Francês Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO

A definição das AE apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Continuação apresenta, tal como previsto no programa em vigor, um leque abrangente de competências. São privilegiadas capacidades cognitivas de nível superior para desenvolver um desempenho de nível B1.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º
Continuação Formação Específica B1.1 B1.2 B2.1

No final do 11.o ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência A2.2 de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001, p. 49): «É capaz de compreender as questões principais, quando é usada uma linguagem clara e estandardizada e os assuntos lhe são familiares (temas abordados no trabalho, na escola e nos momentos de lazer, etc.). É capaz de lidar com a maioria das situações na região onde se fala a língua-alvo. É capaz de produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal. Pode descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como expor brevemente razões e justificações para uma opinião ou um projeto.»

Esta competência comunicativa abrange a compreensão e a interação orais e escritas, assim como a produção escrita. A prioridade será dada às competências de interação oral e escrita que são fundamentais nos usos sociais e profissionais da língua. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Física e Química A, Biologia e Geologia, Geografia A, História A e B, Economia A, Filosofia, Desenho A, Educação Física, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante explícita em documentos curtos (anúncios públicos, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, publicidade, canções, videoclipes, publicações digitais, entre outros), sobre o meio envolvente e situações variadas constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário muito frequente e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante explícita em mensagens e textos simples e curtos (correspondência, folhetos, ementas, horários, avisos, artigos de imprensa, publicações digitais, textos literários, entre outros), sobre o meio envolvente e situações variadas constituídos essencialmente por frases simples e vocabulário muito frequente.

Interação oral

Interagir em conversas curtas bem estruturadas, sobre o meio envolvente e situações variadas, tendo em conta o discurso do interlocutor, respeitando os princípios de delicadeza e usando vocabulário muito frequente e frases com estruturas gramaticais elementares, com pronúncia suficientemente clara, para:

  • trocar ideias e informações;
  • descrever situações, narrar experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Interação escrita

Escrever correspondência (60-80 palavras), sobre o meio envolvente e situações variadas, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, utilizando vocabulário muito frequente e frases curtas e articulando as ideias com diferentes conetores de coordenação e subordinação para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever e narrar experiências e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Produção escrita

Redigir textos (60-80 palavras) em suportes diversos, sobre o meio envolvente e situações variadas, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário muito frequente e frases curtas e articulando as ideias com diferentes conetores de coordenação e subordinação para:

  • descrever e narrar experiências e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção e associação de informação explícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral do sentido.

Interação oral e escrita e produção escrita

  • Identificação da situação de comunicação;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações, redação de textos principalmente informativos e descritivos como convites, mensagens pessoais e cartazes, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre as culturas da língua materna e da língua estrangeira, enriquecendo a sua visão do mundo e a interpretação das diferenças e das semelhanças.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;
  • relativização de conceções do mundo e análise das variações.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem que se ajustam ao seu perfil de aprendente, apoiando-se em questionários e outros documentos (Portefólio Europeu das Línguas, entre outros).

Utilizar recursos de aprendizagem variados (manuais, dicionários, gramáticas em suporte papel, digital e outros), em função dos objetivos das atividades propostas na aula.

Reconhecer os erros como parte integrante do processo de aprendizagem e propor formas de os superar.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes diversos (papel, digital e outros) nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;
  • relativização de conceções do mundo e análise das variações.

Competência Estratégica

  • Verificação da eficácia de estratégias para superar dificuldades e obstáculos na aprendizagem;
  • utilização de diversos recursos, em suporte papel ou digital, para realização de tarefas;
  • análise de erros e explicitação das ocorrências.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Francês Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO

A definição das AE apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Continuação apresenta, tal como previsto no programa em vigor, um leque abrangente de competências. São privilegiadas capacidades cognitivas de nível superior para desenvolver um desempenho de nível B1.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º
Continuação Formação Específica B1.1 B1.2

No final do 11.o ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência B1.2 de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001, p. 49): «É capaz de compreender as questões principais, quando é usada uma linguagem clara e estandardizada e os assuntos lhe são familiares (temas abordados no trabalho, na escola e nos momentos de lazer, etc.). É capaz de lidar com a maioria das situações na região onde se fala a língua-alvo. É capaz de produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal. Pode descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como expor brevemente razões e justificações para uma opinião ou um projeto.»

Esta competência comunicativa abrange, como está estabelecido nos programas de Francês, a compreensão e a interação escritas e orais, assim como a produção escrita. A prioridade será dada às competências de interação oral e escrita que são fundamentais nos usos sociais e profissionais da língua. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Física e Química A, Biologia e Geologia, Geografia A, História A e B, Economia A, Filosofia, Desenho A, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes de informação diversificadas, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

p>Compreensão oral

 

Identificar as ideias principais, selecionar informação relevante não-verbal e verbal em textos variados (noticiários, reportagens, publicidade, documentários, entrevistas, canções, videoclipes, curtas metragens e filmes, publicações digitais, entre outros), sobre assuntos pessoais, culturais e científicos, sempre que as ideias sejam estruturadas com marcadores explícitos, predominem vocabulário frequente e expressões idiomáticas muito correntes e a articulação seja clara e pausada.

Compreensão escrita

Seguir indicações, normas e instruções, identificar as ideias ou as principais conclusões e aspetos socioculturais, selecionando e associando informação pertinente em textos descritivos, narrativos, explicativos e argumentativos (correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, publicações digitais, textos literários, entre outros), sobre assuntos pessoais e culturais, com ideias estruturadas com marcadores explícitos e predominância de vocabulário frequente e expressões idiomáticas correntes.

Interação oral

Interagir com fluência em conversas sobre assuntos pessoais e culturais, pronunciando claramente, com ritmo e entoação apropriados, respeitando as convenções sociolinguísticas e o discurso do interlocutor e usando estruturas frásicas diversas, recursos lexicais e gramaticais adequados para:

  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • ligar, clarificar, reformular ideias, esclarecimentos e explicações;
  • trocar opiniões, argumentos, conselhos, sugestões, gostos e preferências.

Interação escrita

Escrever correspondência (160-180 palavras) sobre assuntos pessoais e culturais, exprimindo-se com clareza, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, utilizando vocabulário frequente, frases com estruturas gramaticais simples e recursos adequados na construção de textos coerentes e coesos (conetores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para:

  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • expor informações, explicações, argumentos e opiniões;
  • exprimir conselhos, sugestões, opiniões, gostos e preferências.

Produção escrita

Escrever textos (160-180 palavras) sobre assuntos pessoais e culturais, em suportes diversos, respeitando as convenções textuais e usando vocabulário frequente e expressões idiomáticas correntes, assim como estruturas gramaticais e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos para:

  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • expor informações, explicações, argumentos e opiniões;
  • exprimir conselhos, sugestões, opiniões, gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • antecipação e formulação de hipóteses face a discursos diversificados e verificação;
  • identificação de tipos de discurso, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • seleção, associação, classificação, hierarquização e organização de informação explícita e implícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral e seletiva.

Interação oral e escrita e produção escrita

  • Identificação da situação de comunicação;
  • problematização de situações;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • adequação do discurso em à situação de comunicação;
  • síntese;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulação de situações mediáticas e profissionais, debates, jeux de rôle, criação e redação de textos predominantemente explicativos e argumentativos, de formato e matriz variados (mensagens pessoais, textos mediáticos interação em redes sociais, blogues e fóruns), integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Caracterizar e explicar diferenças culturais, relativizando generalizações e estereótipos, assumindo o papel de mediador intercultural para prevenir mal-entendidos previsíveis em situações de comunicação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Análise e questionamento de representações e estereótipos;
  • caracterização e explicação de diferenças culturais.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Diversificar estratégias e recursos diversos para consolidar conhecimentos, remediar dificuldades e promover a aprendizagem colaborativa e a autonomia.

Utilizar recursos, estratégias e processos diversos para aperfeiçoar a compreensão e realizar tarefas de interação e produção, superando carências e falhas na comunicação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Utilização de estratégias e de suportes diversificados na realização de tarefas, superando lacunas;
  • discussão e implementação de um plano de trabalho colaborativo e análise da sua função e do seu compromisso;
  • avaliação do seu desempenho a nível individual e/ou coletivo.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Francês Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

A definição das AE para o Francês apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica - Iniciação privilegia um desenvolvimento equilibrado das competências orais e escritas num desempenho de nível A2 no 11.º ano.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º Opção
Iniciação Formação Específica A2.1 A2.2 B1.1

No final do 11.º ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível de proficiência A2.2 de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001, p. 49): «É capaz de compreender as questões principais, quando é usada uma linguagem clara e estandardizada e os assuntos lhe são familiares (temas abordados no trabalho, na escola e nos momentos de lazer, etc.). É capaz de lidar com a maioria das situações na região onde se fala a língua-alvo. É capaz de produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou do seu interesse pessoal. Pode descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como expor brevemente razões e justificações para uma opinião ou um projeto.»

Esta competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias áreas de competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Geografia A, História A, Filosofia, Educação Física Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante explícita em documentos curtos (anúncios públicos, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, publicidade, canções, videoclipes, publicações digitais, entre outros), sobre o meio envolvente e situações variadas constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário muito frequente e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante explícita em mensagens e textos simples e curtos (correspondência, folhetos, ementas, horários, avisos, artigos de imprensa, publicações digitais, textos literários, entre outros), sobre o meio envolvente e situações variadas constituídos essencialmente por frases simples e vocabulário muito frequente.

Interação oral

Interagir sobre o meio envolvente e situações variadas, em conversas curtas bem estruturadas tendo em conta o discurso do interlocutor, respeitando os princípios de delicadeza e usando vocabulário muito frequente e frases com estruturas gramaticais elementares, com pronúncia suficientemente clara, para:

  • trocar ideias e informações;
  • descrever situações, narrar experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Interação escrita

Escrever correspondência (60-80 palavras), sobre o meio envolvente e situações variadas, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, utilizando vocabulário muito frequente e frases curtas e articulando as ideias com diferentes conetores de coordenação e subordinação para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever e narrar experiências e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Produção oral

Exprimir-se de forma simples, sobre o meio envolvente e situações variadas, em monólogos curtos preparados previamente, usando vocabulário muito frequente e frases com estruturas gramaticais elementares e pronunciando de forma suficientemente clara para:

  • descrever situações, narrar experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Produção escrita

Redigir textos (60-80 palavras) em suportes diversos, sobre o meio envolvente e situações variadas, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário muito frequente e frases curtas e articulando as ideias com diferentes conetores de coordenação e subordinação para:

  • descrever e narrar experiências e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção e associação de informação explícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral do sentido.

Interação e produção orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações, redação de textos principalmente informativos e descritivos como convites, mensagens pessoais e cartazes, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre as culturas da língua materna e da língua estrangeira, enriquecendo a sua visão do mundo e a interpretação das diferenças e das semelhanças.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;
  • relativização de conceções do mundo e análise das variações.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem que se ajustam ao seu perfil de aprendente, apoiando-se em questionários e outros documentos (Portefólio Europeu das Línguas, entre outros).

Utilizar recursos de aprendizagem variados (manuais, dicionários, gramáticas em suporte papel, digital e outros), em função dos objetivos das atividades propostas na aula.

Reconhecer os erros como parte integrante do processo de aprendizagem e propor formas de os superar.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes diversos (papel, digital e outros) nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Verificação da eficácia de estratégias para superar dificuldades e obstáculos na aprendizagem;
  • utilização de diversos recursos, em suporte papel ou digital, para realização de tarefas;
  • análise de erros e explicitação das ocorrências.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Física e Química A

Introdução

A disciplina de Física e Química A (FQ-A) integra a componente específica do Curso Científico-Humanístico de Ciências e
Tecnologias do ensino secundário, surgindo, curricularmente, no seguimento da Físico-Química do 3.º ciclo do ensino básico. Sendo uma disciplina da componente da formação específica que visa proporcionar formação científica consistente no domínio do respetivo curso, mantendo uma abrangência de espectro largo para prosseguir o desenvolvimento de uma Cultura Científica e Humanista.

Esta disciplina pode ainda ser uma opção para alunos de outros cursos que, nos termos da legislação aplicável, optem por um percurso educativo ou formativo próprio.

As Aprendizagens Essenciais (AE) desta disciplina, base da planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuem para o desenvolvimento das áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, tendo por base os documentos curriculares em vigor. Assim, as AE visam:

  • Consolidar, aprofundar e ampliar conhecimentos através da compreensão de conceitos, leis e teorias que descrevem, explicam e preveem fenómenos, assim como fundamentam aplicações em situações e contextos diversificados;
  • Desenvolver hábitos e competências inerentes ao trabalho científico: observação, pesquisa de informação (selecionar, analisar, interpretar e avaliar criticamente informação relativa a situações concretas), experimentação, abstração, generalização, previsão, espírito crítico, resolução de problemas e comunicação de ideias e resultados, utilizando formas variadas;
  • Desenvolver competências de reconhecer, interpretar e produzir representações variadas da informação científica e do resultado das aprendizagens: relatórios, esquemas e diagramas, gráficos, tabelas, equações, modelos e simulações computacionais;
  • Destacar o modo como o conhecimento científico é construído, validado e transmitido pela comunidade científica e analisar situações da história da ciência;
  • Fomentar o interesse pela importância do conhecimento científico e tecnológico na sociedade atual e uma tomada de decisões fundamentada procurando sempre um maior bem-estar social.

A conceção das AE de FQ-A pressupõe que a literacia científica do aluno, à saída da escolaridade obrigatória, deve ser baseada na articulação entre o conhecimento e o saber fazer associado à capacidade de pensar de forma crítica e criativa.  Assim, a experimentação assume um papel preponderante na operacionalização dos conhecimentos, capacidades e atitudes, contribuindo não só para desenvolver nos alunos a competências de resolver problemas, mas também para estimular a sua autonomia e desenvolvimento pessoal e as relações interpessoais. As AE identificam os conceitos-chave para a compreensão de um determinado domínio do programa e os processos cognitivos associados que são transferíveis para outros conteúdos.

Os alunos devem ser incentivados a trabalhar em grupo, designadamente na realização das atividades laboratoriais (em que os alunos possam ter oportunidades de tomar decisões sobre diferentes fases do trabalho com um grau crescente de autonomia), desenvolvendo métodos próprios do trabalho científico, a investigar e a refletir, comunicando as suas aprendizagens, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina.

A relevância da Física e da Química no mundo atual deve ser valorizada, devendo, os alunos, reconhecer aplicações e resultados de investigação que tenham impacto na tecnologia, na sociedade e no ambiente (casos da vida quotidiana, avanços recentes da ciência e da tecnologia, contextos culturais onde a ciência se insira), como meio de motivação para as aprendizagens e de consolidação das aprendizagens, apontando para um futuro sustentável em áreas vitais (energia, recursos naturais, saúde, alimentação, novos materiais, entre outros).

As AE do 11.º ano de FQ-A foram estruturadas com base em quatro grandes domínios: Equilíbrio químico e Reações em sistemas aquosos, na componente da Química, Mecânica e Ondas e eletromagnetismo, na componente da Física.

Compreender que nas reações químicas a massa e a energia se conservam, e que os reagentes e os produtos, num sistema fechado, tendem para o equilíbrio, e uma enorme diversidade de reações químicas, na Natureza e provocadas pelo Homem, é uma das finalidades do primeiro domínio.

Estas reações podem ser analisadas a partir de três tipos: transferência de protão (ácido-base), transferência de eletrões (oxidação-redução) e deslocamento de iões (precipitação e solubilização).

Relacionar os movimentos com as interações que os originam, enquandrando-os por considerações energéticas, para sistemas mecânicos redutíveis ao seu centro de massa, permite interpretar situações no dia a dia e movimentos de satélites.

A análise da produção e a propagação de ondas mecânicas, com destaque para a sua periodicidade temporal e espacial, permite compreender os fenónemos acústicos. Compreender a origem de campos elétricos e magnéticos, e sua caracterização, enfatizando a indução eletromagnética, permite interpretar aplicações da energia elétrica, incluindo a produção industrial de corrente elétrica. Explorar a produção e a propagação de ondas eletromagnéticas, apoiada nos modelos ondulatório e geométrico, contribui para a compreensão da origem e evolução do Universo, de fenómenos naturais e da sua aplicação e utilização na nossa sociedade.

Na formulação das AE, os conhecimentos, as capacidades e as atitudes são desenvolvidos através de metodologias de trabalho prático, destacando-se as atividades laboratoriais. O trabalho prático deve ser integrado em temas relevantes para o contexto de cada turma e escola, os quais são, no entanto, deixados em aberto.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Mecânica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Tempo, posição, velocidade e aceleração

Analisar movimentos retilíneos reais, utilizando equipamento de recolha de dados sobre a posição de um corpo, associando a posição a um determinado referencial.

Interpretar o carácter vetorial da velocidade e representar a velocidade em trajetórias retilíneas e curvilíneas. Interpretar gráficos posição-tempo e velocidade-tempo de movimentos retilíneos reais, classificando os movimentos em uniformes, acelerados ou retardados.

Aplicar, na resolução de problemas, os conceitos de deslocamento, velocidade média, velocidade e aceleração, explicando as estratégias de resolução e avaliando os processos analíticos e gráficos utilizados.

Interações e seus efeitos

Associar o conceito de força a uma interacção entre dois corpos e identificar as quatro interações fundamentais na Natureza, associando-as às ordens de grandeza dos respetivos alcances e intensidades relativas.

Analisar a ação de forças, prevendo os seus efeitos sobre a velocidade em movimentos curvilíneos e retilíneos (acelerados e retardados), relacionando esses efeitos com a aceleração.

Aplicar, na resolução de problemas, as Leis de Newton e a Lei da Gravitação Universal, enquadrando as descobertas científicas no contexto histórico e social, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Determinar, experimentalmente, a aceleração da gravidade num movimento de queda livre, investigando se depende da massa dos corpos, avaliando procedimentos e comunicando os resultados.

Forças e movimentos

Interpretar, e caracterizar, movimentos retilíneos (uniformes, uniformemente variados e variados) e circulares uniformes, tendo em conta a resultante das forças e as condições iniciais.

Investigar, experimentalmente, o movimento de um corpo quando sujeito a uma resultante de forças não nula e nula, formulando hipóteses, avaliando procedimentos, interpretando os resultados e comunicando as conclusões.

Relacionar, experimentalmente, a velocidade e o deslocamento num movimento uniformemente variado, determinando a aceleração e a resultante das forças, avaliando procedimentos, interpretando os resultados e comunicando as conclusões.

Resolver problemas de movimentos retilíneos (queda livre, plano inclinado e queda com efeito de resistência do ar não desprezável) e circular uniforme, aplicando abordagens analíticas e gráficas, mobilizando as Leis de Newton, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Aplicar, na resolução de problemas, a Lei da Gravitação Universal e a Lei Fundamental da Dinâmica ao movimento circular e uniforme de satélites.

Pesquisar, numa perspetiva intra e interdisciplinar, os avanços tecnológicos na exploração espacial.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos científicos;
  • seleção de informação pertinente em fontes diversas (artigos e livros de divulgação científica, notícias);
  • análise de fenómenos da natureza e situações do dia a dia com base em leis e modelos;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares nos domínios Mecânica, Ondas e Eletromagnetismo, Equilíbrio químico, Reações químicas e nos subdomínios Energia e movimentos e Energia e fenómenos térmicos;
  • mobilização dos conhecimentos do 8.º (domínio Som e Luz), 9.º (domínio Movimentos e forças e Eletricidade) e 10.º anos (subdominio Energia e movimentos, Tabela periódica, Ligação química e Transformações químicas) para ancorar as novas aprendizagens;
  • mobilização dos conhecimentos de biologia do 10.º ano relativos a processos bioquímicos de oxidação-redução;
  • estabelecimento de relações entre os conhecimentos de geologia de 11.º ano relativos a movimento de materiais nas zonas de vertente e a ação das forças;
  • mobilização de diferentes fontes de informação científica na resolução de problemas, incluindo gráficos, tabelas, esquemas, diagramas e modelos;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formular hipóteses face a um fenómeno natural ou situação do dia a dia;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • propor abordagens diferentes de resolução de uma situação-problema;
  • criar representações variadas da informação científica: relatórios, diagramas, tabelas, gráficos, equações, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos, esquemas concetuais, simulações, vídeos com diferentes perspetivas, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições sobre a evolução de fenómenos naturais e a evolução de experiências em contexto laboratorial;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, relatórios, esquemas, textos, maquetes), recorrendo às TIC, quando pertinente;
  • criar situações que levem à conscienlização do impacto na sociedade e no ambiente das diferentes áreas da física, da química e da tecnologia;
  • criar situações conducentes à realização de projetos interdisciplinares, identificando problemas e colocando questões-chave, articulando a ciência e a tecnologia em contextos relevantes a nível económico, cultural, histórico e ambiental.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar conceitos, factos, situações numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista, distinguindo alegações científicas de não científicas;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças e consistência interna;
  • problematizar situações sobre aplicações da  ciência e tecnologia e o seu impacto na sociedade e no ambiente;
  • debater temas que requeiram sustentação ou refutação de afirmações sobre situações reais ou fictícias, apresentando argumentos e contra- argumentos baseados em conhecimento científico.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • mobilização de conhecimentos para questionar uma situação;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • tarefas de pesquisa enquadrada por questões- problema e sustentada por guiões de trabalho, com autonomia progressiva.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • argumentar sobre temas científicos polémicos e atuais, aceitando pontos de vista diferentes dos seus;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões, incluindo as de origem étnica, religiosa ou cultural;
  • saber trabalhar em grupo, desempenhando diferentes papéis, respeitando e sabendo ouvir todos os elementos do grupo.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de implementação, de controlo e de revisão, designadamente nas atividades experimentais;
  • registo seletivo e organização da informação (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de atividades laboratoriais e de visitas de estudo, segundo critérios e objetivos).

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicar resultados de atividades laboratoriais e de pesquisa, ou outras, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina, recorrendo a diversos suportes;
  • participar em ações cívicas relacionadas com o papel central da Física e da Química no desenvolvimento tecnológico e suas consequências socioambientais.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento, identificando pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento do trabalho de grupo ou individual dos pares;
  • realizar trabalho colaborativo em diferentes situações (projetos interdisciplinares, resolução de problemas e atividades experimentais).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for solicitado e contratualizar tarefas, apresentando resultados;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas, incluindo a promoção do estudo com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações de ajuda a outros e de proteção de si, designadamente adotando medidas de proteção adequadas a atividades laboratoriais;
  • saber atuar corretamente em caso de incidente no laboratório preocupando-se com a sua segurança pessoal e de terceiros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I,)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Questionador/ Investigador (A, C, D, F, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador / Interventor (A, B, D, E, G, H, I)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (A, B, E, F, G, I, J)

Organizador
Ondas e eletromagnetismo
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Sinais e ondas

Interpretar, e caracterizar, fenómenos ondulatórios, salientando as ondas periódicas, distinguindo ondas transversais de longitudinais e ondas mecânicas de eletromagnéticas.

Relacionar frequência, comprimento de onda e velocidade de propagação, explicitando que a frequência de vibração não se altera e depende apenas da frequência da fonte.

Concluir, experimentalmente, sobre as características de sons a partir da observação de sinais elétricos resultantes da conversão de sinais sonoros, explicando os procedimentos e os resultados, utilizando linguagem científica adequada.

Identificar o som como uma onda de pressão.

Determinar, experimentalmente, a velocidade de propagação de um sinal sonoro, identificando fontes de erro, sugerindo melhorias na atividade laboratorial e propondo procedimentos alternativos.

Aplicar, na resolução de problemas, as periodicidades espacial e temporal de uma onda e a descrição gráfica de um sinal harmónico, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Eletromagnetismo e ondas eletromagnéticas

Identificar as origens do campo elétrico e do campo magnético, caracterizando-os através das linhas de campo observadas experimentalmente.

Relacionar, qualitativamente, os campos elétrico e magnético com as forças elétrica sobre uma carga pontual e magnética sobre um íman, respetivamente.

Investigar os contributos dos trabalhos de Oersted, Faraday, Maxwell e Hertz para o eletromagnetismo, analisando o seu papel na construção do conhecimento científico, e comunicando as conclusões.

Aplicar, na resolução de problemas, a Lei de Faraday, interpretando aplicações da indução eletromagnética, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Investigar, experimentalmente, os fenómenos de reflexão, refração, reflexão total e difração da luz, determinando o índice de refracção de um meio e o comprimento de onda da luz num laser.

Aplicar, na resolução de problemas, as Leis da Reflexão e da Refração da luz, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Interpretar o papel do conhecimento sobre fenómenos ondulatórios no desenvolvimento de produtos tecnológicos.

Fundamentar a utilização das ondas eletromagnéticas nas comunicações e no conhecimento do Universo, integrando aspetos que evidenciem o carácter provisório do conhecimento científico e reconhecendo problemas em aberto.

Organizador
Equilíbrio químico
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Aspetos quantitativos das reações químicas

Interpretar o significado das equações químicas em termos de quantidade de matéria.

Compreender o conceito de reagente limitante numa reação química, usando exemplos simples da realidade industrial.

Resolver problemas envolvendo a estequiometria de uma reação, incluindo o cálculo do rendimento, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Determinar, experimentalmente, o rendimento na síntese de um composto, avaliando os resultados obtidos de um composto, avaliando os resultados obtidos

Comparar reações químicas do ponto de vista da química verde, avaliando as implicações na sustentabilidade social, económica e ambiental.

Estado de equilíbrio e extensão das reações químicas

Aplicar, na resolução de problemas, o conceito de equilíbrio químico em sistemas homogéneos, incluindo a análise de gráficos, a escrita de expressões matemáticas que traduzam a constante de equilíbrio e a relação entre a constante de equilíbrio e a extensão de uma reação, explicando as estratégias de resolução.

Relacionar as constantes de equilíbrio das reações direta e inversa.

Prever o sentido da evolução de um sistema químico homogéneo quando o estado de equilíbrio é perturbado (variações de pressão em sistemas gasosos, de temperatura e de concentração), com base no Princípio de Le Châtelier.

Prever o sentido da evolução de um sistema químico homogéneo por comparação entre o quociente da reação e a constante de equilíbrio.

Investigar, experimentalmente, alterações de equilíbrios químicos em sistemas aquosos por variação da concentração de reagentes e produtos, formulando hipóteses, avaliando procedimentos e comunicando os resultados.

Aplicar o Princípio de Le Châtelier à síntese do amoníaco e a outros processos industriais e justificar aspetos de compromisso relacionados com temperatura, pressão e uso de catalisadores.

Organizador
Reações em sistemas aquosos
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reações ácido-base

Identificar marcos históricos importantes na interpretação de fenómenos ácido-base, culminando na definição de ácido e base de acordo com Brönsted e Lowry.

Caracterizar a autoionização da água, relacionando-a com o produto iónico da água.

Relacionar as concentrações dos iões H3O+ e OH− , bem como o pH com aquelas concentrações em soluções aquosas, e, determinar o pH de soluções de ácidos (ou bases) fortes.

Interpretar reações ácido-base de acordo com Brönsted e Lowry, explicando o que é um par conjugado ácido-base.

Relacionar as concentrações de equilíbrio das espécies químicas envolvidas na ionização de ácidos monopróticos fracos (ou de bases) com o pH e a constante de acidez (ou basicidade), tendo em consideração a estequiometria da reação.

Planear e realizar uma titulação ácido-base, interpretando o significado de neutralização e de ponto de equivalência.

Avaliar o carácter ácido, básico ou neutro de soluções aquosas de sais com base nos valores das constantes de acidez ou de basicidade dos iões do sal em solução.

Interpretar a acidez da chuva normal e a formação de chuvas ácidas, explicando algumas das suas consequências ambientais.

Pesquisar, numa perspetiva intra e interdisciplinar, formas de minimizar a chuva ácida, a nível pessoal, social e industrial, e comunicar as conclusões.

Reações de oxidação-redução

Interpretar reações de oxidação-redução, escrevendo as equações das semirreações, identificando as espécies químicas oxidada (redutor) e reduzida (oxidante), utilizando o conceito de número de oxidação.

Organizar uma série eletroquímica a partir da realização laboratorial de reações entre metais e soluções aquosas de sais contendo catiões de outros metais, avaliando os procedimentos e comunicando os resultados.

Comparar o poder redutor de alguns metais e prever se uma reação de oxidação-redução ocorre usando uma série eletroquímica adequada, interpretando a corrosão dos metais como um processo de oxidação-redução.

Relacionar os fenómenos de oxidação-redução com a necessidade de proteção de estruturas metálicas, fixas ou móveis (pontes, navios, caminhos de ferro, etc.).

Soluções e equilíbrio de solubilidade

Relacionar as características das águas (naturais ou tratadas), enquanto soluções aquosas, com a dissolução de sais e do dióxido de carbono da atmosfera numa perspetiva transversal da importância da água no planeta e no desenvolvimento da sociedade humana. Interpretar equilíbrios de solubilidade, relacionando a solubilidade com a constante de produto de solubilidade.

Avaliar se há formação de um precipitado, com base nas concentrações de iões presentes em solução e nos valores de produtos de solubilidade, classificando as soluções de um dado soluto em não saturadas, saturadas e sobressaturadas.

Investigar, experimentalmente, o efeito da temperatura na solubilidade de um soluto sólido em água, formulando hipóteses, controlando variáveis e avaliando os resultados.

Interpretar, com base no Princípio de Le Châtelier, o efeito do ião-comum na solubilidade de sais em água.

Pesquisar sobre a dureza total da água e processos para a minimizar e sobre a utilização de reações de precipitação na remoção de poluentes da água, e comunicar as conclusões.

Filosofia

Introdução

Enquanto componente da formação geral de todos os cursos científico-humanísticos do ensino secundário, a disciplina de Filosofia deve ser considerada como atividade intelectual na qual os problemas, conceitos e teorias filosóficas são a base do desenvolvimento de um pensamento autónomo, consciente das suas estruturas lógicas e cognitivas, e capaz de mobilizar o conhecimento filosófico para uma leitura crítica da realidade e o fundamento sólido da ação individual e na sua relação com os outros humanos e não humanos.

No conjunto do currículo, e tendo em conta o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a disciplina de Filosofia, ao colocar o aluno como aprendente ativo e responsável, contribui para que seja questionador, investigador, crítico, organizador, informado e auto-avaliativo.

A disciplina de Filosofia constitui-se, assim, como uma contribuição para o desenvolvimento de competências consideradas imprescindíveis à construção de uma cidadania ativa, proporcionando aos alunos instrumentos necessários para o exercício pessoal da razão e desenvolvendo o raciocínio e as capacidades da reflexão e da curiosidade científica.

O trabalho filosófico assim desenvolvido visa que o aluno possa ser:

  • questionador, através do exercício de um pensamento crítico capaz de: mobilizar o conhecimento filosófico e as competências lógicas da filosofia para formular questões de modo claro e preciso; usar conceitos abstratos para avaliar informação; validar teses e argumentos através de critérios sólidos; avaliar os pressupostos e implicações do seu pensamento e o dos outros e comunicar efetivamente, na busca de solução de problemas que se colocam nas sociedades contemporâneas;
  • cuidador de si e dos outros, através de um pensamento e ação éticos e políticos que mobilizem com crescente complexidade o conhecimento filosófico para compreender, formular e refletir sobre os problemas sociais, éticos, políticos e tecno-científicos que se colocam nas sociedades contemporâneas, e seu impacto nas gerações futuras, discutindo criticamente as teorias que se apresentam para a resolução desses problemas e assumindo, gradualmente, posições autónomas, devidamente fundamentadas e capazes de sustentar uma cidadania ativa;
  • respeitador da diferença, ao ser capaz de um pensamento e ações inclusivos; capaz de acolher a diferença individual e cultural num mundo globalizado, a partir da compreensão das razões axiológicas pelas quais as pessoas pensam e agem de formas diferentes;
  • criativo, ao ser capaz de propor soluções alternativas para problemas filosóficos que lhe são colocados

Na análise metódica do texto filosófico, no trabalho oral, nas produções escritas, em trabalho colaborativo ou individual, ações estratégicas de ensino devem ser orientadas para que o aluno desenvolva competências de problematização, conceptualização e argumentação, culminando na produção de um ensaio filosófico.

Ao nível da problematização pretende-se que

  • Identifique, formule e relacione com clareza e rigor problemas filosóficos e justifique a sua pertinência.

Ao nível da conceptualização pretende-se que

  •  Identifique, clarifique e relacione com clareza e rigor conceitos filosóficos e os mobilize na compreensão e formulação de problemas, teses e argumentos filosóficos.

Ao nível da argumentação pretende-se que

  • Identifique, formule teorias, teses e argumentos filosóficos, aplicando instrumentos operatórios da lógica formal e informal, avaliando criticamente os seus pontos fortes e fracos.
  • Compare e avalie criticamente, pelo confronto de teses e argumentos, todas as teorias dos filósofos apresentados a estudo.
  • Determine as implicações filosóficas e as implicações práticas de uma teoria ou tese filosófica.
  • Assuma posições pessoais com clareza e rigor, mobilizando conhecimentos filosóficos e avaliando teses, argumentos e contra-argumentos.

OPÇÕES METODOLÓGICAS

Os instrumentos lógicos do trabalho filosófico devem tornar-se operatórios nas atividades a desenvolver com os alunos, servindo de apoio permanente à análise crítica a realizar na exploração de cada problema filosófico. Em cada área temática, os problemas circunscrevem as linhas essenciais mínimas a explorar em aula e o professor deve criar situações de aprendizagem que permitam formular com clareza a questão filosófica que vai orientar o trabalho;

Não sendo um programa de autores, os tópicos a explorar no pensamento de cada autor são os que respondem aos problemas elencados e devem ser sujeitos a uma análise crítica (validade, justificação e verdade), tendo em conta o desenvolvimento das competências operatórias da disciplina. Num princípio da construção progressiva das aprendizagens, é necessário que os alunos exercitem por escrito e oralmente as várias competências filosóficas de problematização, conceptualização e argumentação antes de lhes ser proposta a elaboração de um ensaio filosófico e a sua realização pode corresponder à necessária flexibilização na articulação curricular com outras disciplinas;

As estratégias devem ser pensadas de modo a que os alunos, com base em critérios claramente definidos, possam tomar e negociar decisões, autoanalisar os seus processos de aprendizagem e os resultados obtidos, prestar contas do seu envolvimento no trabalho, consigam apreender processos de pensamento usados na realização de tarefas ou na resolução de um problema, obtenham retorno por parte do professor e os seus pares, tenham oportunidades de reorientar o seu trabalho e melhorar as suas ações em função do retorno dado

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Módulo IV — O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva [Filosofia do Conhecimento]

Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento

Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento

O problema da possibilidade do conhecimento: o desafio cético.

Descartes, a resposta racionalista.
a dúvida metódica; o cogito (a priori); a clareza e a distinção das ideias como critério de verdade; o papel da existência de Deus

Hume, a resposta empirista.
impressões e ideias (a posteriori); questões de facto e relações de ideias; a relação causa-efeito; conjunção constante, conexão necessária e hábito; o problema da indução

Formular o problema da justificação do conhecimento, fundamentando a sua pertinência filosófica.

Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os argumentos das teorias racionalista (Descartes) e empirista (Hume) enquanto respostas aos problemas da possibilidade e da origem o conhecimento.

Discutir criticamente estas posições e respetivos argumentos.

Mobilizar os conhecimentos adquiridos para analisar criticamente ou propor soluções para problemas relativos ao conhecimento que possam surgir a partir da realidade ou das áreas disciplinares em estudo, cruzando a perspetiva gnosiológica com a fundamentação do conhecimento em outras áreas do saber.

O estatuto do conhecimento científico [Filosofia da Ciência]

Ciência e construção — validade e verificabilidade das hipóteses

O problema da demarcação do conhecimento científico.

Distinção entre teorias científicas e não científicas.

O problema da verificação das hipóteses científicas.

O papel da indução no método científico.

O papel da observação e da experimentação; verificação e verificabilidade; a confirmação de teorias.

Popper e o problema da justificação da indução.

O falsificacionismo e o método de conjeturas e refutações.

Posição perante o problema da indução; falsificação e falsificabilidade; conjeturas e refutações; a corroboração de teorias.

Formular o problema da demarcação do conhecimento científico, fundamentado a sua pertinência filosófica.

Enunciar os critérios que permitem diferenciar uma teoria científica de uma teoria não científica.

Formular o problema da verificação das hipóteses científicas, fundamentado a sua pertinência filosófica.

Expor criticamente o papel da indução no método científico.

Clarificar os conceitos nucleares, a tese e os argumentos da teoria de Popper em resposta ao problema da verificação das hipóteses científicas.

Discutir criticamente a teoria de Popper.

Analisar criticamente os fundamentos epistemológicos das ciências que estuda e respetiva fundamentação metodológica.

A racionalidade científica e a questão da objetividade

O problema da evolução da ciência e da objetividade do conhecimento: as perspetivas de Popper e Kuhn.

A perspetiva de Popper — eliminação do erro e seleção das teorias mais aptas; progresso do conhecimento e aproximação à verdade;

A perspetiva de Kuhn — ciência normal e ciência extraordinária; revolução científica; a tese da incomensurabilidade dos paradigmas; a escolha de teorias.

Formular os problemas da evolução e da objetividade do conhecimento científico, fundamentando a sua pertinência filosófica.

Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os argumentos das teorias de Popper e Kuhn enquanto respostas aos problemas da evolução e da objetividade do conhecimento científico.

Discutir criticamente as posições de Popper e de Kuhn.

A dimensão estética — análise e compreensão da experiência estética [Filosofia da Arte]

A criação artística e a obra de arte

O problema da definição de arte.

Teorias essencialistas: a arte como representação, a arte como expressão e a arte como forma.

Teorias não essencialistas: a teoria institucional e a teoria histórica.

Formular o problema da definição de arte, justificando a sua importância filosófica.

Avaliar a ideia de que a arte é definível e as propostas de definição apresentadas.

Identificar e classificar como essencialistas ou não essencialistas diferentes posições sobre a definição de arte.

Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os argumentos das teorias da arte como representação, arte como expressão, arte como forma, teoria institucional e teoria histórica.

Analisar criticamente cada uma destas propostas de definição de arte.

A dimensão religiosa — análise e compreensão da experiência religiosa [Filosofia da Religião]

Religião, razão e fé

O problema da existência de Deus.

O conceito teísta de Deus.

Argumentos sobre a existência de Deus: cosmológico e teleológico (Tomás de Aquino); argumento ontológico (Anselmo).

O fideísmo de Pascal.

O argumento do mal para a discussão da existência de Deus (Leibniz).

Formular o problema da existência de Deus, justificando a sua importância filosófica.

Explicitar o conceito teísta de Deus.

Enunciar os argumentos cosmológico e teleológico (Tomás de Aquino) e ontológico (Anselmo) sobre a existência de Deus.

Discutir criticamente estes argumentos sobre a existência de Deus.

Caracterizar a posição fideísta de Pascal.

Analisar criticamente a posição fideísta de Pascal.

Clarificar o argumento do mal de Leibniz.

Analisar criticamente o argumento do mal de Leibniz.

Temas/ problemas da cultura científico-tecnológica, de arte e de religião

Desenvolvimento de um dos seguintes temas

  1. A redefinição do humano pela tecnociência.
  2. Problemas éticos na criação da inteligência artificial.
  3. Problemas éticos e políticos do impacto da sociedade da informação no quotidiano.
  4. Problemas éticos e políticos do impacto da tecnociência no mundo do trabalho.
  5. Problemas éticos na manipulação do genoma humano.
  6. Questões éticas da reprodução assistida.
  7. Cuidados de saúde e prolongamento da vida.
  8. A legitimidade da experimentação animal.
  9. A ciência e cuidado pelo ambiente.
  10. Organismos geneticamente modificados e o impacto ambiental e na saúde humana.
  11. Arte, sociedade e política.
  12. O ateísmo e os argumentos contemporâneos sobre a existência de Deus.
  13. Outros (desde que inseridos nas áreas filosóficas das Aprendizagens Essenciais propostas para o 11.o ano).

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Elaboração, pelos alunos e ao longo do ano, de um dicionário de termos filosóficos, em formato analógico ou com recurso a meios digitais (exemplo, plataforma Moodle).

Formulação pelos alunos, a partir da perceção de um objeto, de uma paisagem, etc., do problema da possibilidade do conhecimento.

Formulação, individualmente ou em trabalho colaborativo, de teses e argumentos sobre o problema da possibilidade do conhecimento a partir da leitura de textos selecionados (em suporte físico e digital) e apresentação oral ou através de sistemas digitais.

Redução, pelos alunos, dos argumentos às formas de inferência válida estudadas no ano letivo anterior e análise da sua validade e solidez.

Elaboração, pelos alunos, de mapas de argumentos em suporte analógico ou com recurso a aplicação digitais.

Elaboração colaborativa de um quadro síntese com as teses e argumentos de resposta ao problema em estudo, com identificação prévia dos critérios de comparação e eventual publicação num ambiente digital (por exemplo, a Plataforma Moodle).

Confrontação de teses e argumentos entre alunos relativamente à sua posição sobre o problema da origem e da possibilidade do conhecimento.

Discussão num ensaio de uma tese, e respetivos argumentos, ou das teses e seus argumentos, de resposta ao problema em estudo.

Problematização, pelos alunos, da sustentabilidade gnosiológica de teorias estudadas (por exemplo, teorias biológicas, económicas, geográficas...) face aos problemas identificados no estudo das teorias de Descartes e Hume.

Enunciação, pelos alunos, dos problemas da demarcação e da verificação das hipóteses científicas a partir da leitura de textos selecionados.

Enunciação, pelos alunos, dos problemas da demarcação e da verificação das hipóteses científicas a partir do confronto de teorias científicas e pseudocientíficas com possível recurso a textos jornalísticos de divulgação científica e a textos pseudocientíficos divulgados em blogues e redes sociais.

Justificação, pelos alunos, da pertinência filosófica do problema da verificação das hipóteses científicas, a partir da perspetiva de Hume e do problema da indução, aplicando conhecimentos já adquiridos.

Antecipação, pelos alunos, de possíveis resoluções do problema da verificação das hipóteses científicas.

Colocação, pelos alunos, de questões (a partir da leitura de textos filosóficos ou de visionamento de pequenos vídeos sobre os temas em estudo) sobre os problemas e teorias em análise, com organização dos conteúdos a partir das respostas às questões colocadas pelos alunos.

Discussão num ensaio da posição de Popper e respetivos argumentos.

Apresentação oral de síntese, por um ou mais alunos, com auto e heteroavaliada com critérios pré-definidos (pelo professor ou em conjunto com os alunos).

Aplicação, pelos alunos, das conceções epistemológicas de Popper à análise dos princípios metodológicos de disciplinas das suas áreas científicas (Biologia e Geologia, História, Física e Química, Economia e Geografia).

Elaboração, pelos alunos, de protocolos de investigação em Biologia e Geologia ou de Física e Química que assumam uma perspetiva indutivista ou falsificacionista.

Formulação pelos alunos, com base no conceito de objetividade, dos problemas da evolução e da objetividade do conhecimento científico. Identificação, pelos alunos, nas suas áreas de estudo, ou nos seus conhecimentos prévios, de teorias que possam ser consideradas um avanço científico em relação às suas antecedentes e identificação dos critérios de análise que permitem essa comparação.

Formulação pelos alunos de objeções às teorias estudadas e teste dessas objeções em confronto oral com colegas que assumam as posições de Popper e Kuhn.

Seleção justificada, pelos alunos, de obras de arte (de qualquer forma de manifestação artística), exemplificativas e contra exemplificativas de cada uma das posições.

Elaboração, pelos alunos, de mapas de argumentos, ou de conceitos, em suporte analógico ou com recurso a aplicação digitais.

Elaboração colaborativa de um quadro síntese com as teses e argumentos de resposta ao problema em estudo, com identificação prévia dos critérios de comparação e eventual publicação num ambiente digital (por exemplo, a Plataforma Moodle).

Discussão num ensaio de uma tese, e respetivos argumentos, ou das teses e seus argumentos, de resposta ao problema em estudo.

Apresentação, pelos alunos, de contraexemplos ao conceito teísta de Deus.

Formulação pelos alunos, com base no conceito teísta de Deus, de argumentos a favor da sua existência e confronto dos argumentos apresentados com os argumentos tradicionais em estudo.

Redução dos argumentos a formas de inferência válida estudadas e análise da sua validade e solidez.

Apresentação pelos alunos, individualmente ou em trabalho colaborativo de um ou dos argumentos sobre a existência de Deus.

Discussão num ensaio de um dos argumentos de resposta ao problema em estudo.

Exploração pelos alunos, em fontes controladas, de formas contemporâneas dos argumentos clássicos estudados.

Delimitação rigorosa de um problema filosófico dentro de uma área temática.

Formulação do problema filosófico em discussão.

Fundamentação do problema filosófico e dos conceitos que o sustentam.

Enunciação clara da(s) tese(s) e das teoria(s) em discussão. 

Enunciação de posições com clareza e rigor, com possível apresentação de posições próprias.

Mobilização com rigor conceitos filosóficos na formulação de teses, argumentos e contra-argumentos, nomeadamente os adquiridos no ano letivo anterior (Kant, Miil e Rawls).

Confrontação crítica de teses e de argumentos.

Determinação das implicações práticas das teses e teorias em discussão.

Aplicação adequada dos conhecimentos filosóficos para pensar problemas que se colocam às sociedades contemporâneas.

Apresentação de soluções relevantes para esses problemas, articulando, quando possível, com outras áreas do saber, numa visão integradora que leve os alunos a mobilizar conhecimentos adquiridos anteriormente na disciplina de Filosofia e em outras disciplinas do seu percurso escolar.

Utilização rigorosa de fontes, com validação de fontes digitais (autoria, atualidade, pertinência, profundidade, enviesamento,etc.) e respeito pelos direitos de autor.

Descritores do Perfil dos alunos

Sistematizador/ organizado (A, B, C, I)

Analítico, criativo, questionador (C,D)

Conhecedor / organizador / comunicador (A, B, C, E, I)

Questionador, crítico, analítico (D, E, F,I)

Analítico, criativo (C, F)

Questionador, crítico, analístico, autónomo (A, D, F)

Colaborativo, responsável, autónomo (A, F)

Questionador, conhecedor (A, C, D)

Conhecedor, criativo, questionador, crítico, analítico (C, D, F, I)

Conhecedor / organizador / comunicador (A, B, C, E, H)

Crítico, analítico, conhecedor, autónomo, comunicador (A, D, E, F)

Questionador, crítico, analítico, criativo, sabedor (C, D, F)

Conhecedor (A, C)

Questionador, conhecedor, informado, criativo, comunicativo, participativo, colaborador, responsável, autónomo, cuidador de si e do outro (A,B, C, D, E, F, G )

Espanhol Iniciação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.

Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol devem ser considerados ‘falsos principiantes’. Em consequência, o nível de desempenho expectável para o primeiro ano de aprendizagem (10.º) é relativamente superior ao das outras LE e, para todos os anos de aprendizagem do Ensino Secundário, as competências recetivas e produtivas apresentam diferentes níveis de desempenho. Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua a ser ensinada e aprendida é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, poderão ir aparecendo, de forma pontual, elementos idiossincrásicos e input de outras variedades diatópicas, diafásicas e diastráticas.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Iniciação no Ensino Secundário de Formação Geral é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO GERAL – INICIAÇÃO 10º 11º 12º
CAV A2.2 B1.1 B1.2
CE B1.1 B1.2 B2.1
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) A2.1 A2.2 B1.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita. A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual.

Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respectivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido. Assim, e relativamente às Aprendizagens Essenciais de Espanhol para o 3.º ciclo, cuja carga horária é menor, o nível de proficiência, nas atividades recetivas, é mais exigente em todos os anos de Espanhol do Ensino Secundário. Por outro lado, também são incluídas, no 12.º ano - opção que partilham os alunos dos cursos de Formação Geral e Específica - atividades e estratégias de mediação oral e escrita. O alargamento das aprendizagens desse ano às atividades de mediação resulta da necessidade de harmonizar percursos com objetivos e cargas horárias diferenciados nos anos 10.º e 11.º das variantes Geral e Específica.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 11.º ano de Iniciação dos cursos de Formação Geral, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcompetências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação e produção oral e escrita:

CAV B1.1 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia-a-dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio (visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE B1.2 É capaz de compreender as ideias principais de textos de diversa tipologia, bem estruturados e sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE A2.2 É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.

Note-se que, devido à maior exigência que se observa nas competências recetivas, os objetivos a atingir durante este ano obrigam a um trabalho adicional focado especialmente no desenvolvimento das habilidades e estratégias relacionadas com a compreensão auditiva/audiovisual e escrita.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível B1.1]

Identificar as ideias principais e selecionar informação explícita em intervenções e discursos breves, de géneros e suportes diversos, sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer e sobre temas da atualidade, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas, predomine um vocabulário frequente e a articulação seja clara.

[Compreensão escrita – Nível B1.2]

Identificar, selecionar e associar informação explícita e informação implícita relevante de sequências descritivas, explicativas, narrativas e argumentativas, em textos de géneros e suportes diversos, sobre situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer e sobre assuntos da atualidade cultural, política e científica, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas, predomine o vocabulário frequente e contenha expressões idiomáticas muito correntes.

[Interação oral – Nível A2.2]

Interagir em conversas curtas bem estruturadas e ligadas a situações familiares, apoiando-se, quando necessário, no discurso do interlocutor, nas quais:

  • troca ideias, informações, opiniões e desejos sobre situações do quotidiano, experiências e interesses pessoais e temas da atualidade;
  • aconselha e orienta em tarefas e situações diversas;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

[Produção oral – Nível A2.2]

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos preparados previamente, nos quais:

  • descreve o meio envolvente e situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • apresenta opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

[Interação escrita – Nível A2.2]

Escrever cartas, mails, notas e mensagens diversas, em papel ou em aplicações digitais (chats, fóruns, redes sociais, entre outros), nos quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano, experiências e interesses pessoais, acontecimentos reais ou imaginários, preferências e opiniões;
  • exprime opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • aconselha e orienta em tarefas e situações diversas;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • articula as ideias com recursos elementares de coordenação e subordinação para gerar uma sequência lógica de informações;
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens, adequando-as ao destinatário.

[Produção escrita – Nível A2.2]

Escrever textos simples diversos (em papel ou em aplicações digitais), nos quais:

  • descreve o meio envolvente e situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprime opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • articula as ideias com recursos elementares de coordenação e subordinação para gerar uma sequência lógica de informações;
  • respeita as convenções textuais dos géneros trabalhados previamente nas aulas.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Formular hipóteses acerca do conteúdo, desenvolvimento e finalidade(s) do documento, recorrendo a todos os elementos verbais e não- verbais, confirmando-as ou corrigindo-as após a sua leitura.
  • Inferir o significado de termos desconhecidos a partir do contexto e da análise das palavras (derivação, composição, famílias de palavras, palavras-chave, comparação entre línguas).
  • Identificar as intenções comunicativas que os elementos prosódicos e quinésicos transmitem.
  • Identificar dificuldades de compreensão e procurar solucioná-las.
  • Utilizar o dicionário de uma forma seletiva.
  • Escolher o significado adequado de uma palavra, uma vez estudado o contexto em que ela se insere.
  • Valorizar a leitura como modo de suprir necessidades.
  • Avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão de mensagens orais e escritas.
  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Aproveitar todas as ocasiões com os colegas ou com possíveis interlocutores nativos para interagir em espanhol.
  • Repetir, reformular, parafrasear e resumir as ideias, quer do interlocutor quer as próprias, para assegurar a compreensão.
  • Gravar as suas produções e procurar conseguir maior fluência e correção.
  • Identificar as dificuldades nas atividades de interação e produção oral e propor medidas para as ultrapassar.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na produção e compreensão síncrona de mensagens.
  • Mobilizar as aprendizagens do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Reconhecer a importância de ser capaz de se exprimir por escrito, em espanhol, como forma de satisfazer necessidades imediatas e concretas de comunicação.
  • Definir o que se pretende transmitir e a sua intencionalidade.
  • Explorar ideias, associar e recolher informação e utilizar meios convencionais e tecnológicos de comunicação para produzir textos escritos.
  • Localizar recursos e modelos.
  • Mostrar interesse na interação, transmitida pela escrita, com falantes de espanhol.
  • Adequar o discurso ao interlocutor e à situação de comunicação, ainda que dispondo de fracos recursos linguísticos.
  • Avaliar a reação do interlocutor ou destinatário do texto escrito.
  • Reconhecer o erro como parte integrante do processo de aprendizagem, ter interesse em superar as interferências e confiar no sucesso.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção escrita.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre os elementos do património cultural, das tradições e dos comportamentos sociais dos países hispanofalantes e relacioná-los com os de Portugal.

Expressar e responder a informações e conhecimentos relativos à língua, às sociedades e ao património cultural e artístico dos países hispanofalantes, usando-os em atividades diversificadas (trabalhos, apresentações, jogos, concursos, exposições, vídeos, artefactos, atividades de palco, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; o “eu” e os outros (descrição, interesses e preferências, experiências próprias e alheias, as relações humanas, a família, os amigos e outras pessoas da comunidade); a escola (formas de aprender e trabalhar, a escola em países hispanofalantes); educação para a cidadania; o consumo (alimentação, compras e serviços); os desportos e os tempos livres (férias, música, cinema, etc.); cuidados corporais e saúde; viagens, transportes e educação rodoviária; a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de Espanha; as relações entre Portugal e Espanha; etc.
  • Utilizar diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem que se ajustam ao seu perfil de aprendente, apoiando-se em questionários e outros documentos (Portfólio Europeu das Línguas, entre outros).

Utilizar recursos de aprendizagem variados (manuais, dicionários, gramáticas em suporte papel, digital e outros) em função dos objetivos das atividades propostas na aula.

Reconhecer e usar modelos de língua na realização de tarefas.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes diversos (papel, digital e outros) nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), relativas ao desenvolvimento da competência estratégica, adaptando-as aos novos objetivos e situações trabalhados na aula.
  • Motivar-se para comunicar de forma autêntica na nova língua.
  • Arriscar na comunicação e tentar ativar os poucos recursos que se possuem perdendo o medo ao erro e reconhecendo-o como necessário no processo de aprendizagem.
  • Observar modelos, deduzir regras e verificar hipóteses.
  • Ter consciência dos fins e interesses gerais e pessoais na aprendizagem do Espanhol.
  • Controlar os próprios progressos e erros através de um diário de aulas, anotando e analisando as causas e propondo soluções, assim como as metas e procedimentos de superação.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol Continuação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Continuação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV B1.2 B2.1 B2.2
CE B2.1 B2.2 B2.2+
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) B1.1 B1.2 B2.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Para além da compreensão, interação e produção, a competência comunicativa a desenvolver com os alunos dos cursos de Formação Específica incui as atividades de mediação, também nas modalidades oral, escrita e audiovisual. O nível B2.2+ de compreensão escrita implica um alargamento da competência B2.2 através da diversificação de géneros e tipologias textuais, assim como das atividades e estratégias ligadas ao desenvolvimento da competência de mediação oral e escrita e do trabalho interdisciplinar com outras áreas do currículo. Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 11.º ano de Continuação (Formação Geral), os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis:

CAV B2.1 É capaz de compreender as ideias principais de um discurso em espanhol padrão, linguística ou proposicionalmente complexo, tanto acerca de assuntos abstratos como concretos. É capaz de seguir um discurso longo e linhas de argumentação complexas desde que o assunto lhe seja razoavelmente familiar e a organização da exposição seja marcada explicitamente. É capaz de entender grande parte de muitos programas de rádio, televisão, vídeos e filmes sobre assuntos do seu interesse pessoal, sempre que o débito da fala seja relativamente pausado e claro e as expressões idiomáticas, correntes.
CE B2.2 É capaz de ler com um elevado grau de autonomia, adaptando o estilo e a velocidade de leitura a diferentes textos e fins e utilizando de forma seletiva fontes de referência adequadas para solucionar problemas de compreensão. Possui um amplo vocabulário de leitura, mas pode sentir alguma dificuldade com o léxico e as expressões idiomáticas menos frequentes. É capaz de entender artigos, ensaios e obras literárias relacionados com problemas atuais, nos quais o escritor adota uma posição ou um ponto de vista próprios. Através da consulta de dicionários e outros textos, é capaz de solucionar a maioria dos problemas de compreensão com que se depara.
IO / IE / PO / PE B1.2 É capaz de comunicar com alguma segurança, em situações do dia-a-dia e servindo-se de meios tecnológicos, sobre assuntos familiares e sobre outros mais abstratos que tenham sido trabalhados previamente, introduzindo e compreendendo opiniões, reações, intenções, argumentos e exemplos. Pode dar instruções relativamente precisas e detalhadas e realizar uma descrição, um relato ou uma apresentação, estruturada através de uma sucessão linear de tópicos claros e com uma linguagem simples, sobre diversos temas do seu interesse e sobre assuntos conhecidos (experiências, sentimentos, acontecimentos, sonhos e projetos reais ou imaginários, a intriga de um romance ou de um filme, etc.). É capaz de autorreger o conteúdo e a forma das suas intervenções e textos se lhe for dado feedback.

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão auditiva e audiovisual [Nível B2.1]

Relacionar informação verbal e não-verbal e compreender as ideias principais e os aspetos socioculturais implicados em textos complexos (mensagens telefónicas e radiofónicas, noticiários, reportagens, documentários, entrevistas, publicidade, clips, curtas-metragens e filmes, entre outros) sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, sempre que a organização das ideias seja marcada explicitamente, predominem o vocabulário frequente e as expressões idiomáticas correntes, a articulação seja clara e o ritmo seja normal.

Compreensão escrita [Nível B2.2]

Compreender as ideias e conclusões principais e os aspetos socioculturais implicados numa diversidade de textos especializados adequados ao seu desenvolvimento cognitivo, desde que possa utilizar instrumentos de consulta para confirmar a sua interpretação do vocabulário desconhecido.

Selecionar e associar informação pertinente, implícita e explícita, em textos descritivos, explicativos e argumentativos complexos, de diversos géneros, sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, nos quais as ideias podem não ser estruturadas de forma explícita - devendo a leitura ser apoiada em estratégias de revisão e clarificação - e predominam o vocabulário e as expressões idiomáticas correntes.

Seguir a trama e compreender a intenção do autor de um texto narrativo literário próximo dos seus interesses

Interação oral [Nível B1.2]

Interagir com fluência em conversas, inseridas em situações familiares, ao vivo ou utilizando aplicações digitais, nas quais:

  • troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, o mundo do trabalho e do lazer, temas da atualidade e assuntos abstratos;
  • usa vocabulário corrente e expressões idiomáticas muito frequentes, assim como estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos discursivos adequados para ligar, clarificar, reformular as ideias e solicitar esclarecimentos e explicações;
  • exprime de forma cortês opiniões, desacordos e convicções;
  • pronuncia geralmente de forma clara e com um ritmo e uma entoação apropriados;
  • reage de forma pertinente ao discurso do interlocutor e utiliza conscientemente os princípios da cortesia verbal.

Produção oral [Nível B1.2]

Exprimir-se com fluência em monólogos preparados previamente, ao vivo, em gravações ou utilizando aplicações digitais, nos quais:

  • descreve, narra e/ou expõe informações sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade, apresentando argumentos e exprimindo opiniões, gostos e preferências;
  • justifica e explica opiniões, ações e projetos e argumenta suficientemente bem sobre temas conhecidos, de forma a ser compreendido sem dificuldade;
  • usa vocabulário corrente e expressões idiomáticas frequentes, assim como estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos discursivos adequados (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para construir uma sequência linear de informações coerente e coesa;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

[Interação escrita [Nível B1.2]

Escrever cartas, mails e mensagens, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações, exprimindo com clareza opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas de atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente e expressões idiomáticas muito correntes, assim como estruturas gramaticais e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros);
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens redigidas, adequando-as ao destinatário.

Produção escrita [Nível B1.2]

Escrever textos diversos, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • descreve situações, narra acontecimentos e expõe com clareza informações, opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • mobiliza vocabulário frequente e expressões idiomáticas muito correntes, assim como estruturas gramaticais e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros);
  • respeita as convenções dos géneros textuais utilizados.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Distinguir os traços mais relevantes das diferentes variedades diatópicas do espanhol, no que diz respeito à pronúncia, à morfossintaxe e ao vocabulário de alta frequência.
  • Distinguir variedades diafásicas (formal e familiar) e diastráticas (linguagens técnicas, dos jovens, dos desportos, etc.) nos documentos trabalhados.
  • Analisar textos orais e escritos autênticos em que estejam presentes diferentes pontos de vista.
  • Pesquisar e integrar a informação dos documentos trabalhados com outras fontes (outros textos, instrumentos de consulta, questionários, documentos multimodais, etc.).
  • Recolher dados e opiniões de textos especializados para analisar os temas abordados, comparando diversos pontos de vista e diferentes formas de tratar e apresentar a informação.
  • Identificar, nos documentos trabalhados, as dificuldades de compreensão devidas à homonímia, aos falsos amigos e à polissemia.
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Intervir numa discussão e ser capaz de tomar a palavra através de uma expressão adequada e/ou convidar outra pessoa para participar.
  • Avaliar a reação do interlocutor e corrigir lapsos e erros se tiver consciência deles ou se tiverem causado mal-entendidos.
  • Tomar nota de "erros favoritos" e controlar conscientemente o seu discurso para os evitar.
  • Definir os aspetos ou fazer circunlóquios de algo concreto de cuja denominação não consegue lembrar-se.
  • Gravar as suas produções e procurar conseguir maior fluência e correção.
  • Identificar as dificuldades nas atividades de interação e produção oral e propor medidas para as ultrapassar.
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Definir o que se pretende transmitir e a sua intencionalidade.
  • Mostrar interesse na interação, transmitida pela escrita, com falantes de espanhol.
  • Adequar o discurso ao interlocutor e à situação de comunicação, ainda que dispondo de fracos recursos linguísticos.
  • Avaliar a reação do interlocutor ou destinatário do texto escrito.
  • Reconhecer o erro como parte integrante do processo de aprendizagem, ter interesse em superar as interferências e confiar no sucesso.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Caracterizar e explicar as diferenças culturais entre os países hispano-falantes, relacionando-as com as de Portugal.

Relativizar generalizações e estereótipos, fazendo previsões sobre mal-entendidos em situação de comunicação e assumindo o papel de mediador intercultural.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: estilos de aprendizagem; os jovens em Espanha e Portugal; cidadãos europeus – unidade e diversidade; infeções e doenças; escolha de uma profissão; as línguas de Espanha e as línguas/famílias linguísticas ameríndias mais faladas; personagens famosos do mundo hispano; música erudita e popular; literatura contemporânea em espanhol.
  • Adotar uma posição reflexiva e crítica perante as atuações e opiniões veiculadas pelos documentos trabalhados e procurar paralelismos dentro e fora do contexto português.
  • Antecipar, tratar e/ou resolver mal-entendidos devidos a diferenças socioculturais e sociolinguísticas.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Definir objetivos pessoais na aprendizagem da língua e avaliar carências e progressos, próprios e alheios, na sua consecução.

Diversificar as estratégias e os recursos para consolidar conhecimentos, remediar dificuldades e promover a aprendizagem colaborativa e a autonomia.

Diversificar os recursos, estratégias e processos para aperfeiçoar a compreensão e realizar tarefas de interação e produção, superando carências e falhas na comunicação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores relativas ao desenvolvimento da competência estratégica, adaptando-as aos novos objetivos e situações trabalhados na aula.
  • Utilizar de forma seletiva e eficaz os recursos disponíveis: programas de TV, meios de comunicação, contactos, manuais, gramáticas, novas tecnologias, Internet.
  • Comparar os novos conteúdos linguísticos com os da língua materna e outras línguas que se conheçam.
  • Observar modelos, deduzir regras e verificar hipóteses.
  • Reagir perante situações novas e explicar as razões das suas dificuldades.
  • Ter consciência dos fins e interesses gerais e pessoais na aprendizagem do Espanhol.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol Iniciação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Iniciação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – INICIAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV A2.2 B1.1 B1.2
CE B1.1 B1.2 B2.1
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) A2.1 A2.2 B1.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual. Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respetivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido. Assim, e relativamente às Aprendizagens Essenciais de Espanhol para o 3.º ciclo, cuja carga horária é menor, as Aprendizagens Essenciais para Espanhol, nos cursos de Formação Específica, apresentam duas diferenças notórias: um nível de proficiência mais exigente nas atividades recetivas e a inclusão das subcompetências de mediação oral e escrita.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 11.º ano de Iniciação dos cursos de Formação Específica, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis:

CAV B1.1 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia-a-dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio(visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE B1.2 É capaz de compreender as ideias principais e os dados mais relevantes de textos de diversa tipologia (narrativos, descritivos, explicativos, argumentativos), sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE / MO / ME A2.2 É capaz de comunicar e participar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais, sempre que os participantes falem lentamente e o ajudem a detalhar as suas intervenções. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas. Pode transmitir informações pertinentes de textos informativos bem estruturados, curtos e simples, sempre que estes incidam sobre assuntos concretos e familiares e estejam redigidos numa linguagem corrente.

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão auditiva e audiovisual [Nível B1.1]

Identificar as ideias principais e selecionar informação explícita em intervenções e discursos breves, de géneros e suportes diversos, sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer e sobre temas da atualidade, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas, predomine um vocabulário frequente e a articulação seja clara.

Interação oral [Nível A2.2]

Interagir em conversas curtas bem estruturadas e ligadas a situações familiares, apoiando-se, quando necessário, no discurso do interlocutor, nas quais:

  • troca ideias, informações, opiniões e desejos sobre situações do quotidiano, experiências e interesses pessoais e temas da atualidade;
  • aconselha e orienta em tarefas e situações diversas;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

Produção oral [Nível A2.2]

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos preparados previamente, nos quais:

  • descreve o meio envolvente e situações do quotidiano; 
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • apresenta opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

Interação escrita [Nível A2.2]

Escrever cartas, mails, notas e mensagens diversas, em papel ou em aplicações digitais (chats, fóruns, redes sociais, entre outros), nos quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano, experiências e interesses pessoais, acontecimentos reais ou imaginários, preferências e opiniões;
  • exprime opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • aconselha e orienta em tarefas e situações diversas;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • articula as ideias com recursos elementares de coordenação e subordinação para gerar una sequência lógica de informações;
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens, adequando-as ao destinatário.

Produção escrita [Nível A2.2]

Escrever textos simples diversos (em papel ou em aplicações digitais), nos quais:

  • descreve o meio envolvente e situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprime opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • articula as ideias com recursos elementares de coordenação e subordinação para gerar uma sequência lógica de informações;
  • respeita as convenções textuais dos géneros trabalhados previamente nas aulas.

[Mediação oral e escrita – Nível A2.2]

Tomar notas de uma presentação, audição ou vídeo sempre que o assunto seja familiar e previsível e a locução seja clara, lenta e redundante.

Ordenar, hierarquizar e transcrever ou reformular informação relevante dos documentos trabalhados previamente nas aulas para a transmitir a terceiros através de diferentes canais e codificações (orais, escritos, multimodais).

Parafrasear e fazer breves resumos de sequências/fragmentos dos documentos trabalhados previamente nas aulas.

Transmitir frases e ordens simples comunicadas por terceiros de forma oral ou escrita (estilo direto e indireto), como notas, telefonemas e outras mensagens breves recebidas através de diversos canais.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Formular hipóteses acerca do conteúdo, desenvolvimento e finalidade(s) do documento, recorrendo a todos os elementos verbais e não- verbais, confirmando-as ou corrigindo-as após a sua leitura.
  • Inferir o significado de termos desconhecidos a partir do contexto e da análise das palavras (derivação, composição, famílias de palavras, palavras-chave, comparação entre línguas).
  • Identificar as intenções comunicativas que os elementos prosódicos e quinésicos transmitem.
  • Identificar dificuldades de compreensão e procurar solucioná-las.
  • Utilizar o dicionário de uma forma seletiva.
  • Escolher o significado adequado de uma palavra, uma vez estudado o contexto em que ela se insere.
  • Valorizar a leitura como modo de suprir necessidades.
  • Avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão de mensagens orais e escritas.
  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Aproveitar todas as ocasiões com os colegas ou com possíveis interlocutores nativos para interagir em espanhol.
  • Repetir, reformular, parafrasear e resumir as ideias, quer do interlocutor quer as próprias, para assegurar a compreensão (cf. “Mediação oral”).
  • Gravar as suas produções e procurar conseguir maior fluência e correção.
  • Identificar as dificuldades nas atividades de interação e produção oral e propor medidas para as ultrapassar.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na produção e compreensão síncrona de mensagens.
  • Mobilizar as aprendizagens do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Reconhecer a importância de ser capaz de se exprimir por escrito, em espanhol, como forma de satisfazer necessidades imediatas e concretas de comunicação.
  • Definir o que se pretende transmitir e a sua intencionalidade.
  • Explorar ideias, associar e recolher informação e utilizar meios convencionais e tecnológicos de comunicação para produzir textos escritos.
  • Localizar recursos e modelos.
  • Mostrar interesse na interação, transmitida pela escrita, com falantes de espanhol.
  • Adequar o discurso ao interlocutor e à situação de comunicação, ainda que dispondo de fracos recursos linguísticos.
  • Antecipar e avaliar a reação do interlocutor ou destinatário do texto escrito.
  • Reconhecer o erro como parte integrante do processo de aprendizagem, ter interesse em superar as interferências e confiar no sucesso.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção escrita.
  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de mediação oral e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Tomar notas das ideias principais dos documentos áudio(visuais) e escritos trabalhados nas aulas, hierarquizando-as, parafraseando-as e apresentando-as, de forma oral ou escrita, como uma sequência linear e ordenada de informações.
  • Explicar, de forma oral ou escrita, os dados contidos em tabelas, gráficos, diagramas, esquemas, etc.
  • Por em prática os recursos e convenções discursivos e textuais para transmitir em diferido frases e breves sequências em discurso direto ou indireto.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

A, B, C, D, E, F, G, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre os elementos do património cultural, das tradições e dos comportamentos sociais dos países hispanofalantes e relacioná-los com os de Portugal.

Expressar e responder a informações e conhecimentos relativos à língua, às sociedades e ao património cultural e artístico dos países hispanofalantes, usando-os em atividades diversificadas (trabalhos, apresentações, jogos, concursos, exposições, vídeos, artefactos, atividades de palco, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; o “eu” e os outros (descrição, interesses e preferências, experiências próprias e alheias, as relações humanas, a família, os amigos e outras pessoas da comunidade); a escola (formas de aprender e trabalhar, a escola em países hispanofalantes); educação para a cidadania; o consumo (alimentação, compras e serviços); os desportos e os tempos livres (férias, música, cinema, etc.); cuidados corporais e saúde; viagens, transportes e educação rodoviária; a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de Espanha; as relações entre Portugal e Espanha; etc.
  • Utilizar diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem que se ajustam ao seu perfil de aprendente, apoiando-se em questionários e outros documentos (Portfólio Europeu das Línguas, entre outros).

Utilizar recursos de aprendizagem variados (manuais, dicionários, gramáticas em suporte papel, digital e outros) em função dos objetivos das atividades propostas na aula.

Reconhecer e usar modelos de língua na realização de tarefas.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes diversos (papel, digital e outros) nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), relativas ao desenvolvimento da competência estratégica, adaptando-as aos novos objetivos e situações trabalhados na aula.
  • Motivar-se para comunicar de forma autêntica na nova língua.
  • Arriscar na comunicação e tentar ativar os poucos recursos que se possuem perdendo o medo ao erro e reconhecendo-o como necessário no processo de aprendizagem.
  • Observar modelos, deduzir regras e verificar hipóteses.
  • Ter consciência dos fins e interesses gerais e pessoais na aprendizagem do Espanhol.
  • Controlar os próprios progressos e erros através de um diário de aulas, anotando e analisando as causas e propondo soluções, assim como as metas e procedimentos de superação.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol Continuação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as
línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol, para todos os anos de aprendizagem, apresentam níveis de desempenho diferenciados para as competências recetivas e produtivas.

Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua que deve continuar a ser ensinada e aprendida, nos cursos de continuação do Ensino Secundário, é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, deverá incluir-se input e elementos socioculturais idiossincrásicos de outras variedades diafásicas, diastráticas e diatópicas de Espanha e dos países hispano-americanos.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Continuação no Ensino Secundário de Formação Específica é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO ESPECÍFICA – CONTINUAÇÃO 10.º 11.º 12.º
CAV B1.2 B2.1 B2.2
CE B2.1 B2.2 B2.2+
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) B1.1 B1.2 B2.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Para além da compreensão, interação e produção, a competência comunicativa a desenvolver com os alunos dos cursos de Formação Específica incui as atividades de mediação, também nas modalidades oral, escrita e audiovisual. O nível B2.2+ de compreensão escrita implica um alargamento da competência B2.2 através da diversificação de géneros e tipologias textuais, assim como das atividades e estratégias ligadas ao desenvolvimento da competência de mediação oral e escrita e do trabalho interdisciplinar com outras áreas do currículo.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 11.º ano de Continuação dos cursos de Formação Específica, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis:

CAV B2.1 É capaz de compreender as ideias principais de um discurso em espanhol padrão, linguística ou proposicionalmente complexo, tanto acerca de assuntos abstractos como concretos. É capaz de seguir um discurso longo e linhas de argumentação complexas desde que o assunto lhe seja razoavelmente familiar e a organização da exposição seja marcada explicitamente. É capaz de entender grande parte de muitos programas de rádio, televisão, vídeos e filmes sobre assuntos do seu interesse pessoal, sempre que o débito da fala seja relativamente pausado e claro e as expressões idiomáticas, correntes.
CE B2.2 É capaz de ler com um elevado grau de autonomia, adaptando o estilo e a velocidade de leitura a diferentes textos e fins e utilizando de forma selectiva fontes de referência adequadas para solucionar problemas de compreensão. Possui um amplo vocabulário de leitura, mas pode sentir alguma dificuldade com o léxico e as expressões idiomáticas menos frequentes. É capaz de entender artigos, ensaios e obras literárias relacionados com problemas atuais, nos quais o escritor adopta uma posição ou um ponto de vista próprios. Através da consulta de dicionários e outros textos, é capaz de solucionar a maioria dos problemas de compreensão com que se depara.
IO / IE / PO / PE / MO / ME B1.2 É capaz de comunicar com alguma segurança, em situações do dia-a-dia e servindo-se de meios tecnológicos, sobre assuntos familiares e sobre outros mais abstratos que tenham sido trabalhados previamente, introduzindo e compreendendo opiniões, reações, intenções, argumentos e exemplos. Pode dar instruções relativamente precisas e detalhadas e realizar uma descrição, um relato ou uma apresentação estruturados como uma sucessão linear de tópicos claros e com uma linguagem simples, sobre diversos temas do seu interesse e sobre assuntos conhecidos (experiências, sentimentos, acontecimentos, sonhos e projetos reais ou imaginários, a intriga de um romance ou de um filme, etc.). É capaz de servir de mediador interlinguístico e intercultural, transmitindo, oralmente e por escrito, anúncios, mensagens, notas e resumos de intervenções ou textos feitos originalmente em espanhol ou português, com uma linguagem simples e corrente e com interferências linguísticas não sistemáticas. É capaz de autorreger o conteúdo e a forma das suas intervenções e textos se lhe for dado feedback.

Os objetivos a atingir durante este ano obrigam a um trabalho adicional focado, especialmente, no desenvolvimento das habilidades e estratégias relacionadas com as atividades de mediação, nas modalidades oral, escrita e audiovisual.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão auditiva e audiovisual [Nível B2.1]

Relacionar informação verbal e não-verbal e compreender as ideias principais e os aspetos socioculturais implicados em textos complexos (mensagens telefónicas e radiofónicas, noticiários, reportagens, documentários, entrevistas, publicidade, clips, curtas-metragens e filmes, entre outros) sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, sempre que a organização das ideias seja marcada explicitamente, predominem o vocabulário frequente e as expressões idiomáticas correntes, a articulação seja clara e o ritmo seja normal.

Compreensão escrita [Nível B2.2]

Compreender as ideias e conclusões principais e os aspetos socioculturais implicados numa diversidade de textos especializados, adequados ao seu desenvolvimento cognitivo, desde que possa utilizar instrumentos de consulta para confirmar a sua interpretação do vocabulário desconhecido.

Selecionar e associar informação pertinente, implícita e explícita, em textos descritivos, explicativos e argumentativos complexos, de diversos géneros, sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, nos quais as ideias podem não ser estruturadas de forma explícita - devendo a leitura ser apoiada em estratégias de revisão e clarificação - e predominam o vocabulário e as expressões idiomáticas correntes.

Seguir a trama e compreender a intenção do autor de um texto narrativo literário próximo dos seus interesses.

Interação oral [Nível B1.2]

Interagir com fluência em conversas, inseridas em situações familiares, ao vivo ou utilizando aplicações digitais, nas quais:

  • troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, o mundo do trabalho e do lazer, temas da atualidade e assuntos abstratos;
  • usa vocabulário corrente e expressões idiomáticas muito frequentes, assim como estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos discursivos adequados para ligar, clarificar, reformular as ideias e solicitar esclarecimentos e explicações;
  • exprime de forma cortês opiniões, desacordos e convicções;
  • pronuncia geralmente de forma clara e com um ritmo e uma entoação apropriados;
  • reage de forma pertinente ao discurso do interlocutor e utiliza conscientemente os princípios da cortesia verbal.

Produção oral [Nível B1.2]

Exprimir-se com fluência em monólogos preparados previamente, ao vivo, em gravações ou utilizando aplicações digitais, nos quais:

  • descreve, narra e/ou expõe informações sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade, apresentando argumentos e exprimindo opiniões, gostos e preferências;
  • justifica e explica opiniões, ações e projetos e argumenta suficientemente bem sobre temas conhecidos, de forma a ser compreendido sem dificuldade; 
  • usa vocabulário corrente e expressões idiomáticas frequentes, assim como estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza recursos discursivos adequados (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para construir uma sequência linear de informações coerente e coesa;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

[Interação escrita [Nível B1.2]

Escrever cartas, mails e mensagens, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações, exprimindo com clareza opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas de atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente e expressões idiomáticas muito correntes, assim como estruturas gramaticais e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros);
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens redigidas, adequando-as ao destinatário.

Produção escrita [Nível B1.2]

Escrever textos diversos, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • descreve situações, narra acontecimentos e expõe com clareza informações, opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • mobiliza vocabulário frequente e expressões idiomáticas muito correntes, assim como estruturas gramaticais e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros);
  • respeita as convenções dos géneros textuais utilizados.

[Mediação oral e escrita – Nível B1.2]

Parafrasear, resumir e citar sequências dos textos trabalhados nas atividades de pesquisa e análise, e apresentá-los em diversos suportes, mobilizando recursos gramaticais e discursivos adequados e ajustando acorreção formal.

Realizar interpretações, traduções e retroversões informais de breves sequências e fragmentos de textos de tipologias e géneros diversos, mobilizando as estratégias e os recursos adequados.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Distinguir os traços mais relevantes das diferentes variedades diatópicas do espanhol, no que diz respeito à pronúncia, à morfossintaxe e ao vocabulário de alta frequência.
  • Distinguir variedades diafásicas (formal e familiar) e diastráticas (linguagens técnicas, dos jovens, dos desportos, etc.) nos documentos trabalhados.
  • Analisar textos orais e escritos autênticos em que estejam presentes diferentes pontos de vista.
  • Pesquisar e integrar a informação dos documentos trabalhados com outras fontes (outros textos, instrumentos de consulta, questionários, documentos multimodais, etc.).
  • Recolher dados e opiniões de textos especializados para analisar os temas abordados, comparando diversos pontos de vista e diferentes formas de tratar e apresentar a informação.
  • Identificar, nos documentos trabalhados, as dificuldades de compreensão devidas à homonímia, aos falsos amigos e à polissemia.
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Intervir numa discussão e ser capaz de tomar a palavra através de uma expressão adequada e/ou convidar outra pessoa para participar.
  • Avaliar a reação do interlocutor e corrigir lapsos e erros se tiver consciência deles ou se tiverem causado mal-entendidos.
  • Tomar nota de "erros favoritos" e controlar conscientemente o seu discurso para os evitar.
  • Definir os aspetos ou fazer circunlóquios de algo concreto de cuja denominação não consegue lembrar-se.
  • Gravar as suas produções e procurar conseguir maior fluência e correção.
  • Identificar as dificuldades nas atividades de interação e produção oral e propor medidas para as ultrapassar.
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Definir o que se pretende transmitir e a sua intencionalidade.
  • Mostrar interesse na interação, transmitida pela escrita, com falantes de espanhol.
  • Adequar o discurso ao interlocutor e à situação de comunicação, ainda que dispondo de fracos recursos linguísticos.
  • Avaliar a reação do interlocutor ou destinatário do texto escrito.
  • Reconhecer o erro como parte integrante do processo de aprendizagem, ter interesse em superar as interferências e confiar no sucesso.
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de mediação oral e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Resumir uma conversa ou um texto e facilitar assim a focalização do tema.
  • Reconhecer e reparar as estruturas sintáticas transferidas do português com maior tendência à fossilização na interlíngua (expressões e combinações divergentes de alta frequência, concordâncias temporais e modais, infinitivo flexionado, futuro do conjuntivo, etc.).
  • Alargar os campos semânticos dos textos trabalhados para definir e contrastar relações de sinonímia, antonímia, hiperonímia e hiponímia intralinguística e de equivalência interlinguística (português-espanhol).
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Caracterizar e explicar as diferenças culturais entre os países hispano-falantes, relacionando-as com as de Portugal.

Relativizar generalizações e estereótipos, fazendo previsões sobre mal-entendidos em situação de comunicação e assumindo o papel de mediador intercultural.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: estilos de aprendizagem; os jovens em Espanha e Portugal; cidadãos europeus – unidade e diversidade; infeções e doenças; escolha de uma profissão; as línguas de Espanha e as línguas/famílias linguísticas ameríndias mais faladas; personagens famosos do mundo hispano; música erudita e popular; literatura contemporânea em espanhol.
  • Adoptar uma posição reflexiva e crítica perante as atuações e opiniões veiculadas pelos documentos trabalhados e procurar paralelismos dentro e fora do contexto português.
  • Antecipar, tratar e/ou resolver mal-entendidos devidos a diferenças socioculturais e sociolinguísticas.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Definir objetivos pessoais na aprendizagem da língua e avaliar carências e progressos, próprios e alheios, na sua consecução.

Diversificar as estratégias e os recursos para consolidar conhecimentos, remediar dificuldades e promover a aprendizagem colaborativa e a autonomia.

Diversificar os recursos, estratégias e processos para aperfeiçoar a compreensão e realizar tarefas de interação e produção, superando carências e falhas na comunicação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Mobilizar as ações estratégicas dos anos anteriores relativas ao desenvolvimento da competência estratégica, adaptando-as aos novos objetivos e situações trabalhados na aula.
  • Utilizar de forma selectiva e eficaz os recursos disponíveis: programas de TV, meios de comunicação, contactos, manuais, gramáticas, novas tecnologias, Internet.
  • Comparar os novos conteúdos linguísticos com os da língua materna e outras línguas que se conheçam.
  • Observar modelos, deduzir regras e verificar hipóteses.
  • Ter consciência dos fins e interesses gerais e pessoais na aprendizagem do Espanhol.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Educação Física

Introdução

No ensino secundário a organização curricular pressupõe a definição de duas etapas /fases de desenvolvimento.

No 11.º ano, tal como posteriormente no 12.º ano, permite-se a opção dos alunos, em cada turma, pelas matérias em que preferirem aperfeiçoar-se / desenvolver-se. Enquanto o 10.º ano tem, predominantemente, um carácter de revisão dos conteúdos desenvolvidos ao longo do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, no 11.º ano o regime de opções, respeitando as características de ecletismo inerentes a esta proposta curricular, concorre para que os alunos à saída da escolaridade obrigatória, garantam um conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes necessárias a uma cidadania responsável, ativa e saudável.

As aprendizagens previstas referem-se a objetivos gerais, obrigatórios em todas as escolas, definindo as competências comuns a todas as áreas que se expressam através de:

  1. Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e o do grupo:
    1. Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários;
    2. Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s);
    3. Interessando-se e apoiando os esforços dos companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s);
    4. Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional na atividade da turma;
    5. Apresentando iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da atividade individual e do grupo, considerando as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objetividade;
    6. Assumindo compromissos e responsabilidades de organização e preparação das atividades individuais e/ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes;
    7. Combinando com os companheiros decisões e tarefas de grupo com equidade e respeito pelas exigências e possibilidades individuais.
  2. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, entre outras.
  3. Interpretar crítica e corretamente os acontecimentos no universo das atividades físicas, analisando a sua prática e respetivas condições como fatores de elevação cultural dos praticantes e da comunidade em geral.
  4. Identificar e interpretar os fatores limitativos das possibilidades de prática desportiva, da aptidão física e da saúde das populações, tais como:
    • o fenómeno da industrialização;
    • o urbanismo;
    • a poluição.
  5. Conhecer e interpretar os fatores de saúde e risco associados à prática das atividades físicas e aplicar as regras de higiene e de segurança.
  6. Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da condição física de uma forma autónoma no seu quotidiano, na perspetiva da saúde, qualidade de vida e bem-estar.
  7. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais, particularmente de resistência geral de longa e média durações, da força resistente, da força rápida, da flexibilidade, da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de deslocamento e de resistência, e das destrezas geral e específica.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 11.o ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em 4 matérias e de nível ELEMENTAR em 2 matérias, de diferentes subáreas e de acordo com as seguintes condições de possibilidade.

O aluno deve ficar capaz de:

SUBDOMÍNIOS OBRIGATÓRIOS (4 matérias)

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (duas matérias)

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo, nos Jogos Desportivos Coletivos (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), realizando com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

SUBÁREAS GINÁSTICA E ATLETISMO (uma matéria)

Compor, realizar e analisar esquemas individuais e em grupo da Ginástica (Acrobática, Solo ou Aparelhos), aplicando os critérios de correcção técnica, expressão e combinação das destrezas, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

Realizar e analisar provas combinadas no Atletismo, saltos, corridas, lançamentos e marcha, em equipa, cumprindo corretamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz.

SUBÁREA ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS (uma matéria)

Apreciar, compor e realizar, nas Atividades Rítmicas Expressivas (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), sequências de elementos técnicos elementares em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições.

SUBDOMÍNIOS DE OPÇÃO* (duas matérias)

SUBÁREA PATINAGEM

Patinar (Patinagem) adequadamente em combinações de deslocamentos e paragens, com equilíbrio e segurança, em composições rítmicas individuais e a pares (Patinagem Artística), cooperando com os companheiros nas ações técnico-táticas em jogo de Hóquei em Patins, ou em situação de Corrida de Patins

SUBÁREA RAQUETAS

Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares, nos Jogos de Raquetas (Badminton, Ténis e Ténis de Mesa) garantindo a iniciativa e ofensividade em participações «individuais» e «a pares», aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

OUTRAS

Realizar com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição em Jogo formal de Luta ou Judo, utilizando as técnicas de projeção e controlo, com oportunidade e segurança (própria e do opositor) e aplicando as regras, quer como executante quer como árbitro.

Realizar Atividades de Exploração da Natureza, aplicando correta e adequadamente as técnicas específicas, respeitando as regras de organização, participação e especialmente de preservação da qualidade do ambiente.

Deslocar-se com segurança no Meio Aquátivo (Natação), coordenando a respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.

Praticar e conhecer Jogos Tradicionais Populares de acordo com os padrões culturais característicos.

Nota - No 11.o ano, o regime de opções prevê a possibilidade de o aluno escolher duas matérias de subdomínios diferentes entre os apresentados (subdomínios de opção). *

Para os níveis INTRODUÇÃO em 4 matérias e nível ELEMENTAR em 2 matérias, de diferentes subáreas, deve observar-se as seguintes condições:

  1. 1 O Atletismo constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. 2 Nas subáreas Jogos Desportivos Coletivos, Ginástica, Patinagem, Raquetas e Atividades Rítmicas e Expresssivas cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Nas Outras poderá ser considerada a Natação, uma matéria da subárea de Atividades de Exploração da Natureza, uma matéria da subárea dos Desportos de Combate ou uma matéria da subárea dos Jogos Tradicionais e Populares.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • adquirir conhecimento, informação e outros saberes, com rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • selecionar informação pertinente que permita analisar e interpretar atividades físicas, utilizando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, entre outras;
  • análisar situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • desenvolver tarefas associadas à compreensão e à mobilização dos conhecimentos;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • utilizar conhecimento para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo situações de jogo, concursos e outras tarefas, a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • elaborar sequências de habilidades;
  • elaborar coreografias;
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, entre outras;
  • criar um objeto, texto ou solução, face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • analisar situações com diferentes pontos de vista; confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, entre outras;
  • analisar factos, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar os seus desempenhos e o dos outros dando e aceitando sugestões de melhoria.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • desenvolver tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • realizar ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;
  • identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolver na aprendizagem;
  • interpretar e explicar as suas opções;
  • descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e prazer proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem;
  • apresentar iniciativas e propostas;
  • ser autónomo na realização das tarefas;
  • cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurançapessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • reforçar o gosto pela prática regular de atividade física;
  • aplicar processos de elevação do nível funcional da aptidão física.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo /Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador/ Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, H, I, j)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno deve ficar capaz de:

Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa FITescola®, para a sua idade e sexo.

Consulte o site da Plataforma FITescola® (http://fitescola.dge.mec.pt) para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno deve ficar capaz de:

Conhecer os métodos e meios de treino mais adequados ao desenvolvimento ou manutenção das diversas capacidades motoras.

Conhecer e interpretar os fatores de saúde e risco associados à prática das atividades físicas utilizando esse conhecimento de modo a garantir a realização de atividade física em segurança, nomeadamente:

  • Dopagem e riscos de vida e/ou saúde;
  • Doenças e lesões;
  • C.Condições materiais, de equipamentos e de orientação do treino.