Estudo do Meio

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Estudo do Meio visam desenvolver um conjunto de competências de diferentes áreas do saber, nomeadamente Biologia, Física, Geografia, Geologia, História, Química e Tecnologia.

Considerando que o Estudo do Meio tem um vasto objeto de estudo, a sua abordagem alicerça-se em conceitos e métodos das várias disciplinas enunciadas, contribuindo para a compreensão progressiva da Sociedade, da Natureza e da Tecnologia, bem como das inter-relações entre estes domínios. Nesta perspetiva, organizaram-se as presentes AE tendo por base as três áreas Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS).

O documento AE estrutura-se de acordo com os domínios mencionados, sendo que, em cada um são identificados os conhecimentos a adquirir, as capacidades e as atitudes a desenvolver indispensáveis, relevantes e significativos. Também são indicadas, a título exemplificativo, ações estratégicas de ensino orientadas para as áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

Assim, ao longo do 1.º ciclo do ensino básico, o aluno deve:

  1. Adquirir um conhecimento de si próprio, desenvolvendo atitudes de autoestima e de autoconfiança;

  2. Valorizar a sua identidade e raízes, respeitando o território e o seu ordenamento, outros povos e outras culturas, reconhecendo a diversidade como fonte de aprendizagem para todos;

  3. Identificar elementos naturais, sociais e tecnológicos analógicos e digitais, do meio envolvente e suas inter-relações;

  4. Identificar acontecimentos relacionados com a história pessoal e familiar, local e nacional, localizando-os no espaço e no tempo, utilizando diferentes representações cartográficas e unidades de referência temporal;

  5. Utilizar processos científicos simples na realização de atividades experimentais;

  6. Reconhecer o contributo da ciência para o progresso tecnológico e para a melhoria da qualidade de vida;

  7. Manipular, imaginar, criar ou transformar objetos técnicos simples;

  8. Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para resolver situações e problemas do quotidiano;

  9. Assumir atitudes e valores que promovam uma participação cívica de forma responsável, solidária e crítica;

  10. Utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação no desenvolvimento de pesquisas e na apresentação de trabalhos;

  11. Comunicar adequadamente as suas ideias, através da utilização de diferentes linguagens (oral, escrita, iconográfica, gráfica, matemática, cartográfica, etc.), fundamentando-as e argumentando face às ideias dos outros.

Neste ano de escolaridade, para além de se dar continuidade a algumas das temáticas trabalhadas no 3.º ano, prioriza-se a abordagem de fenómenos naturais, factos e datas relevantes da História de Portugal e elementos relativos à sua Geografia, o património natural e cultural, diferentes tipos de uso do solo, as migrações, contributos da ciência e da tecnologia que concorrem para a qualidade de vida das populações, bem como para a sustentabilidade.


A operacionalização das aprendizagens do Estudo do Meio implica a contextualização dos temas a tratar. Para tal, considera-se importante que os professores conheçam os contextos locais, que identifiquem situações a partir das quais possam emergir questões-problema que sirvam de base para as aprendizagens a realizar. As AE de Estudo do Meio estão associadas a dinâmicas interdisciplinares pela natureza dos temas e conteúdos abrangidos, pelo que a articulação destes saberes com outros, de outras componentes do currículo, potencia a construção de novas aprendizagens.

No processo de ensino, devem ser implementadas as ações estratégicas que melhor promovam o desenvolvimento das AE explicitadas neste documento. Neste sentido, revela-se importante:

  1. Centrar os processos de ensino nos alunos, enquanto agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento;

  2. Tomar como referência o conhecimento prévio dos alunos, os seus interesses e necessidades, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, enquanto instrumentos facilitadores da aprendizagem;

  3. Privilegiar atividades práticas como parte integrante e fundamental do processo de aprendizagem;

  4. Promover uma abordagem integradora dos conhecimentos, valorizando a compreensão e a interpretação dos processos naturais, sociais e tecnológicos, numa perspetiva Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA);

  5. Valorizar a natureza da Ciência, dando continuidade ao desenvolvimento da metodologia científica nas suas diferentes etapas.

A gestão deste documento deve promover uma abordagem interdisciplinar, respeitando os temas e o respetivo desenvolvimento e ter em conta a atualidade dos assuntos, os interesses e as características dos alunos, ou ainda questões de âmbito local.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
SOCIEDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Construir um friso cronológico com os factos e as datas relevantes da História de Portugal, destacando a formação de Portugal, a época da expansão marítima, o período filipino e a Restauração, a implantação da República e o 25 de Abril.


Conhecer personagens e aspetos da vida em sociedade relacionados com os factos relevantes da história de Portugal, com recurso a fontes documentais. Relacionar a Revolução do 25 de Abril de 1974 com a obtenção de liberdades e direitos.

Reconhecer a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos para a construção de uma sociedade mais justa.


Conhecer o número de Estados pertencentes à União Europeia, localizando alguns estados-membros num mapa da Europa.

Reconhecer a existência de fluxos migratórios, temporários ou de longa duração, identificando causas e consequências para os territórios envolvidos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • pesquisa e seleção de informação pertinente;
  • análise de documentos, factos, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • mobilização do conhecimento em contextos diversos, através do estabelecimento de conexões intra e interdisciplinares;
  • utilização de software simples.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formulação de hipóteses com vista a dar resposta a um problema que se coloca face a um determinado fenómeno;
  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • conceção de alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • criação de um objeto, texto ou solução face a um desafio;
  • comunicação de aprendizagens através da utilização de técnicas expressivas.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • realização de assembleias de turma para discussão, entre outros assuntos, de aspetos da cidadania;
  • organização de debates que requeiram a formulação de opiniões;
  • hierarquização de razões segundo critérios como a adequação, a pertinência e a relevância que apresentam em relação a uma tese que se pretende defender;
  • problematização de situações;
  • análise de factos e situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • realização de jogos, jogos de papéis e simulações.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • - demonstração de pensamento científico: questionar, colocar hipóteses, prever respostas, experimentar, selecionar, organizar, analisar e interpretar a informação recolhida, para chegar a conclusões e comunicá-las;
  • partilha da informação recolhida sobre temas livres ou sugeridos;
  • recolha de dados e opiniões relacionados com as temáticas em estudo;
  • incentivo à investigação/pesquisa, seleção e tratamento de informação sustentados por critérios, com apoio do professor e autonomia progressiva do aluno;
  • manipulação de diferentes representações cartográficas.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação ou refutação de pontos de vista com recurso à argumentação;
  • confronto de ideias sobre abordagem de um dado problema e/ou maneira de o resolver;
  • respeito pelas diferenças individuais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realização de assembleias de turma para organização, entre outros aspetos, da agenda semanal de atividades e da distribuição de tarefas;
  • utilização de sinalética própria orientadora de tarefas (anotações, previsões, conclusões), de cuidados a ter com a manipulação de instrumentos e materiais e procedimentos a seguir;
  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • organização (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • apresentação esquemática da informação, com o apoio do professor;
  • preenchimento de tabelas, a partir de exposições orais ou da leitura de conteúdos da disciplina;
  • construção de mapas conceptuais;
  • promoção do estudo autónomo com o apoio do professor , identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • planeamento e estruturação de trabalhos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber questionar uma situação;
  • apresentações orais livres, seguidas de questionamento por parte da turma;
  • organização de questões a colocar a terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • exposição de diferentes pontos de vista, como resposta a questões polémicas colocadas pelo professor ou aluno(s);
  • desenvolvimento de ações solidárias, como resposta a situações-problema;
  • pesquisa e partilha de informação sobre temáticas de interesse do aluno ou relacionadas com os temas em estudo, com possibilidade de questionamento por parte dos ouvintes.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação uni e bidirecional, designadamente assembleia de turma, jornal de parede, “Ler, Contar e Mostrar”;
  • apresentações orais, por iniciativa própria ou por sugestão do professor, com recurso às TIC;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • escutar os outros e saber tomar a palavra;
  • respeitar o princípio de cortesia;
  • usar formas de tratamento adequadas;
  • interação com adequação ao contexto e a diversas finalidades comunicativas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoavaliação com recurso a linguagem icónica e verbal;
  • monitorização da aprendizagem;
  • descrição/representação dos processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • reorientação de atitudes e de trabalhos, individualmente ou em grupo, a partir do feedback do professor e/ou dos pares.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • gestão/organização de sala de aula;
  • gestão participada do currículo, envolvendo os alunos na escolha de temas a abordar em trabalho de projeto;
  • colaboração inter pares, contemplando terceiros em tarefas.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • organização do espaço e do tempo de trabalho individual e coletivo;
  • controlo do tempo dedicado ao estudo;
  • identificação de elementos distratores e/ou que afetam o processo de estudo;
  • assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • contratualização de tarefas e relato a outros do seu cumprimento.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias que concorram para o bem-estar de outros;
  • realização de tutorias inter pares;
  • apadrinhamento de causas;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
NATUREZA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer procedimentos adequados em situação de queimaduras, hemorragias, distensões, fraturas, mordeduras de animais e hematomas.

Relacionar hábitos quotidianos com estilos de vida saudável, reconhecendo que o consumo de álcool, de tabaco e de outras drogas é prejudicial para a saúde.

Compreender que os seres vivos dependem uns dos outros, nomeadamente através de relações alimentares, e do meio físico, reconhecendo a importância da preservação da Natureza.

Reconhecer que os seres vivos se reproduzem e que os seus descendentes apresentam características semelhantes aos progenitores, mas também diferem em algumas delas.

Relacionar fatores do ambiente (ar, luz, temperatura, água, solo) com condições indispensáveis a diferentes etapas da vida das plantas e dos animais, a partir da realização de atividades experimentais.

Localizar, no planisfério ou no globo terrestre, as principais formas físicas da superfície da Terra (continentes, oceanos, cadeias montanhosas, rios, florestas, desertos).

Distinguir formas de relevo (diferentes elevações, vales e
planícies) e recursos hídricos (cursos de água, oceano, lagos, lagoas,etc.), do meio local, localizando-os em plantas ou mapas de grande escala.

Identificar os diferentes agentes erosivos (vento, águas correntes, ondas, precipitação, etc.), reconhecendo que dão origem a diferentes paisagens à superfície da Terra.

Relacionar os movimentos de rotação e translação da Terra com a sucessão do dia e da noite e a existência de estações do ano.

Compreender, recorrendo a um modelo, que as fases da Lua resultam do seu movimento em torno da Terra e dependem das posições relativas da Terra e da Lua em relação ao Sol.

Utilizar instrumentos de medida para orientação e localização no espaço de elementos naturais e humanos do meio local e da região onde vive, tendo como referência os pontos cardeais.

Distinguir as diferenças existentes entre sólidos, líquidos e gases.

Identificar a existência de transformações reversíveis (condensação, evaporação, solidificação, dissolução, fusão).

Organizador
TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comparar o comportamento da luz no que respeita à linearidade da sua propagação em diferentes materiais (transparentes, translúcidos e opacos).

Estabelecer uma relação de causa-efeito decorrente da aplicação de uma força sobre um objeto e do movimento exercido sobre o mesmo em diferentes superfícies.

Manusear operadores tecnológicos (elásticos, molas, interruptor, alavanca, roldana, etc.) de acordo com as suas funções, princípios e relações.

Reconhecer o efeito das forças de atração e repulsão na interação entre magnetes.

Utilizar informações e simbologias como linguagem específica da tecnologia.

Organizador
SOCIEDADE/ NATUREZA/ TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir diferentes formas de interferência do Oceano na vida humana (clima, saúde, alimentação, etc.).

Reconhecer o modo como as modificações ambientais (desflorestação, incêndios, assoreamento, poluição) provocam desequilíbrios nos ecossistemas e influenciam a vida dos seres vivos (sobrevivência, morte e migração) e da sociedade.

Identificar um problema ambiental ou social existente na sua comunidade (resíduos sólidos urbanos, poluição, pobreza, desemprego, exclusão social, etc.), propondo soluções de resolução.

Identificar diferenças e semelhanças entre o passado e o presente de um lugar quanto a aspetos naturais, sociais, culturais e tecnológicos.

Reconhecer as potencialidades da internet, utilizando as tecnologias de informação e da comunicação com segurança e respeito, mantendo as informações pessoais em sigilo.

Reconhecer o papel dos media na informação sobre o mundo atual.

Saber colocar questões, levantar hipóteses, fazer inferências, comprovar resultados e saber comunicá-los, reconhecendo como se constrói o conhecimento.

Estudo do Meio

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Estudo do Meio visam desenvolver um conjunto de competências de diferentes áreas do saber, nomeadamente Biologia, Física, Geografia, Geologia, História, Química e Tecnologia.

Considerando que o Estudo do Meio tem um vasto objeto de estudo, a sua abordagem alicerça-se em conceitos e métodos das várias disciplinas enunciadas, contribuindo para a compreensão progressiva da Sociedade, da Natureza e da Tecnologia, bem como das inter-relações entre estes domínios. Nesta perspetiva, organizaram-se as presentes AE tendo por base as três áreas Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS).

O documento AE estrutura-se de acordo com os domínios mencionados, sendo que, em cada um são identificados os conhecimentos a adquirir, as capacidades e as atitudes a desenvolver indispensáveis, relevantes e significativos. Também são indicadas, a título exemplificativo, ações estratégicas de ensino orientadas para as áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

Assim, ao longo do 1.º ciclo do ensino básico, o aluno deve:

  1. Adquirir um conhecimento de si próprio, desenvolvendo atitudes de autoestima e de autoconfiança;
  2. Valorizar a sua identidade e raízes, respeitando o território e o seu ordenamento, outros povos e outras culturas, reconhecendo a diversidade como fonte de aprendizagem para todos;
  3. Identificar elementos naturais, sociais e tecnológicos do meio envolvente e suas inter-relações;
  4. Identificar acontecimentos relacionados com a história pessoal e familiar, local e nacional, localizando-os no espaço e no tempo, utilizando diferentes representações cartográficas e unidades de referência temporal;
  5. Utilizar processos científicos simples na realização de atividades experimentais;
  6. Reconhecer o contributo da ciência para o progresso tecnológico e para a melhoria da qualidade de vida;
  7. Manipular, imaginar, criar ou transformar objetos técnicos simples;
  8. Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para resolver situações e problemas do quotidiano;
  9. Assumir atitudes e valores que promovam uma participação cívica de forma responsável, solidária e crítica;
  10. Utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação no desenvolvimento de pesquisas e na apresentação de trabalhos;
  11. Comunicar adequadamente as suas ideias, através da utilização de diferentes linguagens (oral, escrita, iconográfica, gráfica, matemática, cartográfica,etc.), fundamentando-as e argumentando face às ideias dos outros.

No 3.º ano de escolaridade dá-se continuidade a algumas das temáticas propostas para os 1.º e 2.º anos, apresentando as aprendizagens um maior grau de complexidade. Houve, também, a preocupação de integrar temas atuais, como as questões ambientais e sociais, a importância dos media e os Direitos da Criança. Neste ano de escolaridade, privilegia-se ainda o aprofundamento do ensino experimental das ciências e das produções/utilizações tecnológicas.

A operacionalização das aprendizagens do Estudo do Meio implica a contextualização dos temas a tratar. Para tal, considera-se importante que os professores conheçam os contextos locais, e que identifiquem situações a partir das quais possam emergir questões-problema que sirvam de base para as aprendizagens a realizar. As AE de Estudo do Meio estão associadas a dinâmicas interdisciplinares pela natureza dos temas e conteúdos abrangidos, pelo que a articulação destes saberes com outros, de outras componentes do currículo, potencia a construção de novas aprendizagens.

No processo de ensino, devem ser implementadas as ações estratégicas que melhor promovam o desenvolvimento das AE explicitadas neste documento. Neste sentido, revela-se importante:

  1. Centrar os processos de ensino nos alunos, enquanto agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento;
  2. Tomar como referência o conhecimento prévio dos alunos, os seus interesses e necessidades, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, enquanto instrumentos facilitadores da aprendizagem;
  3. Privilegiar atividades práticas como parte integrante e fundamental do processo de aprendizagem;
  4. Promover uma abordagem integradora dos conhecimentos, valorizando a compreensão e a interpretação dos processos naturais, sociais e tecnológicos, numa perspetiva Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA);
  5. Valorizar a natureza da Ciência, dando continuidade ao desenvolvimento da metodologia científica nas suas diferentes etapas.

A gestão deste documento deve promover uma abordagem interdisciplinar, respeitando os temas e o respetivo desenvolvimento e ter em conta a atualidade dos assuntos, os interesses e as características dos alunos, ou ainda questões de âmbito local.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
SOCIEDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer as unidades de tempo: década, século e milénio e as referências temporais a.C. e d.C..

Relacionar datas e factos importantes para a compreensão da história local (origem da povoação, batalhas, lendas históricas, personagens/personalidades históricas, feriado municipal).

Reconhecer vestígios do passado local:

  • construções;
  • instrumentos antigos e atividades a que estavam ligados;
  • costumes e tradições.

Reconstituir o passado de uma instituição local (escola, autarquia, instituições religiosas, associações, etc.), recorrendo a fontes orais e documentais.

Reconhecer e valorizar a diversidade de etnias e culturas existentes na sua comunidade.

Identificar alguns Estados Europeus, localizando-os no mapa da Europa.

Reconhecer a existência de semelhanças e diferenças entre os diversos povos europeus, valorizando a sua diversidade.

Reconhecer casos de desrespeito dos direitos consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança,  sabendo como atuar em algumas situações, nomeadamente que pode recorrer ao apoio de um adulto.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • pesquisa e seleção de informação pertinente;
  • análise de documentos, factos, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • mobilização do conhecimento em contextos
  • diversos, através do estabelecimento de conexões intra e interdisciplinares;
  • utilização de software simples.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formulação de hipóteses com vista a dar resposta a um problema que se coloca face a um determinado fenómeno;
  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • criação de objetos, textos ou soluções face a um desafio;
  • comunicação de aprendizagens através da utilização de técnicas expressivas.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • realização de assembleias de turma para discussão, entre outros assuntos, de aspetos da cidadania;
  • organização de debates que requeiram a formulação de opiniões;
  • hierarquização de razões segundo critérios como a adequação, a pertinência e a relevância que apresentam em relação a uma tese que se pretende defender;
  • problematização de situações;
  • realização de jogos, jogos de papéis e simulações;
  • análise de factos e situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • - demonstração de pensamento científico: questionar, colocar hipóteses, prever respostas, experimentar, organizar e analisar a informação recolhida, para chegar a conclusões e comunicá-las;
  • partilha da informação recolhida sobre temas livres ou sugeridos;
  • recolha de dados e opiniões relacionados com as temáticas em estudo;
  • incentivo à investigação/pesquisa, seleção e tratamento de informação sustentados por critérios, com apoio do professor e autonomia progressiva do aluno;
  • manipulação de diferentes representações cartográficas.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação ou refutação de pontos de vista com recurso à argumentação;
  • confronto de ideias sobre abordagem de um dado problema e/ou maneira de o resolver;
  • respeito pelas diferenças individuais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realização de assembleias de turma para organização, entre outros aspetos, da agenda semanal de atividades e da distribuição de tarefas;
  • utilização de sinalética própria orientadora de tarefas (anotações, previsões, conclusões), de cuidados a ter com a manipulação de instrumentos e materiais e procedimentos a seguir;
  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • organização (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • apresentação esquemática da informação, com o apoio do professor;
  • preenchimento de tabelas, a partir de exposições orais ou da leitura de conteúdos da disciplina;
  • construção de mapas conceptuais;
  • promoção do estudo autónomo com o apoio do professor , identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • planeamento e estruturação de trabalhos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • questionamento de uma situação;
  • apresentação de comunicações orais livres, seguidas de questionamento por parte da turma;
  • organização de questões a colocar a terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • exposição de diferentes pontos de vista, como resposta a questões polémicas colocadas pelo professor ou aluno(s);
  • desenvolvimento de ações solidárias, como resposta a situações-problema;
  • pesquisa e partilha de informação sobre temáticas de interesse do aluno ou relacionadas com os temas em estudo, com possibilidade de questionamento por parte dos ouvintes.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • desenvolvimento das capacidades de comunicação uni e bidirecional, designadamente assembleia de turma, jornal de parede, “Ler, Contar e Mostrar”;
  • apresentação de comunicações orais, por iniciativa própria ou por sugestão do professor, com recurso às TIC;
  • descrição de processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • desenvolvimento de processos de escutar os outros e saber tomar a palavra;
  • utilização do princípio de cortesia;
  • utilização de formas de tratamento adequadas;
  • interação com adequação ao contexto e a diversas finalidades comunicativas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoavaliação com recurso a linguagem icónica e verbal;
  • monitorização da aprendizagem;
  • descrição/representação dos processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • reorientação de atitudes e de trabalhos, individualmente ou em grupo, a partir do feedback do professor e/ou dos pares.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • gestão/organização de sala de aula;
  • gestão participada do currículo, envolvendo os alunos na escolha de temas a abordar em trabalho de projeto;
  • colaboração inter pares, contemplando terceiros em tarefas.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • organização do espaço e do tempo de trabalho individual e coletivo;
  • controlo do tempo dedicado ao estudo;
  • identificação de elementos distratores e/ou que afetam o processo de estudo;
  • assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • contratualização de tarefas e relato a outros do seu cumprimento.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias que concorram para o bem-estar de outros;
  • realização de tutorias inter pares;
  • apadrinhamento de causas;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
NATUREZA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer procedimentos adequados em situação de queimaduras, hemorragias, distensões, fraturas, mordeduras de animais e hematomas.

Relacionar hábitos quotidianos com estilos de vida saudável, reconhecendo que o consumo de álcool, de tabaco e de outras drogas é prejudicial para a saúde.

Compreender que os seres vivos dependem uns dos outros, nomeadamente através de relações alimentares, e do meio físico, reconhecendo a importância da preservação da Natureza.

Reconhecer que os seres vivos se reproduzem e que os seus descendentes apresentam características semelhantes aos progenitores, mas também diferem em algumas delas.

Relacionar fatores do ambiente (ar, luz, temperatura, água, solo) com condições indispensáveis a diferentes etapas da vida das plantas e dos animais, a partir da realização de atividades experimentais.

Localizar, no planisfério ou no globo terrestre, as principais formas físicas da superfície da Terra (continentes, oceanos, cadeias montanhosas, rios, florestas, desertos).

Distinguir formas de relevo (diferentes elevações, vales e
planícies) e recursos hídricos (cursos de água, oceano, lagos, lagoas,etc.), do meio local, localizando-os em plantas ou mapas de grande escala.

Identificar os diferentes agentes erosivos (vento, águas correntes, ondas, precipitação, etc.), reconhecendo que dão origem a diferentes paisagens à superfície da Terra.

Relacionar os movimentos de rotação e translação da Terra com a sucessão do dia e da noite e a existência de estações do ano.

Compreender, recorrendo a um modelo, que as fases da Lua resultam do seu movimento em torno da Terra e dependem das posições relativas da Terra e da Lua em relação ao Sol.

Utilizar instrumentos de medida para orientação e localização no espaço de elementos naturais e humanos do meio local e da região onde vive, tendo como referência os pontos cardeais.

Distinguir as diferenças existentes entre sólidos, líquidos e gases.

Identificar a existência de transformações reversíveis (condensação, evaporação, solidificação, dissolução, fusão).

Organizador
TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comparar o comportamento da luz no que respeita à linearidade da sua propagação em diferentes materiais (transparentes, translúcidos e opacos).

Estabelecer uma relação de causa-efeito decorrente da aplicação de uma força sobre um objeto e do movimento exercido sobre o mesmo em diferentes superfícies.

Manusear operadores tecnológicos (elásticos, molas, interruptor, alavanca, roldana, etc.) de acordo com as suas funções, princípios e relações.

Reconhecer o efeito das forças de atração e repulsão na interação entre magnetes.

Utilizar informações e simbologias como linguagem específica da tecnologia.

Organizador
SOCIEDADE/ NATUREZA/ TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir diferentes formas de interferência do Oceano na vida humana (clima, saúde, alimentação, etc.).

Reconhecer o modo como as modificações ambientais (desflorestação, incêndios, assoreamento, poluição) provocam desequilíbrios nos ecossistemas e influenciam a vida dos seres vivos (sobrevivência, morte e migração) e da sociedade.

Identificar um problema ambiental ou social existente na sua comunidade (resíduos sólidos urbanos, poluição, pobreza, desemprego, exclusão social, etc.), propondo soluções de resolução.

Identificar diferenças e semelhanças entre o passado e o presente de um lugar quanto a aspetos naturais, sociais, culturais e tecnológicos.

Reconhecer as potencialidades da internet, utilizando as tecnologias de informação e da comunicação com segurança e respeito, mantendo as informações pessoais em sigilo.

Reconhecer o papel dos media na informação sobre o mundo atual.

Saber colocar questões, levantar hipóteses, fazer inferências, comprovar resultados e saber comunicá-los, reconhecendo como se constrói o conhecimento.

Educação Física

Introdução

As Aprendizagens Essenciais de Educação Física para o 1.º Ciclo do Ensino Básico pretendem garantir o desenvolvimento das capacidades psicomotoras fundamentais, exigidas pelos diferentes estádios de desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo que caracterizam este nível etário. Importa que as crianças nesta fase possam aprender e aperfeiçoar as habilidades mais significativas e fundamentais para aprendizagens futuras, quer através de formas típicas da infância – atividades lúdicas e expressivas – quer através de práticas que as favoreçam num plano social e relacional.

Respeitando a organização prevista no currículo nacional e garantindo a adequação ao Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória
(DGE, 2017), salvaguardando a importância do tempo como fator essencial da aprendizagem, em especial nas idades mais baixas, assume-se que no 3.º ano devem ser consideradas como competências essenciais as relativas aos blocos de Perícias e Manipulações e de Deslocamentos e Equilíbrios indicadas para esse ano de escolaridade, mas também as específicas indicadas para o 1.º ano.

A organização do currículo por blocos garante a construção de um património de competência motora essencial para as aprendizagens nas diferentes áreas das atividades físicas, codificadas, que se realizam nos anos seguintes.

Aos objetivos gerais para cada bloco, acrescem os objetivos comuns a todas as áreas, definindo o conjunto de competências a desenvolver neste ciclo:

1. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas:

  • Resistência geral;
  • Velocidade de reação simples e complexa de execução de ações motoras básicas, e de deslocamento;
  • Flexibilidade;
  • Controlo de postura;
  • Equilíbrio dinâmico em situações de «voo», de aceleração e de apoio instável e ou limitado;
  • Controlo da orientação espacial; 
  • Ritmo;
  • Agilidade.

2. Cooperar com os companheiros nos jogos e exercícios, compreendendo e aplicando as regras combinadas na turma, bem como os princípios de cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor.

3. Participar com empenho no aperfeiçoamento da sua habilidade nos diferentes tipos de atividades, procurando realizar as ações adequadas com correção e oportunidade.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Em percursos que integram várias habilidades, realizar as habilidades gímnicas básicas da GINÁSTICA, relativas ao 3.º ano de escolaridade, em esquemas ou sequências no solo e em aparelhos, encadeando e ou combinando as ações com fluidez e harmonia de movimento.

Participar nos JOGOS relativos ao 3.º ano de escolaridade, ajustando a iniciativa própria e as qualidades motoras na prestação às possibilidades oferecidas pela situação de jogo e ao seu objetivo, realizando habilidades básicas e ações técnico-táticas fundamentais, com oportunidade e correção de movimentos em jogos coletivos com bola, jogos de perseguição, jogos de oposição e jogos de raquete.


Consulte o Anexo 1 para conhecer as orientações e os objetivos programáticos para o 3.º ano de escolaridade.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • utilizar conhecimento para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo, situações de jogo, concursos e outras tarefas a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • participar em sequências de habilidades, coreografias, etc.;
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, etc.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolverem na aprendizagem;
  • descrever as suas opções durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • desencadear ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e ao gosto proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • ser autónomo na realização de tarefas;
  • colaborar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • promover o gosto pela prática regular de atividade física.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo/ Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico e Autoavaliador/ Heteroavaliador (Transversal a todas as áreas)

Indagador/ Investigador e Sistematizador/ Organizador (A, B, C, D, F, H, I, J)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Estudo do Meio

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Estudo do Meio visam desenvolver um conjunto de competências de diferentes áreas do saber, nomeadamente Biologia, Física, Geografia, Geologia, História, Química e Tecnologia.

Considerando que o Estudo do Meio tem um vasto objeto de estudo, a sua abordagem alicerça-se em conceitos e métodos das várias disciplinas enunciadas, contribuindo para a compreensão progressiva da Sociedade, da Natureza e da Tecnologia, bem como das inter-relações entre estes domínios. Nesta perspetiva, organizaram-se as presentes AE tendo por base as três áreas Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS).

O documento AE estrutura-se de acordo com os domínios mencionados, sendo que, em cada um são identificados os conhecimentos a adquirir, as capacidades e as atitudes a desenvolver indispensáveis, relevantes e significativos. Também são indicadas, a título exemplificativo, ações estratégicas de ensino orientadas para as áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

Assim, ao longo do 1.º ciclo do ensino básico, o aluno deve:

  1. Adquirir um conhecimento de si próprio, desenvolvendo atitudes de autoestima e de autoconfiança;
  2. Valorizar a sua identidade e raízes, respeitando o território e o seu ordenamento, outros povos e outras culturas, reconhecendo a diversidade como fonte de aprendizagem para todos;
  3. Identificar elementos naturais, sociais e tecnológicos do meio envolvente e suas inter-relações;
  4. Identificar acontecimentos relacionados com a história pessoal e familiar, local e nacional, localizando-os no espaço e no tempo, utilizando diferentes representações cartográficas e unidades de referência temporal;
  5. Utilizar processos científicos simples na realização de atividades experimentais;
  6. Reconhecer o contributo da ciência para o progresso tecnológico e para a melhoria da qualidade de vida;
  7. Manipular, imaginar, criar ou transformar objetos técnicos simples;
  8. Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para resolver situações e problemas do quotidiano;
  9. Assumir atitudes e valores que promovam uma participação cívica de forma responsável, solidária e crítica;
  10. Utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação no desenvolvimento de pesquisas e na apresentação de trabalhos;
  11. Comunicar adequadamente as suas ideias, através da utilização de diferentes linguagens (oral, escrita, iconográfica, gráfica, matemática, cartográfica,etc.), fundamentando-as e argumentando face às ideias dos outros.

No 2.º ano de escolaridade são trabalhados conteúdos relacionados com o conhecimento de si próprio, dos outros e das instituições, do ambiente natural, do seu território de vivência, do tempo histórico pessoal, dos materiais e objetos e das inter-relações entre espaços. Neste ano de escolaridade optou-se por dar continuidade às temáticas previstas para o 1.º ano, sendo que algumas aprendizagens apresentam um grau de complexidade superior.

A operacionalização das aprendizagens do Estudo do Meio implica a contextualização dos temas a tratar. Para tal, considera-se importante que os professores conheçam os contextos locais, e que identifiquem situações a partir das quais possam emergir questões-problema que sirvam de base para as aprendizagens a realizar. As AE de Estudo do Meio estão associadas a dinâmicas interdisciplinares pela natureza dos temas e conteúdos abrangidos, pelo que a articulação destes saberes com outros, de outras componentes do currículo, potencia a construção de novas aprendizagens.

No processo de ensino, devem ser implementadas as ações estratégicas que melhor promovam o desenvolvimento das AE explicitadas neste documento. Neste sentido, revela-se importante:

  1. Centrar os processos de ensino nos alunos, enquanto agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento;
  2. Tomar como referência o conhecimento prévio dos alunos, os seus interesses e necessidades, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, enquanto instrumentos facilitadores da aprendizagem;
  3. Privilegiar atividades práticas como parte integrante e fundamental do processo de aprendizagem;
  4. Promover uma abordagem integradora dos conhecimentos, valorizando a compreensão e a interpretação dos processos naturais, sociais e tecnológicos, numa perspetiva Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA);
  5. Valorizar a natureza da Ciência, dando continuidade ao desenvolvimento da metodologia científica nas suas diferentes etapas.

A gestão deste documento deve promover uma abordagem interdisciplinar, respeitando os temas e o respetivo desenvolvimento e ter em conta a atualidade dos assuntos, os interesses e as características dos alunos, ou ainda questões de âmbito local.

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
SOCIEDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a importância de fontes documentais na construção do conhecimento do seu passado pessoal e familiar (Registo de Nascimento, Cartão de Cidadão, Boletim Individual de Saúde, Registo de Vacinações, fotografias pessoais, álbuns, etc.).


Reconhecer datas, factos e locais significativos para a história pessoal ou das pessoas que lhe são próximas, localizando-os em mapas ou plantas e numa linha de tempo.


Relacionar instituições e serviços que contribuem para o bem-estar das populações com as respetivas atividades e funções.


Reconhecer a importância do diálogo, da negociação e do compromisso na resolução pacífica de situações de conflito.

Reconhecer as múltiplas pertenças de cada pessoa a diferentes grupos e comunidades.

Reconhecer influências de outros países e culturas em diversos aspetos do seu dia a dia (alimentação, vestuário, música, comunicação, etc.).


Valorizar a aplicação dos direitos consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • seleção de informação;
  • mobilização do conhecimento em diferentes áreas e em contextos diversos;
  • análise de documentos (por ex.: Boletim de Saúde Infantil e Juvenil), factos, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • utilização de software simples.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formulação de hipóteses com vista a dar resposta a um problema que se coloca face a um determinado fenómeno;
  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • criação de objetos, textos ou soluções face a um desafio;
  • utilização de modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens).

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • realização de assembleias de turma para discussão, entre outros assuntos, de aspetos da cidadania;
  • organização de debates que requeiram a formulação de opiniões e a respetiva fundamentação;
  • exposição de razões que sustentam afirmações;
  • identificação e avaliação da plausibilidade das razões que sustentam uma afirmação;
  • realização de jogos, jogos de papéis e simulações;
  • problematização de situações.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • formulação de questões-problema;
  • registo seletivo de ideias prévias, da planificação de atividades a realizar, dos dados recolhidos e das conclusões construídas a partir dos dados;
  • confrontação de resultados obtidos com previsões feitas;
  • identificação de alguns fatores que influenciam uma experiência;
  • recolha de dados e opiniões relacionados com as temáticas em estudo;
  • incentivo à investigação/pesquisa, seleção e tratamento de informação sustentados por critérios, com apoio do professor;
  • formulação de hipóteses com vista a dar resposta a um problema que se coloca face a um determinado fenómeno;
  • manipulação de diferentes representações cartográficas.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • organização de questões a colocar a terceiros, sobre conteúdos estudados;
  • pesquisa e partilha de informação sobre temáticas de interesse do aluno ou relacionadas com os temas em estudo;
  • apresentações orais livres, seguidas de questionamento por parte da turma;
  • exposição de diferentes pontos de vista, como resposta a questões polémicas colocadas pelo professor ou aluno(s);
  • desenvolvimento de ações solidárias, como resposta a situações-problema;
  • saber questionar uma situação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação uni e bidirecional, designadamente assembleia de turma, jornal de parede, “Ler, Contar e Mostrar”;
  • apresentações orais, por iniciativa própria ou por sugestão do professor;
  • escutar os outros e saber tomar a palavra;
  • respeitar o princípio de cortesia;
  • usar formas de tratamento adequadas;
  • interação com adequação ao contexto e a diversas finalidades comunicativas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoavaliação com recurso a linguagem icónica e verbal;
  • monitorização da aprendizagem, com recurso a linguagem icónica;
  • descrição/representação dos processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • reorientação de atitudes e de trabalhos, individualmente ou em grupo, a partir do feedback do professor e/ou dos pares.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • gestão/organização de sala de aula;
  • gestão participada do currículo, envolvendo os alunos na escolha de temas a abordar em trabalho de projeto;
  • colaboração inter pares.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • organização do espaço e do tempo de trabalho individual e coletivo;
  • controlo do tempo dedicado ao estudo;
  • identificação de elementos distratores e/ou que afetam o processo de estudo;
  • assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • contratualização de tarefas e relato a outros do seu cumprimento.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias que concorram para o bem-estar de outros;
  • realização de tutorias inter pares;
  • apadrinhamento de causas;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
NATUREZA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir os principais órgãos - coração, pulmões, estômago e rins – em representações do corpo humano, associando-os à sua principal função vital.

Associar os ossos e os músculos à posição, ao movimento e ao equilíbrio, reconhecendo que o seu bom funcionamento implica cuidados específicos (postura e atividade física).

Refletir sobre comportamentos e atitudes, vivenciados ou observados, que concorrem para o bem-estar físico e psicológico, individual e coletivo.


Reconhecer a importância da vacinação e do uso correto dos medicamentos, nomeadamente dos antibióticos.


Identificar situações e comportamentos de risco para a saúde e a segurança individual e coletiva, propondo medidas de prevenção e proteção adequadas.

Identificar símbolos informativos fundamentais para o consumidor, relacionados com a produção e a utilização de bens.


Localizar Portugal, na Europa e no Mundo, em diferentes representações cartográficas, reconhecendo as suas fronteiras.

Caracterizar os estados de tempo típicos das estações do ano em Portugal e a sua variabilidade.

Estabelecer a correspondência entre as mudanças de estado físico (evaporação, condensação, solidificação, fusão) e as condições que as originam, com o ciclo da água.

Categorizar os seres vivos de acordo com semelhanças e diferenças observáveis (animais, tipos de: revestimento, alimentação, locomoção e reprodução; plantas: tipo de raiz, tipo de caule, forma da folha, folha caduca/persistente, cor da flor, fruto e semente,etc.).


Relacionar as características dos seres vivos (animais e plantas), com o seu habitat.

Relacionar ameaças à biodiversidade dos seres vivos com a necessidade de desenvolvimento de atitudes responsáveis face à Natureza.

Organizador
TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir vantagens e desvantagens da utilização de recursos tecnológicos (analógicos e digitais) do seu quotidiano.


Prever as transformações causadas pelo aquecimento e arrefecimento de materiais.

Organizador
SOCIEDADE/ NATUREZA/ TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Elaborar itinerários do quotidiano, em plantas simplificadas do seu meio, assinalando diferentes elementos naturais e humanos.

Descrever elementos naturais e humanos do lugar onde vive através da recolha de informação em várias fontes documentais.

Comunicar conhecimentos relativos a lugares, regiões e acontecimentos.

Representar lugares reais que lhes estão próximos no tempo e no espaço.

Reconhecer a existência de bens comuns à humanidade (água, ar, solo, etc.) e a necessidade da sua preservação.

Saber colocar questões sobre problemas ambientais existentes na localidade onde vive, nomeadamente relacionados com a água, a energia, os resíduos, o ar, os solos, apresentando propostas de intervenção.

Saber colocar questões, levantar hipóteses, fazer inferências, comprovar resultados e saber comunicar, reconhecendo como se constrói o conhecimento.

Comparar meios de comunicação e informação, atribuindo-lhes relevância pessoal e social.

Educação Física

Introdução

As Aprendizagens Essenciais de Educação Física para o 1.º Ciclo do Ensino Básico pretendem garantir o desenvolvimento das capacidades psicomotoras fundamentais, exigidas pelos diferentes estádios de desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo que caracterizam este nível etário. Importa que as crianças nesta fase possam aprender e aperfeiçoar as habilidades mais significativas e fundamentais para aprendizagens futuras, quer através de formas típicas da infância – atividades lúdicas e expressivas – quer através de práticas que as favoreçam num plano social e relacional.

De forma a preservar a coerência com a organização prevista no currículo nacional e garantir a adequação ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (DGE, 2017), salvaguardando a importância do tempo como fator essencial da aprendizagem, em especial nas idades mais baixas, no 2.º ano devem ser consideradas como competências essenciais as relativas aos blocos de Perícias e Manipulações e de Deslocamentos e Equilíbrios indicadas para esse ano de escolaridade, mas também as específicas indicadas para o 1.º ano.

A organização do currículo por blocos garante a construção de um património de competência motora essencial para as aprendizagens nas diferentes áreas das atividades físicas, codificadas, que se realizam nos anos seguintes.

Aos objetivos gerais para cada bloco, acrescem os objetivos comuns a todas as áreas, definindo o conjunto de competências a desenvolver neste ciclo:

1. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas:

  • Resistência geral;
  • Velocidade de reação simples e complexa de execução de ações motoras básicas, e de deslocamento;
  • Flexibilidade;
  • Controlo de postura;
  • Equilíbrio dinâmico em situações de «voo», de aceleração e de apoio instável e ou limitado;
  • Controlo da orientação espacial; 
  • Ritmo;
  • Agilidade.

2. Cooperar com os companheiros nos jogos e exercícios, compreendendo e aplicando as regras combinadas na turma, bem como os princípios de cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor.

3. Participar com empenho no aperfeiçoamento da sua habilidade nos diferentes tipos de atividades, procurando realizar as ações adequadas com correção e oportunidade.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Em concurso individual, concurso a pares e estafetas, realizar PERÍCIAS E MANIPULAÇÕES relativas aos 1.º e 2.º anos de escolaridade, através de ações motoras básicas com aparelhos portáteis, segundo uma estrutura rítmica, encadeamento ou combinação de movimentos, conjugando as qualidades da ação própria ao efeito pretendido de movimentação do aparelho.

Em concurso individual, concurso a pares e percursos que integrem várias habilidades, realizar DESLOCAMENTOS e EQUILÍBRIOS, relativos aos 1.º e 2.º anos, através de ações motoras básicas de deslocamento, no solo e em aparelhos, segundo uma estrutura rítmica, encadeamento, ou combinação de movimentos, coordenando a sua ação, no sentido de aproveitar as qualidades motoras possibilitadas pela situação.

Participar nos JOGOS relativos aos 1.º e 2.º anos de escolaridade, ajustando a iniciativa própria e as qualidades motoras na prestação às possibilidades oferecidas pela situação de jogo e ao seu objetivo, realizando habilidades básicas e ações técnico-táticas fundamentais, com oportunidade e correção de movimentos em jogos coletivos com bola, jogos de perseguição, jogos de oposição e jogos de raquete.

Consulte o Anexo 1 para conhecer as orientações e osobjetivos programáticos para o 2.º ano de escolaridade.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • - estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • - utilizar conhecimento para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo, situações de jogo, concursos e outras tarefas a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • participar em sequências de habilidades, coreografias, etc.;
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, etc.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolverem na aprendizagem;
  • descrever as suas opções durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • desencadear ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e ao gosto proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • ser autónomo na realização de tarefas;
  • colaborar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • promover o gosto pela prática regular de atividade física.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo/ Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/ Analítico e Autoavaliador/ Heteroavaliador (Transversal a todas as áreas)

Indagador/ Investigador e Sistematizador/ Organizador (A, B, C, D, F, H, I, J)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Estudo do Meio

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Estudo do Meio visam desenvolver um conjunto de competências de diferentes áreas do saber, nomeadamente Biologia, Física, Geografia, Geologia, História, Química e Tecnologia.

Considerando que o Estudo do Meio tem um vasto objeto de estudo, a sua abordagem alicerça-se em conceitos e métodos das várias disciplinas enunciadas, contribuindo para a compreensão progressiva da Sociedade, da Natureza e da Tecnologia, bem como das inter-relações entre estes domínios. Nesta perspetiva, organizaram-se as presentes AE tendo por base as três áreas Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS).

O documento AE estrutura-se de acordo com os domínios mencionados, sendo que, em cada um são identificados os conhecimentos a adquirir, as capacidades e as atitudes a desenvolver indispensáveis, relevantes e significativos. Também são indicadas, a título exemplificativo, ações estratégicas de ensino orientadas para as áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

Assim, ao longo do 1.º ciclo do ensino básico, o aluno deve:

  1. Adquirir um conhecimento de si próprio, desenvolvendo atitudes de autoestima e de autoconfiança;
  2. Valorizar a sua identidade e raízes, respeitando o território e o seu ordenamento, outros povos e outras culturas, reconhecendo a diversidade como fonte de aprendizagem para todos;
  3. Identificar elementos naturais, sociais e tecnológicos do meio envolvente e suas inter-relações;
  4. Identificar acontecimentos relacionados com a história pessoal e familiar, local e nacional, localizando-os no espaço e no tempo, utilizando diferentes representações cartográficas e unidades de referência temporal;
  5. Utilizar processos científicos simples na realização de atividades experimentais;
  6. Reconhecer o contributo da ciência para o progresso tecnológico e para a melhoria da qualidade de vida;
  7. Manipular, imaginar, criar ou transformar objetos técnicos simples;
  8. Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para resolver situações e problemas do quotidiano;
  9. Assumir atitudes e valores que promovam uma participação cívica de forma responsável, solidária e crítica;
  10. Utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação no desenvolvimento de pesquisas e na apresentação de trabalhos;
  11. Comunicar adequadamente as suas ideias, através da utilização de diferentes linguagens (oral, escrita, iconográfica, gráfica, matemática, cartográfica,etc.), fundamentando-as e argumentando face às ideias dos outros.

Ao iniciar a escolaridade obrigatória, a criança já vivenciou um conjunto de experiências nos diversos contextos em que esteve inserida. A assunção desta realidade significa que a criança traz para a escola ideias, representações e preconceções referentes ao Meio Social, Natural e à Tecnologia, fruto da interação com os pares ou adultos que com ela convivem e da exploração dos espaços, dos objetos e dos materiais, conhecimento que importa aprofundar e estruturar.

A operacionalização das aprendizagens do Estudo do Meio implica a contextualização dos temas a tratar. Para tal, considera-se importante que os professores conheçam os contextos locais, que identifiquem situações a partir das quais possam emergir questões-problema que sirvam de base para as aprendizagens a realizar e considerem as aprendizagens previstas nas áreas de conteúdo “Formação Pessoal e Social” e “Conhecimento do Mundo” das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (ME, 2016), privilegiando-se a consolidação de processos de transição entre a educação pré-escolar e o 1.º ciclo. As AE de Estudo do Meio estão associadas a dinâmicas interdisciplinares pela natureza dos temas e conteúdos abrangidos, pelo que a articulação destes saberes com outros, de outras componentes do currículo, potencia a construção de novas aprendizagens.

No processo de ensino, devem ser implementadas as ações estratégicas que melhor promovam o desenvolvimento das AE explicitadas neste documento. Neste sentido, revela-se importante:

  1. Centrar os processos de ensino nos alunos, enquanto agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento;
  2. Tomar como referência o conhecimento prévio dos alunos, os seus interesses e necessidades, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, enquanto instrumentos facilitadores da aprendizagem;
  3. Privilegiar atividades práticas como parte integrante e fundamental do processo de aprendizagem;
  4. Promover uma abordagem integradora dos conhecimentos, valorizando a compreensão e a interpretação dos processos naturais, sociais e tecnológicos, numa perspetiva Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA);
  5. Valorizar a natureza da Ciência, dando continuidade ao desenvolvimento da metodologia científica nas suas diferentes etapas.

A gestão deste documento deve promover uma abordagem interdisciplinar, respeitando os temas e o respetivo desenvolvimento e ter em conta a atualidade dos assuntos, os interesses e as características dos alunos, ou ainda questões de âmbito local.

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
SOCIEDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar alterações morfológicas que se vão operando ao
longo das etapas da vida humana, comparando aspetos
decorrentes de parâmetros como: sexo, idade, dentição,
etc.


Identificar situações e comportamentos de risco para a
saúde e segurança individual e coletiva em diversos
contextos – casa, rua, escola e meio aquático - e propor
medidas de proteção adequadas.


Identificar os fatores que concorrem para o bem-estar
físico e psicológico, individual e coletivo, desenvolvendo
rotinas diárias de higiene pessoal, alimentar, do vestuário
e dos espaços de uso coletivo.


Reconhecer as implicações das condições atmosféricas
diárias, no seu quotidiano.


Reconhecer a desigual repartição entre os continentes e os
oceanos, localizando no globo terrestre as áreas emersas
(continentes) e imersas (oceanos).


Localizar em mapas, por exemplo digitais, o local de
nascimento, de residência, a sua escola e o itinerário entre
ambas, compreendendo que o espaço pode ser
representado. 

Comunicar ideias e conhecimentos relativos a lugares,
regiões e acontecimentos, utilizando linguagem icónica e
verbal, constatando a sua diversidade.


Reconhecer a existência de diversidade entre seres vivos
de grupos diferentes e distingui-los de formas não vivas.

Reconhecer a importância do Sol para a existência de vida
na Terra.

Reconhecer que os seres vivos têm necessidades básicas,
distintas, em diferentes fases do seu desenvolvimento.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • pesquisa de informação;
  • mobilização do conhecimento em contextos diversos;
  • utilização de software simples.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • criação de um objeto, texto simples ou solução face a um desafio;
  • utilização de modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens).

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • realização de assembleias de turma para discussão, entre outros assuntos, de aspetos da cidadania;
  • organização de debates que requeiram a formulação de opiniões;
  • exposição de razões que sustentam afirmações;
  • identificação e avaliação da plausibilidade das razões que sustentam uma afirmação;
  • realização de jogos, jogos de papéis e simulações;
  • problematização de situações.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • formulação de questões-problema;
  • registo seletivo de ideias prévias, da planificação de atividades a realizar, dos dados recolhidos e das conclusões construídas a partir dos dados;
  • confrontação de resultados obtidos com previsões feitas;
  • identificação de alguns fatores que influenciam uma experiência;
  • recolha de dados e opiniões relacionados com as temáticas em estudo;
  • incentivo à investigação/pesquisa, seleção e tratamento de informação sustentados por critérios, com apoio do professor;
  • formulação de hipóteses com vista a dar resposta a um problema que se coloca face a um determinado fenómeno;
  • manipulação do globo terrestre.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • respeito pelas diferenças individuais;
  • confronto de ideias sobre a abordagem de um dado problema e/ou maneira de o resolver.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realização de assembleias de turma para organização, entre outros aspetos, da agenda semanal de atividades e da distribuição de tarefas;
  • utilização de sinalética própria orientadora de tarefas (anotações, previsões, conclusões), de cuidados a ter com a manipulação de instrumentos e materiais e procedimentos a seguir;
  • tarefas orais de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • organização, por exemplo, de construções de sumários com recurso a símbolos previamente acordados;
  • apresentação esquemática da informação, com o apoio do professor;
  • preenchimento de tabelas, a partir da exposição oral de conteúdos da disciplina.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • pesquisa e partilha de informação sobre temáticas de interesse do aluno ou relacionadas com os temas em estudo;
  • apresentações orais livres, seguidas de questionamento por parte da turma;
  • exposição de diferentes pontos de vista, como resposta a questões polémicas colocadas pelo professor ou aluno(s);
  • desenvolvimento de ações solidárias, como resposta a situações-problema;
  • saber questionar uma situação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação uni e bidirecional, designadamente assembleia de turma, jornal de parede, “Ler, Contar e Mostrar”;
  • escutar os outros e saber tomar a palavra;
  • respeitar o princípio de cortesia;
  • usar formas de tratamento adequadas;
  • interação com adequação ao contexto e a diversas finalidades comunicativas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoavaliação com recurso a linguagem icónica e verbal;
  • monitorização da aprendizagem com recurso a linguagem icónica e verbal;
  • descrição/representação dos processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • reorientação de atitudes e de trabalhos, individualmente ou em grupo, a partir do feedback do professor e/ou dos pares.

Promover estratégias que criem oportunidades de:

  • gestão/organização de sala de aula;
  • gestão participada do currículo, envolvendo os alunos na escolha de temas a abordar em trabalho de projeto;
  • colaboração inter pares.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • organização do espaço e do tempo de trabalho individual e coletivo;
  • controlo do tempo dedicado ao estudo;
  • identificação de elementos distratores e/ou que afetam o processo de estudo;
  • desenvolvimento de processos percetivos e de facilitação da atenção;
  • desenvolvimento de trabalho de projeto;
  • assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • contratualização de tarefas e relato a outros do seu cumprimento;
  • responsabilização pelo seu desempenho na realização de tarefas.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias que concorram para o bem-estar de outros;
  • realização de tutorias inter pares;
  • apadrinhamento de causas;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/ Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
NATUREZA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer procedimentos adequados em situação de queimaduras, hemorragias, distensões, fraturas, mordeduras de animais e hematomas.

Relacionar hábitos quotidianos com estilos de vida saudável, reconhecendo que o consumo de álcool, de tabaco e de outras drogas é prejudicial para a saúde.

Compreender que os seres vivos dependem uns dos outros, nomeadamente através de relações alimentares, e do meio físico, reconhecendo a importância da preservação da Natureza.

Reconhecer que os seres vivos se reproduzem e que os seus descendentes apresentam características semelhantes aos progenitores, mas também diferem em algumas delas.

Relacionar fatores do ambiente (ar, luz, temperatura, água, solo) com condições indispensáveis a diferentes etapas da vida das plantas e dos animais, a partir da realização de atividades experimentais.

Localizar, no planisfério ou no globo terrestre, as principais formas físicas da superfície da Terra (continentes, oceanos, cadeias montanhosas, rios, florestas, desertos).

Distinguir formas de relevo (diferentes elevações, vales e
planícies) e recursos hídricos (cursos de água, oceano, lagos, lagoas,etc.), do meio local, localizando-os em plantas ou mapas de grande escala.

Identificar os diferentes agentes erosivos (vento, águas correntes, ondas, precipitação, etc.), reconhecendo que dão origem a diferentes paisagens à superfície da Terra.

Relacionar os movimentos de rotação e translação da Terra com a sucessão do dia e da noite e a existência de estações do ano.

Compreender, recorrendo a um modelo, que as fases da Lua resultam do seu movimento em torno da Terra e dependem das posições relativas da Terra e da Lua em relação ao Sol.

Utilizar instrumentos de medida para orientação e localização no espaço de elementos naturais e humanos do meio local e da região onde vive, tendo como referência os pontos cardeais.

Distinguir as diferenças existentes entre sólidos, líquidos e gases.

Identificar a existência de transformações reversíveis (condensação, evaporação, solidificação, dissolução, fusão).

Organizador
TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer que a tecnologia responde a necessidades e a problemas do quotidiano (rede elétrica, canalização de água, telecomunicações, etc.).


Realizar experiências em condições de segurança, seguindo os procedimentos experimentais.


Saber manusear materiais e objetos do quotidiano, em segurança, explorando relações lógicas de forma e de função (tesoura, agrafador, furador, espremedor, saca-rolhas, talheres, etc.).

Identificar as propriedades de diferentes materiais (Ex.: forma, textura, cor, sabor, cheiro, brilho, flutuabilidade, solubilidade), agrupando-os de acordo com as suas características, e relacionando-os com as suas aplicações.


Agrupar, montar, desmontar, ligar, sobrepor etc., explorando objetos livremente.


Identificar atividades humanas que envolvem transformações tecnológicas no mundo que o rodeia.

Organizador
SOCIEDADE/ NATUREZA/ TECNOLOGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenhar mapas e itinerários simples de espaços do seu quotidiano, utilizando símbolos, cores ou imagens na identificação de elementos de referência.


Relacionar espaços da sua vivência com diferentes funções, estabelecendo relações de identidade com o espaço.


Localizar, com base na observação direta e indireta, elementos naturais e humanos da paisagem do local onde vive, tendo como referência a posição do observador e de outros elementos da paisagem.


Saber colocar questões, levantar hipóteses, fazer inferências, comprovar resultados e saber comunicar, reconhecendo como se constrói o conhecimento.


Manifestar atitudes de respeito, de solidariedade, de cooperação, de responsabilidade, na relação com os que lhe são próximos.


Saber atuar em situações de emergência, recorrendo ao número europeu de emergência médica (112).


Manifestar atitudes positivas conducentes à preservação do ambiente próximo sendo capaz de apresentar propostas de intervenção, nomeadamente comportamentos que visem os três “R”.

Educação Física

Introdução

As Aprendizagens Essenciais de Educação Física para o 1.º Ciclo do Ensino Básico pretendem garantir o desenvolvimento das capacidades psicomotoras fundamentais, exigidas pelos diferentes estádios de desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo que caracterizam este nível etário. Importa que as crianças nesta fase possam aprender e aperfeiçoar as habilidades mais significativas e fundamentais para aprendizagens futuras, quer através de formas típicas da infância – atividades lúdicas e expressivas – quer através de práticas que as favoreçam num plano social e relacional.

A organização do currículo por blocos garante a construção de um património de competência motora essencial para as aprendizagens nas diferentes áreas das atividades físicas, codificadas, que se realizam nos anos seguintes.

De forma a preservar a coerência com a organização prevista no currículo nacional e garantir a adequação ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (DGE, 2017), salvaguardando a importância do tempo como fator essencial da aprendizagem, em especial nas idades mais baixas, no 1.º ano devem ser consideradas como competências essenciais as relativas aos blocos de Perícias e Manipulações e de Deslocamentos e Equilíbrios indicadas para esse ano de escolaridade.

Aos objetivos gerais para cada bloco, acrescem os objetivos comuns a todas as áreas, definindo o conjunto de competências a desenvolver neste ciclo:

1. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas:

  • Resistência geral;
  • Velocidade de reação simples e complexa de execução de ações motoras básicas, e de deslocamento;
  • Flexibilidade;
  • Controlo de postura;
  • Equilíbrio dinâmico em situações de «voo», de aceleração e de apoio instável e ou limitado;
  • Controlo da orientação espacial; 
  • Ritmo;
  • Agilidade.

2. Cooperar com os companheiros nos jogos e exercícios, compreendendo e aplicando as regras combinadas na turma, bem como os princípios de cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor.

3. Participar com empenho no aperfeiçoamento da sua habilidade nos diferentes tipos de atividades, procurando realizar as ações adequadas com correção e oportunidade.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Em concurso individual, realizar PERÍCIAS E MANIPULAÇÕES, relativas ao 1.º ano de escolaridade, através de ações motoras básicas com aparelhos portáteis, segundo uma estrutura rítmica, encadeamento ou combinação de movimentos, conjugando as qualidades da ação própria ao efeito pretendido de movimentação do aparelho.

Em percursos que integram várias habilidades, realizar DESLOCAMENTOS E EQUILÍBRIOS relativos ao 1.º ano de escolaridade; realizar ações motoras básicas de deslocamento, no solo e em aparelhos, segundo uma estrutura rítmica, encadeamento, ou combinação de movimentos, coordenando a sua ação, no sentido de aproveitar as qualidades motoras possibilitadas pela situação.

Consulte o Anexo 1 para conhecer as orientações e os objetivos programáticos para o 1.º ano de escolaridade.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
     
  • utilizar conhecimento para participar de forma
    adequada e resolver problemas em contextos
    diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo situações de jogo, concursos e outras tarefas a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • participar em sequências de habilidades,
    coreografias, etc.
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações
    interpessoais, etc.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas
    aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação para se
    envolverem na aprendizagem;
  • descrever as suas opções durante a realização de
    uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de
    monitorização;
  • elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • desencadear ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e ao gosto proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • ser autónomo na realização de tarefas;
  • colaborar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • promover o gosto pela prática regular de atividade física.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo/ Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/ Analítico e Autoavaliador/ Heteroavaliador (Transversal a todas as áreas)

Indagador/ Investigador e Sistematizador/ Organizador (A, B, C, D, F, H, I, J)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Geografia C

Introdução

As dimensões global e local não são conceitos antagónicos, a sua coexistência é, pelo contrário, uma das características do nosso tempo, já que, num sistema mundial cada vez mais integrado, lugares e regiões continuam a fazer-se e a refazer-se. A disciplina de Geografia C é importante para ajudar os jovens a situar-se numa sociedade que valoriza a democracia e maximiza a liberdade individual, procurando capacitá-los para a tomada de decisões adequadas aos problemas que a sociedade enfrenta e que têm quase sempre uma relevante dimensão espacial. Cada vez se torna mais difícil para cada pessoa saber situar-se, reconhecer o que em cada momento é importante para valorizar e respeitar a diversidade, aceitar a mudança e gerir de forma autónoma e criativa, com respeito pelos outros, a sua própria realidade.

Destinando-se a alunos que fizeram percursos formativos diferentes, a gestão do programa da disciplina tem de ser flexível, oferecendo possibilidades de cruzar os conhecimentos das ciências naturais e das ciências sociais numa perspetiva integradora dos saberes. A visão interescalar e multiescalar, característica diferenciadora da disciplina de Geografia, permite a abordagem de temáticas tão distintas como as que vão desde a sustentabilidade dos ambientes físicos à sua alteração por ação antrópica cada vez mais impactante e destruidora, até ao caráter único do desenvolvimento local, materializado por ações, em territórios singulares e interdependentes.

As Aprendizagens Essenciais (AE) têm como referente o Programa de Geografia C e focam-se nas competências essenciais que se pretendem desenvolver com a aprendizagem da Geografia do mundo, no 12.º ano do Ensino Secundário.

Optou-se por selecionar três grandes áreas de desenvolvimento das competências: analisar questões geograficamente relevantes do espaço mundial; problematizar e debater as inter-relações num mundo global; comunicar e participar - o conhecimento e o saber fazer no domínio da Geografia e participar em projetos multidisciplinares de articulação do saber geográfico com outros saberes. O desenvolvimento destes três domínios deve ser feito de forma a que, partindo-se de um conceito ou uma situação problematizadora, se possam aplicar propostas metodológicas escolhidas pelo professor, tendo em consideração a escola e os alunos, e que permitam uma articulação entre os três domínios do saber — o saber-saber, o saberfazer e o saber-ser.

A Geografia C aborda as transformações do mundo que acentuam a mutabilidade, a imprevisibilidade e a mobilidade, parâmetros definidores da nossa existência social. Neste contexto, as migrações, os grandes blocos económicos, as alianças geoestratégicas e a sua variabilidade, o esforço da comunidade internacional e dos seus diversos agentes para tornar a Terra um planeta mais sustentável e melhorar a vida quotidiana dos povos, definido com grande clareza pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são importantes para perceber a realidade social, ambiental, económica, geoestratégica e geopolítica na atualidade. Os ODS devem, pela sua importância, ser uma temática recorrente ao longo de todo o programa.

A evolução das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), aplicadas ao território, tem ocorrido a um ritmo vertiginoso e a utilização das TIG (Tecnologias de Informação Geográfica) já fazem parte do quotidiano. A disciplina de Geografia tem sido responsável pela introdução destas ferramentas no ensino e tem como função o aprofundamento e a validação pedagógica destas tecnologias enquanto recurso de aprendizagem.

Uma vez que os alunos que escolhem a disciplina de Geografia C, vêm de áreas curriculares diferentes é necessário que haja ou que se concretize uma gestão flexível do programa adaptada ao percurso escolar dos alunos.

Exemplos do contributo da Educação Geográfica no 12.º ano para os princípios enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA) encontram-se identificados, de uma forma sintética, no quadro que se segue:

Áreas de Competências - PA Exemplos do Contributo da Educação Geográfica para estas áreas de competências (expressa através das competências transversais enunciadas no documento das Aprendizagens Essenciais em Geografia ao longo dos 12 anos de escolaridade)
Linguagens e textos Mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo, Google Earth, Google maps, GPS, SIG, etc.).
Informação e comunicação Recolher, tratar e interpretar informação geográfica e mobilizar a mesma na construção de respostas para os problemas estudados. Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica.
Raciocínio e resolução de problemas Investigar problemas ambientais e sociais, ancorado em guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê). Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados.
Pensamento crítico e pensamento criativo Investigar problemas ambientais e sociais, ancorado em guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê). Aplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.
Relacionamento interpessoal Identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas. Pesquisar exemplos concretos de solidariedade territorial e sentido de pertença, numa perspetiva dos ODS.
Desenvolvimento pessoal e autonomia Realizar projetos, identificando problemas e colocando questões-chave, geograficamente relevantes, a nível económico, político, cultural e ambiental, a diferentes escalas.
Bem-estar, saúde e ambiente Identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas.
Sensibilidade estética e artística Comunicar os resultados da investigação, usando a linguagem verbal, icónica, estatística, gráfica e cartográfica.
Saber científico, técnico e tecnológico Localizar, no espaço e no tempo, lugares, fenómenos geográficos (físicos e humanos) e os processos que intervêm na sua configuração, em diferentes escalas, usando corretamente o vocabulário geográfico. Comunicar os resultados da investigação, usando diferentes suportes técnicos, incluindo as TIC e as TIG.

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Um Mundo Policêntrico
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Analisar questões geograficamente relevantes no espaço mundial Problematizar e debater as Interrelações num mundo global Comunicar e participar

Compreender as dinâmicas espaciais na nova ordem global.

Analisar a distribuição de assimetrias económicas e sociais à escala global, através da leitura de mapas e gráficos com indicadores económicos e sociais, nomeadamente os dos ODS.

Analisar a problemática do relacionamento entre centros de poder (EUA, UE, Japão, BRICS, TICKS, Países Emergentes), evidenciando áreas de conflito e áreas de cooperação.

Compreender a importância do processo de construção da UE na reafirmação da Europa como centro de decisão.

Conhecer exemplos em objetivos das principais organizações formais e informais de caráter supranacional.

Compreender exemplos de fatores potenciadores de tensões e conflitos a diferentes escalas: fundamentalismo s, nacionalismos, disponibilidade e acesso a recursos naturais, localização geoestratégica, entre outros.

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica para compreender os dinamismos do mundo atual.

Reportar exemplos das rápidas mudanças a nível mundial das diferentes dimensões do processo de globalização.

Inferir a importância da globalização na criação de novas dinâmicas espaciais.

Equacionar os efeitos da crescente interdependência e mudança na definição de novos posicionamentos geopolíticos, geoestratégicos e geoeconómicos.

Evidenciar o papel da ajuda internacional aos países em desenvolvimento.

Apresentar aspetos positivos e negativos no papel desempenhado pelas organizações formais e informais de caráter supranacional.

Reportar situações concretas que podem afetar a segurança mundial.

Demonstrar as fragilidades e as oportunidades da União Europeia no contexto internacional e na construção da nossa identidade.

Demonstrar que a globalização é multissetorial e que espacialmente não é isotrópica.

Exemplificar o grau de consecução das formas de cooperação Norte/ Sul, internacionalmente acordadas.

Evidenciar o esforço feito por diversos atores a diferentes escalas na aplicação dos ODS.

Reportar o grau de aplicação das medidas acordadas, em conferências internacionais, para a resolução dos problemas globais.

Demonstrar a implementação de ações concretas para aumentar a capacidade de sustentabilidade das grandes aglomerações urbanas.

Evidenciar a necessidade da cooperação internacional para a resolução dos problemas globais.

 

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que desenvolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • ler e interpretar mapas de diferentes escalas;
  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos e do vocabulário geográfico;
  • selecionar informação geográfica pertinente;
  • analisar factos, teorias e/ou situações, identificando os seus elementos ou dados, nomeadamente a localização e as características geográficas;
  • mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo, Google Earth, Google Maps, GPS, SIG, Big Data, etc.);
  • representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados;
  • organizar informação, resultante da leitura e do estudo autónomo, de forma sistematizada;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • realizar tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas à compreensão e ao uso de saber, bem como a mobilização do memorizado, privilegiando a informação estatística e cartográfica (analógica e/ou digital).

Promover estratégias que envolvam:

  • formular hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado, nomeadamente através da exploração do conhecimento do território local, para aplicação de estudos de caso;
  • propor abordagens diferentes, se possível inovadoras para situações concretas;
  • criar um objeto, texto ou solução, face a um desafio, desenvolvendo um estudo de caso, à escala local/regional;
  • analisar textos, suportes gráficos e cartográficos (analógicos e/ou digitais) com diferentes perspetivas de um mesmo problema, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer projeções, nomeadamente face aos desafios demográficos e de sustentabilidade e tendo como horizonte os ODS;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens, mapas, infografias);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais, que englobem a manipulação de diversos tipos de suporte gráfico e cartográfico;
  • identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas;
  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos a favor e contra-argumentos, rebater os contra-argumentos) sobre diferentes aspetos da realidade socioeconómica e de sustentabilidade do país;
  • organizar debates/simulações que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados; - analisar textos com diferentes pontos de vista; - confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • analisar factos, teorias e/ou situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • problematizar a globalização na sua multidimensionalidade e multiterritorialidade, na construção da identidade do eu e dos outros, utilizando exemplos concretos, resultantes da interação meio e sociedade, na atualidade e a diferentes escalas;
  • incentivar a procura e aprofundamento de informação;
  • recolher dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • investigar problemas ambientais e sociais, ancorado em guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê);
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes.

Promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões:

  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre a abordagem de um dado problema e/ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global;
  • pesquisar exemplos concretos de solidariedade territorial e sentido de pertença face ao ordenamento do território;
  • organizar o trabalho de campo, para recolha e sistematização da observação direta dos territórios e fenómenos geográficos;
  • saber questionar uma situação; - interrogar-se sobre a relação entre territórios e fenómenos geográficos por comparação de mapas a diferentes escalas;
  • comunicar os resultados da investigação, usando a linguagem verbal, icónica, estatística e cartográfica, usando diferentes suportes técnicos, incluindo as TIC e as TIG;
  • aplicar o trabalho de campo e outras metodologias geográficas (como o estudo de caso), em trabalho de equipa;
  • participar em campanhas de sensibilização para um ambiente e ordenamento do território sustentáveis.
Descritores do Perfil dos alunos

A;B;C;D;F;G;H;I

C;D;E;F;G;H;I

Organizador
UM MUNDO FRAGMENTADO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Analisar questões geograficamente relevantes no espaço mundial Analisar questões geograficamente relevantes no espaço mundial Comunicar e participar

Explicar os padrões geográficos dos fluxos mundiais de população, evidenciando os seus principais fatores.

Explicar as causas e consequências da crescente urbanização, interpretando mapas e gráficos, a diferentes escalas.

Relacionar a importância das cidades com a organização das redes de fluxos, a diferentes escalas.

Reconhecer a emergência de novas formas de organização espacial, nomeadamente as macro regiões.

Mobilizar as Tecnologias de Informação Mobilizar as Tecnologias de Informação

Evidenciar consequências da desigual distribuição dos fluxos à escala mundial.

Equacionar a importância das cidades globais e das alterações recentes na distribuição da população.

Refletir sobre as consequências da desigual repartição dos fluxos migratórios à escala mundial.

Reportar o grau de aplicação de princípios e medidas acordados em conferências internacionais, para a resolução dos principais problemas globais.

Divulgar ações concretas para aumentar a qualidade de vida e bem estar nas grandes aglomerações urbanas.

Evidenciar a necessidade da cooperação internacional para a resolução dos problemas globais.

 

Organizador
UM MUNDO DE CONTRASTES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Analisar questões geograficamente relevantes no espaço mundial

Problematizar e debater as Inter-relações num mundo global

Comunicar e participar

Compreender as assimetrias existentes no mundo atual em termos demográficos, sociais, económicos e ambientais, e os fatores potenciadores e dissuasores que as geram ou minimizam.

Explicar os contrastes demográficos existentes a nível mundial.

Explicar os contrastes demográficos existentes a nível mundial.

Reconhecer a existência, a qualquer escala de análise, da desigualdade na distribuição de riqueza, interpretando mapas e gráficos dinâmicos de indicadores compostos.

Explicar a importância da aplicação dos ODS.

Reconhecer padrões de distribuição espacial de diferentes indicadores dos ODS.

Explicar a importância da
sustentabilidade do Sistema Terra através de exemplos concretos, a diferentes escalas de análise.

Mobilizar as Tecnologias de Informação Geográfica para compreender os desafios de sustentabilidade no mundo atual.

Discutir os limites ao crescimento da população mundial e a homogeneização de estilos de consumo, tendo em conta a capacidade de carga do Sistema Terra.

Debater questões económicas, sociais e éticas decorrentes da aplicação das políticas demográficas no mundo.

Debater medidas que contribuam para diminuir o fosso entre ricos e pobres, refletindo sobre o papel da comunidade internacional no atenuar da pobreza.

Exemplificar ações concretas de atuação das comunidades no cumprimento dos ODS e da Agenda XXI Local.

Investigar sobre o papel das comunidades e outros atores sociais, no atenuar da pobreza, a diferentes escalas.

Exemplificar ações concretas de atuação das comunidades no cumprimento dos ODS e da Agenda XXI Local.

Emitir opinião sobre atuações concretas que potenciem o uso adequado dos recursos essenciais a nível global.

Debater e emitir opinião sobre as medidas propostas em conferências internacionais para a resolução dos problemas ambientais globais, tendo em conta a sustentabilidade do planeta.

Sensibilizar e participar em ações concretas da comunidade local e/ou ONG no cumprimento dos ODS e da Agenda XXI Local.

 

Conceitos

Tema: Um Mundo Policêntrico

Subtema: Globalização e sistema mundo

Conceitos: sistema mundial, mundo policêntrico, globalização, glocalização, arquipélago-mundo, integração, interdependência, internacionalização, liberalismo económico, protecionismo, deslocalização, relocalização, União Europeia, União Económica e Monetária (UEM), Acordo de Schengen, coesão económica e social, bloco económico, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Subtema: A emergência de novos centros de poder

Conceitos: estratégias de desenvolvimento, organizações supranacionais, NPI (Novos Países Industrializados), BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), TICKS (Taiwan, Índia, China e Coreia do Sul), potências nucleares.

Subtema: O papel das organizações internacionais

Conceitos: organização formal, organização informal, Organização das Nações Unidas (ONU), conselho de segurança, direito de veto, Organização Mundial do Comércio (OMC), segurança mundial, Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO), Organização Não Governamental (ONG).

Subtema: A (re)emergência de conflitos regionais

Conceitos: nacionalismo, fundamentalismo, terrorismo, recursos naturais vitais (água, solo, fontes de energia, …), localização geoestratégica. Tema: Um Mundo Fragmentado

Subtema: Espaço de fluxos e atores mundiais

Conceitos: diáspora, migração laboral/económica, refugiado, distância absoluta, distância relativa, mapa distorcido, investimento direto estrangeiro (IDE), zona franca, difusão espacial, efeito de barreira, ciberespaço, sociedade digital, inovação, infoexclusão, teletrabalho, cibercrime.

Subtema: Espaços motores de fluxos mundiais

Conceitos: espaço contínuo, espaço rede, arquipélago de lugares, cidades globais, região metropolitana, conurbação, megalópolis, macrorregião, Arco Atlântico, hinterland.

Tema: Um Mundo de Contrastes

Subtema: Um mundo superpovoado?

Conceitos: Agenda 2030, capacidade de carga da Terra, revolução demográfica, explosão demográfica, transição demográfica, políticas demográficas, taxa de urbanização.

Subtema: Um acesso desigual ao Desenvolvimento?

Conceitos: qualidade de vida, índice de felicidade, segurança alimentar, má nutrição, subnutrição, fome, pobreza humana, limiar de pobreza, bolsa de pobreza, exclusão social, refugiado, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice de Desigualdade de Género (IDG), Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), Índice de Gini, degradação dos termos de troca; Organização Mundial de Saúde (OMS).

Subtema: Problemas ambientais, impactos humanos diferentes?

Conceitos: desenvolvimento sustentável, biodiversidade, organismos geneticamente modificados (OGM), pegada ecológica individual e coletiva, biossegurança, bens comuns, economia de baixo carbono, economia circular, cidades saudáveis, tecnologias limpas, destruição da camada do ozono, alterações climáticas, efeito de estufa, refugiado ambiental, resiliência, paisagem, paisagem cultural, áreas protegidas.

Clássicos da Literatura

Introdução

Clássicos da Literatura é uma disciplina especificamente orientada para o aprofundamento de aprendizagens relacionadas com a educação literária. Visa promover o conhecimento do património literário europeu e educar o gosto literário, aprofundando hábitos de leitura. Para tal, preconiza-se não só o alargamento e a especificação de critérios de apreciação literária, mas também a promoção da leitura autónoma e crítica. São ainda finalidades desta disciplina o desenvolvimento de valores pessoais e interpessoais de natureza sociocultural e a promoção da educação para a cidadania, pelo contacto com tradições literárias diferentes da portuguesa.

Na literatura reside o encontro com o Outro e com a aventura coletiva que é o viver humano. O aprofundamento de uma educação literária que se condensa nos autores e nas obras que integram os clássicos abre espaço para o desenvolvimento de pensamento crítico e de pensamento criativo, de sensibilidade estética, de convocação de conhecimentos interdisciplinares e transversais, de entendimento do mundo, de conhecimento enciclopédico, de relação interartística e intercultural, num percurso de formação integral enquanto indivíduo e cidadão, em conformidade com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
LEITURA LITERÁRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • ler crítica e autonomamente;
  • interpretar o sentido global do texto e a intencionalidade comunicativa, com base em informação textual, implícita e/ou explícita;
  • reconhecer a organização interna e externa do texto;
  • analisar tema(s), ideias principais e pontos de vista;
  • compreender a utilização de recursos expressivos para a construção de sentido do texto;
  • interpretar obras e excertos de livros, conforme o conteúdo programático;
  • contextualizar textos literários de vários géneros (poesia lírica e épica, texto dramático, romance e conto, entre outros);
  • situar obras literárias em função de grandes marcos históricos e culturais;
  • mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características da poesia e da narrativa literária para interpretação textual.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que, entre outras atividades, envolvam:

  • leitura e interpretação de texto;
  • leitura analítica e crítica;
  • análise de intertextualidades;
  • leitura comparativa;
  • pesquisa histórica;
  • pesquisa sobre temas da História da Arte, incluindo Artes Visuais e interartes.

Desenvolver um projeto individual de leitura que implique, por exemplo,

  • definir para si próprio objetivos enquanto leitor;
  • escolher os livros a ler com base em critérios literários;
  • intervir em discussões sobre leituras e em debates literários em grande grupo;
  • apresentar em grande grupo apreciações críticas;
  • construir um portefólio de leitor que dê expressão ao percurso de leituras em desenvolvimento (que inclua, por exemplo, diário de leitor, reflexões escritas sobre as obras lidas, versões cinematográficas da obra, intertextualidades com outras artes).
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I)

Organizador
ESCRITA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • relacionar textos literários com outros (literários ou não) e com outras manifestações estéticas;
  • escrever textos com marcas específicas dos vários géneros, apreendidos na leitura e no contexto escolar, vocacionados para a elaboração de conhecimentos e análise crítica (resumos, resenhas, comentários);
  • adequar, em tarefas de produção escrita, efeitos estéticos e retóricos à intenção e ao destinatário ou público leitor;
  • utilizar de modo sistemático as fases de pesquisa, planificação, redação, revisão e publicação de texto, em diferentes suportes;
  • organizar por escrito informação relevante para a produção de um texto;
  • escrever e partilhar textos, cumprindo os requisitos do trabalho intelectual;
  • retirar informação relevante de um texto;
  • utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento da informação;
  • sistematizar o conhecimento relativo à utilização dos recursos expressivos estudados para a construção do sentido dos textos lidos;
  • comparar textos da mesma época e de diferentes épocas em função de temas, ideias, valores e marcos históricos e culturais.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam técnicas e modelos de escrita como, por exemplo,

  • comentários;
  • resumos.

Desenvolver estratégias que impliquem planificação, execução e avaliação de projetos como:

  • criação de Revista Literária;
  • criação de um blogue de Leitura Literária ou de Escritores;
  • percurso de leitor (que inclua, por exemplo, diários de leitura, relatórios de leitura, fichas de leitura);
  • divulgação de leituras, de leitores e de escritores (através, por exemplo, da escrita de crónicas ou entrevistas a autores e críticos literários para um jornal local ou jornal escolar).
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I)

Organizador
ORALIDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • participar, de forma segura e autónoma, em situações de comunicação oral formal, exprimindo reações e pontos de vista sobre leituras realizadas;
  • produzir textos orais em situações formais de comunicação (exposições orais, intervenções em debates e em diálogos argumentativos) com respeito pelas características do género em causa e pelos princípios de cooperação e cortesia;
  • utilizar metalinguagem adequada à interpretação de textos, em situações de produção oral;
  • apresentar, sob o ponto de vista estético, literário e pessoal, reflexões sobre experiências de leitura.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • exercícios de leitura expressiva;
  • exposições orais;
  • debates;
  • mesas redondas;
  • tertúlias;
  • palestras;
  • exposições orais orientadas, a partir de documentários e filmes relacionados com os conteúdos programáticos.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Anexos

ANEXO I – Quadro de referência

Unidade 1

  • Dante Alighieri (2001). A Divina Comédia (trad. de Vasco Graça Moura). Lisboa: Edições Bertrand.
  • Boccaccio, G. (1977). Decameron (trad. de Urbano Tavares Rodrigues). Lisboa: Círculo de Leitores.

Unidade 2

  • Cervantes, M. de (1959). D. Quixote de la Mancha (trad. de Aquilino Ribeiro). Lisboa: Edições Bertrand.
  • Shakespeare, W. (2001). A Tempestade (trad. de Fátima Vieira). Porto: Campo das Letras OU Calderón de la Barca, P. (1996). O Grande Teatro do Mundo (trad. de José Bento). Lisboa: Edições Cotovia.

Unidade 3 

  • Moore, T. (1998). A utopia. Lisboa: Guimarães.
  • Camões, L. de (2001). Os Lusíadas. Porto: Porto Editora. 

OU

  • Pinto, F. M. (1988). Peregrinação e Cartas. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa Moeda.
  • Beckford, W. (1988). Portugal Visto por um Inglês. Lisboa: Biblioteca Nacional.

Unidade 4

  • Göethe, W. von (1971). A Paixão do Jovem Werther (trad. de João Barreira). Lisboa: Edições Verbo.

Unidade 5

  • Dostoievsky, F. (2001). O Jogador (trad. de Nina Guerra e Filipe Guerra). Lisboa: Editorial Presença. OU Dickens, C. (1998). Grandes Esperanças (trad. de Carmen Gonzalez). Lisboa: Publicações Europa-América.

Unidade 6

  • Strindberg, A. (1980). A Menina Júlia (trad. de J. A. Osório Mateus). Lisboa: A Regra do Jogo.

Unidade 7

  • Rilke, R. M. (1994). Cartas a um Jovem Poeta. Lisboa: Contexto.
  • Campos, Á. de (1992). Poesias. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa Moeda.
  • Negreiros, A. (1999). Manifesto Anti-Dantas e por extenso. Lisboa: Nova Ática.

OU

  • Marinetti, F. (1987). Fundação e manifesto do Futurismo. In J. A. Neves, O Movimento Futurista em Portugal. Lisboa: Dinalivro.
  • Guillaume Apolllinaire, Constantn Cavafy, Gabriele DÁnnunzio, T.S. Eliot, Vladimir Maiakowsky: dois poemas de dois destes autores.

Unidade 8

  • Proust, M. (2003). Do lado de Swann. Em Busca do Tempo Perdido (trad. de Pedro Tamen). Lisboa: Relógio d’Água.

Unidade 9: 1 romance, um conto e uma crónica da lista que se segue.

ROMANCES

  • A Amante do Tenente Francês, de John Fowles
  • A Angústia do Guarda-Redes antes do Penalty, de Peter Handke
  • A Cidade das Flores, de Augusto Abelaira - A Ciociara, de Alberto Moravia
  • A Curva do Rio, de V. S. Naipaul
  • A História Seguinte, de Cees Noteboom
  • A Morte de um Apicultor, de Lars Gustaffson
  • A Paixão, de Almeida Faria
  • A Reivindicação do Conde D. Julião, de Juan Goytisolo
  • Autópsia de um Mar de Ruínas, de João de Melo - Bastardos de Sol, de Urbano Tavares Rodrigues
  • Cosmos, de Witold Gombrowicz
  • Crónica do Rei Pasmado, de Torrente Ballester
  • Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
  • O Amante, de Marguerite Duras
  • O Mestre de Esgrima, de Arturo Pérez-Reverte
  • O Museu Britânico ainda Vem Abaixo, de David Lodge
  • O Nome da Rosa, de Umberto Eco
  • O Que Diz Molero, de Dinis Machado
  • O Sol de Cobre, de André Kedros
  • O Vale da Paixão, de Lídia Jorge
  • O Valente Soldado Svejk, de Jaroslav Hasek
  • Os Verbos Auxiliares do Coração, de Peter Esterházy
  • Sinais Exteriores, de Paulo Castilho
  • Tocata para Dois Clarins, de Mário Cláudio
  • Uma Abelha na Chuva, de Carlos de Oliveira
  • Viagem de um Pai e um Filho pelas Ruas da Amargura, de Baptista-Bastos

CONTOS

  • A Casa Fechada, de Vitorino Nemésio
  • A Casa Suspensa, de Maria Ondina Braga
  • A Terra é Redonda, de Peter Bischel
  • As Quatro Estações, de David Mourão-Ferreira
  • Contos, Outra Vez, de Luísa Costa Gomes
  • Contos, de Vergílio Ferreira
  • Contos Analógicos, de Maria Isabel Barreno
  • Contos Irónicos, de Heinrich Böll
  • Contos da Sétima Esfera, de Mário de Carvalho
  • Enciclopédia dos Mortos, de Danilo Kis 
  • Enquanto Elas Dormem, de Javier Marias
  • Léah e outras Histórias, de José Rodrigues Miguéis
  • Novas Andanças do Demónio, de Jorge de Sena
  • O Barão, de Branquinho da Fonseca
  • Os Anjos, de Teolinda Gersão
  • Trilogia, de Vassilis Vassilikos
  • Trinta Anos, de Ingeborg Bachman

CRÓNICAS

  • A Bagagem do Viajante, de José Saramago
  • A Cavalo no Diabo, de José Cardoso Pires
  • À Flor do Tempo, de Ilse Losa
  • A-Ver-o-Mar, de Luísa Dacosta
  • Este Tempo, de Maria Judite Carvalho
  • Livro de Crónicas, de António Lobo Antunes
  • O Anacronista, de Manuel António Pina
  • O Pouco e o Muito
  • Crónica Urbana, de Irene Lisboa
  • Pé Esquerdo, de João Miguel Fernandes Jorge
  • Tomai Lá do O’Neil, de Alexandre O’Neil