Francês Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO

A definição das AE apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Continuação apresenta, tal como previsto no programa em vigor, um leque abrangente de competências. São privilegiadas capacidades cognitivas de nível superior para desenvolver um desempenho de nível B1.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º
Continuação Formação Específica B1.1 B1.2 B2.1

No final do 10.º ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência B1.1 que constitui um patamar intermédio do nível B1 numa competência de comunicação abrangente: compreensão, interação, produção e mediação orais e escritas. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Geografia A, História A, Filosofia, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

No contexto temático de vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, o aluno deve ser capaz de:

Compreensão oral

Identificar as ideias principais e selecionar informação relevante não-verbal e verbal em textos variados (noticiários, reportagens, publicidade, videoclipes, curtas-metragens e filmes, publicações digitais, entre outros), sobre experiências e vivências, com vocabulário muito frequente e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Seguir indicações, normas e instruções escritas de forma clara e direta, identificar as ideias principais de um texto, selecionar informação pertinente em textos predominantemente dialogais, descritivos e narrativos (correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, publicações digitais, textos literários, entre outros), sobre experiências e vivências, com ideias articuladas, marcadores explícitos e vocabulário frequente.

Interação oral

Interagir sobre experiências e vivências, em conversas estruturadas de forma pertinente, respeitando as convenções sociolinguísticas e o discurso do interlocutor, pronunciando de forma clara, com ritmo e entoação apropriados e usando vocabulário frequente, estruturas frásicas diversas com recursos gramaticais adequados para:

  • pedir/dar informações e explicações sobre bens e serviços e formular queixas;
  • descrever situações, narrar acontecimentos e expor informações;
  • trocar opiniões, gostos e preferências.
     

Interação escrita

Preencher formulários e escrever correspondência (120-160 palavras) sobre experiências e vivências, exprimindo-se com clareza, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, utilizando vocabulário frequente, frases com estruturas gramaticais simples e recursos adequados na construção de textos coerentes e coesos (conetores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para:

  • pedir/dar informações e explicações sobre bens e serviços e formular queixas;
  • descrever situações, narrar acontecimentos e expor informações.

Produção escrita

Redigir textos sobre experiências e vivências, em suportes diversos (120-160 palavras), respeitando as convenções textuais e utilizando vocabulário frequente, frases com estruturas gramaticais simples e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos (conetores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para:

  • expor informações, opiniões e explicações;
  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • exprimir gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • antecipação e formulação de hipóteses face a discursos diversificados e verificação;
  • identificação de tipos de discurso, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção, associação, classificação e organização de informação explícita e implícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral e seletiva.

Interação oral e escrita e produção escrita

  • Identificação da situação de comunicação;
  • problematização de situações;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, simulações de situações mediáticas e profissionais, debates, jeux de rôle, criação e redação de textos predominantemente descritivos e narrativos, de formato e matriz variados (mensagens pessoais, interação em redes sociais, blogues e fóruns), integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais, mobilizando conhecimentos de natureza diversa e demonstrando abertura e empatia.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação, comparação e interpretação de realidades culturais;
  • identificação e questionamento de representações e estereótipos.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e deduzindo regras de funcionamento e uso da língua.

Em função de dificuldades, selecionar estratégias para retirar a informação essencial nas tarefas de leitura, audição e visionamento de documentos.

Transferir conhecimentos adquiridos para situações de interação oral e escrita, assim como de produção escrita na vida real.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Seleção e utilização de estratégias e de atividades de aprendizagens e avaliação da sua eficiência;
  • mobilização e articulação de conhecimentos disciplinares e interdisciplinares na realização de tarefas e atividades de receção, interação, produção e mediação.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Francês Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

A definição das AE para o Francês apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Iniciação privilegia um desenvolvimento equilibrado das competências orais e escritas num desempenho de nível A2 no 11.o ano.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º Opção
Iniciação Formação Específica B1.1 B1.2 B2.1

No final do 10.º ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência A2.1 que constitui um patamar intermédio do nível A2 de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001). Esta competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias áreas de competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Geografia A, História A, Filosofia, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

No contexto temático da vida quotidiana, o aluno deve ficar capaz de:

Compreensão oral 

Identificar palavras-chave e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos (anúncios públicos, mensagens telefónicas, publicidade, canções, videoclipes, publicações digitais, entre outros), relacionados com situações do quotidiano e experiências pessoais e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita  

Identificar palavras-chave e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos (correspondência, folhetos, publicidade, catálogos, receitas, ementas, artigos de jornal, banda desenhada, publicações digitais, entre outros), relacionados com situações do quotidiano e experiências pessoais e constituídos essencialmente por frases simples e vocabulário familiar.

Interação oral 

Interagir sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, pronunciando de forma compreensível, em conversas curtas, bem estruturadas e ligadas, tendo em conta o discurso do interlocutor, respeitando os princípios de delicadeza e usando um repertório limitado de expressões e de frases com estruturas gramaticais elementares para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever, narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.

Interação escrita

Escrever correspondência (50-60 palavras) em suportes diversos, sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário elementar e frases simples e articulando as ideias com conetores básicos de coordenação e subordinação para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever, narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.

Produção oral

Exprimir-se de forma simples, sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, em monólogos curtos preparados previamente, usando um repertório limitado de expressões e de frases com estruturas gramaticais elementares e pronunciando de forma suficientemente clara para:

  • descrever e narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.
     

Produção escrita

Escrever textos simples e curtos (50-60 palavras) em suportes diversos, sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário elementar e frases simples e articulando as ideias com conetores básicos de coordenação e subordinação para:

  • descrever e narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção e associação de informação explícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas.

Interação e produção orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações, redação de textos principalmente informativos e descritivos como convites, mensagens pessoais e cartazes, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Observar e identificar a diversidade na sua cultura de origem, assim como na(s) cultura(s) da língua estrangeira em referências, hábitos, atitudes e comportamentos inseridos em situações da vida quotidiana.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação e recolha de elementos culturais da língua estrangeira;
  • identificação de traços identitários, de semelhanças e diferenças culturais em situações quotidianas.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a importância de estratégias no processo de aprendizagem da língua estrangeira (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação de conhecimentos) e identificar as mais frequentes e eficazes para realizar tarefas individualmente ou em grupo.

Utilizar diferentes estratégias e suportes técnicos nas fases de planificação, de realização de tarefas comunicativas de compreensão oral e escrita, interação oral e produção escrita, avaliando a sua eficiência.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Recolha de informação sobre a motivação e representações da língua;
  • utilização da língua estrangeira na comunicação da sala de aula;
  •  mobilização de conhecimentos linguísticos, experiências e meios não-verbais para superar as deficiências na receção e na produção.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Francês Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO

A definição das AE apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Continuação apresenta, tal como previsto no programa em vigor, um leque abrangente de competências. São privilegiadas capacidades cognitivas de nível superior para desenvolver um desempenho de nível B1.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º
Continuação Formação Específica B1.1 B1.2 B2.1

No final do 10.º ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência B1.1 que constitui um patamar intermédio do nível B1 numa competência de comunicação abrangente: compreensão, interação, produção e mediação orais e escritas. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Geografia A, História A, Filosofia, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

No contexto temático de vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, o aluno deve ficar capaz de:

Compreensão oral

Identificar as ideias principais e selecionar informação relevante não-verbal e verbal em textos variados (noticiários, reportagens, publicidade, videoclipes, curtas-metragens e filmes, publicações digitais, entre outros), sobre experiências e vivências, com vocabulário muito frequente e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Seguir indicações, normas e instruções escritas de forma clara e direta, identificar as ideias principais de um texto, selecionar informação pertinente em textos predominantemente dialogais, descritivos e narrativos (correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, publicações digitais, textos literários, entre outros), sobre experiências e vivências, com ideias articuladas, marcadores explícitos e vocabulário frequente.

Interação oral

Interagir em conversas estruturadas de forma pertinente, respeitando as convenções sociolinguísticas e o discurso do interlocutor, pronunciando de forma clara, com ritmo e entoação apropriados e usando vocabulário frequente, estruturas frásicas diversas com recursos gramaticais adequados para:

  • pedir/dar informações e explicações sobre bens eserviços e formular queixas;
  • descrever situações, narrar acontecimentos e expor informações;
  • trocar opiniões, gostos e preferências sobre experiências e vivências.

Interação escrita

Preencher formulários e escrever correspondência (120-160 palavras), exprimindo-se com clareza, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, utilizando vocabulário frequente, frases com estruturas gramaticais simples e recursos adequados na construção de textos coerentes e coesos (conetores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para:

  • pedir/dar informações e explicações sobre bens e serviços e formular queixas;
  • descrever situações, narrar acontecimentos e expor informações;
  • trocar opiniões, gostos e preferências sobre experiências e vivências.

Produção oral

Exprimir-se, com alguma fluência, em apresentações e monólogos preparados previamente, usando vocabulário frequente, estruturas frásicas diversas e recursos gramaticais adequados na construção de uma sequência linear de informações para:

  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • expor informações, opiniões e explicações;
  • exprimir gostos e preferências sobre experiências e vivências.

Produção escrita

Redigir textos (120-160 palavras) em suportes diversos, respeitando as convenções textuais e utilizando vocabulário frequente, frases com estruturas gramaticais simples e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos (conetores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para:

  • expor informações, opiniões e explicações;
  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • exprimir gostos e preferências sobre experiências e vivências.

Mediação oral/escrita

Tirar apontamentos e esquematizar a estrutura interna de textos orais, audiovisuais, iconográficos ou escritos para apresentar em suportes diversos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • antecipação e formulação de hipóteses face a discursos diversificados e verificação;
  • identificação de discursos, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção, associação, classificação e organização de informação explícita e implícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral, seletiva e detalhada.

Interação, produção e mediação orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • problematização de situações;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • síntese e tradução;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações simulações de situações mediáticas e profissionais, debates, jeux de rôle, criação e redação de textos predominantemente descritivos e narrativos de formato e matriz variados (mensagens pessoais, textos mediáticos, interação em redes sociais,blogues, fóruns, etc.), integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo /colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais, mobilizando conhecimentos de natureza diversa e demonstrando abertura e empatia.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação, comparação, interpretação e explicação de realidades culturais;
  • identificação e análise de representações e estereótipos.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e deduzindo regras de funcionamento e uso da língua.

Em função de dificuldades, selecionar estratégias para retirar a informação essencial nas tarefas de leitura, audição e visionamento de documentos.

Transferir conhecimentos adquiridos para situações de interação e produção oral e escrita na vida real.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Seleção e utilização de estratégias e de atividades de aprendizagens e avaliação da sua eficiência;
  • mobilização e articulação de conhecimentos disciplinares e interdisciplinares na realização de tarefas e atividades de receção, interação, produção e mediação.

 

Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Física e Química A

Introdução

A disciplina de Física e Química A (FQ-A) integra a componente específica do Curso Científico-Humanístico de Ciências e
Tecnologias do ensino secundário, surgindo, curricularmente, no seguimento da Físico-Química do 3.º ciclo do ensino básico. Sendo uma disciplina da componente da formação específica que visa proporcionar formação científica consistente no domínio do respetivo curso, mantendo uma abrangência de espectro largo para prosseguir o desenvolvimento de uma Cultura Científica e Humanista.

Esta disciplina pode ainda ser uma opção para alunos de outros cursos que, nos termos da legislação aplicável, optem por um percurso educativo ou formativo próprio.

As Aprendizagens Essenciais (AE) desta disciplina, base da planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuem para o desenvolvimento das áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, tendo por base os documentos curriculares em vigor. Assim, as AE visam:

  • Consolidar, aprofundar e ampliar conhecimentos através da compreensão de conceitos, leis e teorias que descrevem, explicam e preveem fenómenos, assim como fundamentam aplicações em situações e contextos diversificados;
  • Desenvolver hábitos e competências inerentes ao trabalho científico: observação, pesquisa de informação (selecionar, analisar, interpretar e avaliar criticamente informação relativa a situações concretas), experimentação, abstração, generalização, previsão, espírito crítico, resolução de problemas e comunicação de ideias e resultados, utilizando formas variadas;
  • Desenvolver competências de reconhecer, interpretar e produzir representações variadas da informação científica e do resultado das aprendizagens: relatórios, esquemas e diagramas, gráficos, tabelas, equações, modelos e simulações computacionais;
  • Destacar o modo como o conhecimento científico é construído, validado e transmitido pela comunidade científica e analisar situações da história da ciência;
  • Fomentar o interesse pela importância do conhecimento científico e tecnológico na sociedade atual e uma tomada de decisões fundamentada procurando sempre um maior bem-estar social.

A conceção das AE de FQ-A pressupõe que a literacia científica do aluno, à saída da escolaridade obrigatória, deve ser baseada na articulação entre o conhecimento e o saber fazer associado à capacidade de pensar de forma crítica e criativa.  Assim, a experimentação assume um papel preponderante na operacionalização dos conhecimentos, capacidades e atitudes, contribuindo não só para desenvolver nos alunos a competências de resolver problemas, mas também para estimular a sua autonomia e desenvolvimento pessoal e as relações interpessoais. As AE identificam os conceitos-chave para a compreensão de um determinado domínio do programa e os processos cognitivos associados que são transferíveis para outros conteúdos.

Os alunos devem ser incentivados a trabalhar em grupo, designadamente na realização das atividades laboratoriais (em que os alunos possam ter oportunidades de tomar decisões sobre diferentes fases do trabalho com um grau crescente de autonomia), desenvolvendo métodos próprios do trabalho científico, a investigar e a refletir, comunicando as suas aprendizagens, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina.

A relevância da Física e da Química no mundo atual deve ser valorizada, devendo, os alunos, reconhecer aplicações e resultados de investigação que tenham impacto na tecnologia, na sociedade e no ambiente (casos da vida quotidiana, avanços recentes da ciência e da tecnologia, contextos culturais onde a ciência se insira), como meio de motivação para as aprendizagens e de consolidação das aprendizagens, apontando para um futuro sustentável em áreas vitais (energia, recursos naturais, saúde, alimentação, novos materiais, entre outros).

As AE do 10.º ano de FQ-A foram estruturadas com base em três grandes domínios: Elementos químicos e sua organização e Propriedades e transformações da matéria, na componente da Química, e Energia e sua conservação, na componente da Física.

Reconhecer que toda a matéria é formada por átomos, pertencendo os átomos com o mesmo número de protões ao mesmo elemento, que os elementos podem ser organizados, de forma sistemática, em famílias, que essa sistematização se consegue pelo conhecimento da estrutura eletrónica dos respetivos átomos é a base para compreender a estrutura e as transformações da matéria.

As diferentes propriedades da matéria e os diferentes tipos de materiais, resultantes de diferentes tipos de ligações entre átomos e moléculas, permitem ao aluno compreender a reatividade e transformações das substâncias.

A energia e a sua conservação são as ideias centrais na interpretação de fenómenos mecânicos, elétricos e térmicos, que devem ser enquadradas com diversas aplicações (construções, máquinas, veículos, instalações elétricas), por forma a consolidar a visão da ciência como portadora de benefícios sociais.

Concluir que há diminuição da energia útil nos processos naturais, sendo este o critério que determina o sentido em que evoluem esses processos, permite compreender que os recursos são limitados, e que o aluno apreenda a sua responsabilidade individual e coletiva na utilização sustentável de recursos.

A compreensão da estrutura e transformações da matéria e das transferências de energia entre sistemas contribui para a explicação de processos que ocorrem no mundo atual designadamente o aquecimento global, a poluição atmosférica, os efeitos das radiações ionizantes, entre outros.

Na formulação das AE, os conhecimentos, as capacidades e as atitudes são desenvolvidos através de metodologias de trabalho prático, destacando-se as atividades laboratoriais. O trabalho prático deve ser integrado em temas relevantes para o contexto de cada turma e escola, os quais são, no entanto, deixados em aberto.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Elementos Químicos e sua Organização
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Massa e tamanho dos átomos

Descrever a constituição dos átomos utilizando os conceitos de número de massa, número atómico e isótopos.

Interpretar a escala atómica recorrendo a exemplos da microscopia de alta resolução e da nanotecnologia, comparando-a com outras estruturas da natureza.

Definir a unidade de massa atómica e interpretar o significado de massa atómica relativa média.

Relacionar o número de entidades com a quantidade de matéria, identificando a constante de Avogadro como constante de proporcionalidade. Resolver, experimentalmente, problemas de medição de massas e de volumes, selecionando os instrumentos de medição mais adequados, apresentando os resultados atendendo à incerteza de leitura e ao número adequado de algarismos significativos.

Relacionar a massa de uma amostra e a quantidade de matéria com a massa molar.

Energia dos eletrões nos átomos

Relacionar as energias dos fotões correspondentes às zonas mais comuns do espectro eletromagnético e essas energias com a frequência da luz.

Interpretar os espectros de emissão do átomo de hidrogénio a partir da quantização da energia e da transição entre níveis eletrónicos e generalizar para qualquer átomo.

Comparar os espectros de absorção e emissão de vários elementos químicos, concluindo que são característicos de cada elemento.

Explicar, a partir de informação selecionada, algumas aplicações da espectroscopia atómica (por exemplo, identificação de elementos químicos nas estrelas, determinação de quantidades vestigiais em química forense).

Identificar, experimentalmente, elementos químicos em amostras desconhecidas de vários sais, usando testes de chama, comunicando as conclusões.

Reconhecer que nos átomos poli-eletrónicos, para além da atração entre os eletrões e o núcleo que diminui a energia dos eletrões, existe a repulsão entre os eletrões que aumenta a sua energia.

Interpretar o modelo da nuvem eletrónica.

Interpretar valores de energia de remoção eletrónica com base nos níveis e subníveis de energia.

Compreender que as orbitais s, p e d e as suas representações gráficas são distribuições probabilísticas; reconhecendo que as orbitais de um mesmo subnível são degeneradas.

Estabelecer a configuração eletrónica de átomos de elementos até Z = 23, utilizando a notação spd, atendendo ao Princípio da Construção, ao Princípio da Exclusão de Pauli e à maximização do número de eletrões desemparelhados em orbitais degeneradas.
 

Tabela Periódica (TP)

Pesquisar o contributo dos vários cientistas para a construção da TP atual, comunicando as conclusões.

Interpretar a organização da TP com base nas configurações eletrónicas dos elementos.

Interpretar a energia de ionização e o raio atómico dos elementos representativos como propriedades periódicas, relacionando-as com as respetivas configurações eletrónicas.

Interpretar a periodicidade das propriedades dos elementos químicos na TP e explicar a tendência de formação de iões.

Determinar, experimentalmente, a densidade relativa de metais por picnometria, avaliando os procedimentos, interpretando e comunicando os resultados.

Interpretar a baixa reatividade dos gases nobres, relacionando-a com a estrutura eletrónica destes elementos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos científicos;
  • seleção de informação pertinente em fontes diversas (artigos e livros de divulgação científica, notícias);
  • análise de fenómenos da natureza e situações do dia a dia com base em leis e modelos;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares nos domínios Elementos químicos e sua organização, Propriedades e transformações da matéria e Energia e sua conservação;
  • mobilização dos conhecimentos do 7.º (domínios Espaço, Materiais e Energia), 8.º (domínio Reações químicas) e 9.º anos (domínios Eletricidade e Classificação dos materiais e subdomínio Forças, movimentos e energia) para enquadrar as novas aprendizagens;
  • mobilização de diferentes fontes de informação científica na resolução de problemas, incluindo gráficos, tabelas, esquemas, diagramas e modelos;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formular hipóteses face a um fenómeno natural ou situação do dia a dia;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • propor abordagens diferentes de resolução de uma situação-problema;
  • criar representações variadas da informação científica: relatórios, diagramas, tabelas, gráficos, equações, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos, esquemas concetuais, simulações, vídeos com diferentes perspetivas, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições sobre a evolução de fenómenos naturais e a evolução de experiências em contexto laboratorial;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, relatórios, esquemas, textos, maquetes), recorrendo às TIC, quando pertinente;
  • criar situações que levem à tomada de decisão para uma intervenção individual e coletiva conducente à gestão sustentável dos recursos energéticos;
  • criar situações conducentes à realização de projetos interdisciplinares, identificando problemas e colocando questões-chave, articulando a ciência e a tecnologia em contextos relevantes a nível económico, cultural, histórico e ambiental.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar conceitos, factos, situações numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista, distinguindo alegações científicas de não científicas;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças e consistência interna;
  • problematizar situações sobre aplicações da ciência e tecnologia e o seu impacto na sociedade e no ambiente;
  • debater temas que requeiram sustentação ou refutação de afirmações sobre situações reais ou fictícias, apresentando argumentos e contra- argumentos baseados em conhecimento científico.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • mobilização de conhecimentos para questionar uma situação;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • tarefas de pesquisa enquadrada por questões-problema e sustentada por guiões de trabalho, com autonomia progressiva.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • argumentar sobre temas científicos polémicos e atuais, aceitando pontos de vista diferentes dos seus;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões, incluindo as de origem étnica, religiosa ou cultural;
  • saber trabalhar em grupo, desempenhando diferentes papéis, respeitando e sabendo ouvir todos os elementos do grupo.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de implementação, de controlo e de revisão, designadamente nas atividades experimentais;
  • registo seletivo e organização da informação (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de atividades laboratoriais e de visitas de estudo, segundo critérios e objetivos).

Promover estratégias que impliquem por parte
do aluno:

  • comunicar resultados de atividades laboratoriais e de pesquisa, ou outras, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina, recorrendo a diversos suportes;
  • participar em ações cívicas relacionadas com o papel central da Física e da Química no desenvolvimento tecnológico e suas consequências socioambientais.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento, identificando pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento do trabalho de grupo ou individual dos pares;
  • realizar trabalho colaborativo em diferentes situações (projetos interdisciplinares, resolução de problemas e atividades experimentais).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for solicitado e contratualizar tarefas, apresentando resultados;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas, incluindo a promoção do estudo com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações de ajuda a outros e de proteção de si, designadamente adotando medidas de proteção adequadas a atividades laboratoriais;
  • saber atuar corretamente em caso de incidente no laboratório preocupando-se com a sua segurança pessoal e de terceiros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I,)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Questionador/ Investigador (A, C, D, F, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador / Interventor (A, B, D, E, G, H, I)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F,J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (A, B, E, F, G, I, J)

Organizador
Propriedades e Transformações da Matéria
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Ligação Química
Compreender que a formação de ligações químicas é um
processo que aumenta a estabilidade de um sistema de
dois ou mais átomos, interpretando-a em termos de forças
de atração e de repulsão no sistema núcleos-eletrões.
Interpretar os gráficos de energia em função da distância
internuclear de moléculas diatómicas.
Distinguir, recorrendo a exemplos, os vários tipos de
ligação química: covalente, iónica e metálica.

Explicar a ligação covalente com base no modelo de Lewis.
Representar, com base na regra do octeto, as fórmulas de
estrutura de Lewis de algumas moléculas, interpretando a
ocorrência de ligações covalentes simples, duplas ou
triplas.
Prever a geometria das moléculas com base na repulsão
dos pares de eletrões da camada de valência e prever a
polaridade de moléculas simples.
Distinguir hidrocarbonetos saturados de insaturados.
Interpretar e relacionar os parâmetros de ligação, energia
e comprimento, para ligações entre átomos dos mesmos
elementos.
Identificar, com base em informação selecionada, grupos
funcionais (álcoois, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos e
aminas) em moléculas orgânicas, biomoléculas e fármacos,
a partir das suas fórmulas de estrutura.
Interpretar as forças de Van der Waals e pontes de
hidrogénio em interações intermoleculares, discutindo as
suas implicações na estrutura e propriedades da matéria e
a sua importância em sistemas biológicos.

Gases e Dispersões
Compreender o conceito de volume molar de gases a partir da lei de Avogadro e concluir que este só depende da pressão e temperatura e não do gás em concreto.

Aplicar, na resolução de problemas, os conceitos de massa, massa molar, fração molar, volume molar e massa volúmica de gases, explicando as estratégias de resolução.

Pesquisar a composição da troposfera terrestre, identificando os gases poluentes e suas fontes, designadamente os gases que provocam efeitos de estufa e alternativas para minorar as fontes de poluição, comunicando as conclusões.

Resolver problemas envolvendo cálculos numéricos sobre a composição quantitativa de soluções aquosas e gasosas, exprimindo-a nas principais unidades, explicando as estratégias de resolução.

Preparar soluções aquosas a partir de solutos sólidos e por diluição, avaliando procedimentos e comunicando os resultados.

Transformações Químicas

Interpretar as reações químicas em termos de quebra e formação de ligações.

Explicar, no contexto de uma reação química, o que é um processo exotérmico e endotérmico.

Designar a variação de energia entre reagentes e produtos como entalpia, interpretar o seu sinal e reconhecer que, a pressão constante, a variação de entalpia é igual ao calor trocado com o exterior.

Relacionar a variação de entalpia com as energias de ligação de reagentes e de produtos. Identificar a luz como fonte de energia das reações fotoquímicas.

Investigar, experimentalmente, o efeito da luz sobre o cloreto de prata, avaliando procedimentos e comunicando os resultados.

Pesquisar, numa perspetiva intra e interdisciplinar, os papéis do ozono na troposfera e na estratosfera, interpretando a formação e destruição do ozono estratosférico e comunicando as suas conclusões.

Relacionar a elevada reatividade dos radicais livres com a particularidade de serem espécies que possuem eletrões desemparelhados e explicitar alguns dos seus efeitos na atmosfera e sobre os seres vivos, por exemplo, o envelhecimento.

Organizador
Energia e sua conservação
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Energia e movimentos

Compreender as transformações de energia num sistema mecânico redutível ao seu centro de massa, em resultado da interação com outros sistemas.

Estabelecer, experimentalmente, a relação entre a variação de energia cinética e a distância percorrida por um corpo, sujeito a um sistema de forças de resultante constante, usando processos de medição e de tratamento estatístico de dados e comunicando os resultados.

Interpretar as transferências de energia como trabalho em sistemas mecânicos, e os conceitos de força conservativa (aplicando o conceito de energia potencial gravítica) e de força não conservativa (aplicando o conceito de energia mecânica).

Analisar situações do quotidiano sob o ponto de vista da conservação ou da variação da energia mecânica, identificando transformações de energia e transferências de energia.

Investigar, experimentalmente, o movimento vertical de queda e de ressalto de uma bola, com base em considerações energéticas, avaliando os resultados, tendo em conta as previsões do modelo teórico, e comunicando as conclusões.

Aplicar, na resolução de problemas, a relação entre os trabalhos (soma dos trabalhos realizados pelas forças, trabalho realizado pelo peso e soma dos trabalhos realizados pelas forças não conservativas) e as variações de energia, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Energia e fenómenos elétricos

Interpretar o significado das grandezas: corrente elétrica, diferença de potencial elétrico e resistência elétrica.

Montar circuitos elétricos, associando componentes elétricos em série e em paralelo, e, a partir de medições, caracterizá-los quanto à corrente elétrica que os percorre e à diferença de potencial elétrico aos seus terminais.

Compreender a função e as características de um gerador e determinar as características de uma pilha numa atividade experimental, avaliando os procedimentos e comunicando os resultados.

Aplicar, na resolução de problemas, a conservação da energia num circuito elétrico, tendo em conta o efeito Joule, explicando as estratégias de resolução.

Avaliar, numa perspetiva intra e interdisciplinar, como a energia elétrica e as suas diversas aplicações são vitais na sociedade actual e as repercurssões a nível social, económico, político e ambiental.

Energia, fenómenos térmicos e radiação

Compreender os processos e os mecanismos de transferências de energia em sistemas termodinâmicos.

Distinguir, na transferência de energia por calor, a radiação da condução e da convecção.

Explicitar que todos os corpos emitem radiação e que à temperatura ambiente emitem predominantemente no infravermelho, dando exemplos de aplicação.

Compreender a Primeira Lei da Termodinâmica e enquadrar as descobertas científicas que levaram à sua formulação no contexto histórico, social e político.

Explicar fenómenos do dia a dia utilizando balanços energéticos.

Aplicar, na resolução de problemas de balanços energéticos, os conceitos de capacidade térmica mássica e de variação de entalpia mássica de transição de fase, descrevendo argumentos e raciocínios, explicando as soluções encontradas.

Determinar, experimentalmente, a capacidade térmica mássica de um material e a variação de entalpia mássica de fusão do gelo, avaliando os procedimentos, interpretandos os resultados e comunicando as conclusões.

Investigar, experimentalmente, a influência da irradiância e da diferença de potencial elétrico na potência elétrica fornecida por um painel fotovoltaico, avaliando os procedimentos, interpretandos os resultados e comunicando as conclusões.

Explicitar que os processos que ocorrem espontaneamente na Natureza se dão sempre no sentido da diminuição da energia útil.

Compreender o rendimento de um processo, interpretando a degradação de energia com base na Segunda Lei da Termodinâmica, analisando a responsabilidade individual e coletiva na utilização sustentável de recursos.

Espanhol Iniciação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Iniciação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – INICIAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV A2.2 B1.1 B1.2
CE B1.1 B1.2 B2.1
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) A2.1 A2.2 B1.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual. Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respetivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido. Assim, e relativamente às Aprendizagens Essenciais de Espanhol para o 3.º ciclo, cuja carga horária é menor, as Aprendizagens Essenciais para Espanhol, nos cursos de Formação Específica, apresentam duas diferenças notórias: um nível de proficiência mais exigente nas atividades recetivas e a inclusão das subcompetências de mediação oral e escrita.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 10.º ano de Iniciação dos cursos de Formação Específica, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcompetências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação e produção oral e escrita:

CAV A2.2 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia-a-dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio (visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE A1.1 É capaz de compreender as ideias principais de textos de diversa tipologia, bem estruturados e sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE / MO / ME A2.1 É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas. Pode transmitir a terceiros as ideias principais de intervenções ou documentos (orais, escritos ou audiovisuais) sobre assuntos do dia-a-dia, relacionados com os seus interesses ou abordados nas aulas, sempre que estes apareçam expressados com clareza, bem estruturados e com vocabulário de alta frequência.

Note-se que, devido à maior exigência que se observa nas competências recetivas, os objetivos a atingir durante este ano obrigam a um trabalho adicional focado, especialmente, no desenvolvimento das habilidades e estratégias relacionadas com as atividades de compreensão e mediação, nas modalidades oral, escrita e audiovisual.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível A2.2]

Identificar as ideias principais e a informação relevante explícita em mensagens e textos curtos, de géneros e suportes diversos, sobre experiências pessoais e situações do quotidiano, interesses próprios e temas da atualidade, sempre que sejam constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário muito frequente e sejam articulados de forma clara e pausada.

[Compreensão escrita – Nível B1.1]

Seguir indicações, normas e instruções escritas de forma concisa e clara.

Identificar as ideias principais e selecionar informação explícita de sequências descritivas, narrativas, explicativas e argumentativas, em textos curtos e médios de diversos géneros e suportes, sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer, e sobre temas da atualidade, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas e predomine vocabulário frequente.

[Interação oral – Nível A2.1]

Interagir em conversas curtas, bem estruturadas e ligadas
a situações familiares, nas quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano e experiências pessoais;
  • apresenta opiniões, gostos e preferências;
  • pronuncia, geralmente de forma compreensível, os recursos linguísticos trabalhados nas aulas.

[Produção oral – Nível A2.1]

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos
preparados previamente, nos quais:

  • utiliza sequências descritivas (sobre o meio envolvente e situações do quotidiano) e narrativas (sobre experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados);
  • apresenta opiniões, gostos e preferências;
  • usa um léxico elementar e estruturas frásicas simples;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

[Interação escrita – Nível A2.1]

Escrever postais, mails e mensagens simples e curtas, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano e experiências pessoais;
  • exprime opiniões, gostos e preferências;
  • utiliza vocabulário elementar e estruturas frásicas simples;
  • articula as ideias com coerência para gerar uma - sequência linear de informações.

[Produção escrita – Nível A2.1]

Escrever textos simples e curtos, em papel ou em aplicações digitais, sobre assuntos trabalhados nas aulas, nos quais:

  • descreve situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprime opiniões, gostos e preferências;
  • utiliza vocabulário elementar e estruturas frásicas simples;
  • articula as ideias com coerência para gerar uma sequência linear de informações.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Ativar, antes da audição/visionamento/leitura, os conhecimentos e experiências socioculturais relacionados com o assunto do documento.
  • Formular hipóteses sobre aquilo que se vai ouvir ou ler, a partir dos conhecimentos prévios e da situação de comunicação.
  • Reconhecer a capacidade para compreender globalmente textos orais e escritos sem necessidade de compreender cada um dos elementos do mesmo.
  • Utilizar estratégias de inferência para determinar o significado de termos desconhecidos a partir do contexto e da análise das palavras (derivação, composição, famílias de palavras, palavras- chave).
  • Inferir o significado dos termos desconhecidos, a partir do contexto, da forma das palavras, das palavras-chave, das ilustrações e da comparação entre línguas.
  • Contrastar o significado de termos que possuem a mesma forma, comparando o português e/ou a língua materna com o espanhol.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão auditiva e audiovisual.
  • Reconhecer a utilidade de transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação oral, entre a língua materna e a língua-alvo.
  • Chamar a atenção para conseguir a sua vez de falar.
  • Preparar frases para começar, interromper, terminar uma intervenção.
  • Servir-se de gestos e imagens para apoiar a expressão verbal.
  • Pedir ajuda ao interlocutor, direta ouindiretamente.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção oral.
  • Explorar ideias, associar e recolher informação
  • Reconhecer a importância de ser capaz de se exprimir por escrito, em espanhol, como forma de satisfazer necessidades imediatas e concretas de comunicação.
  • Encontrar prazer na expressão escrita.
  • Organizar as ideias.
  • Praticar e controlar.
  • Reconhecer a utilidade da transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação escrita, entre a língua materna e a língua-alvo.
  • Ter interesse em superar as interferências e confiar no sucesso.
  • Valorizar e avaliar os progressos na expressão escrita.
Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer factos, referências culturais, atitudes e comportamentos verbais e não-verbais dos jovens hispano-falantes e relacioná-los com as suas próprias experiências.

Expressar informações e conhecimentos relativos à língua, à cultura e à sociedade espanhola e hispano-americana através de produtos e experiências verbais e não-verbais (documentos digitais e audiovisuais, desenhos, mapas, cartazes, fotografias, símbolos, esquemas, músicas, jogos, artefactos, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar com recursos verbais e não-verbais na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; o “eu” e os outros (identificação, gostos pessoais, as relações humanas, a família, os amigos, os colegas); a escola (horários, formas de aprender e trabalhar); o trabalho e os serviços urbanos e/ou rurais; o consumo (as compras, os presentes); os tempos livres, as festas e os desportos; a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de Espanha; as relações entre Portugal e Espanha; etc.
  • Utilizar, ainda que de forma rudimentar, diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Controlar a ansiedade e demonstrar uma atitude positiva e confiante na aprendizagem da língua.

Valorizar o uso do espanhol como instrumento de comunicação dentro da aula, nomeadamente para solicitar esclarecimentos e ajuda e colaborar com os colegas na realização de tarefas e na resolução de problemas.

Reconhecer a importância da competência estratégica no processo de aprendizagem da língua (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação e recuperação de conhecimentos e conceptualização).

Reconhecer os erros como parte integrante do processo de aprendizagem, propor formas de os superar e avaliar progressos e carências, próprios e alheios, na aquisição da língua.

Usar os seus conhecimentos prévios em língua materna e noutras línguas, a sua experiência pessoal, os indícios contextuais e as semelhanças lexicais e gramaticais para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples, recorrendo, quando necessário, a idiomas conhecidos, gestos, mímica e desenhos.

Utilizar diferentes estratégias e suportes técnicos nas fases de planificação e de realização de tarefas comunicativas de compreensão, interação e produção orais e escritas, avaliando a sua eficiência.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Ter uma atitude positiva e confiante para aprender a língua.
  • Aceitar e promover a língua espanhola como instrumento de comunicação na sala de aula.
  • Controlar a ansiedade.
  • Reconhecer a utilidade da transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação oral, entre a língua materna, outras línguas conhecidas e o espanhol.
  • Perder o medo de dar erros e reconhecê-los como necessários à aprendizagem.
  • Valorizar e avaliar os progressos na aquisição da língua como elemento motivador.
  • Procurar ocasiões para praticar o idioma.
  • Criar sintonia com os colegas e favorecer a cooperação para trabalhar e praticar em grupo.
  • Utilizar regularmente um caderno para apontamentos.
  • Fazer esquemas, listagens, resumos.
  • Copiar, repetir, decorar, fazer desenhos, inventar jogos, sublinhar, utilizar cores diferentes.
  • Memorizar canções, textos, poemas, frases.
  • Gerir os tempos de que se dispõe de acordo com as necessidades de aprendizagem.
  • Selecionar os materiais de que se vai precisar.
  • Aplicar grelhas de autoavaliação sobre o grau de consecução, de interesse, de participação e de satisfação.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol Continuação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Continuação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV B1.2 B2.1 B2.2
CE B2.1 B2.2 B2.2+
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) B1.1 B1.2 B2.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Para além da compreensão, interação e produção, a competência comunicativa a desenvolver com os alunos dos cursos de Formação Específica incui as atividades de mediação, também nas modalidades oral, escrita e audiovisual. O nível B2.2+ de compreensão escrita implica um alargamento da competência B2.2 através da diversificação de géneros e tipologias textuais, assim como das atividades e estratégias ligadas ao desenvolvimento da competência de mediação oral e escrita e do trabalho interdisciplinar com outras áreas do currículo. Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 10.o ano de Continuação (Formação Específica), os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcomptências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação, produção e mediação oral e escrita:

CAV B1.2 É capaz de compreender os pontos essenciais e os dados relevantes de uma sequência falada
que incida sobre assuntos quotidianos, da escola, dos tempos livres, etc. É capaz de
compreender os pontos principais e os dados mais relevantes de vídeos, filmes e programas
de rádio e televisão sobre temas atuais ou assuntos de interesse pessoal, quando o débito da
fala é relativamente lento e claro.
CE B2.1 É capaz de ler artigos e reportagens sobre assuntos contemporâneos, sociais e pessoais, em
relação aos quais os autores adoptam atitudes, opiniões ou pontos de vista imprevistos ou
não convencionais. É capaz de compreender textos literários contemporâneos em prosa,
adaptados a públicos juvenis, em que as expressões idiomáticas sejam as mais frequêntes.
IO / IE / PO / PE / MO / ME B1.1 É capaz de lidar com a maior parte das situações que podem surgir durante uma viagem a um
país hispanofalante. É capaz de participar, sem preparação prévia, numa conversa sobre
assuntos conhecidos, de interesse pessoal ou do dia-a-dia (família, passatempos, viagens,
trabalho e assuntos de atualidade). É capaz de relatar experiências, acontecimentos, sonhos,
expetativas e objetivos, introduzindo opiniões e justificações. É capaz de escrever textos
simples e trocar correspondência sobre temas familiares ou do seu interesse, assim como
sobre acontecimentos passados ou projetos futuros, usando, com relativa correção, um
repertório de rotinas e fórmulas frequentes. É capaz de resumir, parafrasear e fazer a
mediação para espanhol ou para português de cartazes, avisos e breves sequências e
fragmentos orais e escritos.

Os objetivos a atingir durante este ano obrigam a um trabalho adicional focado, especialmente, no desenvolvimento das habilidades e estratégias relacionadas com as atividades de mediação, nas modalidades oral, escrita e audiovisual.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível B1.2]

Compreender as ideias principais e selecionar e associar informação pertinente (verbal e não verbal) em documentos audiovisuais diversos, sobre situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer, assuntos da atualidade cultural, política e científica, experiências pessoais e vivências das sociedades contemporâneas, sempre que as ideias sejam estruturadas com marcadores explícitos, predomine o vocabulário frequente, contenha expressões idiomáticas muito correntes e a articulação seja clara.

[Compreensão escrita – Nível B2.1]

Seguir indicações, normas e instruções complexas.

Compreender ideias específicas e conclusões gerais sobre aspetos socioculturais relevantes.

Selecionar e associar informação pertinente e específica em textos predominantemente explicativos e argumentativos complexos, de diversos géneros, sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, sempre que as ideias sejam estruturadas com marcadores explícitos e predominem vocabulário frequente e expressões idiomáticas correntes.

[Interação oral – Nível B1.1]

Interagir em conversas inseridas em situações familiares,
ao vivo ou em aplicações digitais, nas quais:

  • troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, o mundo do trabalho e do lazer e temas da atualidade;
  • usa vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas e mobiliza recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara e com ritmo e entoação apropriados;
  • reage, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor e respeita o registo e os princípios de cortesia verbal.

[Produção oral – Nível B1.1]

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos preparados previamente (ao vivo, em gravações ou em aplicações digitais), nos quais:

  • descreve, narra e/ou expõe informações sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • usa vocabulário frequente, estruturas frásicas simples e recursos discursivos adequados para construir uma sequência coerente de informações;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

[Interação escrita – Nível B1.1]

Escrever cartas, mails e mensagens, em papel ou em
aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações exprimindo com clareza opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas de atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente, estruturas gramaticais simples e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos;
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas dos géneros utilizados, adequando-as ao destinatário.

[Produção escrita – Nível B1.1]

Escrever textos diversos, em papel ou em aplicações
digitais, nos quais:

  • descreve situações, narra acontecimentos e expõe informações, opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente, estruturas frásicas simples e recursos discursivos adequados para construir textos coerentes e coesos;
  • respeita as convenções dos géneros textuais trabalhados.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Identificar, em documentos autênticos (gravações, anúncios, programas de tv, filmes, revistas, jornais, livros, banda desenhada, textos digitais, etc.), informações globais e específicas, ideias principais e secundárias, dados e opiniões sobre uma ampla gama de temas.
  • Analisar factos, teorias e situações, indicando os seus elementos ou dados.
  • Identificar as marcas que diferenciam o código oral do escrito.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão auditiva, audiovisual e escrita.
  • Mobilizar as aprendizagens dos anos anteriores
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Expressar as suas ideias e contar experiências e projetos de forma coerente e mantendo um equilíbrio entre a correção formal e a fluência.
  • Conceber mensagens e textos (para descrever, comparar, contar experiências, histórias e projetos, expressar sensações e sentimentos, justificar e explicar, etc.) considerando a intenção comunicativa e a situação de comunicação em que acontece.
  • Comparar as convenções linguísticas próprias da interação social com as utilizadas em português, especialmente no que se refere à adequação ao registo e às características lexicais da língua usada.
  • Participar reflexiva e criticamente em diferentes situações comunicativas.
  • Aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes.
  • Confrontar ideias e perspetivas distintas sobre a abordagem de um dado problema e ou a maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.
  • Utilizar e identificar estratégias pessoais de facilitação e compensação para ultrapassar dificuldades de interação e produção oral.
  • Antecipar e avaliar a reação do(s) interlocutor(es) à interação ou ao monólogo.
  • Fornecer feedback e colaborar com os colegas para melhoria ou aprofundamento de ações.
  • Procurar os meios mais adequados para conseguir maior fluência e correção.
  • Superar as interferências entre o português e o espanhol, desenvolvendo para isso as estratégias adequadas.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção oral.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais mobilizando conhecimentos de natureza diversa e demonstrando abertura (aliada ao espírito crítico e/ou à empatia).

Interpretar a presença de traços históricos e culturais de Espanha em Portugal e de Portugal em Espanha.

Interpretar elementos do património natural e cultural e dos comportamentos sociais e sociolinguísticos dos países hispano-falantes e relacioná-los com os de Portugal, usando-os em atividades diversificadas (trabalhos, apresentações, jogos, concursos, exposições, vídeos, artefactos, atividades de palco, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aprendizagem, juventude, cidadania, trabalho, língua espanhola no mundo, cultura, festas, viagens, lazer, saúde.
  • Desenvolver atitudes positivas perante a língua espanhola e os universos socioculturais que veicula, numa perspectiva intercultural.
  • Procurar, analisar e discutir a pertinência de documentos e estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.
  • Conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado.
  • Estabelecer relações intra e interdisciplinares que favoreçam a transversalidade da competência em espanhol.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e deduzindo regras de funcionamento e uso da língua.

Diversificar estratégias e recursos para consolidar conhecimentos, remediar dificuldades e promover a aprendizagem colaborativa e a autonomia.

Selecionar e utilizar os recursos e as estratégias mais eficazes para aperfeiçoar a compreensão e realizar tarefas de interação e produção, superando carências e falhas na comunicação.

Transferir conhecimentos adquiridos para situações de interação e produção oral e escrita na vida fora da aula.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Valorizar e avaliar os progressos na aquisição da língua como elemento motivador.
  • Procurar ocasiões para praticar o idioma dentro e fora da aula.
  • Criar sintonia com os colegas e favorecer a cooperação para trabalhar e praticar em grupo.
  • Utilizar os media e as novas tecnologias como instrumentos de aprendizagem, de comunicação e de informação.
  • Participar na seleção das tarefas, recursos e materiais didáticos e nos critérios com que será avaliada a consecução dos objetivos.
  • Contratualizar tarefas e assumir e cumprir compromissos perante a turma.
  • Consolidar práticas de relacionamento interpessoal favoráveis ao exercício do sentido de responsabilidade, de solidariedade e da consciência da cidadania global.
  • Aplicar grelhas de autoavaliação sobre o grau de consecução, de interesse, de participação e de satisfação das tarefas realizadas.
  • Explorar estratégias de superação de dificuldades e resolução de problemas, valorizando o risco como forma natural de aprender.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol Iniciação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Iniciação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – INICIAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV A2.2 B1.1 B1.2
CE B1.1 B1.2 B2.1
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) A2.1 A2.2 B1.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual. Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respetivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido. Assim, e relativamente às Aprendizagens Essenciais de Espanhol para o 3.º ciclo, cuja carga horária é menor, as Aprendizagens Essenciais para Espanhol, nos cursos de Formação Específica, apresentam duas diferenças notórias: um nível de proficiência mais exigente nas atividades recetivas e a inclusão das subcompetências de mediação oral e escrita.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 10.º ano de Iniciação dos cursos de Formação Específica, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcompetências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação e produção oral e escrita:

CAV A2.2 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia-a-dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio (visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE A1.1 É capaz de compreender as ideias principais de textos de diversa tipologia, bem estruturados e sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE / MO / ME A2.1 É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas. Pode transmitir a terceiros as ideias principais de intervenções ou documentos (orais, escritos ou audiovisuais) sobre assuntos do dia-a-dia, relacionados com os seus interesses ou abordados nas aulas, sempre que estes apareçam expressados com clareza, bem estruturados e com vocabulário de alta frequência.

Note-se que, devido à maior exigência que se observa nas competências recetivas, os objetivos a atingir durante este ano obrigam a um trabalho adicional focado, especialmente, no desenvolvimento das habilidades e estratégias relacionadas com as atividades de compreensão e mediação, nas modalidades oral, escrita e audiovisual.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível A2.2]

Identificar as ideias principais e a informação relevante explícita em mensagens e textos curtos, de géneros e suportes diversos, sobre experiências pessoais e situações do quotidiano, interesses próprios e temas da atualidade, sempre que sejam constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário muito frequente e sejam articulados de forma clara e pausada.

[Compreensão escrita – Nível B1.1]

Seguir indicações, normas e instruções escritas de forma concisa e clara.

Identificar as ideias principais e selecionar informação explícita de sequências descritivas, narrativas, explicativas e argumentativas, em textos curtos e médios de diversos géneros e suportes, sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer, e sobre temas da atualidade, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas e predomine vocabulário frequente.

[Interação oral – Nível A2.1]

Interagir em conversas curtas, bem estruturadas e ligadas a situações familiares, nas quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano e experiências pessoais;
  • apresenta opiniões, gostos e preferências;
  • pronuncia, geralmente de forma compreensível, os recursos linguísticos trabalhados nas aulas.

[Produção oral – Nível A2.1]

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos preparados previamente, nos quais:

  • utiliza sequências descritivas (sobre o meio envolvente e situações do quotidiano) e narrativas (sobre experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados);
  • apresenta opiniões, gostos e preferências;
  • usa um léxico elementar e estruturas frásicas simples;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

[Interação escrita – Nível A2.1]

Escrever postais, mails e mensagens simples e curtas, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano e experiências pessoais;
  • exprime opiniões, gostos e preferências;
  • utiliza vocabulário elementar e estruturas frásicas simples;
  • articula as ideias com coerência para gerar uma - sequência linear de informações.

[Produção escrita – Nível A2.1]

Escrever textos simples e curtos, em papel ou em aplicações digitais, sobre assuntos trabalhados nas aulas, nos quais:

  • descreve situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprime opiniões, gostos e preferências;
  • utiliza vocabulário elementar e estruturas frásicas simples;
  • articula as ideias com coerência para gerar uma sequência linear de informações.

[Mediação oral e escrita – Nível A2.1]

Intervir em diferentes situações de interação para clarificar, registar e reter informação através de listagens, apontamentos, esquemas, etc.

Explicitar o sentido global e a informação relevante dos documentos trabalhados nas atividades das aulas.

Identificar o tema e as ideias principais e acessórias dos documentos trabalhados previamente nas aulas, para os transmitir de forma esquemática e/ou sintética através de diferentes canais e codificações (orais, escritos e multimodais).

Fazer pequenas interpretações e traduções informais (espanhol-português, português-espanhol), compreensíveis embora com erros, de palavras, expressões, frases, mensagens, instruções e anúncios claros, breves e com vocabulário muito frequente sobre assuntos familiares ou trabalhados previamente nas aulas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Ativar, antes da audição/visionamento/leitura, os conhecimentos e experiências socioculturais relacionados com o assunto do documento.
  • Formular hipóteses sobre aquilo que se vai ouvir ou ler, a partir dos conhecimentos prévios e da situação de comunicação.
  • Reconhecer a capacidade para compreender globalmente textos orais e escritos sem necessidade de compreender cada um dos elementos do mesmo.
  • Utilizar estratégias de inferência para determinar o significado de termos desconhecidos a partir do contexto e da análise das palavras (derivação, composição, famílias de palavras, palavras- chave).
  • Inferir o significado dos termos desconhecidos, a partir do contexto, da forma das palavras, das palavras-chave, das ilustrações e da comparação entre línguas.
  • Contrastar o significado de termos que possuem a mesma forma, comparando o português e/ou a língua materna com o espanhol.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão auditiva e audiovisual.
  • Reconhecer a utilidade de transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação oral, entre a língua materna e a língua-alvo.
  • Chamar a atenção para conseguir a sua vez de falar.
  • Preparar frases para começar, interromper, terminar uma intervenção.
  • Servir-se de gestos e imagens para apoiar a expressão verbal.
  • Pedir ajuda ao interlocutor, direta ou indiretamente.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção oral.
  • Explorar ideias, associar e recolher informação
  • Reconhecer a importância de ser capaz de se exprimir por escrito, em espanhol, como forma de satisfazer necessidades imediatas e concretas de comunicação.
  • Encontrar prazer na expressão escrita.
  • Organizar as ideias.
  • Praticar e controlar.
  • Reconhecer a utilidade da transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação escrita, entre a língua materna e a língua-alvo.
  • Ter interesse em superar as interferências e confiar no sucesso.
  • Valorizar e avaliar os progressos na expressão escrita.
  • Na interação oral ou escrita: pedir esclarecimentos e verificar a compreensão para poder fixar, parafrasear e/ou traduzir as informações e as finalidades principais das intervenções.
    Mobilizar os recursos necessários (gestos, desenhos, outras línguas) para suprir as carências de expressão em espanhol.
  • Identificar e hierarquizar informação principal e secundária dos documentos trabalhados nas aulas através de listagens, esquemas, tabelas, diagramas, etc.
  • Reconhecer e transmitir, por diferentes meios, informação principal e dados relevantes de intervenções e de documentos áudio (visuais) e escritos sobre assuntos familiares ou relacionados com necessidades imediatas, como instruções, avisos, horários, lugares, preços, quantidades e datas importantes.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer factos, referências culturais, atitudes e comportamentos verbais e não-verbais dos jovens hispano-falantes e relacioná-los com as suas próprias experiências.

Expressar informações e conhecimentos relativos à língua, à cultura e à sociedade espanhola e hispano-americana através de produtos e experiências verbais e não-verbais (documentos digitais e audiovisuais, desenhos, mapas, cartazes, fotografias, símbolos, esquemas, músicas, jogos, artefactos, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar com recursos verbais e não-verbais na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; o “eu” e os outros (identificação, gostos pessoais, as relações humanas, a família, os amigos, os colegas); a escola (horários, formas de aprender e trabalhar); o trabalho e os serviços urbanos e/ou rurais; o consumo (as compras, os presentes); os tempos livres, as festas e os desportos; a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de Espanha; as relações entre Portugal e Espanha; etc.
  • Utilizar, ainda que de forma rudimentar, diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G,H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Controlar a ansiedade e demonstrar uma atitude positiva e confiante na aprendizagem da língua.

Valorizar o uso do espanhol como instrumento de comunicação dentro da aula, nomeadamente para solicitar esclarecimentos e ajuda e colaborar com os colegas na realização de tarefas e na resolução de problemas.

Reconhecer a importância da competência estratégica no processo de aprendizagem da língua (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação e recuperação de conhecimentos e conceptualização).

Reconhecer os erros como parte integrante do processo de aprendizagem, propor formas de os superar e avaliar progressos e carências, próprios e alheios, na aquisição da língua.

Usar os seus conhecimentos prévios em língua materna e noutras línguas, a sua experiência pessoal, os indícios contextuais e as semelhanças lexicais e gramaticais para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples, recorrendo, quando necessário, a idiomas conhecidos, gestos, mímica e desenhos.

Utilizar diferentes estratégias e suportes técnicos nas fases de planificação e de realização de tarefas comunicativas de compreensão, interação e produção orais e escritas, avaliando a sua eficiência.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Ter uma atitude positiva e confiante para aprender a língua.
  • Aceitar e promover a língua espanhola como instrumento de comunicação na sala de aula.
  • Controlar a ansiedade.
  • Reconhecer a utilidade da transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação oral, entre a língua materna, outras línguas conhecidas e o espanhol.
  • Perder o medo de dar erros e reconhecê-los como necessários à aprendizagem.
  • Valorizar e avaliar os progressos na aquisição da língua como elemento motivador.
  • Procurar ocasiões para praticar o idioma.
  • Criar sintonia com os colegas e favorecer a cooperação para trabalhar e praticar em grupo.
  • Utilizar regularmente um caderno para apontamentos.
  • Fazer esquemas, listagens, resumos.
  • Copiar, repetir, decorar, fazer desenhos, inventar jogos, sublinhar, utilizar cores diferentes.
  • Memorizar canções, textos, poemas, frases.
  • Gerir os tempos de que se dispõe de acordo com as necessidades de aprendizagem.
  • Selecionar os materiais de que se vai precisar.
  • Aplicar grelhas de autoavaliação sobre o grau de consecução, de interesse, de participação e de satisfação.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol Continuação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Continuação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV B1.2 B2.1 B2.2
CE B2.1 B2.2 B2.2+
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) B1.1 B1.2 B2.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Para além da compreensão, interação e produção, a competência comunicativa a desenvolver com os alunos dos cursos de Formação Específica incui as atividades de mediação, também nas modalidades oral, escrita e audiovisual. O nível B2.2+ de compreensão escrita implica um alargamento da competência B2.2 através da diversificação de géneros e tipologias textuais, assim como das atividades e estratégias ligadas ao desenvolvimento da competência de mediação oral e escrita e do trabalho interdisciplinar com outras áreas do currículo.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 10.º ano de Continuação (Formação Específica), os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcomptências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação, produção e mediação oral e escrita:

CAV B1.2 É capaz de compreender os pontos essenciais e os dados relevantes de uma sequência falada
que incida sobre assuntos quotidianos, da escola, dos tempos livres, etc. É capaz de
compreender os pontos principais e os dados mais relevantes de vídeos, filmes e programas
de rádio e televisão sobre temas atuais ou assuntos de interesse pessoal, quando o débito da
fala é relativamente lento e claro.
CE B2.1 É capaz de ler artigos e reportagens sobre assuntos contemporâneos, sociais e pessoais, em
relação aos quais os autores adoptam atitudes, opiniões ou pontos de vista imprevistos ou
não convencionais. É capaz de compreender textos literários contemporâneos em prosa,
adaptados a públicos juvenis, em que as expressões idiomáticas sejam as mais frequêntes.
IO / IE / PO / PE / MO / ME B1.1 É capaz de lidar com a maior parte das situações que podem surgir durante uma viagem a um
país hispanofalante. É capaz de participar, sem preparação prévia, numa conversa sobre
assuntos conhecidos, de interesse pessoal ou do dia-a-dia (família, passatempos, viagens,
trabalho e assuntos de atualidade). É capaz de relatar experiências, acontecimentos, sonhos,
expetativas e objetivos, introduzindo opiniões e justificações. É capaz de escrever textos
simples e trocar correspondência sobre temas familiares ou do seu interesse, assim como
sobre acontecimentos passados ou projetos futuros, usando, com relativa correção, um
repertório de rotinas e fórmulas frequentes. É capaz de resumir, parafrasear e fazer a
mediação para espanhol ou para português de cartazes, avisos e breves sequências e
fragmentos orais e escritos.

Os objetivos a atingir durante este ano obrigam a um trabalho adicional focado, especialmente, no desenvolvimento das habilidades e estratégias relacionadas com as atividades de mediação, nas modalidades oral, escrita e audiovisual.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível B1.2]

Compreender as ideias principais e selecionar e associar informação pertinente (verbal e não verbal) em documentos audiovisuais diversos, sobre situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer, assuntos da atualidade cultural, política e científica, experiências pessoais e vivências das sociedades contemporâneas, sempre que as ideias sejam estruturadas com marcadores explícitos, predomine o vocabulário frequente, contenha expressões idiomáticas muito correntes e a articulação seja clara.

[Compreensão escrita – Nível B2.1]

Seguir indicações, normas e instruções complexas.

Compreender ideias específicas e conclusões gerais sobre aspetos socioculturais relevantes.

Selecionar e associar informação pertinente e específica em textos predominantemente explicativos e argumentativos complexos, de diversos géneros, sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, sempre que as ideias sejam estruturadas com marcadores explícitos e predominem vocabulário frequente e expressões idiomáticas correntes.

[Interação oral – Nível B1.1]

Interagir em conversas inseridas em situações familiares, ao vivo ou em aplicações digitais, nas quais:

  • troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, o mundo do trabalho e do lazer e temas da atualidade;
  • usa vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas e mobiliza recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara e com ritmo e entoação apropriados;
  • reage, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor e respeita o registo e os princípios de cortesia verbal.

[Produção oral – Nível B1.1]

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos preparados previamente (ao vivo, em gravações ou em aplicações digitais), nos quais:

  • descreve, narra e/ou expõe informações sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • usa vocabulário frequente, estruturas frásicas simples e recursos discursivos adequados para construir uma sequência coerente de informações;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

[Interação escrita – Nível B1.1]

Escrever cartas, mails e mensagens, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações exprimindo com clareza opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas de atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente, estruturas gramaticais simples e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos;
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas dos géneros utilizados, adequando-as ao destinatário.

[Produção escrita – Nível B1.1]

Escrever textos diversos, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • descreve situações, narra acontecimentos e expõe informações, opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente, estruturas frásicas simples e recursos discursivos adequados para construir textos coerentes e coesos;
  • respeita as convenções dos géneros textuais trabalhados.

[Mediação oral e escrita – Nível B1.1]

Tomar apontamentos das ideias principais e dos dados mais relevantes dos documentos orais, escritos e multimodais trabalhados nas aulas e transpô-los para discursos diferidos (citação direta e indireta), paráfrases e resumos em sequências lineares de informações coerentes, utilizando de forma adequada os processos de referencialidade, deixis e coesão (concordância, elisão, substituição, repetição), assim como os elementos conectivos mais frequentes (conjunções, conectores e marcadores discursivos).

Realizar traduções e interpretações informais de enunciados, avisos, listagens ou sequências/fragmentos presentes nos documentos trabalhados nas atividades de compreensão auditiva/audiovisual e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Identificar, em documentos autênticos (gravações, anúncios, programas de tv, filmes, revistas, jornais, livros, banda desenhada, textos digitais, etc.), informações globais e específicas, ideias principais e secundárias, dados e opiniões sobre uma ampla gama de temas.
  • Analisar factos, teorias e situações, indicando os seus elementos ou dados.
  • Identificar as marcas que diferenciam o código oral do escrito.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão auditiva, audiovisual e escrita.
  • Mobilizar as aprendizagens dos anos anteriores.
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Expressar as suas ideias e contar experiências e projetos de forma coerente e mantendo um equilíbrio entre a correção formal e a fluência.
  • Conceber mensagens e textos (para descrever, comparar, contar experiências, histórias e projetos, expressar sensações e sentimentos, justificar e explicar, etc.) considerando a intenção comunicativa e a situação de comunicação em que acontece.
  • Comparar as convenções linguísticas próprias da interação social com as utilizadas em português, especialmente no que se refere à adequação ao registo e às características lexicais da língua usada.
  • Participar reflexiva e criticamente em diferentes situações comunicativas.
  • Aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes.
  • Confrontar ideias e perspetivas distintas sobre a abordagem de um dado problema e ou a maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.
  • Utilizar e identificar estratégias pessoais de facilitação e compensação para ultrapassar dificuldades de interação e produção oral.
  • Antecipar e avaliar a reação do(s) interlocutor(es) à interação ou ao monólogo.
  • Fornecer feedback e colaborar com os colegas para melhoria ou aprofundamento de ações.
  • Procurar os meios mais adequados para conseguir maior fluência e correção.
  • Superar as interferências entre o português e o espanhol, desenvolvendo para isso as estratégias adequadas.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção oral.
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Comunicar, via Internet ou correio, com alunos espanhóis ou com pessoas com os mesmos interesses.
  • Conceber mensagens e textos (para descrever, comparar, contar experiências, histórias e projetos, expressar sensações e sentimentos, justificar e explicar, etc.) considerando a intenção comunicativa e a situação de comunicação em que acontece (mais ou menos formal, com maior ou menor presença de fraseologia e coloquialismos, com recursos ortográficos heterodoxos ou normativos, etc.).
  • Realizar tarefas de síntese, planificação, monitorização e revisão.
  • Elaborar planos gerais, esquemas, sumários, etc.
  • Escrever com correção ortográfica o vocabulário trabalhado, prestando especial atenção aos termos cuja grafia se confunde com a do português.
  • Encontrar prazer na expressão escrita.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos
    colegas na interação e expressão escrita.
  • Ativar os conhecimentos prévios sobre o género
    discursivo, o estilo, o registo, a função e a
    intenção comunicativa dos documentos
    trabalhados, nomeadamente nas atividades de
    mediação.
  • Localizar as áreas de maior dificuldade e mobilizar os recursos linguísticos, as ferramentas de consulta e as estratégias para as solucionar, criando uma listagem de “perguntas frequentes” com as suas respetivas respostas.
  • Parafrasear e fazer interpretações não formais
    de cartazes, anúncios, ementas, entre outros,
    em situações de negociação e em contextos
    familiares (colegas, amigos, família, etc.).
  • Fazer, de forma individual, em pares ou em
    grupos, resumos de artigos de jornais e revistas
    e de outros textos breves (ensaios, contos, etc.)
    e discutir e avaliar, de forma colaborativa, os
    resultados.
  • Comparar a idoneidade de diferentes modelos e
    soluções de mediação intra e interlinguística
    relativos aos documentos trabalhados nas aulas.
  • Valorizar o papel de mediador intercultural nas
    sociedades globalizadas, procurando e
    analisando áreas preferentes de atuação.
  • Avaliar a adequação e eficácia dos textos
    orais e escritos, próprios e dos colegas, nas
    atividades de mediação intra e interlinguística.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais mobilizando conhecimentos de natureza diversa e demonstrando abertura (aliada ao espírito crítico e/ou à empatia).

Interpretar a presença de traços históricos e culturais de Espanha em Portugal e de Portugal em Espanha.

Interpretar elementos do património natural e cultural e dos comportamentos sociais e sociolinguísticos dos países hispano-falantes e relacioná-los com os de Portugal, usando-os em atividades diversificadas (trabalhos, apresentações, jogos, concursos, exposições, vídeos, artefactos, atividades de palco, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aprendizagem, juventude, cidadania, trabalho, língua espanhola no mundo, cultura, festas, viagens, lazer, saúde.
  • Desenvolver atitudes positivas perante a língua espanhola e os universos socioculturais que veicula, numa perspetiva intercultural.
  • Procurar, analisar e discutir a pertinência de documentos e estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.
  • Conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado.
  • Estabelecer relações intra e interdisciplinares que favoreçam a transversalidade da competência em espanhol.





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Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e deduzindo regras de funcionamento e uso da língua.

Diversificar estratégias e recursos para consolidar conhecimentos, remediar dificuldades e promover a aprendizagem colaborativa e a autonomia.

Selecionar e utilizar os recursos e as estratégias mais eficazes para aperfeiçoar a compreensão e realizar tarefas de interação e produção, superando carências e falhas na comunicação.

Transferir conhecimentos adquiridos para situações de interação e produção oral e escrita na vida fora da aula.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Valorizar e avaliar os progressos na aquisição da língua como elemento motivador.
  • Procurar ocasiões para praticar o idioma dentro e fora da aula.
  • Criar sintonia com os colegas e favorecer a cooperação para trabalhar e praticar em grupo.
  • Utilizar os media e as novas tecnologias como instrumentos de aprendizagem, de comunicação e de informação.
  • Participar na seleção das tarefas, recursos e materiais didáticos e nos critérios com que será avaliada a consecução dos objetivos.
  • Contratualizar tarefas e assumir e cumprir compromissos perante a turma.
  • Consolidar práticas de relacionamento interpessoal favoráveis ao exercício do sentido de responsabilidade, de solidariedade e da consciência da cidadania global.
  • Aplicar grelhas de autoavaliação sobre o grau de consecução, de interesse, de participação e de satisfação das tarefas realizadas.
  • Explorar estratégias de superação de dificuldades e resolução de problemas, valorizando o risco como forma natural de aprender.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Educação Física

Introdução

No ensino secundário a organização curricular pressupõe a definição de duas etapas /fases de desenvolvimento.

O 10.º ano tem, predominantemente, um carácter de revisão dos contéudos desenvolvidos ao longo do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, permitindo que os alunos avancem em determinadas matérias, experimentem áreas alternativas, ou ainda recuperem conhecimentos em que tenham sentido mais dificuldades. Constitui-se este ano de escolaridade como um período de estabilização das aprendizagens que permitam escolhas sustentadas nos anos subsequentes.

Interessa, portanto, consolidar e completar a formação diversificada do Ensino Básico, facilitando a adaptação à mudança de escola e à composição da turma, oferecendo mais oportunidades de recuperação e/ou aperfeiçoamento em matérias em que os alunos tenham revelado mais dificuldade na avaliação inicial.

As aprendizagens previstas referem-se a objetivos gerais, obrigatórios em todas as escolas, definindo as competências comuns a todas as áreas que se expressam através de:

  1. Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e o do grupo:
    1. Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários;
    2. Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s);
    3. Interessando-se e apoiando os esforços dos companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s);
    4. Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional na atividade da turma;
    5. Apresentando iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da atividade individual e do grupo, considerando as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objetividade;
    6. Assumindo compromissos e responsabilidades de organização e preparação das atividades individuais e/ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes;
    7. Combinando com os companheiros decisões e tarefas de grupo com equidade e respeito pelas exigências e possibilidades individuais.
  2. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, entre outras.
  3. Interpretar crítica e corretamente os acontecimentos no universo das atividades físicas, analisando a sua prática e respetivas condições como fatores de elevação cultural dos praticantes e da comunidade em geral.
  4. Identificar e interpretar fatores limitativos das possibilidades de prática das atividades físicas e da aptidão física e da saúde das populações.
  5. Conhecer e interpretar os fatores de saúde e risco associados à prática das atividades físicas e aplicar as regras de higiene e de segurança.
  6. Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da condição física de uma forma autónoma no seu quotidiano, na perspetiva da saúde, qualidade de vida e bem-estar.
  7.  Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais, particularmente de resistência geral de longa e média durações, da força resistente, da força rápida, da flexibilidade, da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de deslocamento e de resistência, e das destrezas geral e específica.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 10.º ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em 5 matérias e de nível ELEMENTAR numa matéria, de diferentes subáreas e de acordo com as seguintes condições de possibilidade.

O aluno deve ficar capaz de:

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (duas matérias)

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo, nos Jogos Desportivos Coletivos (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), realizando com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

SUBÁREA GINÁSTICA (uma matéria)

Compor, realizar e analisar esquemas individuais e em grupo da Ginástica (Acrobática, Solo ou Aparelhos), aplicando os critérios de correcção técnica, expressão e combinação das destrezas, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

SUBÁREA ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS (uma matéria)

Apreciar, compor e realizar, nas Atividades Rítmicas Expressivas (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), sequências de elementos técnicos elementares em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições.

SUBÁREAS ATLETISMO, PATINAGEM, RAQUETAS e OUTRAS (duas matérias)

Realizar e analisar, no Atletismo, saltos, corridas, lançamentos e marcha, cumprindo corretamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz. Patinar adequadamente em combinações de deslocamentos e paragens, com equilíbrio e segurança, realizando as ações técnico-táticas elementares em jogo e as ações de composições rítmicas «individuais» e « pares».

Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares, nos Jogos de Raquetas (Badminton, Ténis e Ténis de Mesa) garantindo a iniciativa e ofensividade em participações «individuais» e «a pares», aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

OUTRAS

Realizar com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição em Atividade de Combate (Luta), utilizando as técnicas elementares de projeção e controlo, co segurança (própria e do opositor) e aplicando as regras, quer como executante quer como árbitro.

Realizar Percursos (Orientação) elementares, utilizando técnicas de orientação e respeitando as regras de organização, participação, e de preservação da qualidade do ambiente.

Deslocar-se com segurança no Meio Aquático (Natação), coordenando a respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.

Praticar e conhecer Jogos Tradicionais Populares de acordo com os padrões culturais característicos.

Nota - Para os níveis INTRODUÇÃO em 5 matérias e nível ELEMENTAR numa matéria, de diferentes subáreas, devem observar-se as seguintes condições:

  1. O Atletismo constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. Nas subáreas Jogos Desportivos Coletivos, Ginástica, Patinagem, Raquetas e Atividades Rítmicas Expressivas cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Nas Outras poderá ser considerada a Natação, uma matéria da subárea de Atividades de Exploração da Natureza, uma matéria da subárea dos Desportos de Combate ou uma matéria da subárea dos Jogos Tradicionais e Populares.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;

aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;

aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;

promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

saber questionar uma situação;

realizar ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;

identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;

identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens; 

utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolver na aprendizagem;

interpretar e explicar as suas opções;

descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;

cooperar promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e prazer proporcionado pelas atividades;

aplicar as regras de participação, combinadas na turma;

agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e o professor;

respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;

cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem;

apresentar iniciativas e propostas;

ser autónomo na realização das tarefas;

cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

conhecer e aplicar cuidados de higiene;

conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;

conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;

reforçar o gosto pela prática regular de atividade física;

aplicar processos de elevação do nível funcional da aptidão física.

Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno deve ficar capaz de:

  • Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa FITescola®, para a sua idade e sexo.

Consulte o Anexo para conhecer as capacidades motoras a desenvolver no 10.º ano de escolaridade.

Consulte o site da Plataforma FITescola® (http://fitescola.dge.mec.pt) para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno deve ficar capaz de:

Relacionar a Aptidão Física e Saúde, identificando os fatores associados a um estilo de vida saudável, nomeadamente o desenvolvimento das capacidades motoras, a composição corporal, a alimentação, o repouso, a higiene, a afetividade e a qualidade do meio ambiente.

Interpretar a dimensão sociocultural dos desportos e da atividade física na atualidade e ao longo dos tempos, identificando fenómenos associados a limitações e possibilidades de prática dos desportos e das atividades físicas, tais como: o sedentarismo e a evolução tecnológica, a poluição, o urbanismo e a industrialização, relacionando-os com a evolução das sociedades.

Realizar a prestação de socorro a uma vítima de paragem cardiorrespiratória, no contexto das atividades físicas ou outro e interpretá-la como uma ação essencial, reveladora de responsabilidade individual e coletiva:

  • cumpre e explica a importância da cadeia de sobrevivência (ligar 112, reanimar, desfibrilhar, estabilizar);
  • assegura as condições de segurança para o reanimador, vítima e terceiros;
  • realiza o exame primário da vítima, numa breve sucessão de ações, avaliando a sua reatividade, a permeabilização da via aérea e a ventilação;
  • contacta os serviços de emergência (112) prestando a informação necessária (vítima, local, circunstâncias) de forma clara e eficiente;
  • realiza as manobras de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa (SBVDAE), de acordo com o algoritmo actual, emanado pelo European Ressuscitation Council (ERC);
  • reconhece uma obstrução grave e ligeira da via aérea, aplicando as medidas de soccorro adequadas (encorajamento da tosse, remoção de qualquer obstrução visivel, palmadas interescapulares, manobra de Heimlich).

Economia A

Introdução

A Economia A é uma disciplina bienal que se inicia no 10.º ano e integra a componente de formação específica do Curso Científico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas, podendo também ser objeto de escolha por alunos que frequentam outras ofertas educativas e formativas.

A identificação das Aprendizagens Essenciais (AE) da disciplina de Economia A teve por base o programa em vigor, identificando os conhecimentos, capacidades e atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da Economia no ensino secundário, e tendo em atenção os seguintes objetivos:

  • identificar as aprendizagens essenciais no domínio da Economia face às áreas de competência previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA);
  • proporcionar aos alunos instrumentos que lhes permitam compreender e refletir sobre a organização económica das sociedades contemporâneas, num mundo cada vez mais globalizado.

No mundo atual, a Economia deixou de ser um tema apenas abordado por especialistas, para estar presente no nosso quotidiano, pois basta-nos ligar a televisão, folhear uma revista ou um jornal para surgirem termos como, por exemplo, emprego, desemprego, inflação, deflação, estabilidade de preços, exportação, importação, défice orçamental, ou dívida pública. Assim, a disciplina de Economia inicia-se no 10.º ano com o estudo de conceitos estruturantes que visam:

  • a clarificação do objeto de estudo da Ciência Económica - os fenómenos económicos;
  • a aquisição dos conceitos e instrumentos que permitam compreender a atividade económica, ou seja, propõe-se o estudo do consumo, da produção de bens e de serviços, dos mercados, do processo de formação dos preços (moeda e inflação), da distribuição dos rendimentos e da utilização dos rendimentos.

Quanto aos conteúdos do 11.º ano de Economia, estes foram atualizados, na medida em que sendo Portugal um país membro da União Europeia e da Área do Euro foi necessário atualizar:

  • a Contabilização da atividade económica, de acordo com o Regulamento (UE) N.º 549/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho de 21 de maio de 2013;
  • a Contabilização das relações económicas de um país com o resto do mundo, de acordo com as Estatísticas da Balança de Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional, notas metodológicas, Suplemento ao Boletim Estatístico 2015, Banco de Portugal
  • os conteúdos relativos à União Europeia e à Área Euro, pois a crise económica e as constantes mutações têm alterado os desafios que se colocam ao projeto europeu.

As transformações do mundo atual são reflexo das (e refletem-se nas) transformações económicas que requerem a necessária atualização de conteúdos contemplados neste documento. É de salientar, ainda, que a rapidez e a imprevisibilidade da mudança na sociedade contemporânea poderão desatualizar algumas aprendizagens previstas. Neste sentido, prevê se uma relativa abertura e flexibilidade no sentido de permitir a integração de novos temas da atualidade económica resultantes dessas transformações sociais.

Também é incentivado o trabalho de projeto na medida em que é proposta a realização de trabalho, em grupo ou individual, cujo objetivo é aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade económica portuguesa, problematizando os desafios que se lhe poderão colocar. Dever-se-á ainda realçar que a realidade económica portuguesa, bem como a da União Europeia constitui, ao longo dos dois anos de lecionação da disciplina de Economia, o referencial da análise económica em estudo nesta disciplina.

A disciplina de Economia A contribui ainda para o desenvolvimento de um conjunto de competências que se articulam com as áreas de competências definidas no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, pois o estudo da Economia deverá permitir:

  • Adquirir instrumentos para compreender a dimensão económica da realidade social, descodificando a terminologia económica, atualmente muito utilizada quer nos meios de comunicação social, quer na linguagem corrente;
A; B; C; D; F; G; I
  • Mobilizar instrumentos económicos para compreender aspetos relevantes da organização económica e para interpretar a realidade económica portuguesa, comparando-a com a da União Europeia;
A; B; C; D; F; G; I
  • Compreender melhor as sociedades contemporâneas, em especial a portuguesa, bem como os seus problemas, contribuindo para a educação para a cidadania, para a mudança e para o desenvolvimento;
A; B; C; D; F; G; I
  • Desenvolver o espírito crítico e de abertura a diferentes perspetivas de análise da realidade económica;
A; B; C; D; F; G; I
  • Recolher informação utilizando diferentes meios de investigação e recorrendo a fontes físicas (livros, jornais, etc.) e/ou digitais (Internet);
A; B; C; D; F; I
  • Interpretar dados estatísticos apresentados em diferentes suportes;
A; B; C; D; F; I
  • Selecionar informação, elaborando sínteses de conteúdo da documentação analisada;
A; B; C; D; F; I
  • Apresentar comunicações orais e escritas recorrendo a suportes diversificados de apresentação da informação.
A; B; C; D; F; I

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
A atividade económica e a ciência económica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Explicitar a especificidade do objeto de estudo da Economia;
  • Explicar em que consiste o problema económico relacionando com os conceitos de escolha e de custo de oportunidade;
  • Identificar os agentes económicos (Famílias, Empresas, Estado e Resto do Mundo) e explicar as suas funções;
  • Explicar as principais atividades económicas e a sua complementaridade (produção, distribuição e redistribuição dos rendimentos e utilização dos rendimentos).
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor na utilização da terminologia económica, articulação e uso consistente de conhecimentos económicos;
  • pesquisa e seleção de informação pertinente, utilizando fontes diversas, como, textos, gráficos, tabelas e mapas;
  • recolha e tratamento de dados estatísticos que permitam a análise da realidade económica portuguesa e europeia;
  • realização de cálculos (nomeadamente, taxas de variação e pesos de variáveis), de forma a retirar conclusões sobre as variáveis ou os agregados em causa;
  • leitura de dados estatísticos apresentados sob diversas formas (textos, gráficos, tabelas e mapas) e retirar conclusões pertinentes sobre uma dada situação económica;
  • organização sistematizada de leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realização de tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, bem como a mobilização do memorizado;
  • mobilização de conhecimentos adquiridos anteriormente que permitam compreender situações da realidade económica local, regional, nacional, europeia e mundial;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formular hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado, nomeadamente através da observação da realidade económica do local em que se insere;
  • propor alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • criar um objeto, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições, entre outras, sobre os impactos ambientais das atividades económicas, como, por exemplo, o consumo e a produção, relacionando com o conceito de economia circular;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, textos, gráficos, quadros, mapas e imagens);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos, rebater os contra-argumentos sobre a realidade económica portuguesa e europeia);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados económicos;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • analisar textos, de caráter económico, com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • problematizar aspetos da realidade económica portuguesa, comparando-a com a da União Europeia e a da área do euro;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito pordiferenças de caraterísticas, crenças ou opiniões;
  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de uma dada situação económica e ou maneira de a resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, que sejam de incidência local, nacional ou global.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • registo seletivo;
  • tarefas de organização (por exemplo, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaboração de planos gerais, esquemas;
  • promoção do estudo autónomo com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber questionar uma dada situação económica;
  • organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento prévio.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação uni e bidirecional;
  • ações de resposta, apresentação, iniciativa;
  • ações de questionamento organizado.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • se autoanalisar;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • a assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas;
  • assumir e cumprir compromissos, contratualizar tarefas;
  • a apresentação de trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, C, I)

Criativo (A, B, C, D, G, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, E, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
Necessidades e consumo
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Relacionar necessidades e consumo (necessidades: individuais e coletivas, primárias, secundárias e terciárias; consumo: final e intermédio, público e privado, individual e coletivo);
  • Explicar de que forma o rendimento influencia a estrutura do consumo, verificando a evolução dos coeficientes orçamentais (lei de Engel);
  • Explicitar de que modo outros fatores influenciam as escolhas dos consumidores (preço, inovação tecnológica, moda, publicidade, dimensão e composição dos agregados familiares);
  • Problematizar o papel do consumidor na atual sociedade de consumo (sociedade de consumo, consumismo e consumerismo).
Organizador
A produção de bens e de serviços
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Caraterizar e classificar os bens económicos (materiais e serviços, de produção e de consumo, duradouros e não duradouros, substituíveis e complementares);
  • Explicitar em que consiste a produção e o processo produtivo, relacionando-a com os setores de atividade económica;
  • Caraterizar os fatores produtivos (recursos naturais, trabalho e capital) e reconhecer a importância da sua combinação para a atividade de produção;
  • Calcular e interpretar indicadores associados ao fator trabalho (população ativa e inativa, taxas de atividade e taxas de desemprego);
  • Explicitar caraterísticas do desenvolvimento tecnológico, identificando os seus benefícios e custos (automação, informatização e robotização; desemprego: tecnológico, repetitivo e de longa duração);
  • Distinguir a combinação dos fatores produtivos a curto prazo da de longo prazo;
  • Avaliar a combinação dos fatores produtivos a curto prazo, explicitando em que consiste a lei dos rendimentos marginais decrescentes, tal implica:
    • Definir e calcular a produtividade dos fatores produtivos (total, média e marginal);
    • Calcular os valores da produção total e da produtividade marginal, em função das variações do fator trabalho;
  • Avaliar a combinação dos fatores produtivos a longo prazo, tal implica:
    • Definir e calcular custos de produção (fixos, variáveis, médios e totais);
    • Definir economias de escala, deseconomias de escala e rendimentos à escala, identificando fatores que as influenciam;
  • Identificar medidas que poderão melhorar a combinação dos fatores produtivos (organização do processo produtivo, progresso técnico, formação dos recursos humanos e Investigação e Desenvolvimento).
Organizador
Preços e mercados
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Explicitar o conceito económico de mercado;
  • Caraterizar as componentes do mercado – procura e oferta;
  • Relacionar procura e preço – lei da procura – e fazer a sua representação gráfica;
  • Relacionar os deslocamentos da curva da procura com as alterações das suas determinantes (rendimento, preferência dos consumidores e preço dos outros bens);
  • Relacionar oferta e preço - lei da oferta – e fazer a sua representação gráfica;
  • Relacionar os deslocamentos da curva da oferta com as alterações das suas determinantes (custo dos fatores de produção, tecnologia e preço dos outros bens);
  • Distinguir deslocamentos ao longo da curva, da procura e da oferta, de deslocamentos da curva, da procura e da oferta;
  • Explicar o significado das situações de equilíbrio (preço e quantidade de equilíbrio) e de desequilíbrio (excesso de procura e excesso de oferta), a partir da representação gráfica;
  • Caraterizar o mercado de concorrência perfeita;
  • Caraterizar diferentes estruturas do mercado de concorrência imperfeita (monopólio, oligopólio e concorrência monopolística).
Organizador
Moeda e inflação
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Justificar o aparecimento da moeda e descrever a sua evolução, caraterizando os diversos tipos de moeda (moeda-mercadoria, moeda metálica, moeda papel, papel moeda e moeda escritural);
  • Explicar as funções da moeda (meio de pagamento, medida de valor e reserva de valor);
  • Relacionar as novas formas de pagamento com a evolução tecnológica;
  • Explicitar fatores que influenciam a formação dos preços (custos de produção e mecanismo de mercado);
  • Distinguir os conceitos de inflação, deflação e desinflação;
  • Calcular a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (taxa de variação mensal, homóloga e média anual);
  • Distinguir Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC);
  • Explicar consequências da inflação (no valor da moeda e no poder de compra).
Organizador
Rendimentos e distribuição dos rendimentos
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Distinguir distribuição pessoal de distribuição funcional dos rendimentos;
  • Caraterizar os rendimentos primários (salários, lucros, juros e rendas);
  • Distinguir salário nominal de salário real;
  • Explicitar, recorrendo a diferentes indicadores (limiar de pobreza e risco de pobreza antes e após transferências sociais, rácio S80/S20 e S90/S10, índice de Gini, curva de Lorenz, rendimento nacional per capita), desigualdades da distribuição pessoal dos rendimentos, referindo causas explicativas dessas desigualdades;
  • Explicar em que consiste a redistribuição dos rendimentos, evidenciando o papel do Estado nesse processo;
  • Referir as componentes do Rendimento Disponível dos Particulares (RDP) e calcular o valor do RDP (remunerações do trabalho, rendimentos de empresa e propriedade, transferências correntes: internas e externas, impostos diretos e contribuições sociais).
Organizador
Utilização dos rendimentos
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Caraterizar as formas de utilização dos rendimentos (consumo e poupança), integrando a variável tempo nessas decisões;
  • Caraterizar as aplicações da poupança – entesouramento, depósitos e investimento;
  • Caraterizar a formação de capital (formação bruta de capital fixo e variação de existências), explicando a sua importância numa economia;
  • Explicar as funções do investimento na atividade económica (substituição, inovação e aumento da capacidade produtiva);
  • Distinguir os diversos tipos de investimento (material, imaterial e financeiro), justificando a importância do investimento em Investigação e Desenvolvimento na atividade económica;
  • Interpretar a evolução dos fluxos de Investimento Direto (ID) do Exterior em Portugal (IDE) e de Portugal no Exterior (IPE);
  • Distinguir financiamento interno (autofinanciamento) de financiamento externo, caraterizando as diferentes formas deste tipo de financiamento (financiamento externo: direto e indireto);
  • Relacionar o crédito bancário com o financiamento externo indireto e o mercado de títulos com o financiamento externo direto.