticas não sistemáticas. É capaz de autorreger o conteúdo e a forma das suas intervenções e textos se lhe for dado feedback.

Neste ano, deve prestar-se especial atenção à revisão e alargamento da competência estratégica em todos os domínios e ao trabalho interdisciplinar com outras áreas do currículo. Uma vez que se trata de uma disciplina de opção para os alunos de Formação Geral e Específica, o docente deverá, através dos diagnósticos e da análise de necessidades da turma, determinar os âmbitos que exigem maior atenção para conseguir que os discentes atinjam de forma equilibrada os objetivos previstos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão auditiva e audiovisual [Nível B2.2]

Identificar e/ou inferir a maioria das ideias principais e selecionar e associar informação pertinente verbal e não- verbal em textos audiovisuais complexos sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo em que predominam o vocabulário e as expressões idiomáticas correntes, a articulação é clara e o ritmo é natural.

Compreender a maior parte das intervenções e dos diálogos de programas de televisão e de filmes sempre que a pronúncia seja clara e a linguagem usada seja em padrão coloquial sem excesso de fraseologia.

Seguir instruções, mesmo por telefone.

Compreensão escrita [Nível B2.2+]

Identificar o sentido global, selecionar e associar informação e interpretar factos e ideias explícitos e implícitos.

Estabelecer relações interculturais em textos extensos (literários ou outros) de diversas proveniências geográficas sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, sempre que predominem vocabulário e expressões idiomáticas correntes.

Interação oral [Nível B2.1]

Interagir com fluência em situações formais e informais para pedir e dar informações, trocar ideias, explicar e argumentar sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo ou comentar o ponto de vista de outra pessoa.

Exprimir-se espontaneamente realçando aspetos importantes e reagir, de forma pertinente e natural, ao discurso do interlocutor, com consciência dos princípios de cortesia verbal e das mudanças de registo e utilizando poucas estratégias de evitação.

Seguir uma conversa, ainda que num contexto ruidoso, e reagir perante o discurso que lhe é dirigido, mesmo que tenha de solicitar alguns esclarecimentos ou repetições.

Participar ativamente em debates ou entrevistas sobre temas conhecidos, tomar a palavra, mudar de assunto e concluir.

Usar vocabulário e expressões idiomáticas correntes, assim como estruturas frásicas diversas, mobilizando recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias e solicitar esclarecimentos e explicações.

Pronunciar de forma clara, com um ritmo e uma entoação apropriados.

Interação escrita [Nível B2.1]

Escrever cartas, mails e mensagens, em papel ou em aplicações digitais, para exprimir eficazmente ideias e opiniões, comparar experiências e relacionar factos, opiniões e argumentos sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo.

Utilizar vocabulário frequente e expressões idiomáticas correntes, assim como estruturas frásicas e recursos discursivos adequados para construir textos coerentes e coesos.

Respeitar as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens redigidas, adequando-as ao destinatário.

Produção escrita [Nível B2.1]

Escrever textos claros, diversos e articulados, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • descreve situações, narra acontecimentos e expõe, com clareza, relevância e fundamentação, informações, opiniões e argumentos sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas correntes, assim como estruturas gramaticais variadas e recursos adequados para construir uma argumentação coerente e coesa;
  • respeita as convenções dos géneros textuais e apresenta um domínio razoável da correção formal (controlo de interferências, ortografia e pontuação).

Mediação oral e escrita [Nível B2.1]

Reformular textos diversos, mudando o registo e  selecionando formas linguísticas equivalentes.

Resumir oralmente e por escrito textos argumentativos sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo.

Incluir citações diretas e indiretas em apresentações, relatórios e ensaios.

Realizar traduções e interpretações informais (português- espanhol, espanhol-português) de sequências/fragmentos presentes nos documentos trabalhados nas atividades de compreensão auditiva/audiovisual e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de compreensão auditiva/audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Identificar o uso de metáforas, ironias, humor, duplos sentidos, etc. nas produções orais e escritas e associar a sua presença às intenções do falante ou escritor.
  • Processar a informação relevante e secundária em discursos e textos onde estão presentes repetições, erros ou incoerências.
  • Estabelecer relações intra e interdisciplinares.
  • Conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado e planificar projetos individuais ou de grupo.
  • Motivar-se para procurar e aprofundar informação.
  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Definir a situação de comunicação (interlocutores, tipo de relação, conhecimentos partilhados, local, canal, tipo de texto, etc.) para adequar o conteúdo e a forma da interação/produção.
  • Avaliar os recursos retóricos e linguísticos e a cortesia verbal necessários para tornar mais efetiva a comunicação.
  • Discriminar e ativar os recursos para enfatizar as partes do discurso que se desejam destacar.
  • Cooperar na interação de forma espontânea, adiantando respostas pertinentes, repetindo ou resumindo o que disse alguém, para centrar a discussão e chegar a acordos.
  • Trabalhar com aplicações de reconhecimento de voz para ir ajustando progressivamente a pronúncia à variação possível do espanhol padrão.
  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Compilar os erros formais próprios e dos colegas para analisar as causas.
  • Listar as palavras e expressões que provocam maiores dificuldades.
  • Fazer exercícios de atenção visual detalhada.
  • Compreender as limitações dos processadores de texto ou outras aplicações informáticas que assinalam erros formais de escrita e, com a ajuda do professor, diversificar os meios de consulta para os emendar.
  • Planificar, elaborar mapas concetuais, esquemas e esboços, discutir, redigir, rever, corrigir e avaliar de forma cooperativa a produção de textos.
  • Rever as ações estratégicas aplicadas nas atividades e tarefas de mediação oral e escrita dos cursos de Formação Específica, adaptando-as aos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Ativar os conhecimentos prévios sobre o género discursivo, o estilo, o registo, a função e a intenção comunicativa dos documentos trabalhados.
  • Comparar a idoneidade de diferentes modelos e soluções de mediação intra e interlinguística, relativos aos documentos trabalhados nas aulas.
  • Fazer resumos de artigos de jornais e revistas e de outros textos breves (ensaios, contos, etc.).
  • Organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar.
  • Avaliar a adequação e eficácia dos textos orais e escritos, próprios e dos colegas, nas atividades de mediação intra e interlinguística.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Questionar factos, atitudes, opiniões, comportamentos, valores e crenças culturais, revelando abertura ao diálogo intercultural e uma visão pluricultural do mundo.

Analisar produtos culturais (literatura, artes e ideias), identificando indícios pertinentes e interpretando a dimensão particular e a dimensão universal na dinâmica intercultural do século XXI, para os mobilizar em atividades diversificadas (trabalhos, apresentações, jogos, concursos, exposições, vídeos, artefactos, atividades de palco, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: estratégias para aprender mais eficazmente a língua; os jovens e o futuro; direitos e deveres; convivência e integração; ecologia; geografia de Espanha e da América; entrevistas de trabalho; o espanhol no mundo – extensão e variedades; museus e património cultural do mundo hispânico; festas tradicionais e temáticas; televisão, cinema e teatro; cuidados corporais e doenças habituais; literatura e artes.
  • Confrontar ideias e perspetivas distintas sobre a abordagem de um dado problema e/ou a maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam estas de incidência local, nacional ou global.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Alargar o repertório de estratégias de aprendizagem, avaliar a sua eficiência e mobilizar as mais adequadas ao seu perfil.

Demonstrar respeito pela diversidade de processos e estratégias na realização de tarefas, favorecendo a cooperação no trabalho de grupo.

Explorar a importância do uso da língua em situações dentro e fora da aula.

Mobilizar estratégias ajustadas às dificuldades na compreensão, interação e produção e selecionar os meios e recursos apropriados para consolidar a competência de comunicação.

Avaliar progressos e dificuldades na comunicação, desenvolvendo a autonomia na aprendizagem dentro e fora da aula, assim como a capacidade de corrigir-se, reformular e negociar o sentido com os interlocutores.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Rever as ações estratégicas relativas ao desenvolvimento da competência estratégica dos anos anteriores e adaptá-las aos novos objetivos e situações trabalhados na aula, tornando o seu uso mais automatizado e autónomo.
  • Utilizar adequadamente os meios tecnológicos como meio de comunicação e de informação.
  • Autoanalisar-se, reconhecer o seu próprio estilo de aprendizagem, experimentar diferentes técnicas, superar as fases de aparente impasse e não desanimar.
  • Aprofundar, de forma pessoal, os aspetos socioculturais e os conteúdos linguísticos que mais lhe interessam e os que precisam de reforço.
  • Descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.
  • Compreender como se aprendem as línguas e para que serve cada uma das atividades da aula.
  • Conhecer a estrutura dos manuais e outros materiais didáticos.
  • Tomar iniciativas na fixação e negociação dos objetivos e na seleção de temas, conteúdos e materiais a serem tratados nas aulas.
  • Redigir, de forma colaborativa, os critérios de classificação das atividades e tarefas da aula e avaliar as produções próprias e dos colegas.
  • Autocorrigir-se e reorientar o trabalho com a ajuda do professor, de colegas ou de materiais didáticos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Economia C

Introdução

A Economia C é uma disciplina anual de opção do 12.º ano dos Cursos Científico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas, podendo ser objeto de escolha por alunos que frequentam outras ofertas educativas e formativas.

A identificação das Aprendizagens Essenciais (AE) da disciplina de Economia C teve por base o programa em vigor, identificando os conhecimentos, capacidades e atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da Economia no ensino secundário, e tendo em atenção os seguintes objetivos:

  • identificar as aprendizagens essenciais no domínio da Economia face às áreas de competência previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA);
  • proporcionar aos alunos instrumentos que lhes permitam compreender e refletir sobre a complexidade das sociedades contemporâneas, num mundo cada vez mais globalizado.

Assim, a disciplina de Economia C inicia-se com o estudo de conceitos estruturantes que visam:

  • conhecer as características do crescimento económico moderno e os seus contributos para a configuração das sociedades contemporâneas, bem como as suas consequências, nomeadamente, ao nível ecológico;
  • adquirir conceitos e instrumentos que permitam reconhecer a complexidade das sociedades contemporâneas onde coexistem fenómenos muito diversos, ou seja, propõe-se o estudo das desigualdades de desenvolvimento, da globalização e da integração regional;
  • permitir a aquisição de uma capacidade de reflexão crítica sobre as características fundamentais da economia mundial atual e alguns dos seus problemas.

É de salientar que as metodologias de ensino-aprendizagem propostas estão centradas em atividades de pesquisa que implicam a recolha de informações recorrendo a diferentes meios de investigação, recorrendo a fontes físicas (livros, jornais, etc.) ou digitais (Internet).

Também é incentivado o trabalho de projeto na medida em que é proposta a realização de um trabalho, em grupo ou individual, cujo objetivo é a problematização, à luz dos Direitos Humanos, de um tema integrado nos conteúdos do programa da disciplina. Esse trabalho poderá ser realizado em articulação com outras disciplinas, podendo ser apresentado a diferentes públicos (à turma ou à escola).

As transformações do mundo atual são reflexo das (e refletem-se nas) transformações económicas que requerem a necessária atualização de conteúdos contemplados neste documento. É de salientar, ainda, que a rapidez e a imprevisibilidade da mudança na sociedade atual poderão desatualizar algumas das aprendizagens previstas, devendo os professores que as lecionam estar atentos no sentido de acompanharem essas transformações.

A disciplina de Economia C contribui ainda para o desenvolvimento de um conjunto de competências que se articulam com as áreas de competências definidas no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, pois o estudo da Economia deverá permitir:

  • Adquirir instrumentos para compreender a dimensão económica da realidade social, descodificando a terminologia económica, atualmente muito utilizada quer nos meios de comunicação social, quer na linguagem corrente;
A; B; C; D; F; G; I
  • Mobilizar instrumentos económicos para compreender aspetos relevantes da organização económica e para interpretar a realidade económica portuguesa, comparando-a com a da União Europeia;
A; B; C; D; F; G; I
  • Compreender melhor as sociedades contemporâneas, em especial a portuguesa, bem como os seus problemas, contribuindo para a educação para a cidadania, para a mudança e para o desenvolvimento;
A; B; C; D; F; G; I
  • Desenvolver o espírito crítico e de abertura a diferentes perspetivas de análise da realidade económica;
A; B; C; D; F; G; I
  • Recolher informação utilizando diferentes meios de investigação e recorrendo a fontes físicas (livros, jornais, etc.) e/ou digitais (Internet);
A; B; C; D; F; I
  • Interpretar dados estatísticos apresentados em diferentes suportes;
A; B; C; D; F; I
  • Selecionar informação, elaborando sínteses de conteúdo da documentação analisada;
A; B; C; D; F; I
  • Apresentar comunicações orais e escritas recorrendo a suportes diversificados de apresentação da informação.
A; B; C; D; F; I
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Crescimento e desenvolvimento
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Distinguir crescimento económico de desenvolvimento;
  • Relacionar crescimento económico e desenvolvimento, reconhecendo que o crescimento económico é um meio para alcançar o desenvolvimento;
  • Interpretar indicadores de desenvolvimento (simples: económicos, demográficos, socioculturais e políticos; compostos: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD), Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), Índice de Desenvolvimento Humano por Género (IDHG) e Índice de Desigualdade de Género (IDG) e outros indicadores que venham a ser definidos, no futuro, pelas Nações Unidas), evidenciando as suas principais limitações;
  • Explicar as fontes de crescimento económico (aumento da dimensão dos mercados - interno e externo; investimento de capital - físico e humano - e progresso técnico);
  • Explicar as características do crescimento económico moderno (inovação tecnológica, aumento da produção e da produtividade, diversificação da produção, alteração da estrutura da atividade económica, modificação do modo de organização económica e melhoria do nível de vida);
  • Relacionar o crescimento económico moderno com as alterações ocorridas na organização económica das sociedades desenvolvidas, nomeadamente com o aumento da dimensão das empresas, com o aumento da concorrência entre elas e com a modificação do papel do Estado;
  • Caraterizar os ciclos de crescimento económico e as suas fases (expansão, prosperidade - auge ou ponto alto, recessão e depressão - ponto baixo);
  • Aplicar os indicadores de desenvolvimento para avaliar o nível de desenvolvimento de diferentes países;
  • Justificar situações de crescimento económico sem desenvolvimento.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • utilização rigorosa da terminologia económica e uso consistente e de forma articulada de conhecimentos económicos;
  • pesquisa e seleção de informação pertinente, utilizando fontes diversas, como, textos, gráficos, tabelas e mapas;
  • leitura de dados estatísticos apresentados sob diversas formas (textos, gráficos, tabelas e mapas) e retirar conclusões pertinentes sobre uma dada situação económica;
  • organização sistematizada de leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realização de tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, bem como a mobilização do memorizado;
  • mobilização de conhecimentos adquiridos anteriormente que permitam compreender situações da realidade económica local, regional, nacional, europeia e mundial;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • realizar um trabalho de grupo com o objetivo de aprofundar uma das temáticas ou conteúdos do programa, devendo terminar necessariamente com a sua problematização à luz dos Direitos Humanos;
  • formular hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado, nomeadamente através da observação da realidade económica do local em que se insere;
  • propor alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • criar um objeto, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições, entre outras, sobre os impactos da globalização sobre a economia portuguesa, nomeadamente sobre o emprego, sobre o mercado laboral, sobre a competitividade das empresas, sobre a competitividade das exportações portuguesas, sobre a estrutura  produtiva;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, textos, gráficos, quadros, mapas e imagens);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos, rebater os contra-argumentos sobre a realidade económica portuguesa e europeia);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados económicos;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • analisar textos, de caráter económico, com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • problematizar aspetos da realidade económica portuguesa, europeia e mundial;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de caraterísticas, crenças ou opiniões;
  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de uma dada situação económica e ou maneira de a resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, que sejam de incidência local, nacional ou global.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • registo seletivo;
  • tarefas de organização (por exemplo, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaboração de planos gerais, esquemas;
  • promoção do estudo autónomo com o apoio do professor, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber questionar uma dada situação económica;
  • organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento prévio.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação uni e bidirecional;
  • ações de resposta, apresentação, iniciativa;
  • ações de questionamento organizado.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • se autoanalisar;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • a assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas;
  • assumir e cumprir compromissos, contratualizar tarefas;
  • a apresentação de trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, B, C, D, G, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, E, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
A globalização e a regionalização económica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Globalização económica, financeira e cultural

Impactos da globalização nos países em desenvolvimento

Regionalização económica

  • Distinguir os conceitos de mundialização e de globalização;
  • Explicar em que consiste a mundialização das trocas
  • (bens e serviços), evidenciando o papel desempenhado pelas empresas multinacionais/transnacionais (empresas multinacionais e empresas transnacionais; deslocação e deslocalização; decomposição internacional dos processos produtivos - produção geograficamente repartida);
  • Distinguir os diferentes fluxos de capital (investimentos, operações de crédito e empréstimos), destacando o papel do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) e analisar a sua evolução a nível mundial;
  • Caracterizar os diferentes movimentos da população e analisar a sua evolução a nível mundial (movimentos da população: migrações - internas e externas -, e fluxos de turismo);
  • Explicar o papel das empresas transnacionais (ETN) na globalização da economia (mercados globais e produtos globais; transnacionalização da produção);
  • Explicitar fatores que estão na base da globalização do sistema financeiro (globalização financeira);
  • Referir fatores que estão na base da globalização cultural (padrões de cultura, difusão cultural, aculturação, padrões de consumo, estilos de vida);
  • Relacionar aculturação com globalização económica;
  • Explicar em que consiste a polarização das trocas mundiais, relacionando-a com a posição dos países desenvolvidos e com a dos países em desenvolvimento;
  • Relacionar a estrutura e o peso do comércio externo dos países em desenvolvimento com a sua inserção nas trocas internacionais (degradação dos termos de troca e dívida externa);
  • Distinguir diferentes formas de integração económica (informal e formal: zona de comércio livre, união aduaneira, mercado comum/mercado único, união económica e união monetária) e dar exemplos de organizações de integração económica em diferentes áreas geográficas;
  • Relacionar a crescente formação de blocos económicos regionais com o fenómeno da globalização (regionalização económica mundial);
  • Problematizar a necessidade de regulamentação da economia mundial, evidenciando o papel das instituições internacionais na gestão política e económica mundial (GATT/Organização Mundial do Comércio, Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, União Europeia, BRICS e G20).

 

Organizador
O desenvolvimento e a utilização dos recursos
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estruturas demográficas

Custos ecológicos

  • Relacionar a melhoria do nível de vida, associada ao progresso tecnológico, com o crescimento demográfico (transição demográfica);
  • Relacionar o nível de desenvolvimento dos países com a sua estrutura demográfica (estrutura demográfica, pirâmide etária, explosão demográfica e envelhecimento populacional);
  • Avaliar as consequências económicas decorrentes da questão demográfica, nomeadamente, dos fluxos migratórios e do envelhecimento populacional (migrantes internacionais e refugiados);
  • Explicar consequências ecológicas do crescimento económico moderno e da utilização indiscriminada dos recursos (diminuição da base de recursos disponíveis: água potável, zonas verdes, zonas ribeirinhas, espécies vegetais e animais, solos produtivos e recursos minerais; pegada ecológica, biocapacidade; poluição: atmosférica, das águas e dos solos; fontes de poluição; chuvas ácidas, camada de ozono e efeito de estufa; alterações climáticas);
  • Problematizar os padrões culturais, nomeadamente os de consumo e os estilos de vida, como fontes de degradação ambiental;
  • Explicar o conceito e os benefícios da economia circular;
  • Explicar de que forma a degradação ambiental constitui um obstáculo ao desenvolvimento;
  • Explicar em que medida as externalidades, os bens públicos, os bens comuns e os direitos de propriedade impõem limitações ao funcionamento regular da economia;
  • Avaliar soluções possíveis para os problemas ecológicos no quadro do funcionamento regular das economias, problematizando formas de intervenção do Estado e/ou de organizações supranacionais na resolução de problemas ambientais.

 

Organizador
O desenvolvimento e os Direitos Humanos
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Explicitar o conceito de direitos humanos;
  • Explicar as características dos direitos humanos (universalidade, indivisibilidade, interdependência e inalienabilidade);
  • Caracterizar as diferentes gerações de direitos humanos, reconhecendo a necessidade de um entendimento integrado dos direitos das diferentes gerações;
  • Problematizar a universalidade dos direitos humanos face à diversidade cultural das sociedades;
  • Relacionar Economia com:

Justiça Social - direito ao desenvolvimento (justiça social, direito ao desenvolvimento, diálogo norte/sul, pobreza e exclusão social);

Cidadania – o direito à não discriminação e a um completo Desenvolvimento Humano (discriminação positiva/negativa: étnica, económica, religiosa e de género; cidadania; desenvolvimento humano);

Ecologia – o direito a um ambiente saudável e a um Desenvolvimento Sustentável (ecologia; desenvolvimento sustentável; defesa do ambiente; direitos ambientais);

Desenvolvimento e Direitos humanos – Desenvolvimento Humano Sustentável e Desenvolvimento como Liberdade (desenvolvimento humano sustentável; desenvolvimento como liberdade).

Organizador
Trabalho Prático
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Realizar um trabalho de grupo que tenha como objetivo principal o aprofundamento de uma das temáticas ou conteúdos do programa, terminando necessariamente com a sua problematização à luz dos Direitos Humanos.

Na realização deste trabalho, os alunos, sempre que possível, poderão estabelecer ligações com outras disciplinas opcionais do 12.º ano.

Desenho A

Introdução

 O Desenho é uma forma universal de conhecer e comunicar e contempla múltiplas vertentes do conhecimento, a partir das quais se exercitam as capacidades de observação, de análise, de síntese e de representação. As aprendizagens nesta área devem mobilizar conteúdos que criem condições de equilíbrio entre a aquisição de conhecimentos técnicos e a compreensão do desenho como meio de expressão intencional contribuindo para a utilização competente da linguagem do Desenho.

A disciplina de Desenho A deve estabelecer uma relação dinâmica entre o aprender a Ver – a Criar – e a Comunicar, conjugando a análise crítica e reflexiva sobre o que se vê, com a experimentação de conceitos/temáticas com diferentes materiais e técnicas, modos de registo e a utilização de diferentes suportes. Esta inter-relação deve ter em conta os diversos processos criativos que gradualmente vão conduzindo à apropriação de diferentes modos de ver e pensar e que favoreçam o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, colocando o conhecimento em Desenho numa perspetiva abrangente de educação artística, capaz de responder às problemáticas e desafios da arte contemporânea e ao desenvolvimento das áreas de competências definidas no Perfil do Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

A identificação das aprendizagens essenciais de Desenho A tem por referência os domínios comuns à maioria das disciplinas relacionadas com a Educação Artística - a Apropriação e Reflexão, a Interpretação e Comunicação e a Experimentação e Criação. Estes Domínios, separados apenas por uma questão metodológica, devem ser entendidos como realidades interdependentes, de acordo com o esquema seguinte:

Domínios

Estas aprendizagens essenciais não surgem dissociadas de toda a componente curricular do curso de Artes Visuais e das restantes disciplinas de formação específica, que contribuem, de forma muito própria, para consolidar a formação do aluno a ao longo dos três anos de escolaridade no ensino secundário.

No 12.º ano de escolaridade, a disciplina de Desenho A deverá proporcionar a progressiva autonomia de procedimentos, por parte dos alunos, para a concretização dos seus trabalhos, desenvolvendo, em simultâneo, o pensamento reflexivo, crítico e criativo.

No final da escolaridade obrigatória, os alunos deverão ficar capazes de utilizar modos próprios de expressão e de comunicação visual mobilizando, intencional e autonomamente, diferentes ideias/conceitos através da exploração dos diversos recursos, materiais e suportes trabalhados nos anos anteriores.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender que os processos de observação de diferentes imagens articulam perspetivas múltiplas de análise da(s) realidade(s).

Refletir sobre a relação entre os eixos estruturantes das imagens [significante e significado (s)] e a sua articulação com as vivências e os conhecimentos dos fruidores/observadores.

Aprofundar conhecimentos sobre a relação entre o que é percecionado e os diferentes modos de representação da(s) realidade(s).

Refletir sobre o modo como os diferentes contextos das imagens e as circunstâncias em que o fruidor/observador as perceciona podem desencadear múltiplas leituras e interpretações.

Reinterpretar referências de diferentes movimentos artísticos. 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

A compreensão dos contextos culturais em que se inserem as diferentes manifestações artísticas.

A exploração intencional dos elementos estruturais da linguagem plástica e visual.

A necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos, através da seleção de informação pertinente e do estabelecimento de relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que estimulem a criatividade dos/as alunos/as, como por exemplo, através da:

Articulação de atividades e exercícios que valorizem, simultaneamente a descoberta e a interrogação, a aprendizagem prática e a compreensão conceptual, a expressão pessoal e a reflexão individual e coletiva.

Participação criativa em trabalhos e/ou projetos (envolvendo a turma, a escola e/ou a comunidade) para exploração de temas transversais a várias disciplinas, de forma a promover a reflexão participada e a ação proativa sobre questões identitárias e de cidadania democrática.

Criação de unidades de trabalho que valorizem a exploração prática, assim como o questionamento de conceitos e de capacidades de reflexão críticas sobre o desenho.

Utilização de uma metodologia faseada no desenvolvimento dos trabalhos de desenho e no processo criativo e inventivo de imagens.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos/as alunos/as, através:

Da reflexão crítica sobre os conhecimentos e suas interpretações possíveis.

Do estímulo da capacidade de agir utilizando processos de pensar e de fazer artísticos como forma de ação e de participação cívica.

Da análise dos seus trabalhos e a dos seus colegas, sustentada com os conhecimentos adquiridos em diferentes situações de observação e análise e tendo em conta os seus contextos de elaboração.

Da autoavaliação dos seus trabalhos, sustentada pelos conhecimentos adquiridos na disciplina de Desenho, utilizando vocabulário específico da linguagem visual.

Promover estratégias que envolvam, por parte do/a aluno/a:

A reflexão crítica sobre os conhecimentos específicos da disciplina e suas interpretações possíveis.

A combinação de atividades e exercícios que valorizem, simultaneamente, a descoberta e a interrogação, a aprendizagem prática e a compreensão conceptual, a expressão pessoal e a reflexão individual e coletiva.

O registo da observação de objetos e espaços, bem como de ideias, reflexões, vivências e experiências, de uma forma sistemática (diário gráfico e portefólio digital e/ou físico), que poderão ser utilizadas no seu trabalho individual e/ou coletivo.

O reconhecimento da importância do desenho como forma de pensar e de comunicar.

Promover estratégias que, por parte do aluno, requeiram/induzam:

A compreensão da diversidade cultural e artística possibilitando o reconhecimento valorativo da diferença.

A partilha de ideias, no sentido de encontrar soluções e de compreender o ponto de vista dos outros.

Promover estratégias que envolvam, por parte do/a aluno/a:

A interiorização de métodos de trabalho individual, no sentido de, conscientemente, otimizar as suas capacidades de organização.

A justificação da intencionalidade das suas composições, referindo o modo como organizou os elementos no campo visual.

A integração consciente, nos trabalhos que realiza, dos conhecimentos adquiridos ao longo da aprendizagem.

O registo de esboços, notas e reflexões num diário gráfico que deve acompanhar o seu processo de trabalho.

A organização de um portefólio (digital e/ou físico) para ilustrar o processo de desenvolvimento do seu trabalho.

Promover estratégias que motivem o/a aluno/a:

A uma análise crítica dos seus trabalhos e a dos seus colegas, sustentada com os conhecimentos adquiridos em diferentes situações de observação e análise e tendo em conta os seus contextos de elaboração.

Promover estratégias que proporcionem ao/à aluno/a a oportunidade de:

Apresentar um portefólio (digital e/ou físico) em contexto de aula, para explicitar o trabalho desenvolvido.

Participar em diversos contextos comunicativos, através do discurso verbal e de intervenções de natureza gráfica/plástica/visual.

Participar de forma colaborativa na organização de exposições coletivas em que os seus trabalhos estejam incluídos.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios estabelecidos, se oriente o/a aluno/a para:

A autoanálise e autoavaliação dos seus trabalhos, sustentada pelos conhecimentos adquiridos, utilizando vocabulário específico da linguagem visual.

O desenvolvimento do nível de autoexigência, no contexto das aprendizagens e da elaboração dos seus trabalhos.

Promover estratégias que proporcionem oportunidades para o/a aluno/a:

Colaborar em trabalhos ou projetos coletivos, utilizando a linguagem do Desenho e das Artes Visuais.

Participar em projetos de trabalho (turma/escola/comunidade), partindo da abordagem de temas transversais ou que integrem conteúdos de várias disciplinas.

Conceber e organizar exposições coletivas com os seus trabalhos e/ou projetos desenvolvidos de forma multidisciplinar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem, por parte do/a aluno/a:

A interiorização de métodos de trabalho individual, no sentido da sua autorregulação.

O cuidado no respeito pelos prazos estabelecidos para a execução do trabalho solicitado pelo/a docente.

Promover estratégias que induzam:

À organização e preservação dos espaços, bem como dos materiais e equipamentos, de acordo com as regras elaboradas em grupo e/ou pelo/a docente.

À disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação.

À valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar e argumentar as suas ideias.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G) 

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Manifestar sentido crítico e sentido estético, articulando processos diversos de análise, síntese, argumentação e apreciação, enquanto observador-criador.

Compreender a diversidade dos modos de expressão artística das diferentes culturas e o seu papel na construção da(s) identidade(s) cultural(ais).

Avaliar o trabalho realizado por si e pelos seus pares, justificando as suas opções relativamente aos processos desenvolvidos e utilizando critérios de análise fundamentados nos seus conhecimentos e em referências culturais e artísticas.

Organizador
EXPERIMENTAÇÂO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenvolver processos próprios de representação em torno do conceito de forma (ampliação, sobreposição, rotação, nivelamento, simplificação, acentuação e repetição), selecionando contextos, ambientes, formas de registo e de composição (linha, mancha, sombra, cor, contorno, sobreposição e justaposição, entre outros).

Dominar e utilizar os efeitos da cor, manipulando-a de acordo com o aspeto gráfico/plástico pretendido.

Desenvolver processos próprios de representação em torno do conceito de forma (ampliação, sobreposição, rotação, nivelamento, simplificação, acentuação e repetição), selecionando contextos, ambientes, formas de registo e de composição (linha, mancha, sombra, cor, contorno, sobreposição e justaposição, entre outros).

Dominar e utilizar os efeitos da cor, manipulando-a de acordo com o aspeto gráfico/plástico pretendido.

Ciência Política

Introdução

A identificação das aprendizagens essenciais da disciplina de Ciência Política tem por base as unidades didáticas do documento curricular em vigor, bem como as finalidades, os objetivos gerais, os objetivos específicos e os conteúdos aí considerados.

O principal critério que presidiu à seleção dos conhecimentos para a elaboração das Aprendizagens Essenciais foi integrar aqueles que não são objeto de estudo noutras disciplinas, nomeadamente, Filosofia, História e Economia, mantendo-se, no entanto, a perspetiva de que deverá privilegiar-se uma relação interdisciplinar entre os mesmos.

Os contributos da disciplina de Ciência Política para o Pefil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA) decorrem da própria natureza da disciplina e pressupõem o recurso a metodologias de ensino-aprendizagem centradas em atividades a realizar pelos alunos, na utilização de materiais extraídos dos media e na discussão de temas da vida política contemporânea.

Pretende-se assim que os alunos se familiarizem com os grandes problemas políticos do seu tempo, que se informem sobre os mesmos, que adquiram uma perspetiva crítica que lhes permita aferir os diferentes interesses em jogo e adquirir autonomia para refletir e decidir por si próprios.

Por conseguinte, propõe-se que os alunos desenvolvam as seguintes competências, que emergem das seguintes áreas de competências do Perfil do Aluno: Linguagem e textos, Informação e comunicação, Pensamento crítico e pensamento criativo, Relacionamento interpessoal, Bem-estar, saúde e ambiente e Saber científico, técnico e tecnológico:

  1. Fazer uma apropriação pessoal de problemas / conceitos / teorias / ideologias / formas de organização política;
  2. Saber ler e interpretar documentos;
  3. Saber pensar criticamente e de forma tolerante;
  4. Relacionar-se com o Outro de forma cooperativa, com respeito e solidariedade;
  5. Ser democrático, cooperante e responsável;
  6. Saber analisar contextos sociais e relações de poder;
  7. Saber conviver com regras, utilizá-las e (re)elaborá-las.

As estratégias e os materiais de consulta sugeridos no programa homologado em 2006, assim como a bibliografia e a webgrafia ali apresentados mantêm-se como referência para o desenvolvimento de ensino e aprendizagem da disciplina.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
UNIDADE I - INTRODUÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A diversidade do campo da Ciência Política: os diferentes ramos da disciplina. Algumas disciplinas afins

  • Conhecer os principais temas do Programa de Ciência Política e os objetivos gerais da disciplina.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Resposta, pelos alunos, ao teste de The Political Compass e debate dos resultados.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / Informado (A, D)

Organizador
UNIDADE II – AS IDEIAS POLÍTICAS NO QUADRO DO ESTADO MODERNO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Os Direitos do Homem e do Cidadão

O Poder Político e o Estado

  • O conceito de Estado
  • O Estado Europeu Moderno

ideias de estado de natureza, direitos naturais, contrato social, estado de sociedade e soberania teorias jusnaturalistas e contratualistas versus teoria do direito divino dos monarcas

  • Analisar a relação do poder político com o Estado.
  • Definir Estado.
  • Caracterizar o Estado Europeu moderno.
  • Explicar a noção de soberania.

A evolução da cidadania num sentido democrático e social

  • Conhecer os deveres e os direitos de cidadania.
  • Estabelecer a correspondência entre direitos e deveres de cidadania.
  • Conhecer a evolução progressiva do conceito de cidadania civil para o de plena cidadania política e deste para o de cidadania social.
  • Conhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

As Ideologias Políticas

Direita e esquerda: origem e sentido da dicotomia

As principais correntes ideológicas: a) Liberalismo; b) Conservadorismo; c) Socialismo

  • Explicar a origem e o sentido da distinção entre “Direita” e “Esquerda”, assim como alguns dos seus avatares ao longo da época contemporânea.
  • Identificar as principais correntes ideológicas coexistentes no quadro constitucional: liberalismo, conservadorismo e socialismo.
  • Identificar pensadores, temas e valores fundamentais de cada uma destas vertentes ideológicas.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Delimitação, pelos alunos, de conceitos e seu âmbito de aplicação, a partir da leitura de textos de autores de referência (exemplo: Hobbes, Locke e Rousseau).
  • Elaboração, em pequenos grupos, de esquemas concetuais, eventualmente com recursos a ferramentas digitais de elaboração de mapas mentais, que permitam evidenciar as relações entre conceitos.
  • Confrontação, pelos alunos, com eventual articulação com a disciplina de História A, de teorias diferentes sobre a origem e legitimidade do poder político.
  • Identificação, pelos alunos, de listas de deveres e direitos dos cidadãos portugueses e respetiva correspondência.
  • Aplicação, pelos alunos, de conceitos na análise de documentos para identificação das várias gerações de direitos humanos (por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos).
  • Assunção, pelos alunos, indivualmente ou em grupo, do papel de decisores políticos com a tarefa de justificar um tipo de governo capaz de assegurar o pleno respeito pelos direitos dos humanos.
  • Caracterização, pelos alunos, individual ou colaborativamente, com recursos a fontes diversas e validadas quanto à dua qualidade, dos conceitos de “direita” e de “esquerda”.
  • Identificação, pelos alunos, a nível global ou local (com recurso a livros e publicações periódicas, analógicos e ou digitais, e eventual garantia da fiabilidade e qualidade das fontes) de situações que configuram posições ideológicas antagónicas.
  • Organização de uma assembleia de alunos, com facções representativas das várias ideologias e apresentação de propostas de solução para  problemas políticos contemporâneos.
  • Elaboração de textos argumentativos a favor de cada ideologia e respetivas inferências relativamente às funções e extensão do Estado.
Descritores do Perfil dos alunos

Organizador (A)

Conhecedor, questionador, analítico, criativo, comunicador (C, D, F, I)

Conhecedor / Organizador (A)

Conhecedor, autónomo (A, C, D)

Analítico, criativo, autónimo, colaborativo (C, D, E, F)

Conhecedor, analítico / organizador (A, C, I)

Questionador, crítico, analístico, autónomo (A, C, D, E, F, I)

Autónomo, crítico, analítico (A, F)

Organizador
UNIDADE III – QUESTÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Regimes políticos democráticos e não democráticos

  • Totalitarismos e autoritarismos
  • O Estado de direito democrático

Sistemas de governo na atualidade

  • A Constituição e o sistema de governo
  • Tipos de sistemas de governo
  • As políticas públicas

 

  • Caracterizar a Constituição enquanto documento que estabelece as regras do sistema de governo.
  • Caracterizar as três principais formas de governo praticadas nas democracias contemporâneas.
  • Identificar as diferenças entre os principais sistemas de governo que existem na atualidade, em especial no que respeita à escolha dos órgãos de soberania e às relações entre poder executivo e poder legislativo.
  • Examinar a forma como são produzidas as políticas públicas.
  • Identificar os atores intervenientes na formação das políticas públicas.
  • Inferir a importância das políticas públicas em democracia.

A relação dos cidadãos com a política

  • Os partidos políticos e os movimentos sociais
  • Os sistemas eleitorais.

O sistema político em Portugal

As instituições da democracia portuguesa

  • O processo constituinte e as revisões constitucionais
  • O relacionamento entre o poder executivo e o legislativo
  • Poder nacional e poder local. As regiões autónomas
  • A democracia portuguesa no contexto internacional: as relações internacionais da democracia portuguesa.

 

  • Caracterizar sucintamente as instituições políticas nacionais e locais portuguesas do pós-25 de Abril de 1974.
  • Analisar a Constituição Portuguesa quanto à definição do sistema de governo.
  • Conhecer as principais revisões da Constituição Portuguesa, particularmente aquelas que respeitam a alterações operadas no sistema de governo.
  • Explicar as principais características dos órgãos de soberania.
  • Analisar as relações entre Presidente, Governo e Parlamento em Portugal.
  • Identificar as competências do poder local.
  • Inferir as diferenças entre os dois níveis de poder político, nacional e local.
  • Conhecer o estatuto das regiões autónomas.
  • Identificar as principais instituições e/ou organizações internacionais que Portugal integra.
  • Justificar a importância dessas instituições.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Elaboração, em eventual articulação com a disciplina de História A e/ou recurso a ferramentas digitais, de esquemas caracterizadores dos regimes políticos não democráticos.
  • Constituição de um acervo de imagens sobre os temas e com validação da qualidade e fiabilidade das fontes.
  • Representação, por alunos, de um líder autoritário e de um líder totalitário.
  • Discussão sobre a possível existência de regimes totalitaristas na Europa contemporânea a partir da visualização orientada de filmes.
  • Caracterização pelos alunos, com base em fontes analógicas e digitais, e respetiva validação da qualidade e fiabilidade das fontes, da história da democracia e suas características atuais.
  • Confrontação oral de teses e argumentos dos alunos relativamente à sua posição acerca dos diferentes tipos de regimes políticos.
  • Discussão do estado da democracia na atualidade a partir da análise de informação disponível online (por exemplo, a organização Freedom House).
  • Caracterização pelos alunos, com base em textos pré-selecionados pelo professor, das principais formas de governo existentes na atualidade.
  • Esquematização comparativa, com eventual recusos a ferramentas digitais de elaboração de mapas mentais, das características das diferentes formas de governo.
  • Discussão pelos alunos, a partir da análise de peças jornalísitcas, de casos em que a escolha dos órgãos de soberania e as relações entre poder executivo e poder legislativo foram cruciais.
  • Representação de uma sessão da Assembleia da República, com alunos-atores dos diferentes partidos políticos, tomando posição acerca de uma política pública recentemente discutida no país.
  • Esquematização do processo de criação e aplicação de uma política pública.
  • Caracterização, pelos alunos, a partir de fontes digitais ou analógicas, das diferentes tipologias de partidos políticos, com eventual articulação com os partidos políticos existentes em Portugal e com possível apresentação oral.
  • Sistematização pelos alunos, em suportes analógicos ou digitais, de formas de intervenção política a partir da análise de peças jornalísticas.
  • Apresentação pelos alunos de intervenção política a partir da sua ação de voluntariado numa associação cívica.
  • Reflexão, pelos alunos, sobre um ato eleitoral a partir da análise de peças jornalísticas disponíveis online e organizadas em dossiers digitais.
  • Discussão, pelos alunos, do papel da Comissão Nacional de Eleições a partir da análise orientada do sítio web desta insttiuição.
  • Resolução, em eventual articulação com a disciplina de Matemática Aplicada às Ciências Sociais, de exercícios de aplicação do método de Hondt.
  • Discussão, em turma, das principais vantagens e limitações dos sistemas eleitorais. Em possível articulação com a disciplina de História A, em trabalho individual ou colaborativamente, em suporte analógico ou em suportes digitais, os alunos efetuam uma:
  • Discussão sobre as instituições políticas portuguesas pós-25 de abril a partir do visionamento de filmes ou de pesquisa documental no Centro de Documentação 25 de abril.
  • Elaboração de dossiês temáticos sobre as instituições da democracia portuguesa.
  • Caracterização do sistema de governo, a escolha / eleição dos órgãos de soberania e as relações entre os órgãos de soberania através da análise da Constituição da República Portuguesa e de uma visita de estudo à Assembleia da República.
  • Criação de um cronograma com as principais revisões da Constituição da República Portuguesa a partir da análise da informação disponível no sítio web da Assembleia da República.
  • Discussão sobre a partilha do poder executivo em Portugal ou sobre o melhor sistema de governo para o país.
  • Criação de um guião para orientar uma visita a uma Câmara Municipal.
  • Realização de uma entrevista a um líder político local.
  • Criação de dossiê sobre os órgãos do poder local.
  • Caracterização das regiões autónomas a partir da análise de excertos da Constituição da República Portuguesa.
  • Caracterização, a partir da análise de peças jornalísitcas, e com eventual articulação com as disciplinas de Economia A e Geografia A, da participação de Portugal na União Europeia a partir da análise da sua integração na CEE e evolução até aos nossos dias.
Descritores do Perfil dos alunos

Autónomo, crítico, analítico (A, F)

Organizador (A, B)

Organizador, crítico, analítico (A, B, C, D, F)

Crítico, analítico, conhecedor, autónomo, comunicador (A, D, E, F)

Organizador, crítico, analítico (A, B, C, D, F)

Questionador, crítico, analítico (D, E, F, I)

Questionador, crítico, analítico, organizador, comunicador, colaborador e criativo (A, B, C, D, F, I)

Questionador, crítico, analítico, organizador, comunicador, colaborador e criativo (A, B, C, D, F, I)

Questionador, crítico, analítico, organizador, comunicador, colaborador e criativo (A, B, C, D, F, I)

Organizador
UNIDADE IV - TEMAS/PROBLEMAS POLÍTICOS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

temas sugeridos nesta unidade. O critério de escolha deve ter em conta a adequação do referido tema ao perfil dos alunos e ao Projeto Educativo de Escola.» in Programa de Ciência Política 12.º ano, p. 6.

A União Europeia: um sistema político sui generis

A União Europeia e os cidadãos Europeus.

  • O défice democrático na Europa.
  • As eleições para o Parlamento Europeu.
  • As atitudes dos cidadãos perante a União Europeia.

 

  • Conhecer as origens do projeto de integração europeia.
  • Explicar os objetivos do projeto europeu.
  • Explicar o impacto da criação e da existência da União Europeia.
  • Explicar que a União Europeia é um sistema político sui generis.
  • Analisar as relações dos cidadãos europeus com a União Europeia.
  • Explicar em que consiste o défice democrático no funcionamento do sistema político da União Europeia.
  • Analisar as soluções que têm vindo a ser postas em prática para superar o problema do défice democrático.
  • Analisar os resultados e os níveis de participação dos eleitores nas últimas eleições para o Parlamento Europeu.
  • Debater a participação dos portugueses nas eleições para o Parlamento Europeu.
  • Conhecer o tipo de representação existente no Parlamento Europeu.
  • Identificar os grupos parlamentares que constituem atualmente o Parlamento Europeu.
  • Explicar o papel do eurodeputado.

A diversidade cultural: o fim do Estado-nação homogéneo

As sociedades contemporâneas como sociedades pluralistas: minorias étnicas, minorias nacionais, outras minorias

  • Portugal: país de emigrantes e de imigrantes
  • Os direitos diferenciados de grupo e os direitos humanos
  • O multiculturalismo e os limites da tolerância.

 

  • Caracterizar diferentes sociedades contemporâneas (por exemplo, as sociedades democráticas do Ocidente) como sociedades pluralistas.
  • Identificar os grupos minoritários mais comuns.
  • Explicar resumidamente o papel desempenhado pelo Alto Comissariado da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa para as Minorias Nacionais.
  • Aplicar os conceitos relativos às minorias e aos seus direitos à situação portuguesa na atualidade.
  • Compreender que a demora em resolver conflitos com as minorias pode conduzir a ameaças secessionistas e/ou de recurso à violência.
  • Explicar os objetivos das políticas sensíveis ao fator cultural.
  • Caracterizar os diferentes tipos de direitos que, a par dos direitos humanos, são reconhecidos às minorias que habitam os Estados democráticos contemporâneos.
  • Explicar que a promoção da diversidade cultural se subordina aos critérios da liberdade entre cidadãos dentro dos grupos e da igualdade entre grupos.
  • Relacionar multiculturalismo com tolerância e limites da tolerância.

Globalização e governança global

A globalização no pós-Guerra Fria

Governança Global – Instituições e documentos para uma Governança global

Os principais mecanismos da Governança global

  • O Tribunal Penal Internacional
  • O Protocolo de Quioto
  • Os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio

Novos movimentos sociais transnacionais antiglobalização.

  • Caracterizar as sociedades contemporâneas, a partir do conceito de globalização.
  • Explicar a emergência e as diferentes dimensões da globalização.
  • Identificar algumas das organizações que atuam no plano mundial, nomeadamente, a Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
  • Explicar a história, os objetivos e as principais atividades da ONU.
  • Analisar os principais mecanismos da governança global.
  • Explicar o papel desempenhado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), pelo Protocolo de Quioto (PQ) e pelo Relatório do Milénio (RM), enquanto mecanismos de governança global.
  • Analisar o cumprimento dos objetivos, a capacidade de coordenação internacional e os valores que orientam mecanismos de governança global estudados.
  • Analisar algumas posições críticas face aos processos de globalização e de governança global.
  • Caracterizar, em termos ideológicos, alguns dos novos movimentos sociais críticos do modelo económico do Ocidente.
  • Conhecer propostas para um modelo de desenvolvimento que não seja baseado exclusivamente no crescimento económico.
  • Conhecer formas alternativas de fazer política e de influenciar as políticas globais, como o Fórum Social Mundial.

Guerra e Terrorismo

  • Conceções tradicionais sobre a guerra: realismo, consequencialismo, guerra justa e pacifismo.
  • A teoria da guerra justa: Jus ad Bellum: os critérios da justiça da guerra. Jus in Bello: a justiça na guerra. Jus post Bellum: a justiça no pós-guerra.
  • O terrorismo em contexto democrático.

 

  • Analisar resumidamente as conceções tradicionais acerca da guerra.
  • Justificar a opção pela teoria da guerra justa.
  • Caracterizar brevemente a teoria do jus ad bellum.
  • Relacionar intervenção com soberania e com o princípio da não-interferência.
  • Caracterizar brevemente a teoria do jus in bello.
  • Caracterizar brevemente a teoria do jus post bellum.
  • Identificar alguns dos problemas que surgem após a eclosão de uma guerra.
  • Distinguir o conceito de refugiado de conceitos afins.
  • Conhecer mecanismos e organismos internacionais que procuram solucionar problemas como o dos refugiados e o da reconstrução no pós-guerra.
  • Relacionar o terrorismo com a teoria do jus in bello.
  • Problematizar o ato do terrorismo em contexto democrático, recorrendo a exemplos da atualidade.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explicitação, pelos alunos, em trabalho colaborativo e com apresentação oral, com pesquisa em fontes analógicas e digitais, dos poderes e funções de cada uma das instituições europeiais.
  • Elaboração de textos argumentativos relativos às questões da cidadania europeia e do défice democrático.
  • Organização de sessão sobre “O papel de um eurodeputado”.

Em possível articulação com outras disciplinas, em trabalho individual ou colaborativo, em suporte analógico ou em suportes digitais, os alunos efetuam uma:

  • Discussão sobre partes da Convenção Europeia sobre a Nacionalidade (1997) e sobre os artigos 21.º e 22.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia e do artigo E (Parte V) da Carta Social Europeia Revista.
  • Caracterização do papel do Alto Comissariado para as Minorias Nacionais, da Organização para a Segurança e Cooperação.
  • Reflexão sobre os critérios para aquisição da nacionalidade portuguesa a partir da consulta e análise da Lei da Nacionalidade.
  • Reflexão sobre a nacionalidade portuguesa a partir, por exemplo, do visionamento de filmes ou documentários (exemplo, Lisboetas, de Sérgio Tréfaut).
  • Discussão sobre movimentos nacionalistas, a partir da análise de peças jornalísticas e sítios web (por exemplo, os movimentos da Catalunha e do País Basco) e da caracterização da situação atual.
  • Confrontação de teses e argumentos a favor ou contra o reconhecimento de direitos diferenciados de grupo.

Em possível articulação com as disciplinas de História A e Economia A, em trabalho individual ou colaborativamente, em suporte analógico ou em suportes digitais, os alunos efetuam uma:

  • Discussão sobre a globalização a partir da análise de textos selecionados sobre o tema.
  • Caracterização da composição, funções e poderes funções de organizações internacionais, a partir da análise orientada nos sítios da Internet da ONU, do Banco Mundial (BM) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).
  • Caracterização do trabalho desenvolvido pelo Tribunal Penal Internacional e no âmbito do Protocolo de Quioto a partir da análise de peças jornalísticas.
  • Discussão dos objetivos alcançados pelas atividades do Tribunal Penal Internacional e as que orientam o Protocolo de Quioto por confronto com o último Relatório do Milénio.
  • Elaboração de panfletos, manifestos e petições, como se fossem destinados a apresentar reivindicações ou críticas junto de organismos internacionais com responsabilidades relativas às questões da globalização e da governança global.
  • Em trabalho individual ou colaborativo, em suporte analógico ou em suportes digitais, os alunos efetuam uma:
  • Interpretação dos capítulos I, IV (especialmente o artigo 11.º), V (nomeadamente os artigos 23.º e 24.º), VI, VII (em particular os artigos 39.º e 40.º) da “Carta das Nações Unidas”.
  • Caracterização das missões dos “Capacetes Azuis” com recurso a peças jornalísticas.
  • Exploração, com apresentação oral, das concepções tradicionais acerca da guerra.
  • Discussão, intra ou inter turmas, sobre a relevância das concepções tradicionais acerca da guerra.
  • Investigação em profundidade sobre situações de guerra recentes.

Nova resposta, pelos alunos, ao teste de The Political Compass e confronto com os resultados do teste realizado no princípio do ano letivo.

Descritores do Perfil dos alunos

Questionador, crítico, analítico, organizador, comunicador, colaborador e criativo (A, B, C, D, F, I)

Questionador, crítico, analítico, organizador, comunicador, colaborador e criativo (A, B, C, D, I)

Questionador, crítico, analítico, organizador, comunicador, colaborador e criativo (A, B, C, D, F, I)

Questionador, crítico, analítico, organizador, comunicador, colaborador e criativo (A, B, C, D, F, I)

Aplicações Informáticas B

Introdução

A disciplina de Aplicações Informáticas B (AI B) é uma opção do 12.o ano de escolaridade dos Cursos Científico Humanísticos de Ciências e Tecnologias, de Ciências Socioeconómicas, de Línguas e Humanidades e de Artes Visuais.

Neste documento enunciam-se as Aprendizagens Essenciais (conhecimentos, capacidades e atitudes) de Aplicações Informáticas B que tomam como ponto de partida não só o documento curricular em vigor, mas também o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Por outro lado, as aprendizagens essenciais que a disciplina aborda, nomeadamente, na articulação dos conceitos de programação com os diferentes tipos de media, tendo como objetivo a sua integração e aplicação no desenvolvimento de projetos multimédia, constitui um contributo significativo para o desenvolvimento das áreas de competências preconizadas no PA, não apenas nos domínios do Saber científico, técnico e tecnológico, das Linguagens e textos, da Informação e comunicação e do Raciocínio e resolução de problemas, mas igualmente ao nível do Pensamento crítico e do pensamento criativo, da Sensibilidade estética e artística, do Relacionamento interpessoal e do Desenvolvimento pessoal e autonomia.

As Aprendizagens Essenciais de AI B organizam-se em dois domínios (D1 e D2) que, por sua vez, se estruturam em subdomínios da seguinte forma:

  • D1: Introdução à Programação
    • D1.1. Algoritmia
    • D1.2. Programação
  • D2: Introdução à Multimédia
    • D2.1. Conceitos de multimédia
    • D2.2. Tipos de media estáticos: texto e imagem
    • D2.3. Tipos de media dinâmicos: vídeo, áudio, animação
    • D2.4. Gestão e desenvolvimento de projetos multimédia

Em Introdução à Programação pretende-se, sobretudo, capacitar os alunos com modelos de análise necessários a uma lógica de apreciação das situações e dos problemas que lhes são colocados. Em Introdução à Multimédia procura-se promover a compreensão dos fenómenos mediáticos e desenvolver capacidades de produção colaborativa, com vista ao desenvolvimento de projetos contextualizados. Este domínio foi organizado por subdomínios, que procuram sequenciar componentes de aprendizagem de modo a que se tornem úteis e complementares num processo que se pretende ativo e construtivo. Atendendo a que esta disciplina é uma opção oferecida a um leque alargado de ofertas formativas que englobam diversas áreas do saber, cabe ao professor gerir a implementação dos domínios a trabalhar na sala de aula e a definição das estratégias e propostas de trabalho que melhor se ajustem ao perfil e interesses dos alunos.

A lógica que deve prevalecer será a colocação de desafios e problemas e ainda a do desenvolvimento de projetos, recomendando-se um trabalho conjunto e em simultâneo para as aprendizagens de diferentes domínios, bem como a articulação com outras áreas disciplinares e a colaboração com serviços e projetos da escola, com a família e com instituições regionais, nacionais ou internacionais.

A Informática é uma área nuclear no contexto de uma sociedade na qual as tecnologias digitais desempenham um papel relevante. Neste sentido, os alunos deverão desenvolver competências com, através e sobre tecnologias digitais.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Introdução à programação
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Algoritmia

Compreender a noção de algoritmo.

Elaborar algoritmos simples através de pseudocódigo, fluxogramas e linguagem natural.

Distinguir e identificar linguagens naturais e linguagens formais.

Programação

Utilizar uma linguagem de programação imperativa codificada para elaborar programas simples, em ambiente de consola.

Identificar e utilizar diferentes tipos de dados em programas.

Reconhecer diferentes operadores aritméticos, lógicos, relacionais e respetivas regras de prioridade.

Desenvolver programas que incluam estruturas de controlo de seleção e estruturas repetitivas com vista à resolução de problemas de baixa complexidade.

Utilizar funções em programas.

Distinguir diferentes formas de passagem de parâmetros a funções.

Executar operações básicas com arrays.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • ser rigoroso, articular e usar de forma consistente conhecimentos para criar algoritmos a fim de resolver problemas complexos;
  • selecionar informação pertinente e ajustada ao problema a resolver e/ou à tarefa ou ao projeto a desenvolver;
  • organizar de modo sistemático algoritmos, representando-os através de fluxogramas e/ou pseudocódigo;
  • analisar problemas complexos, factos, teorias ou situações reais, identificando os seus elementos ou dados com vista à posterior modelação em computador;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • desenvolver novas aplicações ou modificar aplicações existentes para adicionar recursos e comportamentos usando diferentes formas de entradas e saídas (por exemplo, entradas como sensores, cliques do mouse e conjuntos de dados, e saídas como texto, gráficos e sons);

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • ser rigoroso, articular e usar de forma consistente conhecimentos para criar algoritmos a fim de resolver problemas complexos;
  • selecionar informação pertinente e ajustada ao problema a resolver e/ou à tarefa ou ao projeto a desenvolver;
  • organizar de modo sistemático algoritmos, representando-os através de fluxogramas e/ou pseudocódigo;
  • analisar problemas complexos, factos, teorias ou situações reais, identificando os seus elementos ou dados com vista à posterior modelação em computador;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • desenvolver novas aplicações ou modificar aplicações existentes para adicionar recursos e comportamentos usando diferentes formas de entradas e saídas (por exemplo, entradas como sensores, cliques do mouse e conjuntos de dados, e saídas como texto, gráficos e sons);
  • criar modelos computacionais que simulem sistemas do mundo real (por exemplo, ecossistemas, epidemias e disseminação de ideias);
  • projetar, desenvolver e implementar um artefacto de computação que responda a um evento (por exemplo, um robô que responde a um sensor, uma aplicação móvel que responde a uma mensagem de texto, entre outros);
  • usar técnicas de pesquisa e design centradas no utilizador (por exemplo, pesquisas e entrevistas) para criar soluções de software;
  • - usar técnicas da área de investigação user-centered design (UCD) para criar soluções de software e multimédia ajustados aos potenciais utilizadores;
  • integrar técnicas, métodos e processos apropriados à criação de artefactos de computação.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar, apresentar argumentos e contra-argumentos e rebater os contra-argumentos);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões, análises de factos ou dados;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento específico da área curricular;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista, confrontando argumentos para encontrar semelhanças, diferenças e/ou consistência interna;
  • problematizar situações;
  • analisar factos, teorias e situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular, numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • executar tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • incentivar a procura e aprofundamento de informação;
  • recolher dados e opiniões para análise e modelação de temáticas em estudo.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar e/ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões;
  • confrontar ideias e perspetivas distintas na abordagem a um dado problema e ou forma de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planeamento, de revisão e de monitorização;
  • ser organizado (por exemplo, criar planos com as etapas de determinado projeto e respetiva calendarização, gerir uma agenda da turma, fazer registos individuais do trabalho realizado);
  • criar, estruturar e manter atualizado um eportefolio da equipa e/ou individual de acordo com critérios e objetivos definidos;
  • realizar trabalho autónomo, com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • questionar uma situação;
  • organizar questões para terceiros, sobre temáticas estudadas ou a estudar;
  • interrogar o seu próprio conhecimento prévio.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • desencadear ações de comunicação uni e bidirecional;
  • desencadear ações de resposta, apresentação e iniciativa;
  • desencadear ações de questionamento organizado.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • reorientar o seu trabalho a partir da explicitação de feedback do professor e/ou especialistas da área, individualmente ou em equipa.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros colegas (preferencialmente em equipa) e apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aperfeiçoamento de um produto de software ou multimédia;
  • obter feedback de especialistas para melhoria ou aprofundamento de um produto de software ou multimédia;
  • demonstrar como a colaboração diversificada complementa o design e o desenvolvimento de produtos de software e multimédia (por exemplo, discutir exemplos reais de produtos que foram aperfeiçoados por meio de uma equipa de projeto diversificada e/ou refletindo sobre a experiência de desenvolvimento levada a cabo pela sua própria equipa);
  • projetar e desenvolver um artefacto de software trabalhando em equipa.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas;
  • assumir e cumprir compromissos e contratualizar tarefas;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • desencadear ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na organização/atividades de entreajuda;
  • analisar e refletir sobre o seu posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • estar disponível para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, I)

Criativo (A, C, D, H)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, E, I)

Indagador/ Investigador (B, C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, D, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, I)

Questionador (A, B, C, D, E, F, I)

Comunicador (A, B, D, E, H, I)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F, H, I)

Responsável/ autónomo (D, E, F, G)

Cuidador de si e do outro (D, E, F, G)

Organizador
Introdução à multimédia
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conceitos de multimédia

Compreender a importância que as tecnologias multimédia assumem na atualidade.

Apreender os fundamentos da interatividade.

Conhecer o conceito de multimédia digital.

Tipos de media estáticos: texto e imagem

Compreender a importância da escolha de caracteres e fontes na formatação de texto em diversos tipos de suportes.

Distinguir imagem bitmap de imagem vetorial. 

Conhecer os fundamentos do desenho vetorial. 

Desenvolver técnicas de desenho vetorial.

Realizar operações de manipulação e edição de imagem.

Converter imagens bitmap em imagens vetoriais (tracing). 

Converter imagens vetoriais em imagens bitmap (rasterização).

Integrar imagens em produtos multimédia.

Tipos de media dinâmicos: vídeo, áudio, animação

Conhecer os principais formatos de ficheiros de som e de vídeo.

Captar e editar som de forma a produzir o áudio digital para diferentes suportes multimédia.

Conhecer as fases do processo de autoria de vídeo - aquisição, edição e pós-produção.

Planear, estruturar e organizar um guião, com narrativa, para criar produtos multimédia.

Elaborar storyboards.

Criar ambientes para animação, seguindo princípios de continuidade e descontinuidade espácio-temporal recorrendo a ferramentas digitais.

Criar cenas, personagens e enredos.

Gestão e desenvolvimento de projetos multimédia

Planear um projeto multimédia partindo da definição de objetivos, recursos, calendarização e distribuição de tarefas.

Elaborar protótipos e design de interfaces, detalhando esquemas de navegação, conteúdos e composições. 

Produzir conteúdos e proceder à montagem.

Testar e validar o produto multimédia. 

Definir processos de distribuição e manutenção de produtos multimédia.

Antropologia

Introdução

As aprendizagens essenciais (AE) foram redigidas tendo por base o documento curricular em vigor, em articulação com as áreas de competências que se pretendem desenvolver ao longo da escolaridade obrigatória, em conformidade com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

Identificam-se três grupos de desenvolvimento de competências: dois relativos a conteúdos específicos e um relativo à produção de resultados.


O primeiro bloco de aprendizagens é constituído por três temas. O tema um, dedicado à antropologia como ciência, promove a aquisição de ferramentas teóricas e metodológicas necessárias ao trabalho etnográfico. Organiza-se através da metodologia de projeto. O segundo permite a compreensão das sociedades como construções culturais, desenvolvendo uma visão holística e integradora das especificidades culturais. O terceiro tema orienta-se para as formas de poder, dominação e resistência, mobilizando os recursos locais (associações, organizações, grupos) para a análise de contextos globais (análise de debates contemporâneos).

No segundo bloco de aprendizagens, estudam-se as sociedades contemporâneas na sua pluralidade. É dado enfoque: à construção social dos sentidos e das emoções; às linguagens do corpo; à construção da noção de etnia e identidade, desigualdades, democracia e cidadania, formas de poder, controlo, vigilância, turismo e património cultural, memória social, hegemonia e contra hegemonia. Aborda-se ainda a questão da sustentabilidade nos seus diferentes prismas, que envolvem todas as áreas de estudo deste nível de ensino (ecologia, alterações climáticas, entre outros, que são abordados noutras disciplinas e que a perspetiva antropológica irá enriquecer).

O terceiro bloco visa a consolidação dos conhecimentos adquiridos através da realização de um trabalho final e sua
apresentação, como resultado de trabalho de pesquisa bibliográfica, empírico e analítico desenvolvido ao longo do ano letivo.

Para os dois blocos principais destacam-se seis temas, cada um com um conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes discriminadas em objetivos específicos e com as respetivas ações estratégicas de ensino.

Este terceiro bloco consubstancia-se na seleção, por parte dos alunos, de um dos seis temas para trabalhar ao longo do ano, de preferência em relação com outras disciplinas (Antropologia Visual para a opção de Artes Visuais, Antropologia biológica e ambiental para as opções de Científico-Naturais, por exemplo). O tema selecionado será objeto de pesquisa empírica antropológica, com recurso à metodologia de trabalho de campo etnográfico, sempre com base em recolhas bibliográficasdiversas e com os debates providenciados em aula, quer no tema escolhido, quer noutros que com ele se relacionem. A apresentação final do trabalho envolverá, potencialmente, a comunidade local num momento de partilha do conhecimento com o universo populacional com o qual se trabalhou empiricamente. Neste sentido, a avaliação contínua e final são obrigatoriamente confluentes.

Em concreto, conforme ao que foi exposto nos parágrafos anteriores, a cada bloco de aprendizagens (BLOCO 1, BLOCO 2) corresponde um conjunto de temas (TEMAS 1,2,3, 4,5 e 6). O BLOCO 3, destinado ao processo de avaliação contínua e final, é aqui assumido como Bloco de Aprendizagens, uma vez que o processo de elaboração do trabalho final é uma aprendizagem importante per se:

BLOCO 1____ ANTROPOLOGIA E OS SEUS DOMÍNIOS CIENTÍFICOS (TEMAS 1, 2 e 3)
BLOCO 2____ GRUPOS HUMANOS E GLOBALIZAÇÃO (TEMAS 4, 5 e 6)
BLOCO 3____ ETNOGRAFIA E PARTILHA (AVALIAÇÃO CONTÍNUA E FINAL)

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
1. A ESPECIFICIDADE DA ANTROPOLOGIA COMO CIÊNCIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar formas e experiências de vida diversas, construindo uma visão holística dos processos culturais.

Conhecer técnicas de recolha etnográfica e analisar resultados de pesquisa.

Mobilizar diferentes fontes de informação para responder às questões colocadas na investigação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Metodologia de projeto: elaboração de pergunta de pesquisa; seleção de fontes diversas (pesquisa bibliográfica em bibliotecas dentro e fora do espaço escolar, na Internet, em arquivos locais se existentes, etc); técnicas de recolha etnográfica aplicadas ao projeto (diário de campo, fotografia, mapas, registo áudio, registo vídeo, desenho, recolhas orais, outros).

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, I

Organizador
2. A CONSTRUÇÃO CULTURAL DAS SOCIEDADES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender a inscrição cultural no ciclo de vida individual e biológico.

Evidenciar as dimensões rituais do ciclo de vida individual e a sua ordem social.

Identificar a presença do ritual em múltiplas dimensões da vida social.

Analisar a memória social como processo, mostrar a articulação entre memória individual e memória social.

Analisar as dimensões coletivas e públicas da construção de uma “memória oficial”.

Mostrar diferenças entre diversos procedimentos da construção e conservação da memória: oralidade, escrita, rituais, cerimónias, etc.

Analisar criticamente o conceito de tradição, e discutir a sua importância nas crises identitárias.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Efetuar levantamentos sobre ritos de passagem: nascimento, puberdade, casamento, morte.

Analisar a inscrição do ciclo de vida biológico e individual no tempo mais longo do grupo de pertença, através de rituais como os dos aniversários de família, festas, funerais, e mostrar como eles estão ligados à preservação das relações sociais.

Abordar a presença do ritual na vida quotidiana, exemplificando com elementos das “regras de etiqueta”, ou com exemplos retirados da vida religiosa ou da vida pública (tomadas de posse, comícios, etc.)

Recolha de pequenas “histórias de vida” ou relatos autobiográficos de sujeitos mais velhos, familiares ou próximos dos alunos. Com base nos mesmos, identificar e analisar a articulação entre o individual e o social, a recordação e a identidade.

Abordagem de meios de construção de uma memória no próprio contexto escolar (arquivos de escola, construção de mitos internos, etc).

Construção de memória no contexto familiar (álbuns de família, campas e sepulturas, celebrações e formas de registo, transmissão de recordações, etc).

Abordagem de meios de construção pública de uma memória histórica (25 de abril, dia de Portugal, 5 de outubro, feriados locais, etc).

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
3. FORMAS DE PODER, DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a articulação entre as diversas formas de poder.

Mostrar como as ideologias se apresentam como totalidades (visões do mundo, constituindo sistemas culturais).

Assinalar as relações entre uma perspetiva dominante e outras visões do mundo.

Assinalar a pluralidade de visões do mundo no âmbito da sociedade.

Evidenciar a presença de representações culturais ligadas à dominação e representações críticas da mesma.

Reconhecer a importância da perspetiva interdisciplinar no estudo destes temas.

Reconhecer a existência do conflito e do consenso como componentes definidoras da vida social.

Identificar formas de conflito e de resistência.

Evidenciar as especificidades dos movimentos sociais contemporâneos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Recolha de documentação impressa: jornais, material bibliográfico, material literário referente a contextos de sátira sobre as visões hegemónicas (romanceiros, romances, contos, peças de teatro, poesia popular e erudita, como as “cantigas de escárnio e maldizer”, música popular e movimento hip hop – RAP, Break dance, grafiiti) e de manifestações de paródia de visões dominantes (como as que têm lugar no Carnaval, nas suas várias manifestações nacionais e internacionais).

Utilização de recursos disponíveis online para a análise destes tópicos da atualidade.

Recolha de documentação e de narrativas sobre conflitos.

Recurso aos debates contemporâneos em curso, como por exemplo a questão das falsas notícias, convocando fontes em escalas diferenciadas como discurso político, discurso mediático e discurso académico e “estudos”.

Abordagem do meio associativo local e ação coletiva (desportivo, musical, solidariedade social, etc).

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
4. EVOLUÇÕES HUMANAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer as diferentes espécies de Homo existentes anteriormente e por vezes contemporâneas ao Homo Sapiens.

Compreender a mudança epistemológica entre o evolucionismo darwinista e as atuais formas de entender a evolução humana.

Detetar elementos essenciais sobre as formas de aprendizagem do Homo Sapiens no domínio da linguagem e teorias existentes sobre aparecimento da linguagem.

Legitimar a importância da aprendizagem na transmissão cultural do conhecimento.

Distinguir elementos essenciais sobre as formas de aprendizagem técnica do Homo Sapiens.

Mostrar a transição de uma tecnologia lítica simples para uma tecnologia lítica associada a comportamentos simbólicos.

Reconhecer a diversidade dos grupos humanos através de aspetos da cultura material.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Cartografia da dispersão e distribuição espacial dos “primeiros” grupos humanos.

Mapeamento internacional dos locais atuais de pesquisa sobre evolução humana e principais achados.

Discussão do conceito de raça na ciência ao longo do século XX, seu silenciamento temporário e seus novos usos sociais.

Visita de estudo virtual aos grandes museus que se dedicam ao estudo da evolução humana e às ferramentas líticas.

Visita de estudo ao LABOH (Laboratório de Antropologia Biológica e Osteologia Humana, Nova).

Debate sobre possíveis identificações de comportamentos/posturas entre primatas não humanos e humano.

Mapeamento de grupos humanos onde se identifiquem grandes tendências de práticas culturais aparentemente difundidas ou com funções idênticas em diferentes partes do mundo.

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
5. A DIVERSIDADE DAS CULTURAS HUMANAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender a forma como são construídas e adotadas perspetivas etnocêntricas em relação ao “outro”.

Analisar a adoção de práticas discriminatórias individuais e coletivas e atitudes de intolerância.

Reconhecer os processos de globalização e suas implicações culturais, sociais, políticas.

Compreender como o sistema-mundo subentende uma ordem mundial assente na exploração de recursos e na sua distribuição diferenciada e desigual.

Identificar os tipos de vínculo decorrentes dos impérios coloniais e suas implicações no mundo contemporâneo.

Diferenciar aspetos da descolonização ao nível dos vários momentos de independência e ao nível dos processos. Entender o turismo na sua relação com a história colonial e pós-colonial.

Distinguir processos de patrimonialização e seus diferentes envolvimentos com as populações produtoras de práticas culturais materiais e imateriais.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Levantamento de fontes mediáticas, políticas e académicas sobre populações vítimas de preconceito em Portugal, nomeadamente afrodescendentes e ciganos.

Debate em formato Prós e Contras com base no levantamento realizado.

Contacto com associações de imigrantes em Portugal e outros movimentos sociais associados à defesa dos direitos de cidadania.

Documentário com guião de visualização e posterior debate sobre processos associados a discriminação racial.

Recolher dados sobre civilizações previamente à chegada dos povos colonizadores, bem como dados gerais sobre escravatura.

Recolher nas famílias histórias associadas aos processos de descolonização.

Recolher no Google imagens (quadros, esculturas) clássicas produtoras da ideia de “outro”.

Mapear processos de patrimonialização em Portugal (exemplos: Cola San Jan, Chocalhos, Fado) e idealmente perto da comunidade local.

Encontrar vídeos no Youtube que se refiram a processos de patrimonialização.

Contactar com investigadores dedicados aos processos de patrimonialização.

Levantamento ao nível familiar das relações com a produção agrícola visando debate sobre os “novos rurais”.

Mapeamento de iniciativas nacionais (ou locais se consistentes) relativas a sustentabilidade ambiental (exemplos: movimento zerowaste; energia solar e eólica; mobilidades não poluentes, entre outros).

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
6. CORPOS E GÉNEROS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar processos de diferenciação cultural e debates
contemporâneos associados aos movimentos LGBTI.
Reconhecer a importância da história do feminismo e seus
passos principais nos debates atuais de género e direitos de
género.
Distinguir tipos de organização familiar, destacando modelos
clássicos de parentesco.
Compreender a diversidade atual nos modelos de família.
Analisar os usos do corpo – profissional, identitário, alterações
do corpo físicas e psicóticas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Filme de ficção com guião de visualização e posterior debate sobre a pessoa transexual.

Mapeamento das fases do feminismo ao longo da história e suas pontes com a Antropologia.

Recolher depoimentos em redes sociais sobre desigualdade de género e de identidade sexual.

Recolher entrevista ao nível das amizades sobre modelos familiares existentes na turma.

Debate sobre prostituição com convite externo a antropólogo (ou outro cientista social) especialista no tema do trabalho sexual.

Pesquisa sobre tatuagens na atualidade, moda e recursos imagéticos.

Levantamento sobre drogas duras e leves e diferentes perspetivas culturais e históricas sobre drogas e álcool.

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Alemão Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade. Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Iniciação Formação Geral A1.2 A2.2 Opcional
Formação Específica A1.2 A2.2 B1.1

No final do 12.º ano, ao atingir o nível B1.1, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados simples e coerentes, sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal; deve comunicar de forma simples e adequada, num leque variado de contextos. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível B1: Utilizador independente; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (opções e estilos de vida, lazer, mundo do trabalho, etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, projetos e iniciativas comuns, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar as ideias principais e aspetos socioculturais em textos, de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por vocabulário frequente, articulados de forma clara.

* Anúncios/avisos, publicidade, filmes, canções, mensagens telefónicas, clips, podcasts, publicidade, noticiários, reportagens, vídeos curtos, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender textos, de géneros e suportes diversos*, com ideias claras e vocabulário frequente.

Selecionar informação pertinente em textos descritivos, narrativos, explicativos e argumentativos.

Identificar o sentido global e selecionar informação relevante em textos literários.

* Correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir em conversas estruturadas*, com alguma fluência, em diferentes contextos, respeitando as convenções sociolinguísticas e reagindo, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências e temas da atualidade; pede e dá informações sobre bens e serviços, formula queixas, relata factos, planos e projetos, entre outros.

Interação escrita

Escrever mensagens*, em suportes diversos (70-100 palavras), exprimindo-se com clareza e respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas:

  • preenche formulários e escreve notas / mensagens / correspondência;
  • usa vocabulário frequente;
  • usa estruturas gramaticais adequadas para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Descreve, narra, dá notícias, exprime opiniões sobre assuntos, concretos e abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos preparados previamente*:

  • usa vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • usa recursos gramaticais adequados para construir uma sequência linear de informações;
  • pronuncia de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Descreve situações; narra acontecimentos; expõe informações, opiniões, argumentos, entre outros.

Produção escrita

Redigir textos* (70-100 palavras), em suportes diversos, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário frequente;
  • utiliza conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros, para construir textos coerentes e coesos.

* Descreve situações; narra acontecimentos; expõe opiniões sobre assuntos culturais e temas da atualidade, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de produtos linguísticos, reconhecendo as diversas linguagens utilizadas e respetivos significados;
  • Seleção, associação, organização e análise de informação explícita e implícita;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão e interpretação do sentido;
  • Transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • Tarefas de memorização, verificação, consolidação e síntese, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Consolidação e aprofundamento de informação;
  • Planeamento e condução de pesquisas;
  • Analisar factos e situações, identificando os seus elementos, numa perpetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • Identificação da situação de comunicação;
  • Mobilização de linguagem verbal e não verbal para significar e comunicar;
  • Mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • Interação e escrita integradas em projetos comunicativos;
  • Criação de produtos linguísticos simples, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Aplicação de conhecimentos em simulações;
  • Escrita partilhada e em cooperação;
  • Revisão na escrita;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Elaboração de planos e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, D, E, F,G, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais, mobilizando conhecimentos de natureza diversa, desenvolvendo respeito e demonstrando abertura e disponibilidade para a mudança.

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o alunocidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Análise e questionamento de representações e estereótipos;
  • Caracterização e explicação de diferenças culturais.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e à dedução de regras de funcionamento e uso da língua. Desenvolver uma atitude reflexiva e crítica.

Selecionar estratégias para retirar a informação essencial em função de dificuldades nas tarefas de leitura, audição e visionamento de documentos. Transferir conhecimentos adquiridos para novos contextos de comunicação oral e escrita.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Utilização de estratégias adequadas para a realização de tarefas individuais ou coletivas;
  • Mobilização de conhecimentos linguisticos para corrigir e explicar erros recorrentes em trabalho individual ou coletivo;
  • Organização e realização autónoma de tarefas;
  • Gestão eficaz dos tempos e recursos de aprendizagem
Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, I

Alemão Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade. Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - CONTINUAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve  traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário - Continuação

  • Formação Geral
    • 10º Ano - A2.2;
    • 11º Ano - B1.1;
    • 12º Ano - Opcional

 

  • Formação Específica
    • 10º Ano - A2.2;
    • 11º Ano - B1.1;
    • 12º Ano - B1.2

 

No final do 12.º ano, ao atingir o nível B1.2, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados diversos e coerentes, sobre assuntos concretos ou abstratos, de interesse pessoal; deve comunicar de forma adequada e flexível, com alguma confiança, em diferentes contextos. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível B1: Utilizador Independente; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (opções e estilos de vida, lazer, mundo do trabalho, etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, projectos e iniciativas comuns, encontros/desencontros de gerações, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar as ideias principais e aspetos socioculturais em textos de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por vocabulário variado e expressões idiomáticas muito correntes, e articulados de forma clara.

* Anúncios, publicidade, filmes, canções, clips, podcasts, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, documentários, entrevistas, conferências/palestras, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender textos variados, com ideias claras e vocabulário variado, sobre temas/desafios do mundo contemporâneo:

  • segue indicações, normas e instruções escritas de forma clara;
  • identifica as ideias principais e seleciona informação, explícita e implícita, em textos de géneros e suportes diversos*;
  • identifica o sentido global e seleciona informação específica relevante em textos literários.

* Correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir*, com alguma confiança e fluência, em diferentes contextos, respeitando as convenções sociolinguísticas e reagindo, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário variado e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

*Dá ou pede pontos de vista pessoais e opiniões; troca ideias, informações e opiniões sobre temas da atualidade; relata factos, planos e projetos; toma iniciativa; verifica e confirma informações, entre outros.

Interação escrita

Escrever mensagens* coerentes, em suportes diversos (80- 120 palavras), sobre assuntos abstratos e concretos, exprimindo-se com clareza e respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas:

  • preenche formulários e escreve notas / mensagens / correspondência;
  • utiliza vocabulário variado;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Descreve, narra e/ou expõe informações; expõe e compara informações socioculturais; dá notícias, descreve situações e sentimentos; exprime opiniões sobre assuntos abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos ou apresentações preparados previamente*:

  • utiliza vocabulário variado e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos gramaticais adequados para construir uma sequência linear de informações;
  • pronuncia de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Descreve experiências e acontecimentos, sonhos, desejos e ambições; expõe informações, opiniões e argumentos; explica ou justifica opiniões e planos, descreve reações, entre outros.

Produção escrita

Redigir textos* coesos e simples (80-120 palavras) acerca de um leque de temas que lhe são familiares, relativos aos seus interesses, em suportes diversos, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário variado;
  • usa recursos gramaticais adequados para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Descreve situações, experiências e impressões; narra acontecimentos; reproduz informação, expõe opiniões e argumentos sobre assuntos abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de produtos linguísticos, reconhecendo as diversas linguagens utilizadas e os respetivos significados;
  • Seleção, associação, organização e análise de informação explícita e implícita;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão e interpretação do sentido;
  • Transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • Tarefas de memorização, verificação, consolidação e síntese, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Consolidação e aprofundamento de informação;
  • Planeamento e condução de pesquisas (elaboração de planos e esboços);
  • Análise de factos e situações, identificando os seus elementos, numa perpetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • Identificação de diferentes situações de comunicação;
  • Mobilização de diferentes tipos de linguagem para significar e comunicar, em diferentes contextos;
  • Mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • Interação com os outros em diferentes contextos sociais e emocionais, adequando o discurso às situações de comunicação;
  • Reformulação do discurso;
  • Tomada de decisões em situações de comunicação;
  • Transferência da informação em conhecimento;
  • Criação de produtos linguísticos variados, integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Planificação e elaboração de planos e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

A, B, D, E, F,G, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Caraterizar e explicar diferenças culturais, relativizando generalizações e estereótipos, assumindo o papel de mediador intercultural e prevenindo mal-entendidos previsíveis em situações de comunicação.

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do  “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno- cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Análise e questionamento de representações e estereótipos;
  • Caracterização e explicação de diferenças culturais;
  • Mediação em situações de comunicação, relacionando conhecimentos e valorizando a diversidade de perspetivas culturais.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Diversificar estratégias e recursos convencionais e digitais para consolidar conhecimentos, remediar dificuldades e promover a aprendizagem colaborativa e a autonomia. Desenvolver uma atitude reflexiva e crítica.

Utilizar recursos, processos e estratégias diversos para aperfeiçoar a compreensão e realizar tarefas de produção e interação, superando, de várias formas, carências e falhas na comunicação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Recurso a situações para aprofundamento e aplicação do conhecimento;
  • Mobilização de conhecimentos linguísticos para corrigir e explicar erros recorrentes em trabalho individual ou coletivo;
  • Organização e realização autónoma de tarefas;
  • Estabelecimento de relações intra e transdisciplinares;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Gestão eficaz dos tempos e recursos de aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, I

Português

Introdução

A definição do objeto e dos objetivos para o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa ao longo dos doze anos de escolaridade obrigatória tem em conta a realidade vasta e complexa que é uma língua e incorpora o conjunto das competências que são fundamentais para a realização pessoal e social de cada um e para o exercício de uma cidadania consciente e interventiva, em conformidade com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Assumir o português como objeto de estudo implica entender a língua como fator de realização, de comunicação, de fruição estética, de educação literária, de resolução de problemas e de pensamento crítico. É na interseção de diversas áreas que o ensino e a aprendizagem do português se constroem: produção e receção de textos (orais, escritos, multimodais), educação literária, conhecimento explícito da língua (estrutura e funcionamento). Cada uma delas, por si e em complementaridade, concorre para competências específicas associadas ao desenvolvimento de uma literacia mais compreensiva e inclusiva: uma participação segura nos «jogos de linguagem» que os falantes realizam ativando saberes de uma pluralidade de géneros textuais, em contextos que o digital tem vindo a ampliar; uma correta e adequada produção e uma apurada e crítica interpretação de textos; um conhecimento e uma fruição plena dos textos literários do património português e de literaturas de língua portuguesa, a formação consolidada de leitores, um adequado desenvolvimento da consciência linguística e um conhecimento explícito da estrutura, das regras e dos usos da língua portuguesa. Do todo daqui resultante emergem as aprendizagens essenciais da disciplina de Português.

Estas aprendizagens são essenciais para ler na íntegra uma obra literária, para compreender uma decisão jurídica, um poema épico ou um ensaio filosófico, para interpretar um discurso político, para inferir a intencionalidade comunicativa de um texto argumentativo, para mobilizar conscientemente regras linguísticas apropriadas a cada discurso que se produza, para conhecer explicitamente elementos, estruturas e princípios de funcionamento da própria língua, para rever e melhorar um texto produzido por si próprio ou por um colega, para preparar adequadamente uma intervenção num debate, para apresentar uma comunicação sobre uma questão científica ou tecnológica, para intervir com propriedade em qualquer discussão de ideias, para comunicar conhecimento e defender ideias, para ler e para escrever o seu mundo interior e o mundo em que os alunos se movimentam.

Ao longo do ensino secundário, a disciplina de Português permitirá aos alunos não só consolidar as aprendizagens realizadas ao longo do ensino básico, mas também aprofundar os conhecimentos para um nível elevado de desempenho em domínios específicos como: a compreensão do oral, a expressão oral, a leitura, a educação literária, a expressão escrita e o conhecimento explícito sobre a língua. No final deste nível de ensino, no domínio da oralidade, os alunos deverão estar aptos a compreender textos orais de elevada complexidade, interpretando a intenção comunicativa subjacente e avaliando a sua eficácia comunicativa, a utilizar uma expressão oral correta, fluente e adequada a diversas situações de comunicação e a produzir textos orais de géneros específicos. No domínio da leitura, pretende-se que os alunos tenham adquirido desenvoltura nos processos de leitura e de interpretação de textos escritos de diversos géneros de complexidade considerável, apreciando criticamente o seu conteúdo e desenvolvendo a consciência reflexiva das suas funcionalidades. No domínio da educação literária, pretende-se capacitar os alunos para a leitura, a compreensão e a fruição de textos literários portugueses e estrangeiros, de diferentes géneros. Neste âmbito, é ainda fundamental que os alunos tenham atingido a capacidade de apreciar criticamente a dimensão estética dos textos literários e o modo como manifestam experiências e valores. Estas aprendizagens repercutir-se-ão no desenvolvimento do projeto de leitura que deve ter por referência as obras indicadas no Plano Nacional de Leitura. No domínio da escrita, é esperado que, no final do ensino secundário, os alunos tenham atingido níveis elevados de domínio de processos, estratégias, capacidades e conhecimentos para a escrita de textos de diversos géneros com vista a uma diversidade de objetivos comunicativos. No domínio gramatical, no final deste nível de ensino, os alunos deverão revelar um conhecimento metalinguístico seguro dos aspetos de estrutura e de funcionamento da língua considerados essenciais ao longo da escolaridade obrigatória.

Em concreto, no 11.º ano de escolaridade, a aula de Português estará orientada para o desenvolvimento da:

  • competência da oralidade (compreensão e expressão) com base em textos/discursos de géneros adequados a propósitos comunicativos como expor e argumentar em situação de debate e de confronto de perspetivas;
  • competência da leitura centrada predominantemente em textos de natureza argumentativa (discurso político, artigo de opinião e apreciação crítica);
  • educação literária não só para conhecimento, leitura e apreciação estética de obras portuguesas que constituíram um marco do pensamento e da literatura portugueses entre os séculos XVII e XIX, mas também para desenvolvimento de hábitos de leitura;
  • competência da escrita que inclua obrigatoriamente saber escrever textos de natureza expositiva e argumentativa;
  • competência gramatical por meio de um conhecimento explícito sistematizado sobre aspetos essenciais dos diversosplanos (fonológico, morfológico, das classes de palavras, sintático, semântico e textual-discursivo) da língua.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ORALIDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Compreensão Expressão

Interpretar textos orais dos géneros exposição sobre um tema, discurso político e debate, evidenciando perspetiva crítica e criativa.

Avaliar os argumentos de intervenções orais (exposições orais, discursos políticos e debates).

Fazer exposições orais para apresentação de temas, de opiniões e de apreciações críticas (de debate, de filme, de peça de teatro, de livro, de exposição ou outra manifestação cultural).

Preparar adequadamente as apresentações orais através de uma planificação cuidada.

Utilizar recursos verbais e não-verbais adequados à eficácia das apresentações orais a realizar.

Avaliar, individualmente e/ou em grupo, os discursos orais

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • compreensão de textos em diferentes suportes audiovisuais para
    • observação de regularidades associadas a géneros textuais;
    • identificação de informação explícita e dedução de informação implícita a partir de pistas textuais;
    • seleção e registo de informação relevante para um determinado objetivo;
    • avaliação dos argumentos de um discurso a partir de diferentes critérios;
    • avaliação de discursos tendo em conta a adequação à situação de comunicação;
  • produção de discursos preparados para apresentação a um público restrito (à turma ou a colegas de outras turmas) com diferentes finalidades:
    • fazer apreciações críticas de livros, de filmes, de discursos para, por exemplo, recomendar um livro aos colegas;
    • expor trabalhos relacionados com temas disciplinares e interdisciplinares, realizados individualmente ou em grupo;
    • utilizar o resumo, o relato, o reconto em apresentações orais sobre livros, filmes, músicas, por exemplo;
  • compreensão e expressão oral baseadas em textos de diferentes géneros sobre temas interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Comunicador (A, B, D, E, H)

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Organizador
LEITURA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Ler em suportes variados textos de diferentes graus de complexidade argumentativa dos géneros seguintes: discurso político, apreciação crítica e artigo de opinião.

Realizar leitura crítica e autónoma.

Analisar a organização interna e externa do texto.

Clarificar tema(s), subtemas, ideias principais, pontos de vista.

Analisar os recursos utilizados para a construção do sentido do texto.

Interpretar o texto, com especificação do sentido global e da intencionalidade comunicativa.

Utilizar criteriosamente procedimentos adequados ao registo e tratamento da informação.

Exprimir, com fundamentação, pontos de vista suscitados por leituras diversas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • manipulação de unidades de sentido através de atividades que impliquem
    • sublinhar, parafrasear, resumir segmentos de texto relevantes para a construção do sentido;
    • estabelecer relações entre as diversas unidades de sentido;
  • realização de diferentes modos de ler e de diferentes tipos de leitura;
  • compreensão e interpretação de textos através de atividades que impliquem
    • mobilizar experiências e saberes como ativação de conhecimento prévio;
    • colocar questões a partir de elementos paratextuais e textuais (verbais e não verbais);
    • sugerir hipóteses a partir de deduções extraídas da informação textual;
    • inferir informação a partir do texto;
    • avaliar o texto (conteúdo e forma) tendo em conta a intencionalidade do autor e a situação de comunicação;
    • estabelecer ligações entre o tema desenvolvido no texto e a realidade vivida pelo aluno;
    • expandir e aprofundar conhecimentos adquiridos no processo de leitura-compreensão do texto;
  • elaboração de pequenos projetos de estudo e de pesquisa, sobre temas disciplinares e interdisciplinares, que incluam, entre outros aspetos,
    • recurso a mapas de ideias, esquemas, listas de palavras;
  • compreensão escrita a partir de textos relacionados com temas interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Leitor (A, B, C, D, F, H, I)

Organizador
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar obras literárias portuguesas de diferentes autores e géneros, produzidas entre os séculos XVII e XIX (ver Anexo 1).

Contextualizar textos literários portugueses dos séculos XVII ao XIX de vários géneros em função de grandes marcos históricos e culturais.

Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.

Analisar o valor de recursos expressivos para a construção do sentido do texto, designadamente: adjetivação, gradação, metonímia, sinestesia.

Comparar textos de diferentes épocas em função dos temas, ideias, valores e marcos históricos e culturais.

Debater, de forma fundamentada e sustentada, oralmente ou por escrito, pontos de vista fundamentados, suscitados pela leitura de textos e autores diferentes.

Mobilizar para a interpretação textual os conhecimentos adquiridos sobre os elementos constitutivos do texto poético, do texto dramático e do texto narrativo.

Desenvolver um projeto de leitura que revele pensamento crítico e criativo, a apresentar publicamente em suportes variados.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • consolidação de conhecimento e saberes (noções de versificação, modos literários, estrutura interna e externa do texto dramático, recursos expressivos);
  • aquisição de saberes relacionados com as obras literárias em estudo;
  • compreensão de textos literários com base num percurso de leitura que implique
    • ler autonomamente obras ou partes de obras ;
    • imaginar desenvolvimentos narrativos a partir de elementos do paratexto e da mobilização de experiências e vivências;
    • fazer antecipações do desenvolvimento do tema, do enredo, das circunstâncias, entre outros aspetos;
    • mobilizar conhecimentos sobre a língua e sobre o mundo para interpretar expressões e segmentos textuais;
    • analisar o modo como o(s) tema(s), as experiências e os valores são representados pelo(s) autor(es) do texto;
    • justificar, de modo fundamentado, as interpretações;
  • valorização da leitura e consolidação do hábito de ler através de atividades que impliquem, entre outras possibilidades,
    • apresentar e defender perante o professor e a turma um projeto de leitura (indicando, por exemplo, os objetivos pessoais como leitor para um determinado intervalo de tempo);
    • selecionar os livros a ler em função do projeto de leitura;
    • desenvolver e gerir o percurso de leitor realizado, que inclua auto e heteroavaliação tendo em conta
    • grau de consecução dos objetivos definidos inicialmente;
    • apresentar em público (por exemplo, à turma, a outras turmas, à escola, à comunidade) o percurso pessoal de leitor, que pode incluir dramatização, recitação, leitura expressiva, reconto de histórias, recriação, expressão de reações subjectivas de leitor, persuasão de colegas para a leitura de livros;
  • exploração e aprofundamento de temas interdisciplinares suscitados pelas obras literárias em estudo.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Criativo (A, C, D, J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Leitor (A, B, C, D, F, H, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ESCRITA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Escrever textos de opinião, apreciações críticas e exposições sobre um tema.

Planificar os textos a escrever, após pesquisa e seleção de informação relevante.

Redigir com desenvoltura, consistência, adequação e correção os textos planificados.

Utilizar os mecanismos de revisão, de avaliação e de correção para aperfeiçoar o texto escrito antes da apresentação da versão final.

Respeitar princípios do trabalho intelectual como referenciação bibliográfica de acordo com normas específicas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • aquisição de conhecimento relacionado com as propriedades de um texto (progressão temática, coerência e coesão) e com os diferentes modos de de organizar um texto, tendo em conta a finalidade, o destinatário e a situação de produção;
  • manipulação de textos fazendo variações quanto à extensão de frases ou segmentos textuais ou da modificação do ponto de vista, por exemplo;
  • planificação do que se vai escrever através de procedimentos que impliquem, por exemplo, decidir o tema e a situação de escrita, definir o objetivo da escrita; decidir o destinatário do texto, conhecer as características do género textual que se pretende escrever.
  • elaboração de um texto prévio;
  • textualização individual a partir do texto prévio, o que implica reformulação do conteúdo à medida que se vai escrevendo;
  • revisão (em função dos objetivos iniciais e da coerência e coesão do texto) e aperfeiçoamento textual, o que implica reler, avaliar (com recurso a auto e a heteroavaliação) e corrigir;
  • apreciação de textos produzidos pelos próprio aluno ou por colegas justificando o juízo de valor sustentado;
  • preparação da versão final;
  • expressão escrita sobre temas interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Organizador
GRAMÁTICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Sistematizar o conhecimento dos diferentes constituintes da frase (grupo verbal, grupo nominal, grupo adjetival, grupo preposicional, grupo adverbial) e das funções sintáticas internas à frase.

Explicitar o conhecimento gramatical relacionado com a articulação entre constituintes e entre frases.

Reconhecer os valores semânticos de palavras considerando o respetivo étimo.

Analisar processos de coesão e de progressão do texto como a anáfora.

Utilizar intencionalmente os processos de coesão textual (gramatical e lexical).

Utilizar intencionalmente modalidades de reprodução do discurso (incluindo discurso indireto livre).

Conhecer a referência deítica (deíticos e respetivos referentes).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • análise de construções frásicas e textuais em que seja possível
    • questionar, exercitar, modificar, fazer variar e registar alterações;
    • explicitar procedimentos;
    • sistematizar regras;
  • explicitação de valores semânticos das palavras, tendo em conta os seus contextos de ocorrência no plano diacrónico;
  • sistematização do conhecimento sobre constituintes da frase e funções sintáticas, na frase simples e na frase complexa;
  • exercitação, no modo oral e escrito, de processos discursivos e textuais que tornem possível analisar
    • propriedades configuradoras da textualidade (progressão temática, coerência, coesão);
    • modalidades de reprodução do discurso no discurso;
  • identificação de processos de referenciação deítica e anafórica em enunciados orais e escritos.
Descritores do Perfil dos alunos

Questionador (A, F, G, I, J)

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Anexos

LISTA DE OBRAS E TEXTOS PARA EDUCAÇÃO LITERÁRIA – 11.º ANO

AUTORES E OBRAS

 

Padre António Vieira

“Sermão de Santo António. Pregado na cidade de S. Luís do Maranhão, ano de 1654” (leitura integral dos capítulos I e V e de excertos dos restantes capítulos)

Almeida Garrett Frei Luís de Sousa (leitura integral)

Almeida Garrett

ou

Alexandre Herculano

ou

Camilo Castelo Branco

Viagens na Minha Terra [escolher cinco de entre os capítulos seguintes: I, V, VIII, X, XIII, XX, XLIV, XLIX]

OU

“A Abóbada” (leitura integral)

OU

Amor de Perdição [escolher cinco de entre as secções seguintes: introdução, capítulos I, IV, X e XIX, conclusão]

Eça de Queirós Os Maias (leitura integral) OU A Ilustre Casa de Ramires (leitura integral)
Antero de Quental Sonetos Completos (escolher dois poemas)
Cesário Verde Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde) (leitura integral de “O Sentimento dum Ocidental”)