Matemática

Introdução

Finalidades do ensino da Matemática

Respeitando os princípios de equidade e qualidade, o ensino da Matemática, ao nível da escolaridade básica, deve visar aprendizagens matemáticas relevantes e sustentáveis para todos os alunos. Neste sentido, privilegia-seuma aprendizagem da Matemática com compreensão, bem como o desenvolvimento da capacidade de os alunos em utilizá-la em contextos matemáticos e não matemáticos ao longo da escolaridade, e nos diversos domínios disciplinares, por forma a contribuir não só para a sua autorrealização enquanto estudantes, como também na sua vida futura pessoal, profissional e social.

Na escolaridade básica, o ensino da Matemática deve, pois, proporcionar uma formação na disciplina centrada na aprendizagem que contribua para o desenvolvimento pessoal do aluno e lhe propicie a apropriação de instrumentos conceptuais e técnicos necessários na aprendizagem de outras disciplinas ao longo do seu percurso académico, qualquer que seja a área de prosseguimento de estudos escolhida. Deve contribuir igualmente para a atividade profissional por que venha a optar e para o exercício de uma cidadania crítica e participação na sociedade, com sentido de autonomia e colaboração, liberdade e responsabilidade.

O ensino da Matemática neste nível deve ainda proporcionar uma formação que promova nos alunos uma relação positiva com a disciplina, bem como uma visão da Matemática que corresponda à sua natureza enquanto ciência e integre o reconhecimento do seu valor cultural e social, nomeadamente no que se refere ao seu papel no desenvolvimento das diversas ciências, da tecnologia e de outras áreas da atividade humana.

Assim, na escolaridade básica, o ensino da Matemática deve ser norteado pelas seguintes finalidades principais:

a) Promover a aquisição e desenvolvimento de conhecimento e experiência em Matemática e a capacidade da sua aplicação em contextos matemáticos e não matemáticos.

Com esta finalidade pretende-se que, ao longo da escolaridade básica, os alunos compreendam os procedimentos, técnicas, conceitos, propriedades e relações matemáticas, e desenvolvam a capacidade de os utilizar para analisar, interpretar e resolver situações em contextos variados; desenvolvam capacidade de abstração e generalização e de compreender e elaborar raciocínios lógicos e outras formas de argumentação matemática; desenvolvam a capacidade de resolver e formular problemas, incluindo os que envolvem áreas matemáticas diferentes e problemas de modelação matemática; adquiram o vocabulário e linguagem próprios da Matemática e desenvolvam a capacidade de comunicar em Matemática, por forma a serem capazes de descrever, explicar e justificar, oralmente e por escrito, as suas ideias, procedimentos e raciocínios, bem como os resultados e conclusões que obtêm.

b) Desenvolver atitudes positivas face à Matemática e a capacidade de reconhecer e valorizar o papel cultural e social desta ciência.

Com esta finalidade pretende-se que, ao longo da escolaridade básica, os alunos desenvolvam interesse pela Matemática e confiança nos seus conhecimentos e capacidades matemáticas, bem como persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam Matemática no seu percurso académico e que venham a enfrentar na sua vida em sociedade; desenvolvam a capacidade de apreciar aspetos estéticos da Matemática e de reconhecer e valorizar o papel da Matemática no desenvolvimento das outras ciências, da tecnologia e de outros domínios da atividade humana; desenvolvam a capacidade de reconhecer e valorizar a Matemática como elemento do património cultural da humanidade.

Estas finalidades enquadram, fundamentam e dão um sentido global às Aprendizagens Essenciais (AE) para cada tema matemático em cada um dos três ciclos do ensino básico, sendo entendidas como “os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, articulados conceptualmente, relevantes e significativos, bem como de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos em cada área disciplinar ou disciplina” (Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho). As AE apresentadas constituem, para cada tema matemático, um todo integrado e articulado de conteúdos, objetivos e práticas de aprendizagem interrelacionados e indissociáveis. Os objetivos concretizam as aprendizagens essenciais relativas a cada conteúdo, incidindo sobre conhecimentos, capacidades e atitudes a adquirir e a desenvolver, e as práticas estabelecem condições que apoiam e favorecem a consecução desses objetivos.

Assim, a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes, e a sua aplicação em contextos matemáticos e não matemáticos, são objetivos essenciais de aprendizagem, associados aos conteúdos de aprendizagem de cada tema matemático — sendo que os que estão definidos em termos de capacidades e as atitudes expressam também um vínculo próximo com a Matemática — e a práticas de aprendizagem que visam proporcionar condições que apoiem e favoreçam aprendizagens sustentáveis, com compreensão e transferíveis ou aplicáveis em contextos matemáticos e não matemáticos.

Articulação com o 1.º Ciclo

No que se refere aos temas e conteúdos de aprendizagem, a ação do professor no 2.º ciclo deve ser orientada por forma a que, relativamente a:

  • Números e Operações

Os alunos prossigam no desenvolvimento do sentido de número e da compreensão dos números e das operações, bem como da fluência do cálculo mental e escrito.

Neste ciclo, aprofunda-se o estudo dos números racionais não negativos na representação decimal e na forma de fração, introduzindo-se a representação em percentagem e o numeral misto, e alarga-se o estudo aos números inteiros.

  • Geometria e Medida

Os alunos prossigam no desenvolvimento da capacidade de visualização e na compreensão de propriedades de figuras geométricas, alargando-se o estudo de sólidos geométricos e de figuras planas e o estudo das grandezas geométricas e das isometrias do plano.

Neste ciclo, o perímetro é trabalhado com outras figuras geométricas, como o círculo e polígonos irregulares, e é introduzido o estudo das fórmulas para o cálculo de áreas e volumes — do triângulo e do círculo, e dos prismas retos e do cilindro, respetivamente. Nas isometrias dá-se especial atenção à reflexão e à rotação.

  • Álgebra

Os alunos desenvolvam o pensamento algébrico, bem como a capacidade de representar simbolicamente situações
matemáticas e não matemáticas.

Neste ciclo, aprofunda-se o estudo das propriedades das operações e a sua generalização, bem como o uso da linguagem simbólica para descrever e representar relações matemáticas. São introduzidas as expressões numéricas para traduzir matematicamente uma dada situação e estudadas sequências e regularidades com a determinação de leis de formação e, se pertinente, de expressões algébricas que as representam. É também introduzida a noção de proporcionalidade direta, bem como os conceitos de razão e proporção associados.

  • Organização e Tratamento de Dados

Os alunos prossigam no desenvolvimento da capacidade de compreender e de produzir informação estatística.

Neste ciclo, prossegue a exploração, análise e interpretação de informação de natureza estatística e a realização de estudos que envolvam a linguagem e procedimentos estatísticos. Alarga-se o estudo a variáveis contínuas e a representações gráficas de dados com os gráficos de linhas e circulares, e introduzem-se a noção de frequência relativa e as medidas estatísticas — média, moda e amplitude.

  • Resolução de problemas, Raciocínio e Comunicação

Os alunos desenvolvam a capacidade de resolver problemas em situações que convocam a mobilização das novas aprendizagens nos diversos domínios, e a análise de estratégias e dos resultados obtidos.

Os alunos desenvolvam a capacidade de raciocinar e de argumentar matematicamente, formulando e testando conjecturas, bem como a capacidade de analisar os argumentos de outros.

Os alunos desenvolvam a capacidade de comunicarem em matemática, oralmente e por escrito, e progridam na utilização da linguagem matemática própria dos diversos conteúdos estudados na expressão e discussão das suas ideias, procedimentos e raciocínios.

Articulação com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade obrigatória (PA)

As AE apresentadas articulam-se com o PA, tendo em vista a sua consecução, no âmbito da disciplina de Matemática, nomeadamente no que se refere às aprendizagens dos alunos associadas às áreas de competências aí definidas, quer nas áreas (a), (b), (c), (d), e (i), intrinsecamente relacionados com temas, processos e métodos matemáticos, quer nas restantes áreas, (e), (f), (g), (h) e (j), em que a Matemática dá igualmente contributos essenciais. Num caso e noutro, pressupõem práticas de trabalho autónomo, colaborativo e de carácter interdisciplinar.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
NÚMEROS E OPRERAÇÕES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Números racionais não negativos

Números Inteiros

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Representar números racionais não negativos na forma de fração, decimal e percentagem, e estabelecer relações entre as diferentes representações, incluindo o numeral misto.
  • Comparar e ordenar números inteiros, em contextos diversos, com e sem recurso à reta numérica.
  • Reconhecer relações numéricas e propriedades dos números e das operações, e utilizá-las em diferentes contextos, analisando o efeito das operações sobre os números.
  • Adicionar, subtrair, multiplicar e dividir números racionais não negativos, recorrendo ao cálculo mental e a algoritmos, e fazer estimativas plausíveis.
  • Reconhecer uma potência de expoente natural como um produto de fatores iguais e calcular potências de base racional não negativa e expoente natural.
  • Adicionar e subtrair números inteiros recorrendo ao cálculo mental e a algoritmos e fazer estimativas plausíveis.
  • Conceber e aplicar estratégias na resolução de problemasem contextos matemáticos e não matemáticos e avaliar a plausibilidade dos resultados.
  • Compreender e construir explicações e justificações matemáticas, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir oralmente e por escrito ideias matemáticas, com precisão e rigor, e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, operações e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar materiais manipuláveis e outros recursos, incluindo os de tecnologia digital, nomeadamente aplicações interactivas, programas computacionais específicos e calculadora, na resolução de problemas e em outras tarefas de aprendizagem.
  • Utilizar números racionais não negativos com o significado de parte-todo, quociente, medida, operador e razão, em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Utilizar as relações numéricas e as propriedades das operações e dos números, em situações de cálculo mental e escrito.
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas no campo numérico e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de reconhecer e elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Comunicar utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, justificar raciocínios, procedimentos e conclusões.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador / Desenvolvimento da linguagem e da oralidade (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
GEOMETRIA E MEDIDA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Figuras planas e sólidos geométricos

Medida

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Descrever figuras no plano e no espaço com base nas suas propriedades e nas relações entre os seus elementos e fazer classificações explicitando os critérios utilizados.
  • Identificar e construir o transformado de uma dada figura através de isometrias (reflexão axial e rotação) e reconhecer simetrias de rotação e de reflexão em figuras, em contextos matemáticos e não matemáticos, prevendo e descrevendo os resultados obtidos.
  • Calcular perímetros e áreas de figuras planas, incluindo o círculo, recorrendo a fórmulas, por enquadramento ou por decomposição e composição de figuras planas.
  • Reconhecer o significado de fórmulas para o cálculo de volumes de sólidos (prismas retos e cilindros) e usá-las na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Conceber e aplicar estratégias na resolução de problemas usando ideias geométricas, em contextos matemáticos e não matemáticos e avaliando a plausibilidade dos resultados.
  • Desenvolver a capacidade de visualização e construir explicações e justificações matemáticas e raciocínios lógicos, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir oralmente e por escrito ideias matemáticas, com precisão e rigor, e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência,autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados, numa abordagem do espaço ao plano, que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, operações e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar modelos geométricos e outros materiais manipuláveis, e instrumentos variados incluindo os de tecnologia digital, nomeadamente aplicações interactivas, programas computacionais específicos e calculadora, na exploração de propriedades de figuras planas e de sólidos geométricos.
  • Utilizar instrumentos de medida e desenho (régua, compasso, esquadro e transferidor) na construção de objetos geométricos.
  • Visualizar e interpretar representações de figuras geométricas.
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas em geometria e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução, e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de reconhecer e elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Comunicar utilizando a linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever e justificar, raciocínios, procedimentos e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Organizador
ÁLGEBRA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Expressões numéricas e propriedades das operações

Sequências e regularidades

Proporcionalida de direta

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Usar as propriedades das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão), as regras da potenciação e a prioridade das operações no cálculo do valor de expressões numéricas respeitando o significado dos parêntesis com números racionais não negativos.
  • Usar expressões numéricas para representar uma dada situação e compor situações que possam ser representadas por uma expressão numérica.
  • Determinar uma lei de formação de uma sequência numérica ou não numérica e uma expressão algébrica que represente uma sequência numérica em que a diferença entre termos consecutivos é constante.
  • Reconhecer os significados de razão e proporção e usá-las para resolver problemas.
  • Reconhecer situações de proporcionalidade direta num enunciado verbal ou numa tabela e indicar uma das constantes de proporcionalidade, explicando o seu significado dado o contexto.
  • Conceber e aplicar estratégias de resolução de problemas envolvendo regularidades, sequências ou proporcionalidade direta, em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Desenvolver a capacidade de abstração e de generalização e de compreender e construir explicações e justificações matemáticas e raciocínios lógicos, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir oralmente e por escrito ideias matemáticas, com precisão e rigor, e explicar e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, regras e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar materiais manipuláveis e instrumentos variados, incluindo os de tecnologia digital, nomeadamente aplicações interactivas, programas computacionais específicos e calculadora, na rsolução de problemas e em outras tarefas de aprendizagem.
  • Identificar e analisar regularidades numéricas e não numéricas.
  • Distinguir, em contextos diversos, situações em que existe proporcionalidade direta de situações em que não existe.
  • Relacionar linguagem simbólica e linguagem natural.
  • Desenvolver o cálculo mental usando as propriedades das operações e a relações entre números.
  • Resolver e formular problemas de proporcionalidade direta envolvendo, nomeadamente, escalas e percentagens.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução, e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas no campo algébrico e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Comunicar utilizando a linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever e justificar, raciocínios, procedimentos e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Organizador
ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Representação e interpretação de dados

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Distinguir os vários tipos de variáveis: qualitativa, quantitativa discreta e contínua.
  • Recolher, organizar e representar dados recorrendo a tabelas de frequência absoluta e relativa, diagramas de caule e folhas e gráficos de barras, de linhas e circulares, e interpretar a informação representada.
  • Resolver problemas envolvendo a organização e tratamento de dados em contextos familiares variados e utilizar medidas estatística (média, moda e amplitude) para os interpretar e tomar decisões.
  • Comunicar raciocínios, procedimentos e conclusões, utilizando linguagem própria da estatística, baseando-se nos dados recolhidos e tratados.
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, regras e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Formular questões em contextos familiares variados e desenvolver investigações estatísticas, recorrendo a bases de dados diversas, organizando e representando dados e interpretando resultados.
  • Utilizar aplicações interativas, programas computacionais específicos e calculadora na organização e tratamento de dados.
  • Resolver problemas em que se recorra a medidas estatísticas para interpretar e comparar resultados, analisar estratégias variadas de resolução, e apreciar os resultados obtidos.
  • Interpretar e criticar informação estatística divulgada pelos media.
  • Comunicar, oralmente e por escrito, para descrever e explicar representações dos dados e as interpretações realizadas, raciocínios, procedimentos e conclusões, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.

História e Geografia de Portugal

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) identificam as competências que se pretendem desenvolver com a disciplina de História e Geografia de Portugal (HGP) no 2.º ciclo e constituem-se como o documento curricular base para a planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Identificando as AE permite-se o aprofundamento de temas, as explorações interdisciplinares e a mobilização de componentes locais do currículo.

A disciplina de HGP resulta da integração das duas áreas do saber, História e Geografia, devendo promover-se a intradisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a mobilização de saberes adquiridos no ciclo anterior, possibilitando a realização de aprendizagens globalizantes e significativas, com o objetivo de adquirir um conhecimento diacrónico da história e do território de Portugal. A abordagem em HGP deverá, ainda, privilegiar a adoção de metodologias das duas áreas do saber, estabelecendo a articulação com o ciclo seguinte, no qual as duas disciplinas se autonomizam.

Pretende-se que o aluno compreenda o papel fundamental que a História e a Geografia desempenham no estudo do país, no que respeita às suas características físicas e humanas e à sua evolução histórico-cultural, promovendo a inclusão, o respeito pela diversidade, a cooperação, a valorização dos direitos humanos e a sensibilização para a finitude do planeta. Esta disciplina evidencia, ainda, a necessidade de saber gerir o território e os recursos de que dispomos, incluindo os patrimoniais, a diferentes escalas.

No 6.º ano de escolaridade, as AE definidas incidem no estudo de Portugal no Passado: do século XVIII à atualidade, seguido do tema Portugal Hoje.

Para além das aprendizagens identificadas para cada tema do Programa, ao longo do 2.º ciclo, o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina, transversais a vários temas e anos de escolaridade, que se articulam com as áreas de competências do PA:

  • Utilizar referentes de tempo e de unidades de tempo histórico: antes de, depois de, milénio, século, ano, era; (A, B, C, I)
  • Localizar, em representações cartográficas de diversos tipos, os locais e/ou fenómenos históricos referidos; (A, B, C, I)
  • Localizar, em representações cartográficas, diversos espaços e territórios que lhe dão identidade, utilizando diferentes escalas e mobilizando os mais diversos tipos de informação georreferenciada, relacionando as suas características mais importantes para compreender a dimensão espacial de Portugal e da sua inserção no Mundo; (A, B, C, D, F, G, I)
  • Identificar fontes históricas, de tipologia diferente; (A, B, C, D, F, I)
  • Aprender a utilizar conceitos operatórios e metodológicos das áreas disciplinares de História e de Geografia; (C; D; F; I)
  • Estabelecer relações entre as formas de organização do espaço português e os elementos naturais e humanos aí existentes em cada época histórica e na atualidade; (A, B, C, D, F, G, I)
  • Conhecer, sempre que possível, episódios da História regional e local, valorizando o património histórico e cultural existente na região/local onde habita/estuda; (A, B, D, E, F, G, H, I)
  • Reconhecer a ação de indivíduos e de grupos em todos os processos históricos e de desenvolvimento sustentado do território; (A, B, C, D, F, G, H, I)
  • Desenvolver a sensibilidade estética; (A, B, D, F, H, I, J)
  • Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade: étnica, ideológica, cultural, sexual; (A, B, C, D, E, F, G, H, I)
  • Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis. (A, B, C, D, E, F, G, H, I)

No final deste ciclo, o aluno deve ser capaz de reconhecer a identidade espácio-temporal de Portugal nos seus aspetos mais relevantes. O reconhecimento desta identidade resulta de um processo de ensino-aprendizagem adequado ao seu nível cognitivo, tendo o aluno desenvolvido competências históricas e geográficas que o capacitam para os ciclos de estudo subsequentes.

Os documentos de referência considerados para a elaboração das AE foram o Programa e as Metas Curriculares.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
PORTUGAL DO SÉCULO XVIII AO SÉCULO XIX
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Portugal no século XVIII

Evidenciar a importância do Brasil para a economia de exploração de ouro e de outros recursos naturais e recetáculo de produtos manufaturados portugueses e europeus;

Relacionar os movimentos migratórios livres e forçados (comércio de escravos) com a cultura do açúcar e com a exploração mineira;

Evidenciar a importância da introdução de novas culturas como a batata e o milho para a melhoria da dieta e para o aumento populacional em Portugal;

Compreender a organização da sociedade de ordens, sabendo identificar os diferentes grupos sociais;

Reconhecer em D. João V um rei absoluto, ressaltando manifestações do seu poder (fausto da Corte, cerimónias públicas e construções monumentais);

Demonstrar a importância do legado africano nas sociedades portuguesa e brasileira; Caracterizar a ação centralizadora do Marquês de Pombal e o carácter inovador de algumas das suas políticas, nomeadamente na organização do espaço urbano em diversas regiões do reino;

Identificar/aplicar os conceitos: cristão-novo, monarquia absoluta, mudança.

O triunfo do liberalismo

Identificar e localizar as três invasões napoleónicas, realçando a resistência das populações, o carácter destrutivo da guerra e o impacto da participação inglesa no conflito;

Analisar a ligação entre a revolução de 1820, o descontentamento face à tutela inglesa e à permanência da Corte no Brasil;

Compreender que a Constituição de 1822 significou uma rutura relativamente ao absolutismo, ao estabelecer os princípios fundamentais do liberalismo;

Relacionar a guerra civil com a divisão do país entre defensores do absolutismo e defensores do liberalismo;

Identificar/aplicar os conceitos: guerra civil, monarquia liberal, Constituição, mudança, rutura.

Portugal na segunda metade do século XIX

Relacionar o desenvolvimento da produção industrial nas zonas de Lisboa/Setúbal e Porto/Guimarães com as inovações tecnológicas ocorridas, nomeadamente a introdução da energia a vapor e a expansão do caminho de ferro;

Explicar as migrações oitocentistas (para outros continentes e dos campos para as cidades), relacionando-as com o crescimento populacional e com o processo de Industrialização;

Referir o aparecimento de um novo grupo social (operariado), a progressiva perda de privilégios da nobreza e a ascensão da burguesia;

Analisar o processo que desembocou na abolição da escravatura e da pena de morte;

Identificar/aplicar os conceitos: indústria, operariado.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • organizar de forma sistematizada a leitura e o estudo autónomo;
  • analisar factos e situações, selecionando alguns elementos ou dados, nomeadamente a localização e as características históricas e geográficas;
  • recolher e selecionar dados de fontes históricas fidedignas para análise de temáticas em estudo; reconhecer que os processos históricos são compostos por etapas;
  • desenvolver a memorização, associando-a à compreensão, de forma a conseguir mobilizar o memorizado, privilegiando a informação estatística e cartográfica;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • pesquisar de forma progressivamente autónoma;
  • mobilizar as TIC e as TIG (Google Earth e BIG Data, como por exemplo, a Pordata) para representar informação histórica e geográfica;
  • valorizar o património histórico e geográfico.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • mobilizar conhecimento adquirido, aprendendo a aplicá-lo em situações históricas e geográficas específicas, sensibilizando desta forma os alunos para as noções de permanência e de mudança
  • formular algumas hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico e/ou geográfico;
  • propor alternativas de interpretação a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema em Geografia;
  • criar objetos, mapas e esquemas conceptuais, textos ou soluções face a desafios;
  • analisar textos ou suportes gráficos com diferentes perspetivas de um mesmo problema, aprendendo a conceber e sustentar um ponto de vista próprio;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens, mapas e gráficos);
  • promover a multiperspetiva em História, num quadro de desenvolvimento pessoal e autónomo;
  • criar soluções estéticas progressivamente criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo;
  • expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra-argumentos, rebater os contra-argumentos, de forma progressiva e orientada;
  • organizar debates orientados que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados;
  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História e da Geografia e a conceitos metodológicos da História;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar incluindo conhecimento disciplinar específico da Geografia e da História;
  • analisar fontes escritas históricas com diferentes pontos de vista, problematizando-os;
  • problematizar situações;
  • analisar factos, teorias, situações, padrões de distribuição e projeções, nomeadamente, face a desafios demográficos e de sustentabilidade do território, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que induzam ao respeito pela diferença e diversidade:

  •  Aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;
  • saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;
  • confrontar ideias e perspetivas históricas e geográficas distintas, respeitando as diferenças;

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • Realizar tarefas de pesquisa histórica e geográfica sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • executar tarefas de síntese através de mapas de conceitos, de textos e de cartografia;
  • executar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • aprender a registar seletivamente os dados históricos e geográficos obtidos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • Saber colocar questões-chave;
  • saber colocar questões a terceiros;
  • questionar os seus conhecimentos prévios. Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:
  • Comunicar uni, bi e multidirecionalmente;
  • responder, apresentar; mostrar iniciativa;
  • questionar de forma organizada. Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:
  • Autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;
  • aceitar as críticas dos pares e dos professores de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • Colaborar com os pares e professores, no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;
  • apoiar o trabalho colaborativo;
  • saber intervir de forma solidária; ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • estar disponível para se autoaperfeiçoar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • Assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;
  • assumir e cumprir compromissos;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/ Analítico (A, B, C, D, G)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Organizador
PORTUGAL DO SÉCULO XX
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A revolução Republicana

Explicar como o desgaste da monarquia constitucional conduziu à revolução republicana;

Analisar princípios da Constituição de 1911 característicos de um regime republicano;

Identificar medidas governativas da 1.a República relacionadas com a educação e com os direitos dos trabalhadores;

Identificar/aplicar os conceitos: revolução, rutura, república, alfabetização, greve.

Os anos de ditadura

Sintetizar as principais características do Estado Novo,nomeadamente a ausência de liberdade individual, a existência da censura e de polícia política, a repressão do movimento sindical e a existência de um partido único;

Relacionar a guerra colonial com a noção de império no contexto do Estado Novo;

Identificar/aplicar os conceitos: ditadura, censura, guerra colonial, oposição, liberdade de expressão.

O 25 de abril e a construção da democracia até à atualidade

Reconhecer os motivos que conduziram a revolução do 25 de abril, bem como algumas das mudanças operadas;

Caracterizar o essencial do processo de democratização entre 1975 e 1982;

Identificar/aplicar os conceitos: democracia, descolonização, direito de voto, câmara municipal, junta de freguesia, UE, ONU, PALOP, sociedade multicultural.

Organizador
PORTUGAL HOJE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A população portuguesa

Analisar a distribuição de diferentes fenómenos relacionados com a população e utilizando diferentes formas de representação cartográfica (em suporte físico ou digital);

Comparar a distribuição de diferentes fenómenos demográficos/indicadores demográficos à escala nacional, estabelecendo relações de causalidade e ou de interdependência;

Explicar a ação de fatores naturais e humanos na distribuição da população e do povoamento no território nacional (áreas atrativas e áreas repulsivas);

Aplicar as TIC e as TIG para localizar e conhecer as caraterísticas e a distribuição dos fenómenos demográficos.

Identificar/ aplicar os conceitos: censos, NUT, distrito, população absoluta, crescimento natural, saldo migratório, esperança vida à nascença, mortalidade infantil, envelhecimento da população, densidade populacional, área atrativa, área repulsiva.

Os lugares onde vivemos

Analisar a distribuição de diferentes fenómenos relacionados com as áreas de fixação humana usando terminologia geográfica apropriada;

Mobilizar as TIC e as TIG para localizar e conhecer as caraterísticas e a distribuição da população urbana e rural;

Comparar o espaço rural com o espaço urbano, em Portugal, enunciando diferenças ao nível das atividades económicas, ocupação dos tempos livres, tipo de construções e modos de vida;

Elaborar pesquisas documentais sobre problemas da vida quotidiana (por exemplo: pobreza, envelhecimento, despovoamento,etc.) das áreas rurais e urbanas, em Portugal, à escala local e nacional;

Identificar fatores responsáveis pela ocorrência de problemas sociais que afetam as áreas rurais e áreas urbanas;

Identificar ações a empreender de formas a solucionar ou mitigar alguns problemas sociais;

Descrever as relações de complementaridade e interdependência entre diferentes lugares e regiões do território à escala local e nacional;

Reconhecer algumas características ambientais, sociais, culturais e paisagísticas que conferem identidade a Portugal e à população portuguesa.

Identificar/ aplicar os conceitos: povoamento rural, povoamento urbano, povoamento urbano, êxodo rural, taxa de urbanização, equipamento coletivo, saneamento básico, litoralização.

As atividades económicas que desenvolvemos

Caracterizar os principais setores de atividades económicas e a evolução da distribuição da população por setores de atividade, à escala local e nacional, usando gráficos e mapas;

Utilizar diferentes formas de representação cartográfica (em suporte físico ou digital) na análise da distribuição das diferentes atividades económicas no país, à escala local e nacional;

Mobilizar as TIC e as TIG para localizar e conhecer as características e a distribuição das atividades económicas.

Identificar/aplicar os conceitos: população ativa, sectores de atividade.

Como ocupamos os tempos livres

Exemplificar a importância do lazer e das diferentes formas de turismo em Portugal;

Localizar em diferentes representações cartográficas as principais áreas de proteção ambiental em Portugal;

Identificar fatores responsáveis por problemas ambientais que afetam o território nacional;

Exemplificar ações a empreender, no sentido de solucionar ou mitigar problemas ambientais que afetam o território nacional, relacionando-os com os ODS;

Identificar/aplicar os conceitos: lazer, turismo, Parque Nacional e Reserva Natural, paisagem, património (natural, cultural), ambiente.

O Mundo mais perto de nós

Comparar as vantagens e as desvantagens da utilização dos diferentes modos de transporte (rodoviário, ferroviário, marítimo, aéreo e fluvial);

Relacionar a distribuição das redes de transporte com a distribuição da população e atividades económicas;

Discutir a importância do desenvolvimento das telecomunicações nas atividades humanas e qualidade de vida, dando exemplos concretos referentes à situação em Portugal;

Aplicar as TIC e as TIG para localizar e conhecer as caraterísticas e a distribuição das redes de transporte;

Identificar/aplicar os conceitos: distância-tempo, distância-custo, acessibilidade, redes e modos transporte; telecomunicações, globalização.

Tecnologias da Informação e Comunicação

Introdução

Estabelecem-se neste documento as Aprendizagens Essenciais (AE) - a realizar pelos alunos na disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), no 5.º ano de escolaridade -, que se organizam em quatro domínios de trabalho, agregando orientações metodológicas. A seleção das AE da referida disciplina foi alicerçada em dados científicos, bem como em recomendações produzidas no âmbito da OCDE (2017), do World Economic Forum (2016),tendo sido estabelecidas articulações com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), no intuito de sublinhar a importância de, desde cedo, os alunos utilizarem as tecnologias como ferramentas de trabalho promotor de competências digitais múltiplas, necessárias à aprendizagem na sociedade contemporânea. A disciplina de TIC, nos 2.º e 3.º Ciclos, vai além do desenvolvimento da literacia digital generalizada básica, avançando para o domínio do desenvolvimento das capacidades analíticas dos alunos, através da exploração de ambientes computacionais apropriados às suas idades e proporcionando a abordagem de tecnologias emergentes. Subjaz não uma lógica restrita de conteúdos instrumentais ou de aquisição de conceitos, mas sobretudo o desenvolvimento de competências capazes de preparar os jovens para as exigências do século XXI, em sintonia com o estabelecido no PA, nomeadamente nas áreas de competências de “Linguagens e textos”, “Informação e comunicação” e “Raciocínio e resolução de problemas”.

As AE de TIC organizam-se em quatro domínios de trabalho:

  • SEGURANÇA, RESPONSABILIDADE E RESPEITO EM AMBIENTES DIGITAIS
  • INVESTIGAR E PESQUISAR
  • COLABORAR E COMUNICAR
  • CRIAR E INOVAR

O domínio Segurança, Responsabilidade e Respeito em Ambientes Digitais assenta no pressuposto de que as questões de ética e segurança devem estar continuamente presentes e devem ser trabalhadas de forma sistemática e explícita ao longo de todas as AE que os alunos realizam nesta disciplina. É, por isso, um domínio transversal, que deve ser abordado, sempre que oportuno, no âmbito da realização das atividades.

Espera-se, desta forma, promover a capacidade de os alunos participarem de forma mais esclarecida e adequada em diversos contextos, desenvolvendo uma conduta crítica, refletida e responsável no uso de tecnologias, ambientes e serviços digitais, respeitando as normas de utilização das TIC, dos direitos de autor e de propriedade intelectual dos recursos e conteúdos que mobilizam, nas diversas atividades, diferentes áreas curriculares e no dia a dia. Ainda, no quadro desta perspetiva transversal, espera-se reforçar uma preocupação na salvaguarda de publicação e/ou divulgação de dados pessoais ou de outros, apelando sistematicamente ao desenvolvimento do sentido comunitário e de cidadania interventiva e a um comportamento adequado na utilização das redes sociais.

No domínio Investigar e Pesquisar, pretende-se que cada aluno se aproprie de métodos de trabalho, de pesquisa e de investigação com a utilização das tecnologias, desenvolvendo competências de seleção e análise crítica da informação no contexto de atividades investigativas, tornando-se um cidadão “munido de múltiplas literacias que lhe permitam analisar e questionar criticamente a realidade, avaliar e selecionar a informação, formular hipóteses e tomar decisões fundamentadas no seu dia a dia; (...) apto a continuar a aprendizagem ao longo da vida, como fator decisivo do seu desenvolvimento pessoal e da sua intervenção social” (PA, 2017, p. 15).

No domínio Comunicar e Colaborar, elencam-se competências das áreas de “Relacionamento interpessoal” e “Desenvolvimento pessoal e autonomia”, com o objetivo de desenvolver regras de comunicação em ambientes digitais, em situações reais ou simuladas, utilizando meios e recursos digitais, cabendo ao professor identificar quais as aplicações e plataformas mais adequadas ao projeto e atividades a desenvolver, levando em conta a faixa etária dos alunos.

No domínio Criar e Inovar, engloba-se o conjunto de competências associadas à criação de conteúdos, com recurso a aplicações digitais adequadas a cada situação. No 5.º ano, espera-se que se iniciem as aprendizagens essenciais relacionadas com o desenvolvimento do pensamento computacional, nomeadamente processos de resolução de problemas de forma computacional. Espera-se, ainda, que se iniciem práticas relacionadas com uma introdução à programação por blocos, que permitam a concretização da resolução dos problemas.

Estes quatro domínios não devem ser vistos como estanques, mas como áreas de trabalho que se cruzam e que, em conjunto, concorrem para o desenvolvimento das competências previstas no PA. Assim, as aprendizagens essenciais para a disciplina de TIC, organizada em domínios, não indicamnem sugerem uma sequencialidade temporal obrigatória na sua abordagem didática.

A lógica que deve prevalecer será a do desenvolvimento de desafios, problemas ou projetos, recomendando-se um trabalho conjunto e em simultâneo para as aprendizagens de diferentes domínios, bem como a articulação com outras áreas disciplinares e a colaboração com serviços e projetos da escola, com a família e com instituições regionais, nacionais ou internacionais.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
SEGURANÇA, RESPONSABILI-DADE E RESPEITO EM AMBIENTES DIGITAIS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno adota uma atitude crítica, refletida e responsável no uso de tecnologias, ambientes e serviços digitais, sendo capaz de:

Ter consciência do impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação na sociedade e no dia a dia;

Compreender a necessidade de práticas seguras de utilização das ferramentas digitais e de navegação na Internet e adotar comportamentos em conformidade;

Conhecer e adotar as regras de ergonomia subjacentes ao uso de computadores e/ou outros dispositivos eletrónicos;

Conhecer e utilizar as normas relacionadas com os direitos de autor e a necessidade de registar as fontes;

Entender as regras para criação e utilização de palavras-chave seguras.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Sugere-se que os descritores relativos à segurança sejam abordados, sempre que necessário e oportuno, no âmbito do desenvolvimento de desafios, problemas ou projetos que articulem e/ou integrem os outros domínios.

Propor atividades sobre os conteúdos, que fomentem dinâmicas de grupo, debates, role- playing, brainstormings, criação de jogos, entre outras.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado
(A, B, G, I, J)

Criativo
(A, C, D, J)

Crítico/Analítico
(A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador
(C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro
(A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador
(A, B, C, I, J)

Organizador
INVESTIGAR E PESQUISAR
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno planifica uma investigação a realizar online sendo capaz de:

Planificar estratégias de investigação e pesquisa a realizar online;

Formular questões que permitam orientar a recolha de dados ou informações pertinentes;

Definir palavras-chave para localizar informação, utilizando mecanismos e funções simples de pesquisa;

Utilizar o computador e outros dispositivos digitais como ferramentas de apoio ao processo de investigação e pesquisa;

Conhecer as potencialidades e principais funcionalidades de ferramentas para apoiar o processo de investigação e pesquisa online;

Realizar pesquisas, utilizando os termos selecionados e relevantes de acordo com o tema a desenvolver;

Analisar criticamente a qualidade da informação;

Utilizar o computador e outros dispositivos digitais, de forma a permitir a organização e gestão da informação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Propor atividades de trabalho articulado com conteúdos de outras áreas disciplinares e/ou transversais.

Identificar um problema ou uma necessidade do meio envolvente (local, nacional ou global).

Pensar soluções para o problema, discutir ideias, formular questões e planear as fases de investigação e pesquisa, individualmente, em pares ou em grupo, recorrendo a aplicações digitais que permitam a criação de mapas conceptuais, registo de notas, murais digitais, diagramas, brainstorming online, entre outras.

Criação de instrumentos que apoiem a recolha, gestão e organização de informação, por exemplo: formulários, tabelas, linhas cronológicas, agregadores de conteúdos, entre outros.

Organizador
COMUNICAR E COLABORAR
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno mobiliza as estratégias e ferramentas de comunicação e colaboração, sendo capaz de:

Identificar diferentes meios e aplicações que permitam a comunicação e a colaboração;

Selecionar as soluções tecnológicas, mais adequadas, para realização de trabalho colaborativo e comunicação que se pretendem efetuar no âmbito de atividades e/ou projetos;

Utilizar diferentes meios e aplicações que permitem a comunicação e colaboração em ambientes digitais fechados;

Apresentar e partilhar os produtos desenvolvidos utilizando meios digitais de comunicação e colaboração em ambientes digitais fechados.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover a criação de situações no âmbito das quais o aluno comunica, colabora e interage de forma síncrona e assíncrona, recorrendo às plataformas digitais mais adequadas ao desenvolvimento dos projetos.

Proporcionar momentos que permitam aos alunos apresentar e partilhar, individualmente, em pares ou em grupo, o desenvolvimento dos projetos.

Organizador
CRIAR E INOVAR
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno conhece estratégias e ferramentas digitais de apoio à criatividade, explora ideias e desenvolve o pensamento computacional e produz artefactos digitais criativos, sendo capaz de:

Conhecer as potencialidades de diferentes aplicações digitais, por exemplo, de escrita criativa, explorando ambientes de programação;

Caracterizar, pelo menos, uma das ferramentas digitais abordadas;

Compreender o conceito de algoritmo e elaborar algoritmos simples;

Analisar algoritmos, antevendo resultados esperados e/ou detetando erros nos mesmos;

Elaborar algoritmos no sentido de encontrar soluções para problemas simples (reais ou simulados), utilizando aplicações digitais, por exemplo: ambientes de programação, mapas de ideias, murais, blocos de notas, diagramas e brainstorming online;

Produzir artefactos digitais criativos, para exprimir ideias, sentimentos e conhecimentos, em ambientes digitais fechados.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Mobilizar as aprendizagens essenciais dos restantes domínios, fomentando o desenvolvimento de projetos, em articulação com outras áreas disciplinares, serviços e projetos da escola, com a família e com instituições regionais, nacionais ou internacionais.

Tratar e organizar os dados recolhidos, em diferentes formatos, por exemplo: em relatórios, diagramas, infográficos, cartazes digitais, apresentações multimédia, entre outros.

Criar diferentes tipos de artefactos digitais, por exemplo: narrativas digitais, animações, jogos, entre outros.

Matemática

Introdução

Finalidades do ensino da Matemática

Respeitando os princípios de equidade e qualidade, o ensino da Matemática, ao nível da escolaridade básica, deve visar aprendizagens matemáticas relevantes e sustentáveis para todos os alunos. Neste sentido, privilegia-se uma aprendizagem da Matemática com compreensão, bem como o desenvolvimento da capacidade de os alunos em utilizá-la em contextos matemáticos e não matemáticos ao longo da escolaridade, e nos diversos domínios disciplinares, por forma a contribuir não só para a sua autorrealização enquanto estudantes, como também na sua vida futura pessoal, profissional e social.

Na escolaridade básica, o ensino da Matemática deve, pois, proporcionar uma formação na disciplina centrada na aprendizagem que contribua para o desenvolvimento pessoal do aluno e lhe propicie a apropriação de instrumentos conceptuais e técnicos necessários na aprendizagem de outras disciplinas ao longo do seu percurso académico, qualquer que seja a área de prosseguimento de estudos escolhida. Deve contribuir igualmente para a atividade profissional por que venha a optar e para o exercício de uma cidadania crítica e participação na sociedade, com sentido de autonomia e colaboração, liberdade e responsabilidade.

O ensino da Matemática neste nível deve ainda proporcionar uma formação que promova nos alunos uma relação positiva com a disciplina, bem como uma visão da Matemática que corresponda à sua natureza enquanto ciência e integre o reconhecimento do seu valor cultural e social, nomeadamente no que se refere ao seu papel no desenvolvimento das diversas ciências, da tecnologia e de outras áreas da atividade humana.

Assim, na escolaridade básica, o ensino da Matemática deve ser norteado pelas seguintes finalidades principais:

a) Promover a aquisição e desenvolvimento de conhecimento e experiência em Matemática e a capacidade da sua aplicação em contextos matemáticos e não matemáticos.

Com esta finalidade pretende-se que, ao longo da escolaridade básica, os alunos compreendam os procedimentos, técnicas, conceitos, propriedades e relações matemáticas, e desenvolvam a capacidade de os utilizar para analisar, interpretar e resolver situações em contextos variados; desenvolvam capacidade de abstração e generalização e de compreender e elaborar raciocínios lógicos e outras formas de argumentação matemática; desenvolvam a capacidade de resolver e formular problemas, incluindo os que envolvem áreas matemáticas diferentes e problemas de modelação matemática; adquiram o vocabulário e linguagem próprios da Matemática e desenvolvam a capacidade de comunicar em Matemática, por forma a serem capazes de descrever, explicar e justificar, oralmente e por escrito, as suas ideias, procedimentos e raciocínios, bem como os resultados e conclusões que obtêm.

b) Desenvolver atitudes positivas face à Matemática e a capacidade de reconhecer e valorizar o papel cultural e
social desta ciência.

Com esta finalidade pretende-se que, ao longo da escolaridade básica, os alunos desenvolvam interesse pela Matemática e confiança nos seus conhecimentos e capacidades matemáticas, bem como persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam Matemática no seu percurso académico e que venham a enfrentar na sua vida em sociedade; desenvolvam a capacidade de apreciar aspetos estéticos da Matemática e de reconhecer e valorizar o papel da Matemática no desenvolvimento das outras ciências, da tecnologia e de outros domínios da atividade humana; desenvolvam a capacidade de reconhecer e valorizar a Matemática como elemento do património cultural da humanidade.

Estas finalidades enquadram, fundamentam e dão um sentido global às Aprendizagens Essenciais (AE) para cada tema matemático em cada um dos três ciclos do ensino básico, sendo entendidas como “os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, articulados conceptualmente, relevantes e significativos, bem como de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos em cada área disciplinar ou disciplina” (Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho). As AE apresentadas constituem, para cada tema matemático, um todo integrado e articulado de conteúdos, objetivos e práticas de aprendizagem interrelacionados e indissociáveis. Os objetivos concretizam as aprendizagens essenciais relativas a cada conteúdo, incidindo sobre conhecimentos, capacidades e atitudes a adquirir e a desenvolver, e as práticas estabelecem condições que apoiam e favorecem a consecução desses objetivos.

Assim, a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes, e a sua aplicação em contextos matemáticos e não matemáticos, são objetivos essenciais de aprendizagem, associados aos conteúdos de aprendizagem de cada tema matemático — sendo que os que estão definidos em termos de capacidades e as atitudes expressam também um vínculo próximo com a Matemática — e a práticas de aprendizagem que visam proporcionar condições que apoiem e favoreçam aprendizagens sustentáveis, com compreensão e transferíveis ou aplicáveis em contextos matemáticos e não matemáticos.

Articulação com o 1.º Ciclo

No que se refere aos temas e conteúdos de aprendizagem, a ação do professor no 2.º ciclo deve ser orientada por forma a que, relativamente a:

  • Números e Operações

Os alunos prossigam no desenvolvimento do sentido de número e da compreensão dos números e das operações, bem como da fluência do cálculo mental e escrito.

Neste ciclo, aprofunda-se o estudo dos números racionais não negativos na representação decimal e na forma de fração, introduzindo-se a representação em percentagem e o numeral misto, e alarga-se o estudo aos números inteiros.

  • Geometria e Medida

Os alunos prossigam no desenvolvimento da capacidade de visualização e na compreensão de propriedades de figuras geométricas, alargando-se o estudo de sólidos geométricos e de figuras planas e o estudo das grandezas geométricas e das isometrias do plano.

Neste ciclo, o perímetro é trabalhado com outras figuras geométricas, como o círculo e polígonos irregulares, e é introduzido o estudo das fórmulas para o cálculo de áreas e volumes — do triângulo e do círculo, e dos prismas retos e do cilindro, respetivamente. Nas isometrias dá-se especial atenção à reflexão e à rotação.

  • Álgebra

Os alunos desenvolvam o pensamento algébrico, bem como a capacidade de representar simbolicamente situações matemáticas e não matemáticas.

Neste ciclo, aprofunda-se o estudo das propriedades das operações e a sua generalização, bem como o uso da linguagem simbólica para descrever e representar relações matemáticas. São introduzidas as expressões numéricas para traduzir matematicamente uma dada situação e estudadas sequências e regularidades com a determinação de leis de formação e, se pertinente, de expressões algébricas que as representam. É também introduzida a noção de proporcionalidade direta, bem como os conceitos de razão e proporção associados.

  • Organização e Tratamento de Dados

Os alunos prossigam no desenvolvimento da capacidade de compreender e de produzir informação estatística.

Neste ciclo, prossegue a exploração, análise e interpretação de informação de natureza estatística e a realização de estudos que envolvam a linguagem e procedimentos estatísticos. Alarga-se o estudo a variáveis contínuas e a representações gráficas de dados com os gráficos de linhas e circulares, e introduzem-se a noção de frequência relativa e as medidas estatísticas — média, moda e amplitude.

  • Resolução de problemas, Raciocínio e Comunicação

Os alunos desenvolvam a capacidade de resolver problemas em situações que convocam a mobilização das novas aprendizagens nos diversos domínios, e a análise de estratégias e dos resultados obtidos.

Os alunos desenvolvam a capacidade de raciocinar e de argumentar matematicamente, formulando e testando conjecturas, bem como a capacidade de analisar os argumentos de outros.

Os alunos desenvolvam a capacidade de comunicarem em matemática, oralmente e por escrito, e progridam na utilização da linguagem matemática própria dos diversos conteúdos estudados na expressão e discussão das suas ideias, procedimentos e raciocínios.

Articulação com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA)

As AE apresentadas articulam-se com o PA, tendo em vista a sua consecução, no âmbito da disciplina de Matemática, nomeadamente no que se refere às aprendizagens dos alunos associadas às áreas de competências aí definidas, quer nas áreas (a), (b), (c), (d), e (i), intrinsecamente relacionados com temas, processos e métodos matemáticos, quer nas restantes áreas, (e), (f), (g), (h) e (j), em que a Matemática dá igualmente contributos essenciais. Num caso e noutro, pressupõem práticas de trabalho autónomo, colaborativo e de carácter interdisciplinar.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
NÚMEROS E OPRERAÇÕES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Números naturais

Números racionais não negativos

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Identificar números primos e números compostos e decompor um número em fatores primos.
  • Reconhecer múltiplos e divisores de números naturais, dar exemplos e utilizar as noções de mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Representar números racionais não negativos na forma de fração, decimal e percentagem, e estabelecer relações entre as diferentes representações, incluindo o numeral misto.
  • Comparar e ordenar números racionais não negativos, em contextos diversos, com e sem recurso à reta numérica.
  • Reconhecer relações numéricas e propriedades dos números e das operações, e utilizá-las em diferentes contextos, analisando o efeito das operações sobre os números.
  • Adicionar e subtrair números racionais não negativos nas diversas representações, recorrendo ao cálculo mental e a algoritmos, e fazer estimativas plausíveis.
  • Conceber e aplicar estratégias na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos e avaliar a plausibilidade dos resultados.
  • Compreender e construir explicações e justificações matemáticas, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir, oralmente e por escrito, ideias matemáticas, com precisão e rigor, e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, operações e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar materiais manipuláveis e outros recursos, incluindo os de tecnologia digital e a calculadora, na resolução de problemas e em outras tarefas de aprendizagem.
  • Utilizar números racionais não negativos com o significado de parte-todo, quociente, medida e operador, em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Utilizar as relações numéricas e as propriedades das operações e dos números, incluindo os critérios de divisibilidade (2,3,4,5,9 e 10), em situações de cálculo mental e escrito.
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas no campo numérico e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de reconhecer e elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Comunicar utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador / Desenvolvimento da linguagem e da oralidade (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
GEOMETRIA E MEDIDA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Figuras planas e sólidos geométricos

Medida

  • Descrever figuras no plano e no espaço com base nas suas propriedades e nas relações entre os seus elementos e fazer classificações explicitando os critérios utilizados.
  • Identificar e desenhar planificações de sólidos geométricos e reconhecer um sólido a partir da sua planificação.
  • Exprimir a amplitude de um ângulo em graus e identificar ângulos complementares, suplementares, adjacentes, alternos internos e verticalmente opostos.
  • Utilizar os critérios de igualdade de triângulos na sua construção e na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Reconhecer casos de possibilidade de construção de triângulos e construir triângulos a partir de elementos dados (amplitude de ângulos, comprimento de lados).
  • Reconhecer o significado de fórmulas para o cálculo de perímetros e áreas de paralelogramos e triângulos, e usá-las na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Calcular perímetros e áreas de polígonos, por enquadramento ou por decomposição e composição de figuras planas.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados, numa abordagem do espaço ao plano, que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, operações e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar modelos geométricos e outros materiais manipuláveis, e instrumentos variados, incluindo os de tecnologia digital, nomeadamente aplicações interactivas, programas computacionais específicos e calculadora, na exploração de propriedades de figuras planas e de sólidos geométricos.
  • Utilizar instrumentos de medida e desenho (régua, compasso, esquadro e transferidor) na construção de objetos geométricos.
  • Visualizar, interpretar e desenhar representações de figuras geométricas e construir sólidos a partir de representações bidimensionais e reciprocamente, usando
Organizador
Resolução de problemas
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Conceber e aplicar estratégias na resolução de problemas usando ideias geométricas, em contextos matemáticos e não matemáticos e avaliando a plausibilidade dos resultados.
  • Desenvolver a capacidade de visualização e construir explicações e justificações matemáticas e raciocínios lógicos, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir, oralmente e por escrito, ideias matemáticas, com precisão e rigor, e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas em geometria e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução, e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de reconhecer e elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Comunicar utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Organizador
ÁLGEBRA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Expressões numéricas e propriedades das operações

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Usar as propriedades das operações adição e subtração e a prioridade das operações no cálculo do valor de expressões numéricas respeitando o significado dos parêntesis, com números racionais não negativos.
  • Usar expressões numéricas para representar uma dada situação e compor situações que possam ser representadas por uma expressão numérica.
  • Conceber e aplicar estratégias de resolução de problemas envolvendo expressões numéricas, em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Desenvolver a capacidade de abstração e de generalização e de compreender e construir explicações e justificações matemáticas e raciocínios lógicos, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir oralmente e por escrito ideias matemáticas, com precisão e rigor, e explicar e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Organizador
ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Representação e interpretação de dados

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Distinguir os vários tipos de variáveis: qualitativa e quantitativa.
  • Recolher, organizar e representar dados recorrendo a tabelas de frequência absoluta e relativa, diagramas de caule e folhas e gráficos de barras e interpretar a informação representada.
  • Resolver problemas envolvendo a organização e tratamento de dados em contextos familiares variados e utilizar medidas estatística (moda e amplitude) para os interpretar e tomar decisões.
  • Exprimir, oralmente e por escrito, raciocínios, procedimentos e conclusões, utilizando linguagem própria da estatística, baseando-se nos dados recolhidos e tratados.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, regras e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Formular questões em contextos familiares variados e desenvolver investigações estatísticas, recorrendo a bases de dados diversas, organizando e representando dados e interpretando resultados.
  • Utilizar aplicações interativas, programas computacionais específicos e calculadora na organização e tratamento de dados.
  • Resolver problemas em que se recorra a medidas estatísticas para interpretar e comparar resultados, analisar estratégias variadas de resolução, e apreciar os resultados obtidos.
  • Interpretar e criticar informação estatística divulgada pelos media.
  • Comunicar, oralmente e por escrito, para descrever e explicar representações dos dados e as interpretações realizadas, raciocínios, procedimentos e conclusões, discutindo argumentos e criticando argumentos dos outros.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.

Inglês

Introdução

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para o desenvolvimento das áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Nos domínios da linguagem, informação e comunicação, promove o conhecimento de uma metalinguagem facilitadora da aquisição de outras línguas, desenvolve a capacidade de pesquisa e validação de informação e alarga a competência de comunicação e interação com o outro, mobilizando tipologias de atividades, projetos e recursos diversos. Potencia, ainda, situações e experiências que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade na gestão de projetos e resolução de problemas. Traduz-se, também, na construção de uma identidade própria de cidadão global na relação com os outros, alicerçada em atitudes e valores, tais como o respeito pelo outro e, no âmbito específico da língua inglesa, pela cultura anglo-saxónica, bem como pelas outras culturas no mundo, a responsabilidade e a cooperação entre indivíduos e povos, com repercussões individuais e coletivas. Neste sentido, os alunos irão mobilizar saberes das várias áreas do conhecimento na consecução de trabalhos individuais e em grupo, integrando transversalmente conteúdos de diferentes áreas disciplinares, conforme a gestão curricular decidida em conselho de turma, com base nos documentos orientadores do Agrupamento de Escolas ou de Escola não agrupada.

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Inglês têm em conta a análise dos documentos curriculares em vigor para a disciplina, nomeadamente os Programas, as Metas Curriculares e o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR, Conselho da Europa, 2001), documentos de referência para a docência da disciplina. Os exemplos de Leitura (R), Compreensão oral (LC), Interação oral (SI), Produção oral (SP), Escrita (W) e Domínio intercultural (ID) remetem para os descritores referentes a cada ano de escolaridade.

Em relação ao Inglês do 5.º ano (A1.1/A1.2), o aluno deve ser capaz de: compreender e usar expressões familiares frequentes relacionadas com áreas de prioridade imediata; apresentar-se e apresentar outros, fazer perguntas e dar respostas sobre aspetos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, quem conhece e os objetos que possui; comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante (adaptado de QECR, Escala Global, Nível A1.1/A1.2; Utilizador Elementar; Conselho da Europa, 2001).

As Aprendizagens Essenciais referentes aos sete anos de aprendizagem do Inglês no ensino básico correspondem aos seguintes níveis do QECR:

1.º CEB
3.º ano de escolaridade A1
4.º ano de escolaridade A1
2.º CEB
5.º ano de escolaridade A1.1/A1.2
6.º ano de escolaridade A2
3.º CEB
7.º ano de escolaridade A2.1/A2.2
8.º ano de escolaridade B1
9.º ano de escolaridade B1/B1.1

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREAS TEMÁTICAS/ SITUACIONAIS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Gostos e preferências pessoais; profissões; descrição física; rotinas diárias; atividades de tempos livres e alimentação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias de aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • rigor;
  • seleção de informação pertinente;
  • organização de leitura e estudo progressivamente autónomo;
  • análise incipiente de factos e situações;
  • tarefas de memorização e consolidação, associadas à compreensão e uso do saber.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos na:

  • sugestão de atividades relacionadas com um evento determinado;
  • criação de situações nas quais um conhecimento determinado possa ser aplicado;
  • produção de um objeto, texto ou solução de formato variado face a um desafio;
  • análise de textos em diferentes suportes com diferentes pontos de vista;
  • apresentação de soluções estéticas criativas.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo:

  • no reconhecimento de conceitos e factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • na análise de textos com diferentes pontos de vista para encontrar semelhanças e diferenças;
  • no uso do discurso oral e escrito de forma progressivamente coerente.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • recolha de dados e opiniões;
  • pesquisa com autonomia progressiva.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • pontos de vista diferentes;
  • respeito por diferentes perspetivas culturais (crenças ou opiniões);
  • respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de planificação, de revisão;
  • organização de sumários;
  • preenchimento de relatórios;
  • tarefas de síntese;
  • elaboração de esquemas;
  • promoção do estudo autónomo com o apoio do professor;
  • identificação de dificuldades e formas de as ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • elaboração de questões para os pares, sobre conteúdos estudados;
  • autoavaliação do conhecimento.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação unidirecional e bidirecional;
  • ações de resposta, apresentação e Iniciativa.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • a autoanálise;
  • a identificação de pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • a heteroavaliação para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a reorientação do seu trabalho, individualmente ou em grupo, a partir do feedback do professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno de:

  • colaboração com os outros;
  • apoio aos seus pares na realização de tarefas;
  • feedback para melhoria ou aprofundamento do seu desempenho.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização progressivamente autónomas de tarefas;
  • cumprimento de compromissos;
  • feedback relativo ao cumprimento de tarefas e funções;
  • apresentação de trabalhos com auto e heteroavaliação.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
COMPETÊNCIA COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Identificar palavras e expressões em canções e textos áudio/audiovisuais; entender pedidos que lhe são dirigidos, perguntas que lhe são feitas e informações que lhe são dadas; identificar a ideia global de pequenos textos orais;

seguir conversas sobre assuntos que lhe são familiares, articuladas de forma lenta, clara e pausada.

Compreensão escrita

Seguir instruções elementares; reconhecer informação que lhe é familiar em anúncios/avisos; compreender mensagens curtas e simples (postais, mensagens de texto, post/tweets, blogs, emails) sobre assuntos do seu interesse; desenvolver a literacia, entendendo textos simplificados de leitura extensiva com vocabulário familiar, lendo frases e pequenos textos em voz alta.

Interação oral

Pedir e dar informações sobre identificação pessoal; formular perguntas e respostas sobre assuntos que lhe são familiares; fazer sugestões e convites simples; interagir de forma simples; participar numa conversa simples sobre temas básicos e factuais para satisfazer necessidades imediatas.

Interação escrita

Preencher um formulário (online ou em formato papel) simples com informação pessoal e preferências pessoais básicas; pedir e dar informação pessoal de forma simples; pedir e dar informação sobre gostos e preferências de uma forma simples; responder a um email, chat ou mensagem de forma simples.

Produção oral

Articular sons da língua inglesa não existentes na língua materna; pronunciar, com correção, expressões e frases familiares; exprimir gostos e preferências pessoais, utilizando frases simples; descrever aspetos simples do seu dia a dia, utilizando frases simples; fazer descrições simples de um objeto ou imagem, utilizando expressões comuns; falar/fazer apresentações sobre alguns temas trabalhados previamente.

Produção escrita

Descrever-se a si e à família; redigir mensagens e notas pessoais; redigir postais e convites; escrever sobre as suas preferências, utilizando expressões e frases simples, justificando-as usando o conector because; descrever uma imagem usando there is/there are.

Organizador
COMPETÊNCIA INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer realidades interculturais distintas

Reconhecer elementos constitutivos da sua própria cultura e da(s) cultura(s) de língua estrangeira: diferentes aspetos de si próprio, identificar pessoas, lugares e aspetos que são importantes para si e para a sua cultura; identificar espaços de realidades culturais diferentes (a comunidade dos outros); localizar no mapa alguns países de expressão inglesa; associar capitais e algumas cidades desses países estudados; reconhecer aspetos culturais de países de expressão inglesa, tais como bandeiras e símbolos nacionais.

Sugestão de tópicos a serem trabalhados

Elementos da família real britânica; peças de vestuário; rotinas diárias e diferentes tipos de alimentos; festividades.

Organizador
COMPETÊNCIA ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comunicar eficazmente em contexto

Valorizar o uso da língua como instrumento de comunicação e de resolução de problemas, dentro e fora da sala de aula; reformular a sua capacidade de comunicar, usando a linguagem corporal, tais como gestos e mímica, para ajudar a transmitir mensagens ao outro; preparar, repetir e memorizar uma apresentação oral como forma de ganhar confiança; apresentar uma atividade Show & Tell à turma ou a outros elementos da comunidade educativa, respondendo a perguntas simples colocadas sobre o tema abordado.

Trabalhar e colaborar em pares e pequenos grupos

Participar em atividades de pares e grupos, revelando atitudes como, por exemplo, saber esperar a sua vez, ouvir os outros e refletir criticamente sobre o que foi dito, apresentando razões para justificar as suas conclusões; entender e seguir instruções breves; fazer sugestões e convites simples; demonstrar atitudes de inteligência emocional, utilizando expressões para cumprimentar, agradecer e despedir-se; diferenciar as formas de tratamento a utilizar com os colegas e com o professor; convidar outros a contribuir para a realização de tarefas elementares, usando expressões curtas e simples; planear, organizar e apresentar uma tarefa de pares ou um trabalho de grupo.

Utilizar a literacia tecnológica para comunicar e aceder ao saber em contexto

Comunicar com outros a uma escala local, nacional e internacional, recorrendo a aplicações tecnológicas para produção e comunicação online; contribuir para projetos e tarefas de grupo interdisciplinares que se apliquem ao contexto, a experiências reais e quotidianas do aluno; participar num WebQuest e aceder ao saber, recorrendo a aplicações informáticas online.

Pensar criticamente

Seguir um raciocínio bem estruturado e fundamentado e apresentar o seu próprio raciocínio ao/s outro/s, utilizando factos para justificar as suas opiniões; refletir criticamente sobre o que foi dito, fazendo ao outro perguntas simples que desenvolvam a curiosidade; deduzir o significado de palavras e expressões desconhecidas simples acompanhadas de imagens.

Relacionar conhecimentos de forma a desenvolver a criatividade em contexto

Realizar trabalhos criativos e produzir a linguagem necessária para apresentar os mesmos ao professor/aos colegas; realizar atividades para desenvolver a literacia, tais como trabalhar a rima, a sinonímia e a antonímia; desenvolver e participar em projetos e atividades interdisciplinares.

Desenvolver o aprender a aprender em contexto de sala de aula e aprender a regular o processo de aprendizagem

Discutir e selecionar objetivos de aprendizagem comuns e individuais; controlar as suas aprendizagens, registando as experiências mais relevantes; saber procurar palavras por áreas temáticas; utilizar os seus conhecimentos prévios da língua e a experiência pessoal para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples em Inglês; participar numa reflexão no final da aula para identificar atividades associadas aos objetivos de aprendizagem e o cumprimento dos mesmos; realizar atividades simples de auto e heteroavaliação: portefólios, diários e grelhas de progressão de aprendizagem.

Educação Física

Introdução

Com o 2.º Ciclo do Ensino Básico, dá-se sequência às aprendizagens realizadas no 1.º Ciclo, iniciando-se a abordagem das matérias de ensino na sua forma característica, com as competências a serem demonstradas pela consecução dos objetivos considerados nas três áreas de extensão da Educação Física (EF) – Atividades Físicas (estruturada em três níveis de especificação e complexidade das aprendizagens), Conhecimentos e Aptidão Física.

No 5.º ano, recuperam-se as aprendizagens desenvolvidas no 1.º Ciclo, aperfeiçoando ou recuperando as competências anteriores, garantindo uma abordagem equilibrada no conjunto dos objetivos apresentados para o 2.º Ciclo, que são consolidados durante o 6.º ano, assegurando as bases do desenvolvimento posterior no 3.º Ciclo.

As aprendizagens essenciais apresentadas têm por referência os objetivos gerais para o 2.º Ciclo, obrigatórios em todas as escolas, garantindo que os alunos adquiram as competências, comuns a todas as áreas, as quais se estruturam através da participação ativa em todas as situações, na procura do êxito pessoal e do grupo:

  1. Relacionar-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários.
  2. Aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s).
  3. Cooperar nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na atividade da turma.
  4. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais básicas, particularmente da resistência geral de longa duração; da força rápida; da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de frequência de movimentos e de deslocamento; da flexibilidade; da força resistente (esforços localizados) e das destrezas geral e direcionada.
  5. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, utilizando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  6. Conhecer os processos fundamentais das adaptações morfológicas, funcionais e psicológicas, que lhe permitem compreender os diversos fatores da aptidão física.
  7. Conhecer e aplicar cuidados higiénicos, bem como as regras de segurança pessoal e dos companheiros, e de preservação dos recursos materiais.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 5.º ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em três matérias de diferentes subáreas do seguinte conjunto de possibilidades.

SUBÁREA JOGOS

Participar em JOGOS, ajustando a iniciativa própria e as qualidades motoras na prestação às possibilidades oferecidas pela situação de jogo e ao seu objetivo, realizando habilidades básicas e ações técnico-táticas fundamentais, com oportunidade e correção de movimentos.

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo dos JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), desempenhando com oportunidade e correção as ações solicitadas pelas situações de jogo, aplicando a ética do jogo e as suas regras.

SUBÁREA GINÁSTICA

Compor e realizar, da GINÁSTICA (Solo, Aparelhos, Rítmica), as destrezas elementares de solo, aparelhos e minitrampolim, em esquemas individuais e/ou de grupo, aplicando os critérios de correção técnica e expressão e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

SUBÁREA ATLETISMO

Realizar, do ATLETISMO, saltos, corridas e lançamentos, segundo padrões simplificados, e cumprindo corretamente as exigências elementares técnicas e regulamentares.

SUBÁREA PATINAGEM

Patinar com equilíbrio e segurança, ajustando as suas ações para orientar o seu deslocamento com intencionalidade e oportunidade na realização de sequências rítmicas, percursos ou jogos.

SUBÁREA ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS

Interpretar sequências de habilidades específicas elementares das ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), em coreografias individuais e/ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade considerados, de acordo com os motivos das composições.

OUTRAS

Realizar ações de oposição direta solicitadas de COMBATE (Luta), utilizando as técnicas fundamentais de controlo e desequilíbrio, com segurança (própria e do opositor), aplicando as regras e os princípios éticos.

Deslocar-se com segurança no MEIO AQUÁTICO (Natação), coordenando a respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.

Nota - Para o nível INTRODUÇÃO, em três matérias de diferentes subáreas, devem observar-se as seguintes condições:

  1. O ATLETISMO constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. Nas subáreas JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS, GINÁSTICA, PATINAGEM e ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS, cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Nas OUTRAS, poderá ser considerada a Natação ou uma matéria da subárea DESPORTOS DE COMBATE.

Consulte o Anexo 2, para conhecer os objetivos programáticos para o 5.º ano de escolaridade.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

adquirir, com rigor, conhecimento e outros saberes;
analisar situações, identificando os seus elementos ou dados;
realizar tarefas associadas à compreensão e mobilização dos conhecimentos;
estabelecer relações intra e interdisciplinares;
utilizar conhecimento, para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo situações de jogo, concursos e outras tarefas a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

elaborar sequências de habilidades;
elaborar coreografias;
resolver problemas em situações de jogo;
explorar materiais;
explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, etc.;
criar um objeto, texto ou solução, face a um desafio;
criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

analisar situações com diferentes pontos de vista; confrontar argumentos, para encontrar semelhanças, diferenças, etc.;
analisar factose situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
analisar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria.

Proporcionar atividades formativas, que possibilitem aos alunos:

realizar tarefas de síntese;
realizar tarefas de planificação, de revisão e de
monitorização;
elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

saber questionar uma situação;
desencadear ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;
identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;
identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolver na aprendizagem;
interpretar e explicar as suas opções;
descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e gosto proporcionado pelas atividades;
aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor;
respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem;
apresentar iniciativas e propostas;
ser autónomo na realização das tarefas;
cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

conhecer e aplicar cuidados de higiene;
conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
promover o gosto pela prática regular de atividade física.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo /Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador/ Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, H, I, J)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa Fitescola®, para a sua idade e sexo.

Consulte o Anexo 2, para conhecer as capacidades motoras a desenvolver no 5.º ano de escolaridade.

Consulte o site da Plataforma Fitescola® para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno deve ficar capaz de:

Identificar as capacidades físicas: resistência, força, velocidade, flexibilidade, agilidade e coordenação (geral), de acordo com as características do esforço realizado.

História

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da História no 3.º ciclo e constituem-se como o documento curricular base para a planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Identificando as AE permite-se o aprofundamento de temas, as explorações interdisciplinares e a mobilização de componentes locais do currículo.

As AE foram elaboradas tendo como referência uma escolaridade obrigatória de 12 anos, com a preocupação de dar aos alunos instrumentos para o prosseguimento de estudos, mas pensando igualmente que, para muitos, o 9.º ano representa o fim do contacto com a disciplina de História.

No 3.º ciclo a História torna-se uma disciplina autónoma, uma vez que no 1.º ciclo está integrada no Estudo do Meio e no 2.o ciclo se trata a História e Geografia de Portugal, o que permite aprofundar a utilização das metodologias específicas desta área do saber e, optando por uma abordagem cronológica, dar aos alunos uma consciência de outras realidades espácio temporais, relacionando a história de Portugal com a história da Europa e do Mundo.

No que respeita ao 9.º ano de escolaridade, as AE definidas incidem no estudo de etapas fundamentais do desenvolvimento da humanidade, desde o limiar do século XX até à atualidade.

Pretende-se que o aluno adquira uma consciência histórica que lhe permita assumir uma posição crítica e participativa na sociedade, reconhecendo a utilidade da História para compreender de forma integrada o mundo em que vive e para a construção da sua identidade individual e coletiva. A História, através da análise fundamentada e crítica de exemplos do passado, é uma disciplina fundamental para promover a cultura de autonomia e responsabilidade, referida no documento PA

Para além das AE identificadas para cada tema do Programa, ao longo do 3.º ciclo o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina de História e transversais a vários temas e anos de escolaridade:

  • Consolidar a aquisição e utilizar referentes de tempo e de unidades de tempo histórico: antes de, depois de, milénio, século, ano, era; (A; B; C; I)
  • Localizar em representações cartográficas, de diversos tipos, locais e eventos históricos; (A; B; C; I)
  • Compreender a necessidade das fontes históricas para a produção do conhecimento histórico; (A; B; C; D; F; I)
  • Utilizar adequadamente fontes históricas de tipologia diversa, recolhendo e tratando a informação para a abordagem da realidade social numa perspetiva crítica; (A; B C; D; F; H; I)
  • Relacionar formas de organização do espaço com os elementos naturais e humanos aí existentes em diferentes épocas históricas, ressaltando aspetos diferentes e aspetos que permanecem; (A; B; C D; F; G; I; J)
  • Reforçar a utilização de conceitos operatórios e metodológicos da disciplina de História; (C; D; F; I)
  • Compreender a existência de continuidades e de ruturas no processo histórico, estabelecendo relações de causalidade e de consequência; (A; B; C; D; F; G; I)
  • Reconhecer a importância dos valores de cidadania para a formação de uma consciência cívica e de uma intervenção responsável na sociedade democrática; (A; B; C; D; E; F; G; I)
  • Promover uma abordagem da História baseada em critérios éticos e estéticos; (A; B; C; D; E; F; G; H; I; J)
  • Relacionar, sempre que possível, as aprendizagens com a História regional e local, valorizando o património histórico e cultural existente na região/local onde habita/estuda; (A; B; C; D; E; F; G; H ; I)
  • Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade: étnica, ideológica, cultural, sexual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)

Os documentos de referência considerados para a elaboração das AE foram o Programa e as Metas Curriculares que se mantêm em vigor.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉCULO XX
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Hegemonia e declínio da influência europeia

Relacionar o ultimato inglês com o processo de expansão colonial europeu;

Interpretar o primeiro conflito mundial à luz da rivalidade económica e do exacerbar dos nacionalismos;

Analisar as alterações políticas, sociais, económicas e geoestratégicas decorrentes da rutura que constituiu a I Guerra Mundial;

Identificar/aplicar os conceitos: Imperialismo;

Nacionalismo; Colonialismo; Racismo; Ultimato; Paz precária; Fordismo; Taylorismo; Estandardização; Monopólio; Inflação.

A revolução soviética

Compreender que o modelo ideológico socialista, saído da revolução de outubro de 1917, resultou de antagonismos sociais e políticos;

Distinguir processos históricos daí resultantes; Identificar/aplicar os conceitos: Soviete; Nacionalização;

Ditadura do proletariado.

Portugal: da I República à ditadura militar

Conhecer os aspetos fundamentais da doutrina republicana;

Compreender a conjuntura económica, social e política que esteve na origem da implantação da I República;

Identificar as principais medidas governativas da I República;

Demonstrar que a participação de Portugal na I Guerra Mundial se relacionou com a questão colonial e com a necessidade de reconhecimento do regime republicano;

Avaliar as consequências políticas, económicas e financeiras da participação de Portugal na I Guerra Mundial;

Compreender que a instabilidade política e as dificuldades económicas e sociais concorreram para intervenção militar em 28 de maio de 1926;

Identificar/aplicar os conceitos: Republicanismo; Ditadura; Partido político.

Sociedade e cultura num mundo em mudança

Relacionar a I Guerra Mundial com a aceleração das transformações operadas nos comportamentos, na cultura, nas ciências, nas artes e na literatura;

Identificar/aplicar os conceitos: Feminismo; Cultura de massas; Mass Media; Ciências Sociais; Futurismo; Abstracionismo; Modernismo.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • desenvolver a memorização, associando-a à compreensão, de forma a conseguir mobilizar o memorizado;
  • mobilizar o conhecimento adquirido aplicando-o em diferentes contextos históricos, de forma autónoma;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • formular algumas hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico, de forma autónoma;
  • utiliza os conceitos operatórios da História para a compreensão dos diferentes contextos;
  • utiliza a metodologia específica da História para a análise de acontecimentos e processos;
  • valorizar o património histórico material e imaterial, regional e nacional;
  • valorizar o património histórico material e imaterial europeu, numa perspetiva de desenvolvimento da cidadania europeia.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • propor alternativas de interpretação a um acontecimento, evento ou processo, de forma autónoma;
  • promover a multiperspetiva em História, de forma autónoma;
  • usar meios diversos para expressar as aprendizagens;
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar factos e situações, aprendendo a selecionar elementos ou dados históricos relevantes para o assunto em estudo;
  • mobilizar o discurso argumentativo;
  • organizar debates orientados que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados históricos;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar histórico, de forma autónoma;
  • analisar fontes históricas escritas com diferentes pontos de vista, problematizando-os.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • selecionar fontes históricas fidedignas e de diversos tipos;
  • recolher e selecionar dados de fontes históricas relevantes para a análise de assuntos em estudo, aprendendo;
  • problematizar os conhecimentos adquiridos.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;
  • saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;
  • confrontar ideias e perspetivas históricas distintas, respeitando as diferenças de opinião.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • planificar, sintetizar, rever e monitorizar;
  • registar seletivamente a informação recolhida em fontes históricas;
  • organizar a informação recolhida em fontes históricas de diversos tipos;
  • elaborar pequenas sínteses com base em dados recolhidos em fontes históricas analisadas;
  • elaborar relatórios obedecendo a critérios e objetivos específicos;
  • elaborar planos específicos e esquemas;
  • sistematizar acontecimentos e/ou processos históricos;
  • organizar de forma sistematizada o estudo autónomo.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História;
  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos metodológicos da História;
  • comunicar uni, bi e multidirecionalmente;
  • responder, apresentar dados/informação, mostrar iniciativa;
  • usar meios diversos para expressar as aprendizagens.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • questionar de forma organizada e sustentada o trabalho efetuado por si e pelos outros;
  • autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;
  • avaliar de forma construtiva as aprendizagens adquiridas, os comportamentos e atitudes dos outros;
  • aceitar as críticas dos pares e dos professores de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com os pares e professores, no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;
  • apoiar o trabalho colaborativo;
  • saber intervir de forma solidária;
  • ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • estar disponível para se autoaperfeiçoar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;
  • assumir e cumprir compromissos;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • valorizar a sensibilidade estética e a consciência ética, por forma a estabelecer consigo próprio e com os outros uma relação harmoniosa e salutar.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
DA GRANDE DEPRESSÃO À SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

As dificuldades económicas dos anos 30 Entre a ditadura e a democracia

Relacionar a ascensão ao poder de partidos totalitários com as dificuldades económicas e sociais e com o receio da expansão do socialismo, realçando o papel da propaganda;

Descrever as principais características dos regimes totalitários;

Explicar o processo de implementação do Estado Novo em Portugal, destacando o papel de Salazar;

Comparar o Estado Novo com os principais regimes ditatoriais, estabelecendo semelhanças e diferenças;

Identificar consequências da aplicação do modelo económico estalinista;

Identificar formas democráticas de resposta à crise;

Problematizar a guerra civil espanhola, inserindo-a no contexto ideológico da época;

Identificar/aplicar os conceitos: Fascismo; Corporativismo; Nazismo; Totalitarismo; Antissemitismo; Estado Novo; Economia planificada; Coletivização; Culto da personalidade; Frente Popular; New Deal.

A II Guerra Mundial

Relacionar a II Guerra Mundial com o expansionismo das ditaduras, caracterizando sumariamente as principais etapas do conflito;

Indicar as principais alterações ocorridas no mapa político mundial do após II Guerra;

Analisar o papel da ONU;

Identificar/aplicar os conceitos: Genocídio; Resistência; Holocausto.

Organizador
DO SEGUNDO PÓS- GUERRA AOS DESAFIOS DO NOSSO TEMPO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Da II Guerra à queda do muro de Berlim

Relacionar a afirmação dos EUA, enquanto potência hegemónica, com o auxílio económico prestado à Europa no após II Guerra e com o receio do avanço da influência comunista;

Compreender a Guerra Fria como resultado das tendências hegemónicas dos EUA e da URSS, dando origem à formação de blocos militares e a confrontos;

Destacar a luta de emancipação dos povos colonizados, nomeadamente o pioneirismo dos povos asiáticos, e o caso indiano, enquanto paradigma da não-violência;

Explicar o desenvolvimento económico e tecnológico dos EUA e a sua hegemonia no mundo capitalista; Analisar as transformações sociais e culturais verificadas na sociedade ocidental;

Integrar a formação da CEE no período do após II Guerra;

Identificar/aplicar os conceitos: Guerra Fria; Movimentos de libertação; Descolonização; Neocolonialismo; Terceiro Mundo, Multinacional; Sociedade de consumo; Sociedade de abundância; Segregação racial; Democracia Popular; Maoísmo.

Portugal: do autoritarismo à democracia

Relacionar a manutenção do regime autoritário em Portugal com a Guerra Fria; 

Distinguir períodos de estagnação e de desenvolvimento económico da II Guerra até 1974 (atraso do mundo rural e movimento migratório, medidas de fomento industrial e abertura a capitais estrangeiros);

Explicar a oposição interna ao regime;

Analisar a guerra colonial do ponto de vista dos custos humanos e económicos, quer para Portugal quer para os territórios coloniais, relacionando-a com a recusa em descolonizar;

Contextualizar a mudança de regime que ocorreu em 25 Abril de 1974 com a crescente oposição popular à guerra colonial e à falta de liberdade individual e coletiva;

Realçar a importância do 25 de Novembro para a estabilização do processo democrático;

Analisar o processo de descolonização;

Compreender a complexidade do processo de democratização, do PREC à progressiva instalação e consolidação das estruturas democráticas;

Compreender a importância da entrada de Portugal na CEE para a consolidação do processo de democratização e para a modernização do país;

Identificar/aplicar os conceitos: Processo revolucionário; Poder autárquico; Descentralização.

As transformações do mundo contemporâneo

Compreender as alterações ocorridas no mundo após a queda do muro de Berlim e o desmoronamento da URSS;

Analisar a dependência económica dos países em vias de desenvolvimento;

Indicar as principais potências emergentes, (ex.: o caso chinês);

Caracterizar as relações de cooperação com os espaços lusófonos;

Analisar as dimensões da globalização (ex.: tecnologias de informação, comunicação e transportes, migrações);

Identificar/aplicar os conceitos: Qualidade de vida; Multiculturalismo/Interculturalismo, Cidadania.

Ciências Naturais

Introdução

A disciplina de Ciências Naturais do 2.º ciclo do ensino básico procura despertar nos alunos a curiosidade pelo mundo natural e o interesse pela ciência. Importa, também, que os alunos compreendam que a ciência está presente no nosso dia a dia e que são necessários cada vez mais conhecimentos científicos e tecnológicos para se assumir uma perspetiva de cidadania, viver com qualidade de vida e contribuir para a sustentabilidade do planeta Terra.

Através da abordagem das temáticas — A água, o ar, as rochas e o solo – materiais terrestres; Diversidade de seres vivos e suas interações com o meio; Unidade na diversidade de seres vivos (5.º ano de escolaridade) e Processos vitais comuns aos seres vivos; Agressões do meio e integridade do organismo (6.º ano de escolaridade) — procura-se que o aluno efetue interligações com os saberes adquiridos no 1.º ciclo do ensino básico e progrida de uma escala mais ampla sobre a estrutura e o funcionamento do planeta e dos diversos subsistemas que o compõem, numa perspetiva de educação para a (5.º ano de escolaridade), para uma escala mais circunscrita, centrada nos processos vitais comuns aos seres vivos, nomeadamente ao ser humano, numa perspetiva de educação para a saúde (6.º ano de escolaridade), tornando-o capaz de atuar como cidadão informado, fazendo opções responsáveis.

Enfatizando a relevância da ciência no dia a dia e a sua aplicação na tecnologia, na sociedade e no ambiente, o ensino das Ciências Naturais, contextualizado em situações reais e atuais de onde podem emergir questões-problema orientadoras das aprendizagens, dá um particular contributo para o desenvolvimento de áreas de competências como “Raciocínio e resolução de problemas”, “Pensamento crítico e pensamento criativo”, “Saber científico, técnico e tecnológico” e “Bem estar, saúde e ambiente”, que contribuem para o desenvolvimento do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

As temáticas abordadas na disciplina de Ciências Naturais constituem-se, também, como um campo privilegiado para a realização de trabalho de projeto e trabalho colaborativo, permitindo o desenvolvimento de aprendizagens interdisciplinares, nomeadamente com as disciplinas de Português, História e Geografia de Portugal e Matemática, e de competências nas áreas de “Relacionamento interpessoal” e “Desenvolvimento e autonomia pessoal”. Para além do trabalho de projeto, os professores devem selecionar as abordagens metodológicas que melhor se adequem aos seus alunos e que promovam o desenvolvimento das aprendizagens essenciais explicitadas neste documento. Esta autonomia dos professores deve ter em conta que:

  1. o nível de aprofundamento dos conceitos deve considerar os contextos dos alunos e das escolas, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, nacional e global;
  2. os processos de ensino devem ser centrados nas aprendizagens dos alunos, considerados como agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento, pesquisando e organizando informação, analisando e interpretando dados relacionados com situações concretas para as quais deverão propor soluções de melhoria;
  3. a natureza da ciência deve ser valorizada, procurando, sempre que possível, adotar estratégias que evidenciem o processo de construção do conhecimento científico e explorando as inter-relações entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o ambiente (CTSA);
  4. as atividades práticas devem ser valorizadas e consideradas como parte integrante e fundamental dos processos de ensino e de aprendizagem dos conteúdos programáticos, integrando as dimensões teórica e prática no ensino de todas as temáticas.

A avaliação das aprendizagens deve assumir um caráter essencialmente formativo e contínuo, para que o aluno tome consciência não só das suas potencialidades, mas também das suas dificuldades e procure ultrapassá-las através de uma reflexão sistemática baseada no feedback do professor. A avaliação deve incidir não apenas nos produtos, mas também nos processos de aprendizagem, funcionando quer como mecanismo de autoavaliação consciente para o aluno, quer como mecanismo de autorregulação do ensino, para o professor.

As tarefas e instrumentos de avaliação devem atender ao tipo de atividades de aprendizagem desenvolvidas e, ainda, ter em conta a situação de cada aluno, nomeadamente fatores de caráter individual e social.

As Aprendizagens Essenciais (AE) que se apresentam têm como referente o capítulo “Ciências da Natureza” do documento Organização Curricular e Programas - 2.º Ciclo, volume 1 (p. 173-190) e volume 2 (ME-DEB, 1991) e as Metas Curriculares da disciplina de Ciências Naturais (MEC, 2013), constituindo-se como indispensáveis à construção significativa do conhecimento, bem como ao desenvolvimento de processos cognitivos e atitudes particularmente associados à ciência.

A leitura deste documento pode ser feita sequencialmente, respeitando os temas e o respetivo desenvolvimento programático, e deve ter sempre presente a necessária articulação com o PA. No entanto, esta sequência pode ser alterada de acordo com a gestão curricular, tendo em conta interesses locais, a atualidade de algumas temáticas e as características dos alunos. Esta organização pode facilitar as opções de gestão curricular, tanto a nível da sua disciplina como a nível da interdisciplinaridade.

Para além das Aprendizagens Essenciais para o 5.o ano de escolaridade específicas da disciplina, que em seguida se apresentam, é importante que o professor tenha presente um conjunto de aprendizagens transversais a vários temas e anos de escolaridade que os alunos devem desenvolver, progressivamente, ao longo da escolaridade básica.

A disciplina de Ciências Naturais no 5.º ano de escolaridade trata temáticas relacionadas com as características e as dinâmicas do planeta Terra e promotoras da educação científica dos alunos, ajudando-os a:

  1. adquirir uma visão global sobre a Terra, através da abordagem dos materiais terrestres – rochas, água e ar;
  2. perceber a diversidade dos seres vivos que vivem no planeta Terra e as interações que estes estabelecem com o meio;
  3. compreender que apesar de haver uma grande biodiversidade no planeta Terra, todos os seres vivos são constituídos por células;
  4. assumir atitudes e valores que defendam a implementação de medidas que visem promover a sustentabilidade do planeta Terra e fomentem a saúde individual e coletiva;
  5. implementar investigações práticas, baseadas na observação sistemática, na modelação e no trabalho laboratorial/experimental, para dar resposta a problemas relacionados com os materiais terrestres, diversidade de seres vivos e suas interações com o meio.

APRENDIZAGENS ESSENCIAS TRANSVERSAIS

  • Selecionar e organizar informação a partir de fontes diversas, integrando saberes prévios para construir novos conhecimentos.
  • Descrever e classificar entidades e processos com base em critérios, compreendendo a sua pertinência.
  • Construir explicações científicas baseadas em conceitos e evidências científicas, obtidas através da realização de atividades práticas diversificadas – laboratoriais, de campo, de pesquisa, experimentais - planeadas para responder a problemas.
  • Construir, usar, discutir e avaliar modelos que representem estruturas e sistemas.
  • Reconhecer que a ciência é uma atividade humana, com objetivos, procedimentos e modos de pensar próprios, através da exploração de acontecimentos, atuais ou históricos, que documentem a sua natureza.
  • Aplicar as competências desenvolvidas em problemáticas atuais e em novos contextos.
  • Formular e comunicar opiniões críticas e cientificamente relacionadas com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).
  • Integrar saberes de diferentes disciplinas para aprofundar temáticas de Ciências Naturais.
  • Interpretar problemáticas do meio com base em conhecimentos adquiridos.
  • Desenvolver uma atitude crítica construtiva que conduza à melhoria das condições de vida e da saúde individual e coletiva.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
A ÁGUA, O AR, AS ROCHAS E O SOLO – MATERAIS TERRESTRES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar a existência de vida na Terra com algumas características do planeta (água líquida, atmosfera adequada e temperatura amena);

Caracterizar ambientes terrestres e ambientes aquáticos, explorando exemplos locais ou regionais, a partir de dados recolhidos no campo;

Identificar os subsistemas terrestres em documentos diversificados e integrando saberes de outras disciplinas (ex.: História e Geografia de Portugal); Distinguir mineral de rocha e indicar um exemplo de rochas de cada grupo (magmáticas, metamórficas e sedimentares);

Explicar a importância dos agentes biológicos e atmosféricos na génese do solo, indicando os seus constituintes, propriedades e funções;

Discutir a importância dos minerais, das rochas e do solo nas atividades humanas, com exemplos locais ou regionais;

Interpretar informação diversificada sobre a disponibilidade e a circulação de água na Terra, valorizando saberes de outras disciplinas (ex.: História e Geografia de Portugal);

Identificar as propriedades da água, relacionando-as com a função da água nos seres vivos;

Distinguir água própria para consumo (potável e mineral) de água imprópria para consumo (salobra e inquinada), analisando questões problemáticas locais, regionais ou nacionais;

Interpretar os rótulos de garrafas de água e justificar a importância da água para a saúde humana;

Discutir a importância da gestão sustentável da água ao nível da sua utilização, exploração e proteção, com exemplos locais, regionais, nacionais ou globais;

Identificar as propriedades do ar e os seus constituintes, explorando as funções que desempenham na atmosfera terrestre;

Argumentar acerca dos impactes das atividades humanas na qualidade do ar e sobre medidas que contribuam para a sua preservação, com exemplos locais, regionais, nacionais ou globais e integrando saberes de outras disciplinas (ex.: História e Geografia de Portugal).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • usar e articular de forma consciente e com rigor conhecimentos (incluindo de outras áreas do saber);
  • selecionar informação pertinente (em fontes diversificadas);
  • organizar de forma sistematizada a leitura e estudo autónomo;
  • análisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados (recorrendo a conhecimentos prévios e aplicando conhecimentos a novas situações);
  • desenvolver tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas à compreensão e uso de saber, bem como a mobilização do memorizado;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formular hipóteses face a um fenómeno ou evento (atividade laboratorial/experimental);
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • apresentar alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • criar um objeto, texto ou solução face a um desafio (construção de modelos explicativos);
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • prever resultados (atividade laboratorial/experimental);
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (ex.: imagens, modelos, gráficos, tabelas, texto);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos, rebater os contra-argumentos);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados;
  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos, rebater os contra-argumentos);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados;

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • pesquisar de forma sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • incentivar a procura e o aprofundamento de informação;
  • recolher dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • respeitar diferenças de características, crenças ou opiniões;
  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de um dado problema e/ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização (ex.: atividade laboratorial/experimental);
  • elaborar registos seletivos;
  • realizar tarefas de organização (ex.: construção de sumários, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaborar planos gerais e esquemas;
  • desenvolver o estudo autónomo com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber questionar uma situação;
  • organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento prévio.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicar uni e bidirecionalmente;
  • desenvolver ações de resposta, apresentação e iniciativa;
  • desenvolver ações de questionamento organizado.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • realizar autoanálise;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo, partindo da explicitação de feedback do professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalho colaborativo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas;
  • assumir e cumprir compromissos, contratualizar tarefas;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • participar em ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • assumir uma posição perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • promover o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
DIVERSIDADE DE SERES VIVOS E SUAS INTERAÇÕES COM O MEIO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar as características (forma do corpo, revestimento, órgãos de locomoção) de diferentes animais com o meio onde vivem;

Relacionar os regimes alimentares de alguns animais com o respetivo habitat, valorizando saberes de outras disciplinas (ex.: História e Geografia de Portugal);

Discutir a importância dos rituais de acasalamento dos animais na transmissão de características e na continuidade das espécies;

Explicar a necessidade da intervenção de células sexuais na reprodução de alguns seres vivos e a sua importância para a evolução das espécies;

Distinguir animais ovíparos de ovovivíparos e de vivíparos;

Interpretar informação sobre animais que passam por metamorfoses completas durante o seu desenvolvimento;

Interpretar a influência da água, da luz e da temperatura no desenvolvimento das plantas;

Identificar adaptações morfológicas e comportamentais dos animais e as respetivas respostas à variação da água, luz e temperatura;

Caracterizar alguma da biodiversidade existente a nível local, regional e nacional, apresentando exemplos de relações entre a flora e a fauna nos diferentes habitats;

Identificar espécies da fauna e da flora invasora e suas consequências para a biodiversidade local;

Formular opiniões críticas sobre ações humanas que condicionam a biodiversidade e sobre a importância da sua preservação.

Valorizar as áreas protegidas e o seu papel na proteção da vida selvagem.

Organizador
UNIDADE NA DIVERSIDADE DE SERES VIVOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a célula como unidade básica dos seres vivos e distinguir diferentes tipos de células e os seus principais constituintes;

Discutir a importância da ciência e da tecnologia na evolução do conhecimento celular.

Matemática

Introdução

Finalidades do ensino da Matemática

Respeitando os princípios de equidade e qualidade, o ensino da Matemática, ao nível da escolaridade básica, deve visar aprendizagens matemáticas relevantes e sustentáveis para todos os alunos. Neste sentido, privilegia-se uma aprendizagem da Matemática com compreensão, bem como o desenvolvimento da capacidade de os alunos em utilizá-la em contextos matemáticos e não matemáticos ao longo da escolaridade, e nos diversos domínios disciplinares, por forma a contribuir não só para a sua autorrealização enquanto estudantes, como também na sua vida futura pessoal, profissional e social.

Na escolaridade básica, o ensino da Matemática deve, pois, proporcionar uma formação na disciplina centrada na aprendizagem que contribua para o desenvolvimento pessoal do aluno e lhe propicie a apropriação de instrumentos conceptuais e técnicos necessários na aprendizagem de outras disciplinas ao longo do seu percurso académico, qualquer que seja a área de prosseguimento de estudos escolhida. Deve contribuir igualmente para a atividade profissional por que venha a optar e para o exercício de uma cidadania crítica e participação na sociedade, com sentido de autonomia e colaboração, liberdade e responsabilidade.

O ensino da Matemática neste nível deve ainda proporcionar uma formação que promova nos alunos uma relação positiva com a disciplina, bem como uma visão da Matemática que corresponda à sua natureza enquanto ciência e integre o reconhecimento do seu valor cultural e social, nomeadamente no que se refere ao seu papel no desenvolvimento das diversas ciências, da tecnologia e de outras áreas da atividade humana.

Assim, na escolaridade básica, o ensino da Matemática deve ser norteado pelas seguintes finalidades principais:

a) Promover a aquisição e desenvolvimento de conhecimento e experiência em Matemática e a capacidade da sua aplicação em contextos matemáticos e não matemáticos.

Com esta finalidade pretende-se que, ao longo da escolaridade básica, os alunos compreendam os procedimentos, técnicas, conceitos, propriedades e relações matemáticas, e desenvolvam a capacidade de os utilizar para analisar, interpretar e resolver situações em contextos variados; desenvolvam capacidade de abstração e generalização e de compreender e elaborar raciocínios lógicos e outras formas de argumentação matemática; desenvolvam a capacidade de resolver e formular problemas, incluindo os que envolvem áreas matemáticas diferentes e problemas de modelação matemática; adquiram o vocabulário e linguagem próprios da Matemática e desenvolvam a capacidade de comunicar em Matemática, por forma a serem capazes de descrever, explicar e justificar, oralmente e por escrito, as suas ideias, procedimentos e raciocínios, bem como os resultados e conclusões que obtêm.

b) Desenvolver atitudes positivas face à Matemática e a capacidade de reconhecer e valorizar o papel cultural e
social desta ciência.

Com esta finalidade pretende-se que, ao longo da escolaridade básica, os alunos desenvolvam interesse pela Matemática e confiança nos seus conhecimentos e capacidades matemáticas, bem como persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam Matemática no seu percurso académico e que venham a enfrentar na sua vida em sociedade; desenvolvam a capacidade de apreciar aspetos estéticos da Matemática e de reconhecer e valorizar o papel da Matemática no desenvolvimento das outras ciências, da tecnologia e de outros domínios da atividade humana; desenvolvam a capacidade de reconhecer e valorizar a Matemática como elemento do património cultural da humanidade.

Estas finalidades enquadram, fundamentam e dão um sentido global às Aprendizagens Essenciais (AE) para cada tema matemático em cada um dos três ciclos do ensino básico, sendo entendidas como “os conteúdos de conhecimento disciplinar estruturado, indispensáveis, articulados conceptualmente, relevantes e significativos, bem como de capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos em cada área disciplinar ou disciplina” (Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho). As AE apresentadas constituem, para cada tema matemático, um todo integrado e articulado de conteúdos, objetivos e práticas de aprendizagem interrelacionados e indissociáveis. Os objetivos concretizam as aprendizagens essenciais relativas a cada conteúdo, incidindo sobre conhecimentos, capacidades e atitudes a adquirir e a desenvolver, e as práticas estabelecem condições que apoiam e favorecem a consecução desses objetivos.

Assim, a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes, e a sua aplicação em contextos matemáticos e não matemáticos, são objetivos essenciais de aprendizagem, associados aos conteúdos de aprendizagem de cada tema matemático — sendo que os que estão definidos em termos de capacidades e as atitudes expressam também um vínculo próximo com a Matemática — e a práticas de aprendizagem que visam proporcionar condições que apoiem e favoreçam aprendizagens sustentáveis, com compreensão e transferíveis ou aplicáveis em contextos matemáticos e não matemáticos.

Articulação com o 1.º Ciclo

No que se refere aos temas e conteúdos de aprendizagem, a ação do professor no 2.º ciclo deve ser orientada por forma a que, relativamente a:

  • Números e Operações

Os alunos prossigam no desenvolvimento do sentido de número e da compreensão dos números e das operações, bem como da fluência do cálculo mental e escrito.

Neste ciclo, aprofunda-se o estudo dos números racionais não negativos na representação decimal e na forma de fração, introduzindo-se a representação em percentagem e o numeral misto, e alarga-se o estudo aos números inteiros.

  • Geometria e Medida

Os alunos prossigam no desenvolvimento da capacidade de visualização e na compreensão de propriedades de figuras geométricas, alargando-se o estudo de sólidos geométricos e de figuras planas e o estudo das grandezas geométricas e das isometrias do plano.

Neste ciclo, o perímetro é trabalhado com outras figuras geométricas, como o círculo e polígonos irregulares, e é introduzido o estudo das fórmulas para o cálculo de áreas e volumes — do triângulo e do círculo, e dos prismas retos e do cilindro, respetivamente. Nas isometrias dá-se especial atenção à reflexão e à rotação.

  • Álgebra

Os alunos desenvolvam o pensamento algébrico, bem como a capacidade de representar simbolicamente situações matemáticas e não matemáticas.

Neste ciclo, aprofunda-se o estudo das propriedades das operações e a sua generalização, bem como o uso da linguagem simbólica para descrever e representar relações matemáticas. São introduzidas as expressões numéricas para traduzir matematicamente uma dada situação e estudadas sequências e regularidades com a determinação de leis de formação e, se pertinente, de expressões algébricas que as representam. É também introduzida a noção de proporcionalidade direta, bem como os conceitos de razão e proporção associados.

  • Organização e Tratamento de Dados

Os alunos prossigam no desenvolvimento da capacidade de compreender e de produzir informação estatística.

Neste ciclo, prossegue a exploração, análise e interpretação de informação de natureza estatística e a realização de estudos que envolvam a linguagem e procedimentos estatísticos. Alarga-se o estudo a variáveis contínuas e a representações gráficas de dados com os gráficos de linhas e circulares, e introduzem-se a noção de frequência relativa e as medidas estatísticas — média, moda e amplitude.

  • Resolução de problemas, Raciocínio e Comunicação

Os alunos desenvolvam a capacidade de resolver problemas em situações que convocam a mobilização das novas aprendizagens nos diversos domínios, e a análise de estratégias e dos resultados obtidos.

Os alunos desenvolvam a capacidade de raciocinar e de argumentar matematicamente, formulando e testando conjecturas, bem como a capacidade de analisar os argumentos de outros.

Os alunos desenvolvam a capacidade de comunicarem em matemática, oralmente e por escrito, e progridam na utilização da linguagem matemática própria dos diversos conteúdos estudados na expressão e discussão das suas ideias, procedimentos e raciocínios.

Articulação com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA)

As AE apresentadas articulam-se com o PA, tendo em vista a sua consecução, no âmbito da disciplina de Matemática, nomeadamente no que se refere às aprendizagens dos alunos associadas às áreas de competências aí definidas, quer nas áreas (a), (b), (c), (d), e (i), intrinsecamente relacionados com temas, processos e métodos matemáticos, quer nas restantes áreas, (e), (f), (g), (h) e (j), em que a Matemática dá igualmente contributos essenciais. Num caso e noutro, pressupõem práticas de trabalho autónomo, colaborativo e de carácter interdisciplinar.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
NÚMEROS E OPRERAÇÕES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Números naturais

Números racionais não negativos

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

 

  • Identificar números primos e números compostos e decompor um número em fatores primos.
  • Reconhecer múltiplos e divisores de números naturais, dar exemplos e utilizar as noções de mínimo múltiplo comum e máximo divisor comum na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Representar números racionais não negativos na forma de fração, decimal e percentagem, e estabelecer relações entre as diferentes representações, incluindo o numeral misto.
  • Comparar e ordenar números racionais não negativos, em contextos diversos, com e sem recurso à reta numérica.
  • Reconhecer relações numéricas e propriedades dos números e das operações, e utilizá-las em diferentes contextos, analisando o efeito das operações sobre os números.
  • Adicionar e subtrair números racionais não negativos nas diversas representações, recorrendo ao cálculo mental e a algoritmos, e fazer estimativas plausíveis.
  • Conceber e aplicar estratégias na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos e avaliar a plausibilidade dos resultados.
  • Compreender e construir explicações e justificações matemáticas, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir, oralmente e por escrito, ideias matemáticas, com precisão e rigor, e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à-vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, operações e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar materiais manipuláveis e outros recursos, incluindo os de tecnologia digital e a calculadora, na resolução de problemas e em outras tarefas de aprendizagem.
  • Utilizar números racionais não negativos com o significado de parte-todo, quociente, medida e operador, em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Utilizar as relações numéricas e as propriedades das operações e dos números, incluindo os critérios de divisibilidade (2,3,4,5,9 e 10), em situações de cálculo mental e escrito.
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas no campo numérico e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de reconhecer e elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Comunicar utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador / Desenvolvimento da linguagem e da oralidade (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
GEOMETRIA E MEDIDA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Figuras planas e sólidos geométricos

Medida

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Descrever figuras no plano e no espaço com base nas suas propriedades e nas relações entre os seus elementos e fazer classificações explicitando os critérios utilizados.
  • Identificar e desenhar planificações de sólidos geométricos e reconhecer um sólido a partir da sua planificação.
  • Exprimir a amplitude de um ângulo em graus e identificar ângulos complementares, suplementares, adjacentes, alternos internos e verticalmente opostos.
  • Utilizar os critérios de igualdade de triângulos na sua construção e na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Reconhecer casos de possibilidade de construção de triângulos e construir triângulos a partir de elementos dados (amplitude de ângulos, comprimento de lados).
  • Reconhecer o significado de fórmulas para o cálculo de perímetros e áreas de paralelogramos e triângulos, e usá-las na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Calcular perímetros e áreas de polígonos, por enquadramento ou por decomposição e composição de figuras planas.
  • Descrever figuras no plano e no espaço com base nas suas propriedades e nas relações entre os seus elementos e fazer classificações explicitando os critérios utilizados.
  • Identificar e desenhar planificações de sólidos geométricos e reconhecer um sólido a partir da sua planificação.
  • Exprimir a amplitude de um ângulo em graus e identificar ângulos complementares, suplementares, adjacentes, alternos internos e verticalmente opostos.
  • Utilizar os critérios de igualdade de triângulos na sua construção e na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Reconhecer casos de possibilidade de construção de triângulos e construir triângulos a partir de elementos dados (amplitude de ângulos, comprimento de lados).
  • Reconhecer o significado de fórmulas para o cálculo de perímetros e áreas de paralelogramos e triângulos, e usá-las na resolução de problemas em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Calcular perímetros e áreas de polígonos, por enquadramento ou por decomposição e composição de figuras planas.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados, numa abordagem do espaço ao plano, que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, operações e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar modelos geométricos e outros materiais manipuláveis, e instrumentos variados, incluindo os de tecnologia digital, nomeadamente aplicações interactivas, programas computacionais específicos e calculadora, na exploração de propriedades de figuras planas e de sólidos geométricos.
  • Utilizar instrumentos de medida e desenho (régua, compasso, esquadro e transferidor) na construção de objetos geométricos.
  • Visualizar, interpretar e desenhar representações de figuras geométricas e construir sólidos a partir de representações bidimensionais e reciprocamente, usando materiais e instrumentos apropriados.
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas em geometria e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução, e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de reconhecer e elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Comunicar utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Organizador
ÁLGEBRA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Expressões numéricas e propriedades das operações

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • • Usar as propriedades das operações adição e subtração e a prioridade das operações no cálculo do valor de expressões numéricas respeitando o significado dos parêntesis, com números racionais não negativos.
  • Usar expressões numéricas para representar uma dada situação e compor situações que possam ser representadas por uma expressão numérica.
  • Conceber e aplicar estratégias de resolução de problemas envolvendo expressões numéricas, em contextos matemáticos e não matemáticos.
  • Desenvolver a capacidade de abstração e de generalização e de compreender e construir explicações e justificações matemáticas e raciocínios lógicos, incluindo o recurso a exemplos e contraexemplos.
  • Exprimir oralmente e por escrito ideias matemáticas, com precisão e rigor, e explicar e justificar raciocínios, procedimentos e conclusões, recorrendo ao vocabulário e linguagem próprios da matemática (convenções, notações, terminologia e simbologia).
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia e à vontade em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, regras e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Utilizar materiais manipuláveis e instrumentos variados, incluindo os de tecnologia digital, nomeadamente aplicações interactivas, programas computacionais específicos e calculadora, na resolução de problemas e em outras tarefas de aprendizagem.
  • Relacionar linguagem simbólica e linguagem natural.
  • Realizar cálculo mental usando as propriedades das operações e a relações entre números.
  • Resolver problemas que requeiram a aplicação de conhecimentos já aprendidos e apoiem a aprendizagem de novos conhecimentos.
  • Resolver e formular problemas, analisar estratégias variadas de resolução e apreciar os resultados obtidos.
  • Abstrair e generalizar, e de elaborar raciocínios, discutindo e criticando explicações e justificações de outros.
  • Reconhecer relações entre as ideias matemáticas no campo algébrico e aplicar essas ideias em outros domínios matemáticos e não matemáticos.
  • Comunicar utilizando a linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever e justificar, raciocínios, procedimentos e conclusões.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Organizador
ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Representação e interpretação de dados

Resolução de problemas

Raciocínio matemático

Comunicação matemática

  • Distinguir os vários tipos de variáveis: qualitativa e quantitativa.
  • Recolher, organizar e representar dados recorrendo a tabelas de frequência absoluta e relativa, diagramas de caule e folhas e gráficos de barras e interpretar a informação representada.
  • Resolver problemas envolvendo a organização e tratamento de dados em contextos familiares variados e utilizar medidas estatística (moda e amplitude) para os interpretar e tomar decisões.
  • Exprimir, oralmente e por escrito, raciocínios, procedimentos e conclusões, utilizando linguagem própria da estatística, baseando-se nos dados recolhidos e tratados.
  • Desenvolver confiança nas suas capacidades e conhecimentos matemáticos, e a capacidade de analisar o próprio trabalho e regular a sua aprendizagem.
  • Desenvolver persistência, autonomia em lidar com situações que envolvam a Matemática no seu percurso escolar e na vida em sociedade.
  • Desenvolver interesse pela Matemática e valorizar o seu papel no desenvolvimento das outras ciências e domínios da atividade humana e social.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Explorar, analisar e interpretar situações de contextos variados que favoreçam e apoiem uma aprendizagem matemática com sentido (dos conceitos, propriedades, regras e procedimentos matemáticos).
  • Realizar tarefas de natureza diversificada (projetos, explorações, investigações, resolução de problemas, exercícios, jogos).
  • Formular questões em contextos familiares variados e desenvolver investigações estatísticas, recorrendo a bases de dados diversas, organizando e representando dados e interpretando resultados.
  • Utilizar aplicações interativas, programas computacionais específicos e calculadora na organização e tratamento de dados.
  • Resolver problemas em que se recorra a medidas estatísticas para interpretar e comparar resultados, analisar estratégias variadas de resolução, e apreciar os resultados obtidos.
  • Interpretar e criticar informação estatística divulgada pelos media.
  • Comunicar, oralmente e por escrito, para descrever e explicar representações dos dados e as interpretações realizadas, raciocínios, procedimentos e conclusões, discutindo argumentos e criticando argumentos dos outros.
  • Analisar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.

História e Geografia de Portugal

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) identificam as competências que se pretendem desenvolver com a disciplina de História e Geografia de Portugal (HGP) no 2.º ciclo e constituem-se como o documento curricular base para a planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Identificando as AE permite-se o aprofundamento de temas, as explorações interdisciplinares e a mobilização de componentes locais do currículo.

A disciplina de HGP resulta da integração das duas áreas do saber, História e Geografia, devendo promover-se a intradisciplinaridade, a interdisciplinaridade e a mobilização de saberes adquiridos no ciclo anterior, possibilitando a realização de aprendizagens globalizantes e significativas, com o objetivo de adquirir um conhecimento diacrónico da história e do território de Portugal. A abordagem em HGP deverá, ainda, privilegiar a adoção de metodologias das duas áreas do saber, estabelecendo a articulação com o ciclo seguinte, no qual as duas disciplinas se autonomizam.

Pretende-se que o aluno compreenda o papel fundamental que a História e a Geografia desempenham no estudo do país, no que respeita às suas características físicas e humanas e à sua evolução histórico-cultural, promovendo a inclusão, o respeito pela diversidade, a cooperação, a valorização dos direitos humanos e a sensibilização para a finitude do planeta. Esta disciplina evidencia, ainda, a necessidade de saber gerir o território e os recursos de que dispomos, incluindo os patrimoniais, a diferentes escalas.

No 5.º ano de escolaridade, as AE definidas incidem no estudo da Península Ibérica: localização, quadro natural e primeiros povos, seguido do estudo da Formação de Portugal até ao período da Restauração.

Para além das aprendizagens identificadas para cada tema do Programa, ao longo do 2.º ciclo, o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina, transversais a vários temas e anos de escolaridade, que se articulam com as áreas de competências do PA:

  • Utilizar referentes de tempo e de unidades de tempo histórico: antes de, depois de, milénio, século, ano, era; (A, B, C, I)
  • Localizar, em representações cartográficas de diversos tipos, os locais e/ou fenómenos históricos referidos; (A, B, C, I)
  • Localizar, em representações cartográficas, diversos espaços e territórios que lhe dão identidade, utilizando diferentes escalas e mobilizando os mais diversos tipos de informação georreferenciada, relacionando as suas características mais importantes para compreender a dimensão espacial de Portugal e da sua inserção no Mundo; (A, B, C, D, F, G, I)
  • Identificar fontes históricas, de tipologia diferente; (A, B, C, D, F, I)
  • Aprender a utilizar conceitos operatórios e metodológicos das áreas disciplinares de História e de Geografia; (C; D; F; I)
  • Estabelecer relações entre as formas de organização do espaço português e os elementos naturais e humanos aí existentes em cada época histórica e na atualidade; (A, B, C, D, F, G, I)
  • Conhecer, sempre que possível, episódios da História regional e local, valorizando o património histórico e cultural existente na região/local onde habita/estuda; (A, B, D, E, F, G, H, I)
  • Reconhecer a ação de indivíduos e de grupos em todos os processos históricos e de desenvolvimento sustentado do território; (A, B, C, D, F, G, H, I)
  • Desenvolver a sensibilidade estética; (A, B, D, F, H, I, J)
  • Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade: étnica, ideológica, cultural, sexual; (A, B, C, D, E, F, G, H, I)
  • Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis. (A, B, C, D, E, F, G, H, I)

Os documentos de referência considerados para a elaboração das AE foram o Programa e as Metas Curriculares.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
A PENÍNSULA IBÉRICA – LOCALIZAÇÃO E QUADRO NATURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar e localizar os elementos geométricos da esfera terrestre numa rede cartográfica;

Interpretar diferentes tipos de mapas utilizando os elementos de um mapa: rosadosventos, título, legenda e escala;

Localizar Portugal continental e insular, em relação a diferentes espaços geográficos (Península Ibérica, Europa, Mundo), com recurso aos pontos cardeais e colaterais e a outros elementos geográficos de referência;

Descrever e representar em mapas as principais características da geografia física (relevo, clima, hidrografia e vegetação) em Portugal e na Península Ibérica, utilizando diferentes variáveis visuais (cores e símbolos);

Utilizar representações cartográficas (em suporte físico ou digital) na localização dos elementos físicos do território e na definição de itinerários;

Descrever situações concretas referentes a alterações na paisagem, decorrentes da ação humana;

Aplicar as TIC e as TIG para localizar e conhecer características físicas do território português e da Península Ibérica;

Identificar/aplicar os conceitos: localização, pontos cardeais e colaterais, bússola, itinerário, planta, globo terrestre, mapa, planisfério, continente, oceano, equador, trópicos, hemisfério, formas de relevo do litoral, erosão marinha, cursos de água, vegetação natural, zona temperada.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • organizar de forma sistematizada a leitura e o estudo autónomo;
  • analisar factos e situações, selecionando alguns elementos ou dados, nomeadamente a localização e as características históricas e geográficas;
  • recolher e selecionar dados de fontes históricas fidedignas para análise de temáticas em estudo;
  • desenvolver a memorização, associando-a à compreensão, de forma a conseguir mobilizar o memorizado, privilegiando a informação estatística e cartográfica;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • pesquisar de forma progressivamente autónoma;
  • mobilizar as TIC e as TIG (Google Earth, Open Street Map e BIG Data, como por exemplo, a Pordata) para representar informação histórica e geográfica (por exemplo: património natural e cultural);
  • valorizar o património histórico e geográfico.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • mobilizar conhecimento adquirido aprendendo a aplicá-lo em situações históricas e geográficas específicas, sensibilizando desta forma os alunos para as noções de permanência e de mudança
  • formular algumas hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico e/ou geográfico;
  • propor alternativas de interpretação a uma forma tradicional de abordar uma situação- problema em Geografia;
  • criar objetos, mapas e esquemas conceptuais, textos ou soluções face a desafios;
  • analisar textos ou suportes gráficos com diferentes perspetivas de um mesmo problema, aprendendo a conceber e sustentar um ponto de vista próprio;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens, mapas e gráficos);
  • promover a multiperspetiva em História e em Geografia, num quadro de desenvolvimento pessoal e autónomo;
  • criar soluções estéticas progressivamente criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • -mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra-argumentos, rebater os contra-argumentos) de forma progressiva e orientada;
  • organizar debates orientados que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados;
  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História e da Geografia, numa perspetiva multiescalar;
  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos metodológicos da História, nomeadamente fontes;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar incluindo conhecimento disciplinar específico da História e da Geografia;
  • analisar fontes escritas históricas com diferentes pontos de vista, problematizando-os;
  • problematizar situações;
  • analisar factos, teorias, situações, padrões de distribuição e projeções, nomeadamente face a desafios demográficos e de sustentabilidade do território, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que induzam ao respeito pela diferença e diversidade:

  • aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;
  • saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;
  • confrontar ideias e perspetivas geográficas e históricas distintas, respeitando as diferenças;
  • analisar factos, teorias, situações, padrões de distribuição e projeções, nomeadamente face a desafios demográficos e de sustentabilidade do território, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realizar tarefas de pesquisa histórica e geográfica sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • executar tarefas de síntese através de mapas de conceitos, de textos e de cartografia;
  • executar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • aprender a registar seletivamente os dados históricos e geográficos obtidos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber colocar questões-chave;
  • questionar os seus conhecimentos prévios.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  •  comunicar uni, bi e multidirecionalmente;
  •  responder, apresentar, mostrar iniciativa;
  •  questionar de forma organizada.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;
  • aceitar as críticas dos pares e dos professores de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com os pares e professores, no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;
  • apoiar o trabalho colaborativo;
  • saber intervir de forma solidária;
  • ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • estar disponível para se autoaperfeiçoar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;
  • assumir e cumprir compromissos;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e de funções que assumiu

 

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico /Analítico (A, B, C, D, G)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Organizador
A PENÍNSULA IBÉRICA: DOS PRIMEIROS POVOS À FORMAÇÃO DE PORTUGAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Primeiros povos na Península

Distinguir o modo de vida das comunidades recoletoras do das comunidades agropastoris, nomeadamente das castrejas;

Compreender que o processo de sedentarização implicou uma maior cooperação interpessoal, criando as bases da vida em sociedade;

Identificar os povos que se instalaram na Península Ibérica, relacionando esse fenómeno com a atração exercida pelos recursos naturais;

Aplicar o conceito de fonte histórica, partindo da identificação de vestígios materiais;

Identificar/aplicar os conceitos: utensílio, recoleção, nómada, sedentário.

Os romanos na Península Ibérica

Identificar ações de resistência à presença dos romanos;

Identificar aspetos da herança romana na Península Ibérica;

Aplicar o método de datação a. C e d. C.;

Identificar/aplicar os conceitos: cristianismo, era cristã, romanização.

Os muçulmanos na Península Ibérica

Analisar o processo muçulmano de ocupação da Península Ibérica, reconhecendo a existência de interações de conflito e de paz;

Identificar aspetos da herança muçulmana na Península Ibérica;

Identificar/aplicar os conceitos: árabe, muçulmano, mouro, reconquista.

A formação do reino de Portugal

Contextualizar a autonomia do Condado Portucalense e a formação do Reino de Portugal no movimento de conquista cristã, ressaltando episódios de alargamento do território e da luta de D. Afonso Henriques pela independência;

Referir os momentos-chave de autonomização e reconhecimento da independência de Portugal, nomeadamente o Tratado de Zamora e o reconhecimento papal da nova potência;

Identificar/aplicar os conceitos: condado, fronteira, independência, reino, monarquia.

Organizador
PORTUGAL DO SÉCULO XIII AO SÉCULO XVII
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Portugal no século XIII

Caracterizar os modos de vida dos diversos grupos sociais (clero, nobreza e povo);

Sublinhar a importância das comunidades judaica e muçulmana na sociedade medieval portuguesa;

Relacionar a organização do espaço português do século XIII com os recursos naturais e humanos e com a distribuição das atividades económicas;

Reconhecer a importância assumida pela expansão de feiras e de mercados no crescimento económico do século XIII;

Analisar a fixação das fronteiras e do território nacional levada a cabo ao longo do século XIII e reconhecida pelo Tratado de Alcanizes em 1297;

Identificar monumentos representativos do período;

Identificar/aplicar os conceitos: documento; território, produção artesanal, comércio, nobreza, clero, concelho, carta de foral, ordem religiosa, mosteiro, tratado.

1383-85 - Um tempo de revolução

Referir as causas políticas e sociais que desencadearam a crise de 1383-85;

Identificar a crise de 1383-85 como um momento de rutura e a primeira grande crise portuguesa;

Referir os aspetos mais importantes da ação do Mestre de Avis, de Nuno Álvares Pereira, de Álvaro Pais e de João das Regras;

Destacar a importância das Cortes de Coimbra na legitimação do novo rei, dando início a uma nova dinastia;

Evidenciar o carácter decisivo da batalha de Aljubarrota;

Identificar/aplicar os conceitos: revolução, dinastia, Cortes, crise, burguês.

Portugal nos séculos XV e XVI

Identificar as principais etapas do processo de exploração da costa ocidental africana;

Referir a importância do conhecimento dos ventos e das correntes marítimas para a progressão pela costa ocidental africana;

Identificar os principais navios e instrumentos náuticos utilizados pelos portugueses na expansão marítima;

Destacar a ação do Infante D. Henrique e de D. João II;

Localizar territórios do império português quinhentista;

Referir o contributo das grandes viagens para o conhecimento de novas terras, povos e culturas, nomeadamente as de Vasco da Gama, de Pedro Álvares Cabral e de Fernão de Magalhães;

Sublinhar a importância dos movimentos migratórios no contexto da expansão portuguesa, ressaltando alterações provocadas pela expansão, nomeadamente uma maior miscigenação étnica, a troca de ideias e de produtos, a submissão violenta de diversos povos e o tráfico de seres humanos;

Reconhecer o papel da missionação católica na expansão portuguesa;

Valorizar a diversidade cultural e o direito à diferença;

Enumerar características do estilo Manuelino, sublinhando a sua relação com a expansão marítima;

Identificar/aplicar os conceitos: expansão marítima, rota, colonização, escravo, etnia e migração.

Da União Ibérica à Restauração

Analisar as consequências políticas da morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir, evidenciando 1578-80 como o segundo grande momento de crise política e social de Portugal;

Apontar as causas de descontentamento com o domínio filipino que desembocaram na revolta do 1.º de Dezembro de 1640;

Identificar/aplicar o conceito: Restauração.