Economia A

Introdução

A Economia A é uma disciplina bienal que se inicia no 10.º ano e integra a componente de formação específica do Curso Científico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas, podendo também ser objeto de escolha por alunos que frequentam outras ofertas educativas e formativas.

A identificação das Aprendizagens Essenciais (AE) da disciplina de Economia A teve por base o programa em vigor, identificando os conhecimentos, capacidades e atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da Economia no ensino secundário, e tendo em atenção os seguintes objetivos:

  • identificar as aprendizagens essenciais no domínio da Economia face às áreas de competência previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA);
  • proporcionar aos alunos instrumentos que lhes permitam compreender e refletir sobre a organização económica das sociedades contemporâneas, num mundo cada vez mais globalizado.

No mundo atual, a Economia deixou de ser um tema apenas abordado por especialistas, para estar presente no nosso quotidiano, pois basta-nos ligar a televisão, folhear uma revista ou um jornal para surgirem termos como, por exemplo, emprego, desemprego, inflação, deflação, estabilidade de preços, exportação, importação, défice orçamental, ou dívida pública. Assim, a disciplina de Economia inicia-se no 10.º ano com o estudo de conceitos estruturantes que visam:

  • a clarificação do objeto de estudo da Ciência Económica - os fenómenos económicos;
  • a aquisição dos conceitos e instrumentos que permitam compreender a atividade económica, ou seja, propõe-se o estudo do consumo, da produção de bens e de serviços, dos mercados, do processo de formação dos preços (moeda e inflação), da distribuição dos rendimentos e da utilização dos rendimentos.

Quanto aos conteúdos do 11.º ano de Economia, estes foram atualizados, na medida em que sendo Portugal um país membro da União Europeia e da Área do Euro foi necessário atualizar:

  • a Contabilização da atividade económica, de acordo com o Regulamento (UE) N.º 549/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho de 21 de maio de 2013;
  • a Contabilização das relações económicas de um país com o resto do mundo, de acordo com as Estatísticas da Balança de Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional, notas metodológicas, Suplemento ao Boletim Estatístico 2015, Banco de Portugal
  • os conteúdos relativos à União Europeia e à Área Euro, pois a crise económica e as constantes mutações têm alterado os desafios que se colocam ao projeto europeu.

As transformações do mundo atual são reflexo das (e refletem-se nas) transformações económicas que requerem a necessária atualização de conteúdos contemplados neste documento. É de salientar, ainda, que a rapidez e a imprevisibilidade da mudança na sociedade contemporânea poderão desatualizar algumas aprendizagens previstas. Neste sentido, prevê se uma relativa abertura e flexibilidade no sentido de permitir a integração de novos temas da atualidade económica resultantes dessas transformações sociais.

Também é incentivado o trabalho de projeto na medida em que é proposta a realização de trabalho, em grupo ou individual, cujo objetivo é aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade económica portuguesa, problematizando os desafios que se lhe poderão colocar. Dever-se-á ainda realçar que a realidade económica portuguesa, bem como a da União Europeia constitui, ao longo dos dois anos de lecionação da disciplina de Economia, o referencial da análise económica em estudo nesta disciplina.

A disciplina de Economia A contribui ainda para o desenvolvimento de um conjunto de competências que se articulam com as áreas de competências definidas no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, pois o estudo da Economia deverá permitir:

  • Adquirir instrumentos para compreender a dimensão económica da realidade social, descodificando a terminologia económica, atualmente muito utilizada quer nos meios de comunicação social, quer na linguagem corrente;
A; B; C; D; F; G; I
  • Mobilizar instrumentos económicos para compreender aspetos relevantes da organização económica e para interpretar a realidade económica portuguesa, comparando-a com a da União Europeia;
A; B; C; D; F; G; I
  • Compreender melhor as sociedades contemporâneas, em especial a portuguesa, bem como os seus problemas, contribuindo para a educação para a cidadania, para a mudança e para o desenvolvimento;
A; B; C; D; F; G; I
  • Desenvolver o espírito crítico e de abertura a diferentes perspetivas de análise da realidade económica;
A; B; C; D; F; G; I
  • Recolher informação utilizando diferentes meios de investigação e recorrendo a fontes físicas (livros, jornais, etc.) e/ou digitais (Internet);
A; B; C; D; F; I
  • Interpretar dados estatísticos apresentados em diferentes suportes;
A; B; C; D; F; I
  • Selecionar informação, elaborando sínteses de conteúdo da documentação analisada;
A; B; C; D; F; I
  • Apresentar comunicações orais e escritas recorrendo a suportes diversificados de apresentação da informação.
A; B; C; D; F; I
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Os agentes económicos e o circuito económico
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Distinguir fluxo real de fluxo monetário;
  • Representar graficamente os diferentes fluxos que se estabelecem entre os agentes económicos;
  • Justificar a necessidade de equilíbrio entre recursos e empregos numa economia.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • utilização rigorosa da terminologia económica e uso consistente e de forma articulada de conhecimentos económicos;
  • pesquisa e seleção de informação pertinente, utilizando fontes diversas, como, textos, gráficos, tabelas e mapas;
  • recolha e tratamento de dados estatísticos que permitam a análise da realidade económica portuguesa e europeia;
  • leitura de dados estatísticos apresentados sob diversas formas (textos, gráficos, tabelas e mapas) e retirar conclusões pertinentes sobre uma dada situação económica;
  • realização de cálculos (nomeadamente, taxas de variação e pesos de variáveis), de forma a retirar conclusões sobre as variáveis ou os agregados em causa;
  • organização sistematizada de leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realização de tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, bem como a mobilização do memorizado;
  • mobilização de conhecimentos adquiridos anteriormente que permitam compreender situações da realidade económica local, regional, nacional, europeia e mundial;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • realizar um trabalho sobre a realidade económica portuguesa, comparando os principais indicadores da economia portuguesa com os da EU, equacionando problemas e desafios que se poderão colocar à economia portuguesa num futuro próximo;
  • formular hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • propor alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • criar um objeto, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições, por exemplo, os impactos sobre as exportações portuguesas decorrentes das variações do crescimento económico dos principais parceiros comerciais de Portugal; o papel do Estado, através das políticas públicas, na integração da economia portuguesa no processo de globalização económica;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, textos, gráficos, quadros, mapas e imagens);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos, rebater os contra-argumentos sobre a realidade económica portuguesa e europeia);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados económicos;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • analisar textos, de caráter económico, com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • problematizar aspetos da realidade económica portuguesa, comparando-a com a da União Europeia e a da área do euro;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de caraterísticas, crenças ou opiniões;
  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de uma dada situação económica e ou maneira de a resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais que sejam de incidência local, nacional ou global.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • registo seletivo;
  • tarefas de organização (por exemplo, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaboração de planos gerais, esquemas;
  • promoção do estudo autónomo com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber questionar uma dada situação económica;
  • organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento prévio.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação uni e bidirecional;
  • ações de resposta, apresentação, iniciativa;
  • ações de questionamento organizado.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • se autoanalisar;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • a assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas;
  • assumir e cumprir compromissos, contratualizar tarefas;
  • a apresentação de trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, B, C, D, G, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, E, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
A Contabilidade Nacional
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Referir objetivos da Contabilidade Nacional;
  • Distinguir os conceitos necessários à Contabilidade Nacional (unidade institucional; setores institucionais: Famílias, Sociedades financeiras, Sociedades não financeiras, Administrações públicas, Instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias/ISFLSF e Resto do mundo; território económico; unidade institucional residente e unidade institucional não residente; ramos de atividade);
  • Explicar as dificuldades do cálculo do valor da produção na ótica do Produto, explicitando em que consiste o problema da múltipla contagem e as formas de o ultrapassar (método dos produtos finais e método dos valores acrescentados);
  • Deduzir o valor do Produto a partir do Valor Acrescentado Bruto /VAB (soma do valor da produção por ramos de atividade deduzida do valor dos consumos intermédios necessários para a obter);
  • Distinguir Produto Líquido de Produto Bruto (consumo de capital fixo/amortização), Produto Interno de Produto Nacional (saldo dos rendimentos primários com o Resto do mundo) e Produto a preços constantes de Produto a preços correntes e calcular o seu valor;
  • Explicitar em que consiste o PIB na ótica da produção e calcular o seu valor (VAB a preços de base dos ramos de atividade acrescido dos impostos indiretos ligados ao produto líquido de subsídios);
  • Explicitar em que consiste o PIB na ótica da Despesa, distinguindo cada uma das suas componentes (consumo privado, consumo público, investimento: FBCF+VE, exportações e importações);
  • Distinguir Procura Interna de Procura Global e Despesa Interna de Despesa Nacional e calcular os seus valores;
  • Explicitar em que consiste o PIB na ótica do Rendimento, distinguindo cada uma das suas componentes (remuneração dos empregados, impostos sobre a produção e a importação líquidos de subsídios, excedente de exploração bruto/rendimento misto) e calcular o seu valor;
  • Explicitar o conceito de Rendimento Nacional Bruto, partindo do PIB a preços de mercado;
  • Constatar a igualdade básica da Contabilidade Nacional: Produto = Despesa = Rendimento;
  • Analisar limitações (economia não observada: autoconsumo, setor informal e economia subterrânea; externalidades: positivas e negativas) e insuficiências (nomeadamente, não traduzir o bem-estar da sociedade e as desigualdades na distribuição dos rendimentos) da Contabilidade Nacional.
Organizador
As relações económicas com o Resto do Mundo
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Justificar a existência de uma diversidade de relações internacionais;
  • Referir as componentes da Balança de Pagamentos (balanças corrente, de capital e financeira);
  • Caracterizar as componentes da Balança corrente: bens, serviços, rendimento primário e rendimento secundário;
  • Justificar a necessidade da realização de operações de câmbio e da utilização de taxas de câmbio, recorrendo à taxa de câmbio do euro para a sua conversão em diferentes moedas;
  • Relacionar a evolução da taxa de câmbio com o valor da moeda, explicitando as consequências dessas alterações no saldo do comércio internacional de bens (desvalorização / valorização da moeda);
  • Calcular e interpretar o saldo da Balança corrente e das respetivas componentes;
  • Calcular e interpretar indicadores do comércio internacional de bens (estrutura setorial e geográfica das importações e das exportações, grau de abertura ao exterior e taxa de cobertura);
  • Calcular e interpretar o saldo da Balança de capital;
  • Referir as componentes da Balança financeira;
  • Caracterizar as políticas comerciais de livre-cambismo e de protecionismo;
  • Caracterizar os principais instrumentos utilizados para impedir o comércio livre (contingentação, subsídios à exportação, dumping e barreiras alfandegárias: tarifárias e não tarifárias);
  • Explicitar objetivos da Organização Mundial do Comércio (OMC), enquadrando-a no projeto de liberalização do comércio mundial.
Organizador
A intervenção do Estado na economia
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Caracterizar a estrutura do setor público em Portugal (Setor Público Administrativo e Setor Público Empresarial);
  • Justificar a intervenção do Estado na atividade económica (promover a eficiência, a estabilidade e a equidade);
  • Explicitar os instrumentos de intervenção do Estado na esfera económica e social (planeamento e políticas económicas e sociais);
  • Apresentar o conceito de Orçamento do Estado;
  • Distinguir receitas públicas de despesas públicas (correntes e de capital) e apresentar exemplos de receitas e de despesas públicas;
  • Calcular e classificar os saldos orçamentais (corrente, de capital, global e primário) e explicitar a evolução desses saldos, em Portugal, em percentagem do PIB;
  • Explicar a importância do Orçamento do Estado como instrumento de intervenção económica e social;
  • Dar exemplos de políticas económicas do Estado (políticas fiscal, orçamental, monetária e de preços), identificando os seus objetivos e instrumentos;
  • Dar exemplos de políticas sociais do Estado (combate ao desemprego e de redistribuição dos rendimentos), identificando algumas das suas medidas.
Organizador
A economia portuguesa no contexto da União Europeia
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Distinguir as diversas formas de integração económica (sistema de preferências aduaneiras, zona de comércio livre, união aduaneira, mercado comum/mercado único, união económica e união monetária), apresentando as principais vantagens da integração;
  • Enquadrar historicamente o surgimento da União Europeia, identificando as principais etapas do seu processo de construção (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, Comunidade Europeia de Energia Atómica, Comunidade Económica Europeia, Ato Único Europeu, Mercado Único Europeu, União Europeia, União Económica e Monetária);
  • Referir as instituições da UE e as suas principais funções;
  • Distinguir as componentes do orçamento da UE (receitas e despesas);
  • Relacionar as políticas comunitárias com correção dos desequilíbrios macroeconómicos, melhoria da capacidade de ajustamento e necessidade de convergência real entre os países da EU;
  • Explicitar problemas/desafios que, na atualidade, se colocam à área do euro, destacando o papel do Banco Central Europeu, no âmbito da política monetária;
  • Problematizar desafios que, na atualidade, se colocam à UE, entre outros, o relançamento do projeto europeu, os problemas económicos, a globalização e as alterações climáticas.
Organizador
Trabalho Prático
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Para aplicar conhecimentos, anteriormente adquiridos, realizar um trabalho sobre a atual realidade económica portuguesa, comparando os principais indicadores da economia portuguesa com os da UE e equacionando problemas e desafios que se poderão colocar à economia portuguesa num futuro próximo.

Na realização deste trabalho, os alunos, sempre que possível, poderão estabelecer ligações com outras disciplinas, nomeadamente, Geografia A e História B.

Biologia e Geologia

Introdução

A Biologia e Geologia é uma disciplina bienal (10.º e 11.º anos) do curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias. Visa, numa perspetiva de formação científica, expandir conhecimentos e competências dos alunos nestas áreas do saber. A concretização das Aprendizagens Essenciais (AE) supõe um tempo de lecionação equivalente para cada uma das componentes disciplinares, assim como a integração obrigatória das suas dimensões teórica e prático-experimental.

As aprendizagens a realizar nos dois anos devem formar um percurso único, coerente, integrado e revisitado. O estudo de conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais de Biologia e de Geologia deve possibilitar, em cada ano, que os alunos identifiquem o objeto de estudo de cada uma das áreas científicas, compreendam metodologias de trabalho utilizadas pelos seus especialistas, analisem momentos cruciais da sua história, assim como mobilizem saberes para regular decisões relativas à utilização sustentada dos recursos naturais do planeta Terra e ao relacionamento saudável consigo próprio, com os seus concidadãos e com os outros seres vivos.

Atualmente, a Biologia e a Geologia são áreas científicas cruciais para o exercício de uma cidadania responsável, face à necessidade de compreender problemas e tomar decisões fundamentadas sobre questões que afetam as sociedades e os subsistemas do planeta Terra.

Com a disciplina de Biologia e Geologia pretende-se que os alunos não só aprendam conceitos, teorias, leis e princípios no âmbito destas duas áreas científicas, mas que também compreendam como os cientistas trabalham e que fatores (metodológicos, históricos e sociológicos) influenciam a construção do conhecimento científico. Neste contexto, é expetável que os alunos compreendam as metodologias de investigação utilizadas pelos cientistas, levando a cabo pesquisas em sala de aula e que desenvolvam as competências necessárias para intervir de forma fundamentada em questões de natureza técnica e científica que se colocam à sociedade, numa perspetiva de cidadania democrática.

As Aprendizagens Essenciais Transversais (AET) devem ser entendidas como orientadoras dos processos de tomada de decisão didática necessários à concretização das Aprendizagens Essenciais elencadas por Domínio (AED). A concretização das AET exige permanente atenção às características dos alunos e dos contextos que influenciam, em cada momento, os processos de ensino, aprendizagem e avaliação, razão pela qual apenas alguns exemplos se encontram concretizadas em descritores das AED. A dimensão interdisciplinar afigura-se essencial para a concretização das AED desta disciplina. Permite rentabilizar a exploração de contextos de aprendizagem e exige a concertação de decisões educativas.

As estratégias de ensino e avaliação devem ser pensadas de forma intencional e integrada, tendo em conta as AE preconizadas para a disciplina de Biologia e Geologia (AET e AED) neste ano de escolaridade e as áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA) que se pretendem desenvolver.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS TRANSVERSAIS (AET)
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Pesquisar e sistematizar informações, integrando saberes prévios, para construir novos conhecimentos.

Explorar acontecimentos, atuais ou históricos, que documentem a natureza do conhecimento científico.

Interpretar estudos experimentais com dispositivos de controlo e variáveis controladas, dependentes e independentes.

Realizar atividades em ambientes exteriores à sala de aula articuladas com outras atividades práticas.

Formular e comunicar opiniões críticas, cientificamente fundamentadas e relacionadas com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).

Articular conhecimentos de diferentes disciplinas para aprofundar tópicos de Biologia e de Geologia.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção, organização e sistematização de informação pertinente, com leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando elementos ou dados;
  • memorização, compreensão, consolidação e mobilização de saberes intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formulação de hipóteses e predições face a um fenómeno ou evento;
  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • imaginação de alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • conceção sustentada de pontos de vista próprio, face a diferentes perspetivas;
  • expressão criativa de aprendizagens (por exemplo, imagens, texto, organizador gráfico, modelos).

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • problematização de situações reais próximas dos interesses dos alunos;
  • elaboração de opiniões fundamentadas em factos ou dados (por exemplo textos com diferentes pontos de vista) de natureza disciplinar e interdisciplinar;
  • mobilização de discurso oral e escrito de natureza argumentativa (expressar uma posição, apresentar argumentos e contra-argumentos).

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • pesquisa autónoma e criteriosa sobre as temáticas em estudo;
  • aprofundamento de informação.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação de pontos de vista diferentes;
  • respeito por diferenças de características, crenças, culturas ou opiniões.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • síntese e organização de informação pertinente (por exemplo, sumários, registos de observações, relatórios segundo critérios e objetivos);
  • planificação, revisão e monitorização de tarefas;
  • estudo autónomo, identificando obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • problematização de situações;
  • formulação de questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogação sobre o seu próprio conhecimento.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicação uni e bidirecional;
  • apresentação de ideias, questões e respostas, com clareza.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoanálise com identificação de pontos fracos e fortes das suas aprendizagens, numa perspetiva de autoaperfeiçoamento;
  • descrição de processos de pensamento usados na realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • integração de feedback de pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • reorientação do seu trabalho, individualmente ou em grupo, a partir de feedback do professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • participar de forma construtiva em trabalho de grupo;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assunção de compromissos e responsabilidades adequadas ao solicitado;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • cumprimento de compromissos contratualizados (por exemplo, prazos, organização, extensão, formatos e intervenientes)

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si.
  • ações estratégicas de intervenção (ex. escola, família, localidade...) enquanto cidadãos cientificamente informados.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Organizador
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS ELENCADAS POR DOMÍNIO (AED)
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Crescimento, renovação e diferenciação celular

Caracterizar e distinguir os diferentes tipos de ácidos nucleicos em termos de composição, estrutura e função.

Explicar processos de replicação, transcrição e tradução e realizar trabalhos práticos que envolvam leitura do código genético.

Relacionar a expressão da informação genética com as características das proteínas e o metabolismo das células.

Interpretar situações relacionadas com mutações génicas, com base em conhecimentos de expressão genética.

Explicar o ciclo celular e a sequência de acontecimentos que caracterizam mitose e citocinese em células animais e vegetais e interpretar gráficos da variação do teor de ADN durante o ciclo celular.

Realizar procedimentos laboratoriais para observar imagens de mitose em tecidos vegetais.

Reprodução

Discutir potencialidades e limitações biológicas da reprodução assexuada e sua exploração com fins económicos.

Planificar e realizar procedimentos laboratoriais e/ou de campo sobre processos de reprodução assexuada (propagação vegetativa, fragmentação ou gemulação, esporulação).

Comparar os acontecimentos nucleares de meiose (divisões reducional e equacional) com os de mitose.

Relacionar o caráter aleatório dos processos de fecundação e meiose com a variabilidade dos seres vivos.

Identificar e sequenciar fases de meiose, nas divisões I e II.

Interpretar ciclos de vida (haplonte, diplonte e haplodiplonte), utilizando conceitos de reprodução, mitose, meiose e fecundação.

Explicar a importância da diversidade dos processos de reprodução e das características dos ciclos de vida no crescimento das populações, sua variabilidade e sobrevivência.

Realizar procedimentos laboratoriais para observar e comparar estruturas reprodutoras diversas presentes nos ciclos de vida da espirogira, do musgo/feto e de um mamífero.

Evolução biológica Distinguir modelos (autogénico e endossimbiótico) que explicam a génese de células eucarióticas.

Interpretar situações concretas à luz do Lamarckismo, do Darwinismo e da perspetiva neodarwinista.

Explicar situações que envolvam processos de evolução divergente/ convergente.

Explicar a diversidade biológica com base em modelos e teorias aceites pela comunidade científica.

Sistemática dos seres vivos

Distinguir sistemas de classificação fenéticos de filogenéticos, identificando vantagens e limitações.

Caracterizar o sistema de classificação de Whittaker modificado, reconhecendo que existem sistemas mais recentes, nomeadamente o que prevê a delimitação de domínios (Eukaria, Archaebacteria, Eubacteria)

Explicar vantagens e limitações inerentes a sistemas de classificação e aplicar regras de nomenclatura biológica.

Sedimentação e rochas sedimentares

Explicar características litológicas e texturais de rochas sedimentares com base nas suas condições de génese.

Caracterizar rochas detríticas, quimiogénicas e biogénicas (balastro/conglomerado/brecha, areia/arenito, silte/siltito, argila/argilito, gesso, sal-gema, calcários, carvões), com base em tamanho, forma/origem de sedimentos, composição mineralógica/química.

Explicar a importância de fósseis (de idade/de fácies) em datação relativa e reconstituição de paleoambientes.

Aplicar princípios: horizontalidade, sobreposição, continuidade lateral, identidade paleontológica, interseção e inclusão.

Identificar laboratorialmente rochas sedimentares em amostras de mão e/ou no campo em formações geológicas.

Realizar procedimentos laboratoriais para identificar propriedades de minerais (clivagem, cor, dureza, risca) e sua utilidade prática.

Magmatismo e rochas magmáticas

Explicar texturas e composições mineralógicas de rochas magmáticas com base nas suas condições de génese.

Classificar rochas magmáticas com base na composição química (teor de sílica), composição mineralógica (félsicos e máficos) e ambientes de consolidação.

Caracterizar basalto, gabro, andesito, diorito, riolito e granito (cor, textura, composição mineralógica e química).

Relacionar a diferenciação magmática e cristalização fracionada com a textura e composição de rochas magmáticas.

Distinguir isomorfismo de polimorfismo, dando exemplos de minerais (estrutura interna e propriedades físicas).

Identificar laboratorialmente rochas magmáticas em amostras de mão e/ou no campo em formações geológicas.

Deformação de rochas

Explicar deformações com base na mobilidade da litosfera e no comportamento dos materiais.

Relacionar a génese de dobras e falhas com o comportamento (dúctil/ frágil) de rochas sujeitas a tensões.

Interpretar situações de falha (normal/ inversa/ desligamento) salientando elementos de falha e tipo de tensões associadas.

Interpretar situações de dobra (sinforma/ antiforma) e respetivas macroestruturas (sinclinal/anticlinal).

Planificar e realizar procedimentos laboratoriais para Explicar deformações com base na mobilidade da litosfera e no comportamento dos materiais.

Relacionar a génese de dobras e falhas com o comportamento (dúctil/ frágil) de rochas sujeitas a tensões.

Interpretar situações de falha (normal/ inversa/ desligamento) salientando elementos de falha e tipo de tensões associadas.

Interpretar situações de dobra (sinforma/ antiforma) e respetivas macroestruturas (sinclinal/anticlinal).

Planificar e realizar procedimentos laboratoriais para simular deformações, identificando analogias e escalas.

Metamorfismo e rochas metamórficas

Explicar texturas e composições mineralógicas de rochas metamórficas com base nas suas condições de génese.

Relacionar fatores de metamorfismo com os tipos (regional e de contacto) e características texturais (presença ou ausência de foliação) e mineralógicas de rochas metamórficas.

Caracterizar ardósia, micaxisto, gnaisse, mármore, quartzito e corneana (textura, composição mineralógica e química).

Identificar laboratorialmente rochas metamórficas em amostras de mão e/ou no campo em formações geológicas.

Exploração sustentada de recursos geológicos

Distinguir recurso, reserva e jazigo, tendo em conta aspetos de natureza geológica e económica.

Interpretar dados relativos a processos de exploração de recursos geológicos (minerais, rochas, combustíveis fósseis, energia nuclear e energia geotérmica), potencialidades, sustentabilidade e seus impactes nos subsistemas da Terra.

Relacionar as características geológicas de uma região com as condições de formação de aquíferos (livres e cativos).

Analisar dados e formular juízos críticos, cientificamente fundamentados, sobre a exploração sustentável de recursos geológicos em Portugal.

 

Alemão Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências receptivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade. Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Iniciação Formação Geral A1.2 A2.2 Opcional
Formação Específica A1.2 A2.2 B1.1

No final do 11.º ano, ao atingir o nível A2.2, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados diversos, simples e coerentes, sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal; deve comunicar de forma adequada, em situações quotidianas diversas. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível A2: Utilizador elementar; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (hábitos e necessidades, lugares e serviços, lazer, saúde e bem estar, mundo do trabalho, etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, amigos virtuais, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Compreender o conteúdo global e identificar informação relevante em mensagens/documentos curtos, de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário frequente, quando articulados de forma clara e pausada.

* Instruções, anúncios/avisos, publicidade, canções, clips, podcasts, curtas-metragens/excertos fílmicos, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante e explícita em mensagens/textos simples e curtos, de géneros e suportes diversos*, constituídos por frases simples e vocabulário frequente.

* Instruções, mapas, folhetos, cartazes, horários, publicidade, catálogos, receitas, ementas, correspondência, mensagens pessoais, banda desenhada, artigos de imprensa, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir de forma simples em conversas curtas bem estruturadas, ligadas a situações do quotidiano, meio envolvente e atualidade*, respeitando as convenções sociais e apoiando-se no discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário frequente e frases simples;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

* Troca ideias, informações e opiniões; exprime gostos e preferências; relata factos, planos e projetos, entre outros.

Interação escrita

Interagir de forma simples em situações do quotidiano, meio envolvente e atualidade, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário:

  • escreve mensagens/textos simples* (50-80 palavras), em suportes diversos;
  • utiliza vocabulário frequente e frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas, articulando as ideias com diferentes conectores de coordenação e subordinação.

* Pede e dá informações, relata acontecimentos reais ou imaginários, exprime gostos e preferências; descreve factos, planos e projetos, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos, preparados previamente*:

  • utiliza vocabulário frequente e frases simples;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples;
  • pronuncia de forma compreensível.

* Descreve o meio envolvente e situações da atualidade; relata experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Produção escrita

Escrever textos* (50-80 palavras), em suportes diversos, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário frequente e frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas, articulando as ideias com diferentes conectores de coordenação e subordinação.

* Descreve o meio envolvente e situações da atualidade; relata experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de linguagens verbais, não-verbais e culturais;
  • Seleção e associação de informação explícita;
  • Ordenação de dados;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão geral do sentido;
  • Transposição de informação para novas situações;
  • Tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • Elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Identificação da situação de comunicação;
  • Mobilização de linguagem verbal e não-verbal para significar e comunicar, em diferentes contextos;
  • Mobilização de recursos variados e conhecimentos elementares;
  • Interação e escrita integradas em projetos comunicativos;
  • Aplicação de conhecimentos em novas situações;
  • Criação de produtos linguísticos, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Revisão na escrita;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, D, E, F, G, I

A, B, D, E, F, H, I

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre a sua cultura de origem e as culturas dos países de expressão alemã, enriquecendo a sua visão do mundo e a interpretação das diferenças e semelhanças, desenvolvendo respeito pela perspetiva do Outro. Relativizar dados estereotipados que possam impedir a comunicação.

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno-cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;
  • Relativização de conceções do mundo e análise das variações.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, F

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem adequadas ao seu perfil de aprendente.

Utilizar recursos de aprendizagem variados, em suporte papel, digital e outros, adequando-os aos objetivos das atividades propostas na aula. Reconhecer os erros como parte integrante deste processo e propor formas de os superar.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas, através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes convencionais e digitais nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Verificação da eficácia de estratégias para superar dificuldades e obstáculos na aprendizagem;
  • Utilização de diversos recursos, em suporte papel ou digital, para realização de tarefas;
  • Análise de erros e explicitação de ocorrências.
Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, G, I

Alemão Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade. Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - CONTINUAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve  traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Continuação Formação Geral A2.2 B1.1 Opcional
Formação Específica A2.2 B1.1 B1.2

No final do 11.º ano, ao atingir o nível B1.1, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados diversos, simples e coerentes, sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal; deve comunicar de forma simples, adequada e flexível, num leque variado de contextos. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível B1: Utilizador independente; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (opções e estilos de vida, lazer, mundo do trabalho, etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, projectos e iniciativas comuns, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar as ideias principais e aspetos socioculturais em textos de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por vocabulário frequente, articulados de forma clara.

* Anúncios, publicidade, filmes, canções, clips, podcasts, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender textos, de géneros e suportes diversos*, com ideias claras e vocabulário frequente.

Selecionar informação pertinente em textos descritivos, narrativos, explicativos e argumentativos. Identificar o sentido global e selecionar informação relevante em textos literários.

* Correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir*, com alguma fluência, em conversas estruturadas, em diferentes contextos, respeitando as convenções sociolinguísticas e reagindo, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

*Troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências e temas da atualidade; relata factos, planos e projetos; formula queixas; argumenta, entre outros.

Interação escrita

Escrever mensagens*, em suportes diversos (70-100 palavras), exprimindo-se com clareza e respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas:

  • preenche formulários e escreve notas / mensagens / correspondência;
  • utiliza vocabulário frequente;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas para construir textos coerentes.

* Descreve, narra e expõe informações; dá notícias, descreve situações e sentimentos; exprime opiniões sobre assuntos abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos preparados previamente*:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos gramaticais adequados para construir uma sequência linear de informações;
  • pronuncia de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Descreve situações; narra acontecimentos; expõe informações, opiniões e argumentos; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Produção escrita

Redigir textos* (70-100 palavras) em suportes diversos, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário frequente;
  • usa recursos gramaticais adequados para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Descreve situações; narra acontecimentos; expõe informações, opiniões e argumentos sobre assuntos abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de produtos linguísticos, reconhecendo as diversas linguagens utilizadas e os respetivos significados;
  • Seleção, associação, organização e análise de informação explícita e implícita;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão e interpretação do sentido;
  • Transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • Tarefas de memorização, verificação, consolidação e síntese, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Consolidação e aprofundamento de informação;
  • Planeamento e condução de pesquisas (elaboração de planos e esboços);
  • Análise de factos e situações, identificando os seus elementos, numa perpetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • Identificação de diferentes situações de comunicação;
  • Mobilização de diferentes tipos de linguagem para significar e comunicar, em diferentes contextos;
  • Mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • Interação com os outros em diferentes contextos sociais e emocionais, adequando o discurso às situações de comunicação;
  • Reformulação do discurso;
  • Tomada de decisões em situações de comunicação;
  • Transferência da informação em conhecimento;
  • Criação de produtos linguísticos variados, integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Planificação e elaboração de planos e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção. 
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

A, B, D, E, F, G, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais, mobilizando conhecimentos de natureza diversa, desenvolvendo respeito e tolerância e demonstrando abertura e disponibilidade para a mudança.

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno-cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Análise e questionamento de representações e estereótipos;
  • Caracterização e explicação de diferenças culturais.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e à dedução de regras de funcionamento e uso da língua. Desenvolver uma atitude reflexiva e crítica.

Selecionar estratégias para retirar a informação essencial em função de dificuldades nas tarefas de leitura, audição e visionamento de documentos. Transferir conhecimentos adquiridos para novos contextos de comunicação oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Utilização de estratégias adequadas para a realização de tarefas individuais ou coletivas;
  • Mobilização de conhecimentos linguísticos para corrigir e explicar erros recorrentes em trabalho individual ou coletivo;
  • Organização e realização autónoma de tarefas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Gestão eficaz dos tempos e recursos de aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, I

Alemão Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade. Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Iniciação Formação Geral A1.2 A2.2 Opcional
Formação Específica A1.2 A2.2 B1.1

No final do 11.º ano, ao atingir o nível A2.2, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados diversos, simples e coerentes, sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal; deve comunicar de forma adequada, em situações quotidianas diversas. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível A2: Utilizador elementar; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (hábitos e necessidades, lugares e serviços, lazer, saúde e bem estar, mundo do trabalho,etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, amigos virtuais, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar as ideias principais e selecionar informação pertinente (não-verbal e verbal) em textos, de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário frequente, quando articulados de forma clara e pausada.

* Instruções, anúncios/avisos, publicidade, canções, clips, podcasts, curtas-metragens/excertos fílmicos, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender as ideias principais e selecionar informação pertinente em textos de géneros e suportes diversos*, constituídos por ideias claras e estruturadas e vocabulário frequente.

* Instruções, avisos, mapas, folhetos, cartazes, horários, publicidade, catálogos, receitas, ementas, correspondência, mensagens pessoais, banda desenhada, artigos de imprensa, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir em conversas curtas bem estruturadas, ligadas a situações familiares, do quotidiano, meio envolvente e atualidade*, respeitando as convenções sociais e reagindo, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências e temas da atualidade; exprime gostos e preferências; pede e dá informações sobre bens e serviços; relata factos, planos e projetos, entre outros.

Interação escrita

Interagir de forma simples e adequada, exprimindo-se com clareza e respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário:

  • completa formulários e escreve textos/mensagens simples, em suportes diversos* (60-90 palavras);
  • utiliza vocabulário frequente;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples e adequadas para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Pede e dá informações/explicações; dá notícias; descreve situações e sentimentos; exprime opiniões sobre assuntos concretos e abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos preparados previamente*:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas;
  • pronuncia de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Descreve o meio envolvente e situações da atualidade; exprime opiniões, gostos e preferências; narra acontecimentos; expõe informações, opiniões, argumentos, entre outros.

Produção escrita

Escrever textos* (60-90 palavras), em suportes diversos, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário frequente;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas, utilizando conectores, marcadores e tempos verbais para construir textos coerentes.

* Exprime opiniões, gostos e preferências; descreve situações; narra acontecimentos; expõe informações, opiniões, argumentos, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de linguagens verbais, não-verbais e culturais;
  • Seleção, associação e organização de informação explícita;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão geral e seletiva do sentido;
  • Organização sistematizada de leitura;
  • Transposição de informação para contextos diversos;
  • Tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Procura e aprofundamento de informação, em diversas fontes;
  • Elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Estabelecimento de relações intra e interdisciplinares;
  • Identificação da situação de comunicação;
  • Mobilização de linguagem verbal e não-verbal para significar e comunicar, em diferentes contextos;
  • Mobilização de recursos variados e conhecimentos elementares;
  • Interação com os outros em diferentes contextos sociais e emocionais;
  • Aplicação de conhecimentos em novas situações;
  • Criação de produtos linguísticos, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Revisão na escrita;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Estabelecimento de relações intra e interdisciplinares;
  • Planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre a sua cultura de origem e as culturas dos países de expressão alemã, enriquecendo a sua visão do mundo e a interpretação das diferenças e semelhanças, desenvolvendo respeito para com as mesmas. Relativizar dados estereotipados que possam impedir a comunicação.

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno- cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

- Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;

- Relativização de conceções do mundo e análise das variações.

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de
aprendizagem adequadas ao seu perfil de aprendente.
Utilizar recursos de aprendizagem variados, em suporte papel, digital e outros, adequando-os aos objetivos das
atividades propostas na aula. Reconhecer os erros como
parte integrante deste processo e propor formas de os
supercar.
Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas, através
de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os
recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes
convencionais e digitais nas tarefas de interação e de
produção oral e escrita.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Verificação da eficácia de estratégias para superar dificuldades e obstáculos na aprendizagem;
  • Utilização de diversos recursos, em suporte papel ou digital, para realização de tarefas;
  • Análise de erros e explicitação de ocorrências.

Desenho A

Introdução

O Desenho é uma forma universal de conhecer e comunicar e contempla múltiplas vertentes do conhecimento, a partir das quais se exercitam as capacidades de observação, de análise, de síntese e de representação. As aprendizagens nesta área devem mobilizar conteúdos que criem condições de equilíbrio entre a aquisição de conhecimentos técnicos e a compreensão do desenho como meio de expressão intencional contribuindo para a utilização competente da linguagem do Desenho.

A disciplina de Desenho A deve estabelecer uma relação dinâmica entre o aprender a Ver – a Criar – e a Comunicar, conjugando a análise crítica e reflexiva sobre o que se vê, com a experimentação de conceitos/temáticas com diferentes materiais e técnicas, modos de registo e a utilização de diferentes suportes. Esta inter-relação deve ter em conta os diversos processos criativos que gradualmente vão conduzindo à apropriação de diferentes modos de ver e pensar e que favoreçam o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, colocando o conhecimento em Desenho numa perspetiva abrangente de educação artística, capaz de responder às problemáticas e desafios da arte contemporânea e ao desenvolvimento das áreas de competências definidas no Perfil do Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

A identificação das aprendizagens essenciais de Desenho A tem por referência os domínios comuns à maioria das disciplinas relacionadas com a Educação Artística - a Apropriação e Reflexão, a Interpretação e Comunicação e a Experimentação e Criação. Estes Domínios, separados apenas por uma questão metodológica, devem ser entendidos como realidades interdependentes, de acordo com o esquema seguinte:

Domínios

Estas aprendizagens essenciais não surgem dissociadas de toda a componente curricular do curso de Artes Visuais e das restantes disciplinas de formação específica, que contribuem, de forma muito própria, para consolidar a formação do aluno a ao longo dos três anos de escolaridade no ensino secundário.

No 11.º ano de escolaridade, a disciplina de Desenho A deverá proporcionar a progressiva mobilização dos conteúdos, através das técnicas e dos materiais mais adequados para desenvolver as capacidades de representação, procurando, em simultâneo, desenvolver nos alunos um crescente domínio na apropriação e exploração de conceitos da comunicação visual.

Ao longo deste ano de escolaridade, as atividades desenvolvidas deverão promover o uso do desenho e dos meios de representação como instrumentos de conhecimento e interrogação face à realidade experienciada pelo aluno.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar diferentes movimentos artísticos e respetivos critérios estéticos, integrando os saberes adquiridos na sua reflexão/ação.

Desenvolver a observação e a análise através do exercício sistemático de várias formas de registo (o esquisso, o desenho de viagem e de diário gráfico, entre outras).

Aprofundar conhecimentos sobre os elementos estruturais da linguagem plástica: forma (plano, superfície, textura, estrutura); cor/luz; espaço e volume (profundidade e sugestão da tridimensionalidade); movimento e tempo (cadência, sequência, repetição).

Justificar o processo de conceção dos seus trabalhos, mobilizando conhecimentos, referenciando fontes de pesquisa e utilizando o vocabulário específico da linguagem visual.

Avaliar o trabalho realizado por si e pelos seus pares, justificando as suas opções relativamente aos processos desenvolvidos e utilizando critérios de análise fundamentados nos seus conhecimentos e em referências culturais e artísticas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

A compreensão dos contextos culturais em que se inserem as diferentes manifestações artísticas.

A exploração intencional dos elementos estruturais da linguagem plástica e visual.

A necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos, através da seleção de informação pertinente e do estabelecimento de relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que estimulem a criatividade dos/as alunos/as, como por exemplo, através de:

Articulação de atividades e exercícios que valorizem, simultaneamente a descoberta e a interrogação, a aprendizagem prática e a compreensão conceptual, a expressão pessoal e a reflexão individual e coletiva.

Criação de unidades de trabalho que valorizem a exploração prática assim como o questionamento de conceitos e capacidades de reflexão críticas sobre o desenho.

Utilização de uma metodologia faseada no desenvolvimento dos trabalhos de desenho e no processo criativo e inventivo de imagens.

Participação criativa em trabalhos e/ou projetos (envolvendo turma, escola e/ou a comunidade) que explorem temas transversais e integrem conteúdos de várias disciplinas, de forma a promover a reflexão participada e a ação proativa sobre questões identitárias e de cidadania democrática.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos/as alunos/as, através:

Da reflexão crítica sobre os conhecimentos e suas interpretações possíveis.

Do estímulo da capacidade de agir utilizando processos de pensar e de fazer artísticos como forma de ação e de participação cívica.

Da análise dos seus trabalhos e a dos seus colegas, sustentada com os conhecimentos adquiridos em diferentes situações de observação e análise e tendo em conta os seus contextos de elaboração.

Da autoavaliação dos seus trabalhos, sustentada pelos conhecimentos adquiridos na disciplina de Desenho, utilizando vocabulário específico da linguagem visual.

Promover estratégias que envolvam, por parte do/a aluno/a:

A reflexão crítica sobre os conhecimentos específicos da disciplina e suas interpretações possíveis.

A combinação de atividades e exercícios que valorizem, simultaneamente, a descoberta e a interrogação, a aprendizagem prática e a compreensão conceptual, a expressão pessoal e a reflexão individual e coletiva.

O registo da observação de objetos e espaços, bem como de ideias, reflexões, vivências e experiências, de uma forma sistemática (diário gráfico), que poderão ser utilizadas no seu trabalho individual e/ou coletivo.

O reconhecimento da importância do desenho como forma de pensar e de comunicar.

Promover estratégias que requeiram/induzam, por parte do/a aluno/a:

A compreensão da diversidade cultural e artística possibilitando o reconhecimento valorativo da diferença.

A participação em trabalhos e/ou projetos (envolvendo turma, a escola e/ou a comunidade) que explorem temas transversais e integrem conteúdos de várias disciplinas, de forma a promover a reflexão participada e a ação proativa sobre questões identitárias e de cidadania democrática.

Promover estratégias que envolvam, por parte do/a aluno/a:

A interiorização de métodos de trabalho individual, no sentido de, conscientemente, otimizar as suas capacidades de organização.

A justificação da intencionalidade das suas composições, referindo o modo como organizou os elementos no campo visual.

A integração consciente, nos trabalhos que realiza, dos conhecimentos adquiridos ao longo da aprendizagem.

O registo de esboços, notas e reflexões num diário gráfico que deve acompanhar o seu processo de trabalho.

A organização de um portefólio (digital e/ou físico) para ilustrar o processo de desenvolvimento do seu trabalho. Promover estratégias que motivem o/a aluno/a:

A uma análise crítica dos seus trabalhos e a dos seus colegas, sustentada com os conhecimentos adquiridos em diferentes situações de observação e análise e tendo em conta os seus contextos de elaboração.

Promover estratégias que proporcionem ao/à aluno/a a oportunidade de:

Apresentar um portefólio (digital e/ou físico) em contexto de aula, para explicitar o trabalho desenvolvido.

Participar em diversos contextos comunicativos, através do discurso verbal e de intervenções de natureza gráfica/plástica/visual.

Participar de forma colaborativa na organização de exposições coletivas em que os seus trabalhos estejam incluídos.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios estabelecidos, se oriente o/a aluno/a para:

A autoanálise e autoavaliação dos seus trabalhos, sustentada pelos conhecimentos adquiridos, utilizando vocabulário específico da linguagem visual.

O desenvolvimento do nível de autoexigência, no contexto das aprendizagens e da elaboração dos seus trabalhos.

Promover estratégias que proporcionem oportunidades para o/a aluno/a:

Colaborar em trabalhos ou projetos coletivos, utilizando a linguagem do Desenho e das Artes Visuais.

Participar em projetos de trabalho (turma/escola/comunidade), partindo da abordagem de temas transversais ou que integrem conteúdos de várias disciplinas.

Conceber e organizar exposições coletivas com os seus trabalhos e/ou projetos desenvolvidos de forma multidisciplinar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem, por parte do/a aluno/a:

A interiorização de métodos de trabalho individual, no sentido da autorregulação.

O cuidado no respeito pelos prazos estabelecidos para a execução do trabalho solicitado pelo/a docente.

Promover estratégias que induzam:

À organização e preservação dos espaços, bem como dos materiais e equipamentos, de acordo com as regras elaboradas em grupo e/ou pelo/a docente.

À disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação.

À valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar e argumentar as suas ideias.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Emitir juízos críticos sobre o que vê, manifestando interesse e evidenciando os seus conhecimentos no contexto das actividades da disciplina.

Experimentar, através do desenho, conceitos e temáticas próprios/as de manifestações artísticas contemporâneas.

Selecionar modos de registo: traço (intensidade, textura, espessura, gradação, gestualidade e movimento), mancha (densidade, transparência, cor e gradação) e técnica mista (combinações entre traço e mancha, colagens, entre outros modos de experimentação), evidenciando um crescente domínio técnico e intencionalidade expressiva nos trabalhos que realiza.

Selecionar os suportes e os materiais em função das suas características, adequando-os às ideias a desenvolver.

Manifestar um progressivo domínio na aplicação dos conceitos e dos elementos estruturais da linguagem plástica: forma (plano, superfície, textura, estrutura); cor/luz; espaço e volume (profundidade e sugestão da tridimensionalidade); movimento e tempo (cadência, sequência, repetição), valor, textura, escala, ritmo, equilíbrio e estrutura, entre outros; aplicando-os na elaboração de desenhos e de imagens elaborados a partir de situações reais, sugeridas ou imaginadas.

Organizador
EXPERIMENTAÇÂO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer referenciais da arquitetura, do design, da escultura e da pintura que explorem cânones (aritméticos e simbólicos, entre outros), percebendo as relações entre estes e as diferentes épocas e contextos geográficos.

Aprofundar os estudos da forma (proporção, desproporção, transformação) em diferentes contextos e ambientes, exercitando a capacidade de registo das suas qualidades expressivas (expressão do movimento, dinamismo, espontaneidade e tensão, entre outras).

Manifestar um progressivo domínio na realização, à mão livre, de exercícios de representação empírica do espaço que se enquadrem nos sistemas de representação convencionais.

Utilizar, com capacidade técnica e intencionalidade expressiva, os meios digitais de edição de imagem e de desenho vetorial.

Desenvolver, com crescente domínio, os estudos de formas e de escalas, iniciando processos de análise e síntese do corpo humano.

Alemão Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade. Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - CONTINUAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve  traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Continuação Formação Geral A2.2 B1.1 Opcional
Formação Específica A2.2 B1.1 B1.2

No final do 11.º ano, ao atingir o nível B1.1, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados diversos, simples e coerentes, sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal; deve comunicar de forma simples, adequada e flexível, num leque variado de contextos. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível B1: Utilizador independente; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (opções e estilos de vida, lazer, mundo do trabalho, etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, projectos e iniciativas comuns, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar as ideias principais e aspetos socioculturais em textos de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por vocabulário frequente, articulados de forma clara.

* Anúncios, publicidade, filmes, canções, clips, podcasts, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, documentários, entrevistas, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender textos variados, de géneros e suportes diversos*, com ideias claras e vocabulário frequente, sobre temas/desafios do mundo contemporâneo.

Selecionar informação pertinente em textos descritivos, narrativos, explicativos e argumentativos.

Identificar o sentido global e selecionar informação relevante em textos literários.

* Correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir*, com alguma fluência, em conversas estruturadas, em diferentes contextos, respeitando as convenções sociolinguísticas e reagindo, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

*Liga, clarifica e reformula ideias; solicita esclarecimentos; troca ideias, informações e opiniões sobre temas da atualidade; relata factos, planos e projetos; formula queixas; argumenta, entre outros.

Interação escrita

Escrever mensagens*, em suportes diversos (70-110 palavras), exprimindo-se com clareza e respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas:

  • preenche formulários e escreve notas / mensagens / correspondência;
  • utiliza vocabulário frequente;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Descreve, narra e expõe informações; pede e dá sugestões e conselhos; dá notícias, descreve situações e sentimentos; exprime opiniões sobre assuntos abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos preparados previamente*:

  • utiliza vocabulário frequente e adequado e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos gramaticais adequados para construir uma sequência linear de informações;
  • pronuncia de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Descreve situações; narra acontecimentos; expõe informações, opiniões e argumentos; exprime e justifica opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Produção escrita

Redigir textos* (70-110 palavras) em suportes diversos, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário frequente;
  • usa recursos gramaticais adequados para construirtextos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Descreve situações; narra acontecimentos; expõe informações, explica opiniões e argumentos sobre assuntos abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de produtos linguísticos, reconhecendo as diversas linguagens utilizadas e os respetivos significados;
  • Seleção, associação, organização e análise de informação explícita e implícita;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão e interpretação do sentido;
  • Transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • Tarefas de memorização, verificação, consolidação e síntese, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Consolidação e aprofundamento de informação;
  • Planeamento e condução de pesquisas (elaboração de planos e esboços);
  • Análise de factos e situações, identificando os seus elementos, numa perpetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • Identificação de diferentes situações de comunicação;
  • Mobilização de diferentes tipos de linguagem para significar e comunicar, em diferentes contextos;
  • Mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • Interação com os outros em diferentes contextos sociais e emocionais, adequando o discurso às situações de comunicação;
  • Reformulação do discurso;
  • Tomada de decisões em situações de comunicação;
  • Transferência da informação em conhecimento;
  • Criação de produtos linguísticos variados, integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Planificação e elaboração de planos e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

A, B, D, E, F, G, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais, mobilizando conhecimentos de natureza diversa, desenvolvendo respeito e tolerância e demonstrando abertura e disponibilidade para a mudança.

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno- cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Utilização de estratégias adequadas para a realização de tarefas individuais ou coletivas;
  • Mobilização de conhecimentos linguísticos para corrigir e explicar erros recorrentes em trabalho individual ou coletivo;
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e à dedução de regras de funcionamento e uso da língua. Desenvolver uma atitude reflexiva e crítica.

Selecionar estratégias para retirar a informação essencial em função de dificuldades nas tarefas de leitura, audição e visionamento de documentos. Transferir conhecimentos adquiridos para novos contextos de comunicação oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Organização e realização autónoma de tarefas.
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Gestão eficaz dos tempos e recursos de aprendizagem.

Português

Introdução

A definição do objeto e dos objetivos para o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa ao longo dos doze anos de escolaridade obrigatória tem em conta a realidade vasta e complexa que é uma língua e incorpora o conjunto das competências que são fundamentais para a realização pessoal e social de cada um e para o exercício de uma cidadania consciente e interventiva, em conformidade com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Assumir o português como objeto de estudo implica entender a língua como fator de realização, de comunicação, de fruição estética, de educação literária, de resolução de problemas e de pensamento crítico. É na interseção de diversas áreas que o ensino e a aprendizagem do português se constroem: produção e receção de textos (orais, escritos, multimodais), educação literária, conhecimento explícito da língua (estrutura e funcionamento). Cada uma delas, por si e em complementaridade, concorre para competências específicas associadas ao desenvolvimento de uma literacia mais compreensiva e inclusiva: uma participação segura nos «jogos de linguagem» que os falantes realizam ativando saberes de uma pluralidade de géneros textuais, em contextos que o digital tem vindo a ampliar; uma correta e adequada produção e uma apurada e crítica interpretação de textos; um conhecimento e uma fruição plena dos textos literários do património português e de literaturas de língua portuguesa, a formação consolidada de leitores, um adequado desenvolvimento da consciência linguística e um conhecimento explícito da estrutura, das regras e dos usos da língua portuguesa. Do todo daqui resultante emergem as aprendizagens essenciais da disciplina de Português.

Estas aprendizagens são essenciais para ler na íntegra uma obra literária, para compreender uma decisão jurídica, um poema épico ou um ensaio filosófico, para interpretar um discurso político, para inferir a intencionalidade comunicativa de um texto argumentativo, para mobilizar conscientemente regras linguísticas apropriadas a cada discurso que se produza, para conhecer explicitamente elementos, estruturas e princípios de funcionamento da própria língua, para rever e melhorar um texto produzido por si próprio ou por um colega, para preparar adequadamente uma intervenção num debate, para apresentar uma comunicação sobre uma questão científica ou tecnológica, para intervir com propriedade em qualquer discussão de ideias, para comunicar conhecimento e defender ideias, para ler e para escrever o seu mundo interior e o mundo em que os alunos se movimentam.

Ao longo do ensino secundário, a disciplina de Português permitirá aos alunos não só consolidar as aprendizagens realizadas ao longo do ensino básico, mas também aprofundar os conhecimentos para um nível elevado de desempenho em domínios específicos como: a compreensão do oral, a expressão oral, a leitura, a educação literária, a expressão escrita e o conhecimento explícito sobre a língua. No final deste nível de ensino, no domínio da oralidade, os alunos deverão estar aptos a compreender textos orais de elevada complexidade, interpretando a intenção comunicativa subjacente e avaliando a sua eficácia comunicativa, a utilizar uma expressão oral correta, fluente e adequada a diversas situações de comunicação e a produzir textos orais de géneros específicos. No domínio da leitura, pretende-se que os alunos tenham adquirido desenvoltura nos processos de leitura e de interpretação de textos escritos de diversos géneros de complexidade considerável, apreciando criticamente o seu conteúdo e desenvolvendo a consciência reflexiva das suas funcionalidades. No domínio da educação literária, pretende-se capacitar os alunos para a leitura, a compreensão e a fruição de textos literários portugueses e estrangeiros, de diferentes géneros. Neste âmbito, é ainda fundamental que os alunos tenham atingido a capacidade de apreciar criticamente a dimensão estética dos textos literários e o modo como manifestam experiências e valores. Estas aprendizagens repercutir-se-ão no desenvolvimento do projeto de leitura que deve ter por referência as obras indicadas no Plano Nacional de Leitura. No domínio da escrita, é esperado que, no final do ensino secundário, os alunos tenham atingido níveis elevados de domínio de processos, estratégias, capacidades e conhecimentos para a escrita de textos de diversos géneros com vista a uma diversidade de objetivos comunicativos. No domínio gramatical, no final deste nível de ensino, os alunos deverão revelar um conhecimento metalinguístico seguro dos aspetos de estrutura e de funcionamento da língua considerados essenciais ao longo da escolaridade obrigatória.

Em concreto, no 10.º ano de escolaridade, a aula de Português estará orientada para o desenvolvimento da:

  • competência da oralidade (compreensão e expressão) com base em textos/discursos de géneros adequados a propósitos comunicativos como informar com base numa perspetiva crítica em relação ao mundo atual, explicar e argumentar em situações de debate e de confronto de perspetivas;
  • competência da leitura centrada predominantemente em textos próprios do relato (relato de viagem), da transmissão de conhecimento (exposição) e da crítica (apreciação crítica e cartoon).
  • educação literária não só para conhecimento, leitura e apreciação estética de obras portuguesas que constituíram um marco do pensamento e da literatura portugueses entre os séculos XII e XVI, mas também para desenvolvimento de hábitos de leitura;
  • competência da escrita que inclua obrigatoriamente saber escrever sínteses, exposições sobre um tema e apreciações críticas;
  • competência gramatical por meio de um conhecimento explícito sistematizado sobre aspetos essenciais dos diversos planos (fonológico, morfológico, das classes de palavras, sintático, semântico e textual-discursivo) da língua.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ORALIDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Compreensão Expressão

Interpretar textos orais dos géneros reportagem e documentário, evidenciando perspetiva crítica e criativa.

Sintetizar o discurso escutado a partir do registo de informação relevante quanto ao tema e à estrutura.

Produzir textos adequados à situação de comunicação, com correção e propriedade lexical.

Exprimir, com fundamentação, pontos de vista suscitados por leituras diversas.

Fazer exposições orais para apresentação de leituras (apreciação crítica de obras, partes de obras o textos com temas relevantes), de sínteses e de temas escolhidos autonomamente ou requeridos por outros.

Utilizar adequadamente recursos verbais e não-verbais para aumentar a eficácia das apresentações orais.

Utilizar de modo apropriado processos como retoma, resumo e explicitação no uso da palavra em contextos formais.

Recorrer a processos de planificação e de avaliação de textos para melhoria dos discursos orais a realizar.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • compreensão de textos em diferentes suportes audiovisuais para
    • observação de regularidades associadas a géneros textuais;
    • identificação de informação explícita e dedução de informação implícita a partir de pistas textuais;
    • seleção e registo de informação relevante para um determinado objetivo;
    • avaliação de discursos tendo em conta a adequação à situação de comunicação;
  • produção de discursos preparados para apresentação a um público restrito (à turma ou a colegas de outras turmas) com diferentes finalidades:
    • fazer apreciações críticas de livros para, por exemplo, recomendar um livro aos colegas;
    • narrar situações vividas para fundamentar uma opinião ou uma apreciação;
    • expor trabalhos relacionados com temas disciplinares e interdisciplinares, realizados individualmente ou em grupo;
    • utilizar o resumo, o relato, o reconto em apresentações orais sobre obras, partes de obras, livros ou textos sobre temas, por exemplo;
  • compreensão e expressão oral baseadas em textos de diferentes géneros textuais sobre temas interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Comunicador (A, B, D, E, H)

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Organizador
LEITURA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Ler em suportes variados textos de diferentes graus de complexidade dos géneros seguintes: relato de viagem, exposição sobre um tema, apreciação crítica e cartoon.

Realizar leitura crítica e autónoma.

Analisar a organização interna e externa do texto.

Clarificar tema(s), ideias principais, pontos de vista.

Analisar os recursos utilizados para a construção do sentido do texto.

Interpretar o sentido global do texto e a intencionalidade comunicativa com base em inferências devidamente justificadas.

Utilizar métodos de trabalho científico no registo e tratamento da informação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • manipulação de unidades de sentido através de atividades que impliquem
    • sublinhar, parafrasear, resumir segmentos de texto relevantes para a construção do sentido;
    • estabelecer relações entre as diversas unidades de sentido;
  • realização de diferentes modos de ler e diferentes tipos de leitura;
  • compreensão e interpretação de textos através de atividades que impliquem
    • mobilizar experiências e saberes como ativação de conhecimento prévio;
    • colocar questões a partir de elementos paratextuais e textuais (verbais e não verbais);
    • sugerir hipóteses a partir de deduções extraídas da informação textual;
    • inferir informação a partir do texto;
    • avaliar o texto (conteúdo e forma) tendo em conta a intencionalidade do autor e a situação de comunicação;
    • estabelecer ligações entre o tema desenvolvido no texto e a realidade vivida pelo aluno;
    • expandir e aprofundar conhecimentos adquiridos no processo de leitura-compreensão do texto;
  • elaboração de pequenos projetos de estudo e de pesquisa, sobre temas disciplinares e interdisciplinares, que incluam, entre outros aspetos, o recurso a mapas de ideias, esquemas, listas de palavras;
  • compreensão de texto em atividades interdisciplinares, designadamente no que diz respeito ao trabalho sobre diferentes géneros textuais.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Leitor (A, B, C, D, F, H, I)

Organizador
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar textos literários portugueses de diferentes autores e géneros, produzidos entre os séculos XII e XVI (ver Anexo 1).

Contextualizar textos literários portugueses anteriores ao século XVII em função de marcos históricos e culturais.

Relacionar características formais do texto poético com a construção do sentido.

Analisar o valor de recursos expressivos para a construção do sentido do texto, designadamente: alegoria, interrogação retórica, metonímia, aliteração, apóstrofe, anástrofe.

Comparar textos em função de temas, ideias e valores.

Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos presentes nos textos.

Expressar, oralmente ou por escrito, pontos de vista fundamentados, suscitados pelas obras e seus autores.

Desenvolver um projeto de leitura que revele pensamento crítico e criativo, a apresentar publicamente em suportes variados.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • consolidação de conhecimento e saberes (noções de versificação, modos literários, estrutura interna e externa do texto dramático e do texto narrativo, recursos expressivos);
  • aquisição de saberes relacionados com a lírica trovadoresca, a Crónica de D. João I, de Fernão Lopes, a obra literária camoniana e vicentina;
  • compreensão dos textos literários com base num percurso de leitura que implique
    • fazer antecipações do desenvolvimento do tema, do enredo, das circunstâncias, entre outros aspetos;
    • mobilizar conhecimentos sobre a língua e sobre o mundo para interpretar expressões e segmentos textuais;
    • analisar o modo como o(s) tema(s), as experiências e os valores são representados pelo(s) autor(es) do texto;
    • justificar, de modo fundamentado, as interpretações;
  • valorização da leitura e consolidação do hábito de ler através de atividades que impliquem, entre outras possibilidades,
    • apresentar e defender perante o professor e a turma um projeto de leitura (indicando, por exemplo, os seus objetivos pessoais como leitor para um determinado intervalo de tempo);
    • selecionar os livros a ler em função do seu projeto de leitura;
    • desenvolver e gerir o percurso de leitor realizado, que inclua auto e heteroavaliação tendo em conta
    • grau de consecução dos objetivos definidos inicialmente;
    • apresentar em público (por exemplo, à turma, a outras turmas, à escola, à comunidade) o percurso pessoal de leitor, que pode incluir dramatização, recitação, leitura expressiva, reconto de histórias, recriação, expressão de reações subjetivas de leitor, persuasão de colegas para a leitura de livros;
  • exploração e aprofundamento de temas interdisciplinares suscitados pelas obras literárias em estudo.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Criativo (A, C, D, J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Leitor (A, B, C, D, F, H, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ESCRITA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Escrever sínteses, exposições sobre um tema e apreciações críticas, respeitando as marcas de género.

Planificar o texto a escrever, após pesquisa e seleção de informação pertinente.

Redigir o texto com domínio seguro da organização em parágrafos e dos mecanismos de coerência e de coesão textual.

Editar os textos escritos, em diferentes suportes, após revisão, individual ou em grupo, tendo em conta a adequação, a propriedade vocabular e a correção linguística

Respeitar os princípios do trabalho intelectual: identificação das fontes utilizadas, cumprimento das normas de citação, uso de notas de rodapé e referenciação bibliográfica.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • aquisição de conhecimento relacionado com as propriedades de um texto (progressão temática, coerência e coesão) e com os diferentes modos de organizar um texto, tendo em conta a finalidade, o destinatário e a situação de comunicação;
  • manipulação de textos fazendo variações quanto à extensão de frases ou segmentos textuais ou da modificação do ponto de vista, por exemplo;
  • planificação do que se vai escrever através de procedimentos que impliquem, por exemplo, decidir o tema e a situação de escrita, definir o objetivo da escrita; decidir o destinatário do texto, conhecer as características do género textual que se pretende escrever;
  • elaboração de um texto prévio;
  • textualização individual a partir do texto prévio, o que implica reformulação do conteúdo à medida que se vai escrevendo;
  • revisão (em função dos objetivos iniciais e da coerência e coesão do texto) e aperfeiçoamento textual, o que implica reler, avaliar (com recurso a auto e a heteroavaliação) e corrigir;
  • apreciação de textos produzidos pelo próprio aluno ou por colegas justificando o juízo de valor sustentado;
  • preparação da versão final;
  • expressão escrita em interdisciplinaridade com outras disciplinas, designadamente no que diz respeito ao trabalho sobre diferentes géneros textuais.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Organizador
GRAMÁTICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer a origem, a evolução e a distribuição geográfica do Português no mundo.

Reconhecer processos fonológicos que ocorrem no português (na evolução e no uso).

Analisar com segurança frases simples e complexas (identificação de constituintes e das respetivas funções sintáticas, incluindo complemento do nome e do adjetivo, divisão e classificação de orações, incluindo orações subordinadas substantivas relativas).

Reconhecer valores semânticos de palavras considerando o respetivo étimo.

Explicitar o significado das palavras com base na análise dos processos de formação.

Usar de modo intencional diferentes valores modais atendendo à situação comunicativa (epistémicos, deônticos e apreciativos).

Reconhecer a anáfora como mecanismo de coesão e de progressão do texto.

Relacionar situações de comunicação, interlocutores e registos de língua (grau de formalidade, relação hierárquica entre os participantes, modo oral ou escrito da interação), tendo em conta os diversos atos de fala.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • análise de construções frásicas e textuais em que seja possível
    • questionar, exercitar, modificar, fazer variar e registar alterações;
    • explicitar procedimentos;
    • sistematizar regras;
  • explicitação de valores semânticos das palavras, tendo em conta os seus contextos de ocorrência no plano diacrónico;
  • sistematização do conhecimento sobre constituintes da frase e funções sintáticas, na frase simples e na frase complexa;
  • exercitação, no modo oral e escrito, de processos discursivos e textuais que tornem possível analisar
    • propriedades configuradoras da textualidade (progressão temática, coerência, coesão);
    • modalidades de reprodução do discurso no discurso;
  • explicitação de formas de expressão que traduzam diferentes valores modais tendo em conta a situação comunicativa;
  • identificação de processos de referenciação anafórica em enunciados orais e escritos.
Descritores do Perfil dos alunos

Questionador (A, F, G, I, J)

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Anexos

LISTA DE OBRAS E TEXTOS PARA EDUCAÇÃO LITERÁRIA – 10.º ANO

POESIA TROVADORESCA

Cantigas de amigo (escolher quatro cantigas de amigo)
Cantigas de amor (escolher duas cantigas de amor)
Cantigas de escárnio e maldizer (escolher uma cantiga de escárnio e maldizer)

AUTORES E OBRAS

Fernão Lopes Crónica de D. João I (excertos da 1.a parte: capítulo 11 e capítulo 115 ou 148)
Gil Vicente Farsa de Inês Pereira (leitura integral) OU Auto da Feira (leitura integral)
Luís de Camões Rimas (escolher quatro redondilhas e oito sonetos)
Luís de Camões Os Lusíadas (reflexões do Poeta – três de entre as seguintes: canto I, ests. 105 e 106; canto V, ests. 92 a 100; canto VII, ests. 78 a 87; canto VIII, ests. 96 a 99; canto IX, ests. 88 a 95; canto X, ests. 145 a 156)

 

Matemática B

Introdução

A disciplina de Matemática B destina-se aos alunos do Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais, como disciplina bienal de opção, ou a alunos de outros cursos que, nos termos da legislação aplicável, optem por um percurso formativo próprio. Pretende desempenhar um papel incontornável para os estudantes, contribuindo para uma abordagem tão completa quanto possível de situações reais, ao desenvolver a capacidade de formular e resolver problemas e ao desenvolver a capacidade de comunicação de ideias matemáticas.

A Matemática é parte imprescindível da cultura humanística e científica contribuindo para que aos jovens façam as suas escolhas profissionais e desenvolvam capacidades facilitadoras para se adaptarem às mudanças tecnológicas dos dias de hoje. Contribui, igualmente, para a o desenvolvimento da comunicação, para a qual fornece instrumentos de compreensão mais profunda, facilitando a interpretação, seleção, avaliação e integração das mensagens necessárias e úteis, ao mesmo tempo que fornece acesso a fontes de conhecimento científico a ser mobilizado sempre que necessário.

A Matemática contribui para uma melhor compreensão do espaço envolvente ajudando a perceber as relações geométricas entre os diversos elementos naturais e é uma das bases teóricas, essenciais e necessárias, de todos os grandes sistemas de interpretação da realidade que garantem a intervenção social com responsabilidade e dão sentido à condição humana.

Assim, no ensino secundário, o ensino da Matemática deve ser norteado pelas seguintes finalidades principais:

  • Usar a Matemática como instrumento de interpretação e intervenção no real.
  • Desenvolver as capacidades de formular e resolver problemas, de comunicar, a perceção espacial e geométrica, assim como a memória, o rigor, o espírito critico e a criatividade.
  • Contribuir para uma atitude positiva face à Matemática.
  • Capacitar para uma intervenção social pelo estudo e compreensão de problemas e situações da sociedade atual e bem assim pela discussão de sistemas e instâncias de decisão que influenciam a vida dos cidadãos, participando desse modo na formação para uma cidadania ativa e participativa.

No âmbito da identificação das Aprendizagens Essenciais (AE), considerou-se que deve ser privilegiada a aprendizagem da Matemática, com compreensão, ao nível da construção/mobilização de ideias na resolução de problemas e nas aplicações da Matemática. O uso de ferramentas (tecnologias, materiais manipuláveis, etc.) deve ser promovido na resolução de problemas desafiantes, em situações que exijam a sua manipulação e em que seja vantajoso o seu conhecimento, designadamente através do ensino experimental. Deste modo, as aplicações e a modelação matemática são, à semelhança do programa da disciplina, o tema central das AE. As aplicações, integradas num contexto siginificativo para os alunos, são usadas como ponto de partida para cada novo assunto, sendo parte do processo de construção de conceitos e usadas como fontes de exercícios.

Reforça-se que no programa da disciplina é referido que está excluída a introdução de qualquer formalismo, a não ser que uma determinada notação se revele vantajosa para a comunicação de uma ideia matemática.

No âmbito das opções referidas anteriormente, no 10.o ano, a Geometria, as Funções e Estatística e Movimentos Periódicos mantêm-se como temas de abordagem obrigatória. O tema Geometria, no Plano e no Espaço, inclui assuntos de geometria sintética e métrica, e geometria analítica, com as competências de cálculo numérico a elas associadas.A abordagem das Funções reais considerará sempre estudos dos diferentes pontos de vista (gráfico, numérico e algébrico) sobre tipos simples de funções, tratando no décimo ano apenas as funções algébricas inteiras.

No tema da Estatística, serão retomadas as aprendizagens desenvolvidas no ensino básico, com algumas noções novas e ferramentas que eventualmente não foram ainda compreendidas/consolidadas, já que a Estatística, hoje em dia, ocupa uma posição marcante junto de todas as profissões e fornece instrumentos próprios para melhor selecionar e tratar a quantidade de informação a que temos acesso diariamente.

Pretende-se, ainda, no ensino secundário, que os alunos recordem os conceitos básicos de trigonometria do ângulo agudo, enfrentem situações novas em que a generalização das noções de ângulo e arco, bem como das razões trigonométricas, apareçam como necessárias e intuíveis e aprendam o conceito de função periódica e de funções trigonométricas como modelos matemáticos adequados a responder a problemas.

Como temas transversais consideram-se: raciocínio matemático, resolução de problemas, aplicações e a modelação matemática, história da matemática, e a comunicação matemática. Estes são transversais e não podem nem devem ser localizados temporalmente na lecionação, e muito menos num determinado ano de escolaridade, antes devem ser abordados à medida que forem sendo necessários e à medida que for aumentando a compreensão sobre os assuntos em si, considerando sempre sentido de oportunidade, vantagens e limitações.

As Aprendizagens essenciais (AE) são “o conjunto comum de conhecimentos a adquirir, isto é, os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, articulados concetualmente, relevantes e significativos, bem como de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos em cada área disciplinar ou disciplina”. As AE apresentadas constituem, para cada tema matemático, um todo constituído por conteúdos, objetivos e práticas interrelacionados. Os objetivos concretizam essas aprendizagens relativas a cada conteúdo, incidindo sobre conhecimentos, capacidades e atitudes a adquirir e a desenvolver, e as práticas estabelecem condições que apoiam e favorecem a consecução desses objetivos.

Assim, a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes, e a sua aplicação em contextos matemáticos e não matemáticos são objetivos essenciais de aprendizagem, associados aos conteúdos de aprendizagem de cada tema matemático — sendo que os que estão definidos em termos de capacidades e atitudes expressam também um vínculo próximo com a Matemática — e a práticas de aprendizagem que visam proporcionar condições que apoiem e favoreçam aprendizagens sustentáveis, com compreensão e transferíveis ou aplicáveis em contextos matemáticos e não matemáticos.

As AE apresentadas articulam-se com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, tendo em vista a sua consecução, no âmbito da disciplina de Matemática B, nomeadamente no que se refere às aprendizagens dos alunos associadas às áreas de competências aí definidas, quer nas áreas (a), (b), (c), (d), (f), e (i), intrinsecamente relacionados com temas, processos e métodos matemáticos e objetivos da disciplina, quer nas restantes áreas, (e), (g), (h) e (j), em que a Matemática dá igualmente contributos essenciais. Num caso e noutro, pressupõem práticas de trabalho autónomo, colaborativo e de caráter interdisciplinar.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
GEOMETRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Resolução de problemas de geometria no plano e no espaço

O método das coordenadas para estudar

Geometria no plano e no espaço

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação Matemática

Resolver problemas de geometria no plano e no espaço (alguns padrões geométricos planos (frisos),estudo de problemas de empacotamento, composição e decomposição de figuras tridimensionais, um problema histórico e sua ligação com a História da Geometria).

Identificar e usar referenciais cartesianos ortogonais e monométricos no plano e no espaço.

Reconhecer o significado da equação reduzida da reta no plano e da equação x = x0.

Conceber e analisar estratégias variadas de resolução de problemas, e criticar os resultados obtidos.

Compreender e construir argumentos matemáticos e raciocínios lógicos.

Resolver problemas de modelação matemática, no contexto da vida real.

Exprimir oralmente e por escrito ideias, com precisão e rigor, e explicar e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).

Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.

Desenvolver persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Apreciar o papel da matemática no desenvolvimento das outras ciências e o seu contributo para a compreensão e resolução dos problemas da humanidade através dos tempos.
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos ou fomentem novas aprendizagens.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia (Calculadora gráfica e ambientes de geometria dinâmica), nomeadamente para resolver problemas, experimentar, investigar, comunicar e implementar algoritmos.
  • Comunicar utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar procedimentos, raciocínios, e conclusões.
  • Explorar, sempre que possível, as conexões da Geometria com outras áreas da Matemática.
  • Explorar atividades, sempre que possível, ligadas à manipulação de modelos geométricos concretos.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
  • Abordar situações novas com interesse, espírito de iniciativa e criatividade.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
FUNÇÕES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Função, gráfico e representação gráfica

Generalidades acerca de funções reais de variável real.

Estudo intuitivo de propriedades das funções quadráticas e cúbicas e dos seus gráficos

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

Reconhecer, representar e interpretar graficamente funções reais de variável real. Resolver problemas, envolvendo funções representadas gráfica e analiticamente em contextos de modelação.

Reconhecer, representar e interpretar graficamente funções reais de variável real.

Resolver problemas, envolvendo funções representadas gráfica e analiticamente em contextos de modelação.

Reconhecer propriedades das funções e dos seus gráficos, tanto a partir de um gráfico particular como usando calculadora gráfica, nomeadamente domínio, contradomínio, pontos notáveis, monotonia, extremos e simetriasAnalisar e compreender os efeitos das mudanças de parâmetros com particular incidência nos gráficos da família das funções quadráticas.

Reconhecer e interpretar graficamente a relação entre o gráfico de uma função, definida pela expressão f(x), e os gráficos das funções a.f(x), f(a.x), f(x+a) e f(x)+a ,com a positivo ou negativo.

Conceber e analisar estratégias variadas de resolução de problemas, e criticar os resultados obtidos.

Compreender e construir argumentos matemáticos e raciocínios lógicos.

Resolver problemas de modelação matemática, no contexto da vida real.

Exprimir oralmente e por escrito ideias, com precisão e rigor, e explicar e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).

Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos ma-temáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.

Desenvolver persistência, autonomia e à vontade em lidar com situ-ações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Apreciar o papel da matemática no desenvolvimento das outras ciências e o seu contributo para a compreensão e resolução dos problemas da humanidade através dos tempos.
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos ou fomentem novas aprendizagens.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia (calculadora gráfica, folhas de cálculo, aplicações interativas, etc.), nomeadamente para resolver problemas, explorar, investigar, comunicar e implementar algoritmos.
  • Analisar criticamente dados, informações e resultados obtidos.
  • Comunicar, utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar procedimentos, raciocínios, e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
  • Abordar situações novas com interesse, espírito de iniciativa e criatividade.
Organizador
ESTATÍSTICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Organizar e interpretar caracteres estatísticos – qualitativos e quantitativos.

Referência a distribuições bidimensionais – abordagem intuitiva e gráfica.

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

Reconhecer o papel relevante desempenhado pela Estatística em todos os campos do conhecimento abordando nomeadamente os conceitos de Recenseamento e Sondagem (população e amostra).

Organizar e interpretar dados de natureza quantitativa e qualitativa, variáveis discretas e contínuas.

Interpretar medidas de localização de uma amostra: moda, média, mediana, quartis e percentis; medidas de dispersão: amplitude interquartil, variância, desvio padrão.

Abordar gráfica e intuitivamente distribuições bidimensionais, nomeadamente o diagrama de dispersão, o coeficiente de correlação e reta de regressão.

Conceber e analisar estratégias variadas de resolução de problemas, e criticar os resultados obtidos.

Compreender e construir argumentos matemáticos e raciocínios lógicos.

Resolver problemas de modelação matemática, no contexto da vida real.

Resolver problemas e atividades de investigação.

Exprimir oralmente e por escrito ideias, com precisão e rigor, e explicar e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).

Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.

Desenvolver persistência, autonomia e à vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • A estatística deve ser trabalhada de forma não formal, usando tecnologia (calculadora, folha de cálculo), partindo de pequenos projetos, com dados reais e de forma a permitir a compreensão do processo estatístico e a avaliação crítica e conhecedora das múltiplas informações estatísticas com que os alunos são confrontados no dia a dia.
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos e fomentem novas aprendizagens.
  • Estabelecer conexões entre diversos temas matemáticos e de outras disciplinas.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia (calculadora gráfica, folhas de cálculo, aplicações interativas,etc.), nomeadamente para resolver problemas, experimentar,explorar, investigar, comunicar e implementar algoritmos
  • Comunicar, utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar procedimentos, raciocínios, e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
  • Abordar situações novas com interesse, espírito de iniciativa e criatividade.
Organizador
MOVIMENTOS PERIÓDICOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Problemas de trigonometria básica e sua generalização

Modelação matemática de situações envolvendo fenómenos periódicos

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

Resolver problemas variados, ligados a situações concretas, que permitam recordar a semelhança de triângulos e aplicar métodos trigonométricos estudados no 3.o ciclo do ensino básico.

Usar o círculo trigonométrico para resolver problemas de trigonometria, de modo a apropriar-se dos seguintes conceitos e técnicas associadas e os utilize como “ferramentas”:

  • radiano;
  • ângulo generalizado e medida da sua amplitude;
  • definição de seno, cosseno e tangente de um número real;
  • resolução gráfica de equações trigonométricas simples;
  • características das funções circulares: simetria e paridade; periodicidade.

Reconhecer situações básicas envolvendo fenómenos periódicos, em que as funções trigonométricas podem aparecer como modelos matemáticos, adequados a responder a problemas, que descrevem situações mais ou menos complexas.

Conceber e analisar estratégias variadas de resolução de problemas, e criticar os resultados obtidos.

Compreender e construir argumentos matemáticos e raciocínios lógicos.

Resolver problemas de modelação matemática, no contexto da vida real ou de outras disciplinas.

Exprimir oralmente e por escrito ideias, com precisão e rigor, e explicar e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).

Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.

Desenvolver persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Começar por trabalhar movimentos circulares de modo a promover, a partir da intuição, a generalização das noções associadas aos movimentos periódicos.
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos e fomentem novas aprendizagens.
  • Estabelecer conexões entre diversos temas
  • Tirar partido da utilização da tecnologia (calculadora gráfica, folhas de cálculo, aplicações interativas,etc.), nomeadamente para resolver problemas, explorar, investigar, comunicar e implementar algoritmos.
  • Comunicar utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar procedimentos, raciocínios, e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
  • Abordar situações novas com interesse, espírito de iniciativa e criatividade.

Matemática Aplicada às Ciências Sociais

Introdução

A disciplina de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (MACS) destina-se a alunos do Curso de Línguas e Humanidades dos Cursos Científico-Humanísticos, como disciplina bienal de opção, ou a alunos de outros cursos que, nos termos da legislação aplicável, optem por um percurso formativo próprio. É importante ter presente as finalidades consagradas no programa da disciplina, bem como a justificação da escolha dos temas incluídos.

Esta disciplina pretende desempenhar um papel incontornável para os alunos, contribuindo para uma abordagem, tão completa quanto possível, de situações reais, ao desenvolver a capacidade de formular e resolver matematicamente problemas e ao desenvolver a capacidade de comunicação de ideias matemáticas.

Mais do que pretender que os estudantes dominem questões técnicas e de pormenor, pretende-se que os estudantes tenham experiências matemáticas significativas que lhes permitam saber apreciar devidamente a importância das abordagens matemáticas nas suas futuras atividades.

Pretende-se, ainda, com esta disciplina que os alunos desenvolvam capacidades de intervenção social pela compreensão e discussão de sistemas e instâncias de decisão, participando desse modo na formação para uma cidadania ativa e participativa.

De entre inúmeros assuntos interessantes que ligam a Matemática à vida de todos os dias, foram selecionados Métodos de apoio à decisão, Modelação matemática e Estatística.

O tema Métodos de apoio à decisão deve a sua pertinência ao facto de vivermos numa sociedade democrática e estarmos constantemente a ser solicitados para tomar decisões, tanto na escolha dos políticos que nos governam (Teoria das eleições), como ao nível da divisão mais justa do poder em comissões ou de alguns bens materiais (Teoria da partilha equilibrada).

Com o tema Modelação matemática, pretende-se mostrar como alguns modelos matemáticos, ainda que simples, podem ser úteis. No 10.º ano, neste tema, inclui-se o estudo de Modelos financeiros que explicam fenómenos como os investimentos ou empréstimos bancários e que apontam já para o estudo, no 11.º ano, dos modelos de crescimento populacionais.

No 10.º ano, um lugar de destaque é dado à Estatística Descritiva, que hoje em dia ocupa uma posição marcante junto de todas as profissões e que fornece instrumentos próprios para melhor selecionar e tratar a quantidade de informação que nos chega.

Por forma a consolidar alguns conhecimentos adquiridos no Ensino Básico, reforça-se a contrução e interpretação de tabelas e gráficos e realça-se os cuidados a ter na sua análise, dado o poder de transmissão e manipulação de informação que possuem.

Alarga-se o estudo à análise de dados bivariados, com foco principal em modelos de regressão linear.

Estes temas facilmente podem ser trabalhados na forma de projetos da disciplina ou integrados em projetos interdisciplinares.

As Aprendizagens Essenciais (AE) são “os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, articulados concetualmente, relevantes e significativos, bem como de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos em cada área disciplinar ou disciplina”. As AE apresentadas constituem, para cada tema matemático, um todo integrado e articulado de conteúdos, objetivos e práticas de aprendizagem interrelacionados e indissociáveis. Os objetivos concretizam as aprendizagens essenciais relativas a cada conteúdo, incidindo sobre conhecimentos, capacidades e atitudes a adquirir e a desenvolver, e a práticas estabelecem condições que apoiam e favorecem a consecução desses objetivos.

Assim, a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes, e a sua aplicação, em contextos matemáticos e não matemáticos, são objetivos essenciais de aprendizagem, associados aos conteúdos de aprendizagem de cada tema matemático — sendo que os que estão definidos em termos de capacidades e atitudes expressam também um vínculo próximo da Matemática — e a práticas de aprendizagem que visam proporcionar condições que apoiem e favoreçam aprendizagens sustentáveis, com compreensão e transferíveis ou aplicáveis em contextos matemáticos e não matemáticos.

As AE apresentadas articulam-se com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), tendo em vista a sua consecução, no âmbito da disciplina de Matemática Aplicada às Ciências Sociais, nomeadamente no que se refere às aprendizagens dos alunos associadas às áreas de competências aí definidas, quer nas áreas (a), (b), (c), (d), (f), e (i), intrinsecamente relacionados com temas, processos e métodos matemáticos e objetivos da disciplina, quer nas restantes áreas, (e), (g), (h) e (j), em que a Matemática dá igualmente contributos essenciais. Num caso e noutro, pressupõem práticas de trabalho autónomo, colaborativo e de caráter interdisciplinar.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
MÉTODOS DE APOIO À DECISÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Teoria matemática das eleições

Teoria da partilha equilibrada

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

Compreender os diferentes sistemas de votação.

Compreender como se contabilizam os mandatos nalgumas eleições.

Compreender que os resultados podem ser diferentes se os métodos de contabilização dos mandatos forem diferentes.

Analisar algumas situações paradoxais.

Compreender que há limitações à melhoria dos sistemas de eleições.

Compreender a problemática da partilha equilibrada.

Experimentar os algoritmos usados em situações de partilha no caso contínuo e no caso discreto.

Compreender que a aplicação de algoritmos de partilha diferentes pode produzir resultados diferentes.

Conceber e analisar estratégias variadas de resolução de problemas, e criticar os resultados obtidos.

Compreender e construir argumentos matemáticos e raciocínios lógicos.

Resolver problemas de modelação matemática, no contexto da vida real.

Resolver problemas e atividades de investigação tirando partido da tecnologia, nomeadamente da calculadora gráfica e de programas como a Folha de Cálculo.

Desenvolver competências sociais de intervenção.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Apreciar o papel da matemática no desenvolvimento das outras ciências e o seu contributo para a compreensão e resolução dos problemas da humanidade através dos tempos.
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos ou fomentem novas aprendizagens.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia nomeadamente para experimentar, investigar, comunicar e implementar algoritmos.
  • Analisar criticamente dados, informações e resultados obtidos.
  • Comunicar, utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar, procedimentos, raciocínios e conclusões.
  • Avaliar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ESTATÍSTICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Investigações estatísticas

Literacia estatística

Estatística descritiva

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

Reconhecer a importância da Estatística na sociedade atual.

Formular questões, organizar, representar e tratar dados recolhidos para tirar conclusões numa análise crítica e consciente dos limites do processo de matematização da situação.

Selecionar e usar métodos estatísticos adequados à análise de dados, nomeadamente processos de amostragem, reconhecendo o grau de incerteza associado.

Construir, ler e interpretar tabelas e gráficos.

Calcular medidas de localização e de dispersão de uma amostra, discutindo as limitações dos diferentes parâmetros estatísticos.

Interpretar e comparar distribuições estatísticas.

Interpretar distribuições bidimensionais.

Utilizar modelos de regressão linear na análise da relação entre duas variáveis quantitativas.

Conceber e analisar estratégias variadas de resolução de problemas, e criticar os resultados obtidos.

Usar a tecnologia, nomeadamente a calculadora gráfica e a Folha de Cálculo na resolução de problemas. Exprimir e fundamentar as suas opiniões, revelando espírito crítico.

Desenvolver competências sociais de intervenção.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Avaliar e criticar a validade de argumentos baseados em dados publicados na comunicação social, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes.
  • Resolver problemas, investigações ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos ou fomentem novas aprendizagens, contemplando as diferentes etapas de um estudo estatístico.
  • Estabelecer conexões entre diversos temas matemáticos e de outras disciplinas.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia, nomeadamente para utilizar dados estatísticos de fontes primárias e secundárias, construir e interpretar diferentes representações gráficas, experimentar, investigar e comunicar.
  • Colaborar em trabalhos de grupo, partilhando saberes e responsabilidades.
  • Comunicar, utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar, procedimentos, raciocínios e conclusões.
  • Avaliar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Organizador
MODELOS MATEMÁTICOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Modelos financeiros

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

Identificar a matemática utilizada em situações reais.

Sensibilizar para os problemas matemáticos da área financeira (impostos, inflação, investimentos financeiros, empréstimos, etc.).

Desenvolver competências de cálculo e de seleção de ferramentas adequadas a cada problema.

Conceber e analisar estratégias variadas de resolução de problemas, e criticar os resultados obtidos.

Compreender e construir argumentos matemáticos e raciocínios lógicos.

Resolver problemas de modelação matemática, no contexto da vida real ou de outras disciplinas.

Resolver atividades de investigação recorrendo à tecnologia (calculadora gráfica ou computador).

Desenvolver competências sociais de intervenção.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos e fomentem novas aprendizagens.
  • Estabelecer conexões entre diversos temas matemáticos e temas de outras disciplinas.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia nomeadamente para experimentar, investigar e comunicar.
  • Comunicar, utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar, procedimentos, raciocínios e conclusões.
  • Avaliar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.