Desenho A

Introdução

O Desenho é uma forma universal de conhecer e comunicar e contempla múltiplas vertentes do conhecimento, a partir das quais se exercitam as capacidades de observação, de análise, de síntese e de representação. As aprendizagens nesta área devem mobilizar conteúdos que criem condições de equilíbrio entre a aquisição de conhecimentos técnicos e a compreensão do desenho como meio de expressão intencional contribuindo para a utilização competente da linguagem do Desenho.

A disciplina de Desenho A deve estabelecer uma relação dinâmica entre o aprender a Ver – a Criar – e a Comunicar, conjugando a análise crítica e reflexiva sobre o que se vê, com a experimentação de conceitos/temáticas com diferentes materiais e técnicas, modos de registo e a utilização de diferentes suportes. Esta inter-relação deve ter em conta os diversos processos criativos que gradualmente vão conduzindo à apropriação de diferentes modos de ver e pensar e que favoreçam o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, colocando o conhecimento em Desenho numa perspetiva abrangente de educação artística, capaz de responder às problemáticas e desafios da arte contemporânea e ao desenvolvimento das áreas de competências definidas no Perfil do Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

A identificação das aprendizagens essenciais de Desenho A tem por referência os domínios comuns à maioria das disciplinas relacionadas com a Educação Artística - a Apropriação e Reflexão, a Interpretação e Comunicação e a Experimentação e Criação. Estes Domínios, separados apenas por uma questão metodológica, devem ser entendidos como realidades interdependentes, de acordo com o esquema seguinte:

Domínios

Estas aprendizagens essenciais não surgem dissociadas de toda a componente curricular do curso de Artes Visuais e das restantes disciplinas de formação específica, que contribuem, de forma muito própria, para consolidar a formação do aluno a ao longo dos três anos de escolaridade no ensino secundário.

No 10.º ano de escolaridade, a disciplina de Desenho A deverá proporcionar uma mobilização de conteúdos, através da exploração das técnicas e dos materiais mais adequados para desenvolver as capacidades de representação e um crescente domínio na apropriação e exploração de conceitos da arte e da comunicação visual.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer os diferentes contextos que experiencia como fonte de estímulos visuais e não visuais, analisando e registando graficamente as situações que o/a envolvem.

Reconhecer o desenho como uma das linguagens presentes em diferentes manifestações artísticas contemporâneas.

Identificar diferentes períodos históricos e respetivos critérios estéticos, através de uma visão diacrónica do Desenho e de outras manifestações artísticas.

Conhecer diversas formas de registo - desenho de observação, de memória e elaborados a partir do imaginário - explorando-as de diferentes modos, através do desenho de contorno, de detalhe, gestual, orgânico, automático, geométrico, objetivo/subjetivo, figurativo/ abstrato, esquisso e esboço, entre outros.

Estabelecer relações entre os diferentes elementos da comunicação visual, como a forma, a cor, a luz-sombra, a textura, o espaço, o volume, entre outros.

Respeitar diferentes modos de expressão plástica, recusando estereótipos e preconceitos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

A compreensão dos contextos culturais em que se inserem as diferentes manifestações artísticas.

O conhecimento e a exploração intencional dos elementos estruturais da linguagem plástica e visual.

A necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos, através da seleção de informação pertinente e do estabelecimento de relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que estimulem a criatividade dos/as alunos/as, como por exemplo:

Articulação de atividades e exercícios que valorizem, simultaneamente a descoberta e a interrogação, a aprendizagem prática e a compreensão conceptual, a expressão pessoal e a reflexão individual e coletiva.

Criação de unidades de trabalho que valorizem a exploração prática assim como o questionamento e a reflexão crítica sobre o desenho.

Utilização de uma metodologia faseada no desenvolvimento dos trabalhos de desenho e no processo criativo e inventivo de imagens.

Participação em trabalhos e/ou projetos (envolvendo turma, escola e/ou a comunidade) que explorem temas transversais a várias disciplinas, de forma a promover a reflexão participada e a ação proativa sobre questões identitárias e de cidadania democrática.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos/as alunos/as, através:

Da reflexão crítica sobre os conhecimentos e suas interpretações possíveis.

Do estímulo da capacidade de agir utilizando processos de pensar e de fazer artísticos como forma de ação e de participação cívica.

Da análise dos seus trabalhos e a dos seus colegas, sustentada com os conhecimentos adquiridos em diferentes situações de observação e análise e tendo em conta os seus contextos de elaboração.

Da autoavaliação dos seus trabalhos, sustentada pelos conhecimentos adquiridos na disciplina de

Desenho, utilizando vocabulário específico da linguagem visual.

Promover estratégias que envolvam, por parte do/a aluno/a:

A combinação de atividades e exercícios que valorizem, simultaneamente, a descoberta e a interrogação, a aprendizagem prática e a compreensão conceptual, a expressão pessoal e a reflexão individual e coletiva.

O registo da observação de objetos e espaços, bem como de ideias, reflexões, vivências e experiências, de uma forma sistemática (diário gráfico), que poderão ser utilizadas no seu trabalho individual e/ou coletivo.

O reconhecimento da importância do desenho como forma de pensar e de comunicar.

À reflexão crítica sobre os conhecimentos específicos da disciplina e suas interpretações possíveis.

Promover estratégias que requeiram/induzam, por parte do/a aluno/a:

A compreensão da diversidade cultural e artística possibilitando o reconhecimento valorativo da diferença.

A partilha de ideias, no sentido de encontrar soluções e de compreender o ponto de vista dos outros.

Promover estratégias que envolvam, por parte do/a aluno/a:

A justificação da intencionalidade das suas composições, referindo o modo como organizou os elementos no campo visual.

A integração consciente, nos trabalhos que realiza, dos conhecimentos adquiridos ao longo da aprendizagem.

O registo de esboços, notas e reflexões num diário gráfico que deve acompanhar o seu processo de trabalho.

A organização de um portefólio (digital e/ou físico) para ilustrar o processo de desenvolvimento do seu trabalho.

Promover estratégias que motivem o/a aluno/a:

A uma análise crítica dos seus trabalhos e a dos seus colegas, sustentada com os conhecimentos adquiridos em diferentes situações de observação e análise e tendo em conta os seus contextos de elaboração.

Promover estratégias que proporcionem ao/à aluno/a a oportunidade de:

Apresentar um portefólio (digital e/ou físico) em contexto de aula, para explicitar o trabalho desenvolvido.

Participar em diversos contextos comunicativos, através do discurso verbal e de intervenções de natureza gráfica/plástica/visual.

Participar de forma colaborativa na organização de exposições coletivas em que os seus trabalhos estejam incluídos.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios estabelecidos, se oriente o/a aluno/a para:

A autoanálise e autoavaliação dos seus trabalhos, sustentada pelos conhecimentos adquiridos, utilizando vocabulário específico da linguagem visual.

O desenvolvimento do nível de autoexigência, no contexto das aprendizagens e da elaboração dos seus trabalhos.

Promover estratégias que proporcionem oportunidades para o/a aluno/a:

Colaborar em trabalhos ou projetos coletivos, utilizando a linguagem do Desenho e das Arte Visuais.

Participar em projetos de trabalho (turma/escola/comunidade), partindo da abordagem de temas transversais ou que integrem conteúdos de várias disciplinas.

Conceber e organizar exposições coletivas com os seus trabalhos e/ou projetos desenvolvidos de forma multidisciplinar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem, por parte do/a aluno/a:

A interiorização de métodos de trabalho individual, no sentidoda autorregulação.

O respeito pelos prazos estabelecidos para a execução do trabalho solicitado pelo/a docente.

Promover estratégias que induzam:

À organização e preservação dos espaços, bem como dos materiais e equipamentos, de acordo com as regras elaboradas em grupo e/ou pelo/a docente.

À disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação.

À valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar e argumentar as suas ideias.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a importância dos elementos estruturais da linguagem plástica (forma, cor, valor, espaço e volume, plano, textura, escala, ritmo, equilíbrio, estrutura, entre outros) na análise de imagens de diversa natureza e na elaboração de desenhos a partir de contextos reais observados, de imagens sugeridas e/ou de pontos de partida imaginados.

Justificar o processo de conceção dos seus trabalhos, utilizando os princípios e o vocabulário específico da linguagem visual.

Interpretar a informação visual e de construir novas imagens a partir do que vê.

Desenvolver o sentido crítico, face à massificação de imagens produzidas pela sociedade.

Utilizar argumentos fundamentados na análise da realidade que experiencia (natureza, ambiente urbano, museus e galerias de arte, entre outros).

Adequar as formulações expressivas à sua intencionalidade comunicativa e a públicos diferenciados.

Organizador
EXPERIMENTAÇÂO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Utilizar diferentes modos de registo: traço (intensidade, textura, espessura, gradação, gestualidade e movimento), mancha (densidade, transparência, cor e gradação) e técnica mista (combinações entre traço e mancha, colagens, pastéis de óleo e aguadas, entre outros modos de experimentação).

Utilizar suportes diversos e explorar as características específicas e possibilidades técnicas e expressivas de diferentes materiais (grafites, carvão, ceras, pastéis, têmpera, aguarela e outros meios aquosos).

Reconhecer desenhos de observação, de memória e de criação e de os trabalhar de diferentes modos, através do desenho de contorno, de detalhe, gestual, orgânico, automático, geométrico, esquisso e esboço objetivo/subjetivo, figurativo/abstrato, entre outros.

Produzir registos gráficos de acordo com diferentes variáveis (velocidade, tempo e ritmo, entre outras).

Realizar estudos de formas naturais e/ou artificiais, mobilizando os elementos estruturais da linguagem plástica e suas inter-relações (forma, cor, valor, espaço e volume, plano, textura, escala, ritmo, equilíbrio e estrutura, entre outros).

Explorar intencionalmente as escalas dos objetos ao nível da representação e da composição.

Realizar, à mão livre, exercícios de representação empírica do espaço que se enquadrem nos sistemas de representação convencionais.

Aplicar processos de síntese e de transformação/ composição (sobreposição, simplificação, nivelamento ou acentuação, repetição, entre outros), explorando intencionalmente o potencial expressivo dos materiais e da gestualidade.

Compreender as potencialidades técnicas e expressivas dos meios digitais e de explorar software de edição de imagem e de desenho vetorial.

Biologia e Geologia

Introdução

A Biologia e Geologia é uma disciplina bienal (10.º e 11.º anos) do curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias. Visa, numa perspetiva de formação científica, expandir conhecimentos e competências dos alunos nestas áreas do saber. A concretização das Aprendizagens Essenciais (AE) supõe um tempo de lecionação equivalente para cada uma das componentes disciplinares, assim como a integração obrigatória das suas dimensões teórica e prático-experimental.

As aprendizagens a realizar nos dois anos devem formar um percurso único, coerente, integrado e revisitado. O estudo de conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais de Biologia e de Geologia deve possibilitar, em cada ano, que os alunos identifiquem o objeto de estudo de cada uma das áreas científicas, compreendam metodologias de trabalho utilizadas pelos seus especialistas, analisem momentos cruciais da sua história, assim como mobilizem saberes para regular decisões relativas à utilização sustentada dos recursos naturais do planeta Terra e ao relacionamento saudável consigo próprio, com os seus concidadãos e com os outros seres vivos.

Atualmente, a Biologia e a Geologia são áreas científicas cruciais para o exercício de uma cidadania responsável, face à necessidade de compreender problemas e tomar decisões fundamentadas sobre questões que afetam as sociedades e os subsistemas do planeta Terra.

Com a disciplina de Biologia e Geologia pretende-se que os alunos não só aprendam conceitos, teorias, leis e princípios no âmbito destas duas áreas científicas, mas que também compreendam como os cientistas trabalham e que fatores (metodológicos, históricos e sociológicos) influenciam a construção do conhecimento científico. Neste contexto, é expetável que os alunos compreendam as metodologias de investigação utilizadas pelos cientistas, levando a cabo pesquisas em sala de aula e que desenvolvam as competências necessárias para intervir de forma fundamentada em questões de natureza técnica e científica que se colocam à sociedade, numa perspetiva de cidadania democrática.

As Aprendizagens Essenciais Transversais (AET) devem ser entendidas como orientadoras dos processos de tomada de decisão didática necessários à concretização das Aprendizagens Essenciais elencadas por Domínio (AED). A concretização das AET exige permanente atenção às características dos alunos e dos contextos que influenciam, em cada momento, os processos de ensino, aprendizagem e avaliação, razão pela qual apenas alguns exemplos se encontram concretizadas em descritores das AED. A dimensão interdisciplinar afigura-se essencial para a concretização das AED desta disciplina. Permite rentabilizar a exploração de contextos de aprendizagem e exige a concertação de decisões educativas.

As estratégias de ensino e avaliação devem ser pensadas de forma intencional e integrada, tendo em conta as AE preconizadas para a disciplina de Biologia e Geologia (AET e AED) neste ano de escolaridade e as áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA) que se pretendem desenvolver.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS TRANSVERSAIS (AET)
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Pesquisar e sistematizar informações, integrando saberes prévios, para construir novos conhecimentos.

Explorar acontecimentos, atuais ou históricos, que documentem a natureza do conhecimento científico.

Interpretar estudos experimentais com dispositivos de controlo e variáveis controladas, dependentes e independentes.

Realizar atividades em ambientes exteriores à sala de aula articuladas com outras atividades práticas.

Formular e comunicar opiniões críticas, cientificamente fundamentadas e relacionadas com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).

Articular conhecimentos de diferentes disciplinas para aprofundar tópicos de Biologia e de Geologia.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção, organização e sistematização de informação pertinente, com leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando elementos ou dados;
  • memorização, compreensão, consolidação e mobilização de saberes intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formulação de hipóteses e predições face a um fenómeno ou evento;
  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • imaginação de alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • conceção sustentada de pontos de vista próprio, face a diferentes perspetivas;
  • expressão criativa de aprendizagens (por exemplo, imagens, texto, organizador gráfico, modelos).

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • problematização de situações reais próximas dos interesses dos alunos;
  • elaboração de opiniões fundamentadas em factos ou dados (por exemplo textos com diferentes pontos de vista) de natureza disciplinar e interdisciplinar;
  • mobilização de discurso oral e escrito de natureza argumentativa (expressar uma posição, apresentar argumentos e contra-argumentos).

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • pesquisa autónoma e criteriosa sobre as temáticas em estudo;
  • aprofundamento de informação.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação de pontos de vista diferentes;
  • respeito por diferenças de características, crenças, culturas ou opiniões.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • síntese e organização de informação pertinente (por exemplo, sumários, registos de observações, relatórios segundo critérios e objetivos);
  • planificação, revisão e monitorização de tarefas;
  • estudo autónomo, identificando obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • problematização de situações;
  • formulação de questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogação sobre o seu próprio conhecimento.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicação uni e bidirecional;
  • apresentação de ideias, questões e respostas, com clareza.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoanálise com identificação de pontos fracos e fortes das suas aprendizagens, numa perspetiva de autoaperfeiçoamento;
  • descrição de processos de pensamento usados na realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • integração de feedback de pares para melhoria ou aprofundamento de saberes; reorientação do seu trabalho, individualmente ou em grupo, a partir de feedback do professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • participar de forma construtiva em trabalho de grupo;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assunção de compromissos e responsabilidades adequadas ao solicitado;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • cumprimento de compromissos contratualizados (por exemplo, prazos, organização, extensão, formatos e intervenientes).

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entre ajuda;
  • posicionamento perante situações dilemáticas  de ajuda a outros e de proteção de si;
  • ações estratégicas de intervenção (ex. escola, família, localidade...) enquanto cidadãos cientificamente informados.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G) 

Organizador
Geologia e métodos
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar situações identificando exemplos de interações entre os subsistemas terrestres (atmosfera, biosfera, geosfera e hidrosfera).

Explicar o ciclo litológico com base nos processos de génese e características dos vários tipos de rochas, selecionando exemplos que possam ser observados em amostras de mão no laboratório e/ou no campo.

Utilizar princípios de raciocínio geológico (atualismo, catastrofismo e uniformitarismo) na interpretação de evidências de factos da história da Terra (sequência estratigráficas, fósseis, tipos de rochas e formas de relevo).

Interpretar evidências de mobilismo geológico com base na teoria da Tectónica de Placas (placa litosférica, limites divergentes, convergentes e transformantes/conservativos, rift e zona de subducção, dorsais e fossas oceânicas).

Distinguir processos de datação relativa de absoluta/ radiométrica, identificando exemplos das suas potencialidades e limitações como métodos de investigação em Geologia.

Relacionar a construção da escala do tempo geológico com factos biológicos e geológicos da história da Terra.

Organizador
Estrutura e dinâmica da geosfera
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar composição de lavas (ácidas, intermédias e básicas), tipo de atividade vulcânica (explosiva, mista e efusiva), materiais expelidos e forma de edifícios vulcânicos, em situações concretas/ reais.

Explicar (ou prever) características de magmas e de atividade vulcânica ativa com base na teoria da Tectónica de Placas.

Distinguir vulcanismo ativo de inativo, justificando a sua importância para o estudo da história da Terra.

Localizar evidências de atividade vulcânica em Portugal e os seus impactes socioeconómicos (aproveitamento geotérmico, turístico e arquitetónico).

Planificar e realizar atividades laboratoriais de simulação de aspetos de atividade vulcânica, identificando analogias e diferenças de escalas (temporal e espacial) entre os modelos e os processos geológicos.

Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e superficiais) quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo.

Interpretar dados de propagação de ondas sísmicas prevendo a localização de descontinuidades (Mohorovicic, Gutenberg e Lehmann).

Relacionar a existência de zonas de sombra com as características da Terra e das ondas sísmicas.

Determinar graficamente o epicentro de sismos,  recorrendo a sismogramas simplificados.

Usar a teoria da Tectónica de Placas para analisar dados de vulcanismo e sismicidade em Portugal e no planeta Terra, relacionando-a com a prevenção de riscos geológicos.

Discutir potencialidades e limitações dos métodos diretos e indiretos, geomagnetismo e geotermia (grau e gradiente geotérmicos e fluxo térmico) no estudo da estrutura interna da Terra.

Interpretar modelos da estrutura interna da Terra com base em critérios composicionais (crosta continental e oceânica, manto e núcleo) e critérios físicos (litosfera, astenosfera, mesosfera, núcleo interno e externo).

Relacionar as propriedades da astenosfera com a dinâmica da litosfera (movimentos horizontais e verticais) e Tectónica de Placas.

Organizador
Biodiversidade
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar a diversidade biológica com intervenções antrópicas que podem interferir na dinâmica dos ecossistemas (interações bióticas/ abióticas, extinção e conservação de espécies).

Sistematizar conhecimentos de hierarquia biológica (comunidade, população, organismo, sistemas e órgãos) e estrutura dos ecossistemas (produtores, consumidores, decompositores) com base em dados recolhidos em suportes/ambientes diversificados (bibliografia, vídeos, jardins, parques naturais, museus).

Distinguir tipos de células com base em aspetos de ultraestrutura e dimensão: células procarióticas/ eucarióticas (membrana plasmática, citoplasma, organelo membranares, núcleo); células animais/ vegetais (parede celulósica, vacúolo hídrico, cloroplasto).

Caracterizar biomoléculas (prótidos, glícidos, lípidos, ácidos nucleicos) com base em aspetos químicos e funcionais (nomeadamente a função enzimática das proteínas), mobilizando conhecimentos de Química (grupos funcionais, nomenclatura).

Observar células e/ou tecidos (animais e vegetais) ao microscópio, tendo em vista a sua caracterização e comparação.

Organizador
Obtenção de matéria
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir ingestão de digestão (intracelular e extracelular) e de absorção em seres vivos heterotróficos com diferente grau de complexidade (bactérias, fungos, protozoários, invertebrados, vertebrados).

Interpretar o modelo de membrana celular (mosaico fluido) com base na organização e características das biomoléculas constituintes.

Relacionar processos transmembranares (ativos e passivos) com requisitos de obtenção de matéria e de integridade celular.

Planificar e realizar atividades laboratoriais/ experimentais sobre difusão/ osmose, problematizando, formulando hipóteses e avaliando criticamente procedimentos e resultados.

Integrar processos transmembranares e funções de organelos celulares (retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossoma, vacúolo digestivo) para explicar processos fisiológicos.

Aplicar conceitos de transporte transmembranar (transporte ativo, difusão, exocitose e endocitose) para explicar a propagação do impulso nervoso ao longo do neurónio e na sinapse.

Interpretar dados experimentais sobre fotossíntese (espetro de absorção dos pigmentos, balanço dos produtos das fases química e fotoquímica), mobilizando conhecimentos de Química (energia dos eletrões nos átomos, processos exoenergéticos e endoenergéticos).

Organizador
Distribuição de matéria
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar dados experimentais sobre mecanismos de transporte em xilema e floema.

Explicar movimentos de fluidos nas plantas vasculares com base em modelos (pressão radicular; adesão-coesão-tensão; fluxo de massa), integrando aspetos funcionais e estruturais.

Planificar e executar atividades laboratoriais/ experimentais relativas ao transporte nas plantas, problematizando, formulando hipóteses e avaliando criticamente procedimentos e resultados.

Relacionar características estruturais e funcionais de diferentes sistemas de transporte (sistemas abertos e fechados; circulação simples/ dupla incompleta/ completa) de animais (inseto, anelídeo, peixe, anfíbio, ave, mamífero) com o seu grau de complexidade e adaptação às condições do meio em que vivem.

Interpretar dados sobre composição de fluidos circulantes (sangue e linfa dos mamíferos) e sua função de transporte.

Organizador
Transformação e utilização de energia pelos seres vivos
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar dados experimentais relativos a fermentação (alcoólica, lática) e respiração aeróbia (balanço energético, natureza dos produtos finais, equação geral e glicólise como etapa comum), mobilizando conhecimentos de Química (processos exoenergéticos e endoenergéticos).

Relacionar a ultraestrutura de células procarióticas e eucarióticas (mitocôndria) com as etapas da fermentação e respiração.

Planificar e realizar atividades laboratoriais/ experimentais sobre metabolismo (fabrico de pão ou bebidas fermentadas por leveduras), problematizando, formulando hipóteses e avaliando criticamente procedimentos e resultados.

Interpretar dados experimentais sobre mecanismos de abertura e fecho de estomas e de regulação de trocas gasosas com o meio externo. Observar estomas, realizando procedimentos laboratoriais e registos legendados das observações efetuadas.

Relacionar a diversidade de estruturas respiratórias (tegumento, traqueias, brânquias, pulmões) dos animais (inseto, anelídeo, peixe, anfíbio, ave, mamífero) com o seu grau de complexidade e adaptação às condições do meio em que vivem.

Alemão Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade.
Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Aprendizagens essenciais

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Iniciação Formação Geral A1.2 A2.2 Opcional
Formação Específica A1.2 A2.2 B1.1

No final do 10.º ano, ao atingir o nível A1.2, o aluno deve ser capaz de: compreender e usar frases e expressões frequentes/ enunciados simples em situações quotidianas de conteúdo previsível; deve comunicar de forma simples e direta, sobre assuntos familiares e habituais, com apoio pontual. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível A1: Utilizador elementar; Conselho da Europa, 2001)

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (vida em família, habitação, alimentação, rotinas, vida escolar, lazer, etc.)
  • Relações interpessoais (amizades, encontros, etc.)
  • Meio envolvente (escola, comunidade local, cidadania, situações sociais, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar palavras e frases simples e inferir o sentido geral em instruções, mensagens, textos simples e curtos, de variados géneros e suportes*, desde que o discurso seja muito claro, pausado e cuidadosamente articulado.

* Anúncios/avisos, publicidade, canções, mensagens telefónicas, clips, podcasts, vídeos curtos, entre outros.

Compreensão escrita

Identificar palavras e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos, de géneros e suportes diversos*.

* Instruções, mapas, cartazes, horários, publicidade, ementas, correspondência, mensagens pessoais, entre outros.

Interação oral

Interagir de forma simples, em conversas curtas ligadas a situações do quotidiano e meio envolvente*, respeitando as convenções sociais e apoiando-se no discurso do interlocutor:

  • usa um repertório limitado de expressões e frases simples, recorrendo a repetições e reformulações;
  • mobiliza estruturas gramaticais muito elementares;
  • pronuncia, geralmente, de forma compreensível.

* Pede e dá informações, cumprimenta, desculpa-se, agradece, refere dados pessoais, hábitos, gostos e preferências, emite opiniões, refere lugares, bens e serviços, entre outros.

Interação escrita

Interagir de forma simples, em situações do quotidiano e meio envolvente, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário:

  • completa formulários / escreve textos simples e curtos* (40-50 palavras), em suportes diversos;
  • utiliza vocabulário muito frequente e frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais elementares, articulando as ideias com conectores básicos de coordenação e subordinação.

* Pede e dá informações, agradece, desculpa-se, felicita (aniversários/outras celebrações), refere dados pessoais, hábitos, gostos e preferências, aceita e recusa convites, concorda/discorda, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, de forma muito simples, em monólogos curtos preparados previamente*:

  • usa um repertório muito limitado de palavras, expressões isoladas e frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

* Descreve o meio envolvente e situações do quotidiano; relata experiências pessoais e acontecimentos reais/imaginários; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Produção escrita

Escrever textos simples e curtos (40-50 palavras), em suportes diversos, respeitando as convenções textuais, adequando-as ao destinatário*:

  • utiliza vocabulário elementar e frases simples;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples, articulando as ideias com conectores básicos de coordenação e subordinação.

* Descreve o meio envolvente e situações do quotidiano; relata experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de linguagens verbais, não-verbais e culturais;
  • Seleção e associação de informação explícita;
  • Ordenação de dados;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão geral do sentido;
  • Transposição de informação para novas situações;
  • Tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • Elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Identificação da situação de comunicação;
  • Mobilização de linguagem verbal e não verbal para significar e comunicar;
  • Mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • Interação e escrita integradas em projetos comunicativos;
  • Criação de produtos linguísticos simples, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Aplicação de conhecimentos em simulações;
  • Escrita partilhada e em cooperação;
  • Revisão na escrita;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Elaboração de planos e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, D, E, F, G, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar particularidades geográficas, históricas e culturais dos países de expressão alemã.

Tomar consciência da diversidade cultural, identificando-a na sua cultura de origem e na(s) cultura(s) dos países germânicos, em referências, hábitos, atitudes e comportamentos, interpretando-os a partir da perspetiva do interlocutor (o Outro).

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno- cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Observação e recolha de elementos culturais da língua estrangeira;
  • Identificação de traços identitários, de semelhanças e diferenças culturais, em situações quotidianas.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a importância das estratégias no processo de aprendizagem do Alemão (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação de conhecimentos) e identificar as mais frequentes e eficazes para realizar tarefas individualmente ou em grupo.

Utilizar a sua experiência pessoal, indícios contextuais e semelhanças lexicais e gramaticais, para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples, recorrendo, quando necessário, aos conhecimentos prévios em língua materna e outras línguas, bem como a gestos, mímica e desenhos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Recolha de informação sobre a motivação e representações da língua;
  • Utilização da língua estrangeira na comunicação na sala de aula;
  • Mobilização de conhecimentos linguísticos, experiências e meios não verbais para superar as deficiências na receção e na produção.
Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, I

Alemão Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade.
Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Aprendizagens essenciais

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - CONTINUAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Continuação Formação Geral A2.2 B1.1 Opcional
Formação Específica A2.2 B1.1 B1.2

No final do 10.º ano, ao atingir o nível A2.2, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados diversos, simples e coerentes, sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal; deve comunicar de forma adequada, em situações quotidianas diversas. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível A2: Utilizador elementar; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (hábitos e necessidades, lugares e serviços, lazer, saúde e bem estar, mundo do trabalho, etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, amigos virtuais, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Compreender o conteúdo global e identificar informação relevante em mensagens/documentos curtos, de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário frequente, quando articulados de forma clara e pausada.

* Instruções, anúncios/avisos, publicidade, canções, clips, podcasts, curtas-metragens/excertos fílmicos, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, entre outros.*

Compreensão escrita

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante e explícita em mensagens/textos simples e curtos, de géneros e suportes diversos*, constituídos por frases simples e vocabulário frequente.

* Instruções, mapas, folhetos, cartazes, horários, publicidade, catálogos, receitas, ementas, correspondência, mensagens pessoais, banda desenhada, artigos de imprensa, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir* de forma simples em conversas curtas bem estruturadas, ligadas a situações do quotidiano, meio envolvente e atualidade, respeitando as convenções sociais e apoiando-se no discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário frequente e frases simples;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

* Troca ideias, informações e opiniões; exprime gostos e preferências; relata factos, planos e projetos, entre outros.

Interação escrita

Interagir de forma simples em situações do quotidiano, meio envolvente e atualidade, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário:

  • completa formulários e escreve mensagens/textos simples* (50-80 palavras), em suportes diversos;
  • utiliza vocabulário frequente e frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas, articulando as ideias com diferentes conectores de coordenação e subordinação.

* Pede e dá informações, relata acontecimentos reais ou imaginários, exprime gostos e preferências; descreve factos, planos e projetos, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos, preparados previamente*:

  • utiliza vocabulário frequente e frases simples;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples;
  • pronuncia de forma compreensível.

* Descreve o meio envolvente e situações da atualidade; relata experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Produção escrita

Escrever textos* (50-80 palavras), em suportes diversos, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário frequente e frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas, articulando as ideias com diferentes conectores de coordenação e subordinação.

* Descreve o meio envolvente e situações da atualidade; relata experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de linguagens verbais, não-verbais e culturais;
  • Seleção e associação de informação explícita;
  • Ordenação de dados;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão geral do sentido;
  • Transposição de informação para novas situações;
  • Tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • Elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Identificação da situação de comunicação;
  • Mobilização de linguagem verbal e não-verbal para significar e comunicar, em diferentes contextos;
  • Mobilização de recursos variados e conhecimentos elementares;
  • Interação e escrita integradas em projetos comunicativos;
  • Aplicação de conhecimentos em novas situações;
  • Criação de produtos linguísticos, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Revisão na escrita;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, D, E, F, G, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre a sua cultura de origem e as culturas dos países de expressão alemã, enriquecendo a sua visão do mundo e a interpretação das diferenças e semelhanças, desenvolvendo respeito pela perspetiva do Outro. Relativizar dados estereotipados que possam impedir a comunicação.

Promover uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno-cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;
  • Relativização de conceções do mundo e análise das variações.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem adequadas ao seu perfil de aprendente.

Utilizar recursos de aprendizagem variados, em suporte papel, digital e outros, adequando-os aos objetivos das atividades propostas na aula. Reconhecer os erros como parte integrante deste processo e propor formas de os superar.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas, através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes convencionais e digitais nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Verificação da eficácia de estratégias para superar dificuldades e obstáculos na aprendizagem;
  • Utilização de diversos recursos, em suporte papel ou digital, para realização de tarefas;
  • Análise de erros e explicitação de ocorrências.
Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, I

Alemão Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade.
Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Aprendizagens essenciais

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - INICIAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Iniciação Formação Geral A1.2 A2.2 Opcional
Formação Específica A1.2 A2.2 B1.1

No final do 10.º ano, ao atingir o nível A1.2, o aluno deve ser capaz de: compreender e usar frases e expressões frequentes/ enunciados simples em situações quotidianas de conteúdo previsível; deve comunicar de forma simples e direta, sobre assuntos familiares e habituais, com apoio pontual. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível A1: Utilizador elementar; Conselho da Europa, 2001)

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (vida em família, habitação, alimentação, rotinas, vida escolar, lazer, etc.)
  • Relações interpessoais (amizades, encontros, etc.)
  • Meio envolvente (escola, comunidade local, cidadania, situações sociais, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar o conteúdo global, palavras-chave e frases simples em instruções, mensagens, textos simples e curtos, de variados géneros e suportes*, desde que predomine vocabulário frequente e o discurso seja articulado de forma clara e pausada.

* Anúncios/avisos, publicidade, canções, mensagens telefónicas, rimas, clips, podcasts, vídeos curtos, noticiários, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender o sentido global/identificar informação relevante em mensagens e textos simples e curtos, de géneros e suportes diversos*, quando constituídos por frases simples e vocabulário de uso muito frequente.

* Instruções/avisos, mapas/cartazes, horários, publicidade, correspondência, mensagens pessoais, folhetos, catálogos, receitas, ementas, banda desenhada, entre outros.

Interação oral

Interagir de forma simples, em conversas curtas e estruturadas, ligadas a situações do quotidiano e meio envolvente*, respeitando as convenções sociais e apoiando-se no discurso do interlocutor:

  • usa um repertório limitado de expressões e frases simples, recorrendo a repetições e reformulações;
  • mobiliza estruturas gramaticais elementares;
  • pronuncia, geralmente, de forma compreensível.

* Pede e dá informações, cumprimenta, desculpa-se, agradece, refere dados pessoais, hábitos, gostos e preferências, emite opiniões, concorda/discorda, refere lugares, bens e serviços, relata factos, planos e projetos, entre outros.

Interação escrita

Interagir de forma simples em situações do quotidiano e meio envolvente, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário:

  • completa formulários e escreve mensagens/textos curtos* (40-60 palavras), em suportes diversos;
  • utiliza vocabulário muito frequente e frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais elementares, articulando as ideias com conectores básicos de coordenação e subordinação.

* Pede e dá informações sobre experiências pessoais e acontecimentos, agradece, desculpa-se, felicita (aniversários/outras celebrações), aceita e recusa convites, refere dados pessoais, hábitos, gostos e preferências, relata factos, concorda/discorda, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos* preparados previamente:

  • utiliza vocabulário elementar, expressões isoladas, frases curtas;
  • mobiliza estruturas gramaticais elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

* Descreve o meio envolvente e situações do quotidiano; relata experiências pessoais e acontecimentos reais/imaginários, presentes ou passados; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Produção escrita

Escrever textos simples e curtos* (40-60 palavras), em suportes diversos, respeitando as convenções textuais, adaptando-as ao destinatário:

  • utiliza vocabulário elementar e frases simples;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples, articulando as ideias com coerência.

* Descreve o meio envolvente/situações do quotidiano; relata experiências pessoais/acontecimentos reais e imaginários, presentes ou passados; exprime opiniões, gostos e preferências, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Identificação de linguagens verbais, não-verbais e culturais;
  • Seleção e associação de informação explícita;
  • Ordenação e hierarquização de dados;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão geral do sentido;
  • Transposição de informação para novas situações;
  • Tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • Elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Estabelecimento de relações intra e interdisciplinares;
  • Identificação da situação de comunicação;
  • Mobilização de linguagem verbal e não verbal para significar e comunicar;
  • Mobilização de recursos variados e conhecimentos elementares;
  • Interação e escrita integradas em projetos comunicativos;
  • Criação de produtos linguísticos simples, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Aplicação de conhecimentos em simulações;
  • Escrita partilhada e em cooperação;
  • Revisão na escrita;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Planificação e elaboração de planos e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar particularidades geográficas, históricas e culturais dos países de expressão alemã.

Tomar consciência da diversidade cultural, identificando-a na sua cultura de origem e na(s) cultura(s) dos países germânicos, em referências, hábitos, atitudes e comportamentos, interpretando-os a partir da perspetiva do interlocutor (o Outro).

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver- se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno-cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Observação e recolha de elementos culturais da língua estrangeira;
  • Identificação de traços identitários, de semelhanças e diferenças culturais, em situações quotidianas.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a importância das estratégias no processo de aprendizagem do Alemão (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação de conhecimentos) e aplicar as mais frequentes e eficazes para realizar tarefas individualmente ou em grupo.

Utilizar a sua experiência pessoal, indícios contextuais e semelhanças lexicais e gramaticais, para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples, recorrendo, quando necessário, aos conhecimentos prévios em língua materna e outras línguas, bem como a gestos, mímica e desenhos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Recolha de informação sobre a motivação e representações da língua;
  • Utilização da língua estrangeira na comunicação na sala de aula;
  • Mobilização de conhecimentos linguísticos, experiências e meios não verbais para superar as deficiências na receção e na produção.
Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, I

Alemão Continuação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às caraterísticas próprias das competências de produção e de receção e às singularidades desta língua estrangeira, considerámos conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2), seguindo indicações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (pp.60-61), para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade.
Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Aprendizagens essenciais

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA - CONTINUAÇÃO

De acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), o conjunto de níveis e escalas de proficiência em língua não são uma medida linear semelhante a uma régua (QECR, p.40), e a aprendizagem de uma língua constitui tanto uma progressão horizontal como vertical, “uma vez que os aprendentes vão adquirindo proficiência para participarem numa gama progressivamente maior de actividades comunicativas” (QECR, p.40).

Ao longo do processo de aprendizagem é necessário consolidar e aprofundar as aquisições, o que implica o alargamento da gama de actividades, capacidades e língua envolvida (QECR, p.41). Nesse sentido, as componentes de Formação Geral e Formação Específica apresentam o mesmo nível do QECR. O maior número de horas da componente Formação Específica deve traduzir-se num trabalho de aprofundamento e consolidação das aquisições, no alargamento e treino das várias competências e ainda no envolvimento mais aprofundado em projetos disciplinares e interdisciplinares.

O contexto curricular e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Secundário 10.º ano 11.º ano 12.º ano
Continuação Formação Geral A2.2 B1.1 Opcional
Formação Específica A2.2 B1.1 B1.2

No final do 10.º ano, ao atingir o nível A2.2, o aluno deve ser capaz de compreender e produzir enunciados diversos, simples e coerentes, sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal; deve comunicar de forma adequada, em situações quotidianas diversas. (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível A2: Utilizador elementar; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e informações pessoais
  • Situações do quotidiano (hábitos e necessidades, lugares e serviços, lazer, saúde e bem estar, mundo do trabalho, etc.)
  • Relações interpessoais (amizade e amor, conflitos, amigos virtuais, etc.)
  • Meio envolvente (comunidade local e internacional, cidadania, vivências interculturais, meio ambiente, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas, políticas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos,etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar as ideias principais e selecionar informação pertinente (não-verbal e verbal) em textos, de géneros e suportes diversos*, constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário frequente, quando articulados de forma clara.

* Instruções, anúncios/avisos, publicidade, canções, clips, podcasts, curtas-metragens/excertos fílmicos, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, entre outros.

Compreensão escrita

Compreender as ideias principais e selecionar informação pertinente em textos de géneros e suportes diversos*, constituídos por ideias claras e estruturadas e vocabulário frequente.

* Instruções, mapas, folhetos, cartazes, horários, publicidade, catálogos, receitas, ementas, correspondência, mensagens pessoais, banda desenhada, artigos de imprensa, textos literários, entre outros.

Interação oral

Interagir* em conversas curtas bem estruturadas, ligadas a situações familiares, do quotidiano, meio envolvente e atualidade, respeitando as convenções sociais e reagindo, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

* Troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências e temas da atualidade; exprime gostos e preferências; pede e dá informações sobre bens e serviços; relata factos, planos e projetos, entre outros.

Interação escrita

Interagir de forma adequada, exprimindo-se com clareza e respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário:

  • completa formulários e escreve textos/mensagens simples, em suportes diversos* (60-90 palavras);
  • utiliza vocabulário frequente;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

Interagir de forma adequada, exprimindo-se com clareza e respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário:

  • completa formulários e escreve textos/mensagens simples, em suportes diversos* (60-90 palavras);
  • utiliza vocabulário frequente;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples para construir textos coerentes e coesos (conectores, marcadores e tempos verbais, entre outros).

* Pede e dá informações/explicações; dá notícias; descreve actividades, situações e sentimentos; exprime opiniões sobre assuntos abstratos, culturais e temas da atualidade, entre outros.

Produção oral

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos preparados previamente*:

  • utiliza vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas;
  • mobiliza estruturas gramaticais simples e adequadas;
  • pronuncia de forma clara e compreensível.

* Descreve o meio envolvente e situações da atualidade; exprime opiniões, gostos e preferências; narra acontecimentos; expõe informações, opiniões, argumentos, entre outros.

Produção escrita

Escrever textos* diversos (60-90 palavras), em suportes variados, respeitando as convenções textuais:

  • utiliza vocabulário frequente;
  • mobiliza estruturas gramaticais adequadas, utilizando conectores, marcadores e tempos verbais para construir textos coerentes.

* Faz descrições de acontecimentos e atividades; expõe informações, opiniões, argumentos, descreve planos e a sua organização, entre outros.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Seleção, associação e organização de informação explícita;
  • Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • Compreensão geral e seletiva do sentido;
  • Organização sistematizada de leitura;
  • Transposição de informação para contextos diversos;
  • Tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado;
  • Procura e aprofundamento de informação, em diversas fontes;
  • Elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Estabelecimento de relações intra e interdisciplinares;
  • Identificação da situação de comunicação;
  • Mobilização de linguagem verbal e não-verbal para significar e comunicar, em diferentes contextos;
  • Mobilização de recursos variados e conhecimentos elementares;
  • Interação com os outros em diferentes contextos sociais e emocionais;
  • Aplicação de conhecimentos em novas situações;
  • Criação de produtos linguísticos, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares;
  • Revisão na escrita;
  • Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • Estabelecimento de relações intra e interdisciplinares;
  • Planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • Trabalho em equipa e uso de diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;
  • Autoavaliação e autocorreção.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, I

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre a sua cultura de origem e as culturas dos países de expressão alemã, enriquecendo a sua visão do mundo e a interpretação das diferenças e semelhanças, desenvolvendo respeito para com as mesmas. Relativizar dados estereotipados que possam impedir a comunicação.

Desenvolver uma cidadania efetiva, responsável, autónoma e criativa com uma abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se ativamente na comunidade e no mundo intercultural, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno-cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;
  • Relativização de conceções do mundo e análise das variações.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G,H, I

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem adequadas ao seu perfil de aprendente.

Utilizar recursos de aprendizagem variados, em suporte papel, digital e outros, adequando-os aos objetivos das atividades propostas na aula. Reconhecer os erros como parte integrante deste processo e propor formas de os superar.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas, através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes convencionais e digitais nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Verificação da eficácia de estratégias para superar dificuldades e obstáculos na aprendizagem;
  • Utilização de diversos recursos, em suporte papel ou digital, para realização de tarefas;
  • Análise de erros e explicitação de ocorrências.

Educação Física

Introdução

Assegurada a concretização das aprendizagens promovidas para o 1.º Ciclo, e dando-se a oportunidade de uma abordagem das matérias de ensino na sua forma característica, com as competências a serem demonstradas pela consecução dos objetivos considerados nas três áreas de extensão da Educação Física, o 6.º ano visa a consolidação das aprendizagens desenvolvidas, assegurando as bases do desenvolvimento posterior no 3.º Ciclo.

Garantindo uma abordagem equilibrada no conjunto dos objetivos apresentados para o 2.º Ciclo, no 6.º ano pretende se dar oportunidade ao aperfeiçoamento das competências, delineadas no âmbito das aprendizagens essenciais, obrigatórias em todas as escolas, para este ciclo de ensino.

Assumindo como fundamental que os alunos adquiram as competências comuns nas três áreas de extensão da Educação Física (EF) – Atividades Físicas (estruturada em três níveis de especificação e complexidade das aprendizagens), Conhecimentos e Aptidão Física –, garante-se que todas as áreas se estruturam através da participação ativa em todas as situações, na procura do êxito pessoal e do grupo:

  1. Relacionar-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários.
  2. Aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s).
  3. Cooperar nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na atividade da turma.
  4. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais básicas, particularmente da resistência geral de longa duração; da força rápida; da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de frequência de movimentos e de deslocamento; da flexibilidade; da força resistente (esforços localizados) e das destrezas geral e direcionada.
  5. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, utilizando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  6. Conhecer os processos fundamentais das adaptações morfológicas, funcionais e psicológicas, que lhe permitem compreender os diversos fatores da aptidão física.
  7. Conhecer e aplicar cuidados higiénicos, bem como as regras de segurança pessoal e dos companheiros, e de preservação dos recursos materiais.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 6.o ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em quatro matérias de diferentes subáreas do seguinte conjunto de possibilidades.

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (uma matéria)

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo dos JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), desempenhando com oportunidade e correção as ações solicitadas pelas situações de jogo, aplicando a ética do jogo e as suas regras.

SUBÁREA GINÁSTICA (uma matéria)

Compor e realizar, da GINÁSTICA (Solo, Aparelhos, Rítmica), as destrezas elementares de solo, aparelhos e minitrampolim, em esquemas individuais e/ou de grupo, aplicando os critérios de correção técnica e expressão, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

SUBÁREAS ATLETISMO, PATINAGEM, RAQUETES E OUTRAS (duas matérias)

SUBÁREA ATLETISMO

Realizar, do ATLETISMO, saltos, corridas e lançamentos, segundo padrões simplificados, e cumprindo corretamente as exigências elementares técnicas e regulamentares.

SUBÁREA PATINAGEM

Patinar com equilíbrio e segurança, ajustando as suas ações para orientar o seu deslocamento com intencionalidade e oportunidade na realização de sequências rítmicas, percursos ou jogos.

SUBÁREA ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS

Interpretar, nas ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), sequências de elementos técnicos elementares, em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições.

OUTRAS

Realizar PERCURSOS (Orientação) elementares, utilizando técnicas de orientação e respeitando as regras de organização, participação e de preservação da qualidade do ambiente.

Realizar ações de oposição direta solicitadas de COMBATE (Luta), utilizando as técnicas fundamentais de controlo e desequilíbrio, com segurança (própria e do opositor), aplicando as regras e os princípios éticos.

Deslocar-se com segurança no MEIO AQUÁTICO (Natação), coordenando a respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.

Nota - Para o nível INTRODUÇÃO, em quatro matérias de diferentes subáreas, devem observar-se as seguintes condições:

  1. 1 - O ATLETISMO constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. Nas subáreas JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS, GINÁSTICA, PATINAGEM e ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS, cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Nas OUTRAS, poderão ser consideradados os PERCURSOS, a NATAÇÃO ou uma matéria da subárea DESPORTOS DE COMBATE.

Consulte o Anexo 2, para conhecer os objetivos programáticos para o 6.o ano de escolaridade.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

analisar situações com diferentes pontos de vista;

confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, etc.;

analisar factose situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;

analisar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria.

Proporcionar atividades formativas, que possibilitem aos alunos:

realizar tarefas de síntese;

realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;

elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;

aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;

aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;

promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

saber questionar uma situação;

ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;

identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;

identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;

utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolver na aprendizagem;

interpretar e explicar as suas opções;

descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;

cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e ao gosto proporcionado pelas atividades;

aplicar as regras de participação, combinadas na turma;

agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor;

respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;

cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem;

apresentar iniciativas e propostas;

ser autónomo na realização das tarefas;

cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

conhecer e aplicar cuidados de higiene;

conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;

conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;

promover o gosto pela prática regular de atividade física.

Descritores do Perfil dos alunos

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador/ Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, H, I, J)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa Fitescola®, para a sua idade e sexo.

Consulte o Anexo 2, para conhecer as capacidades motoras a desenvolver no 6.o ano de escolaridade.

Consulte o site da Plataforma Fitescola®, para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as capacidades físicas: resistência, força, velocidade, flexibilidade, agilidade e coordenação (geral), de acordo com as características do esforço realizado.

Interpreta as principais adaptações do funcionamento do seu organismo durante a atividade física.

Ciências Naturais

Introdução

O ensino das Ciências Naturais implica a contextualização das temáticas abordadas em situações reais e atuais, promovendo o desenvolvimento de Aprendizagens Essenciais (AE), integrando conhecimentos, capacidades, atitudes e valores que estão em consonância com o Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Importa, para tal, que os alunos conheçam melhor os contextos em que estão inseridos, identificando nestes situações problemáticas das quais podem emergir questões problema orientadoras das aprendizagens. As temáticas abordadas na disciplina de Ciências Naturais constituem-se, também, como um campo de aplicação de aprendizagens interdisciplinares, nomeadamente adquiridas nas disciplinas de Português, História e Geografia de Portugal, Matemática e Educação Física. Por outro lado, o caráter das temáticas abordadas permite a articulação com outras componentes científicas do currículo, podendo contribuir para a construção de AE em várias disciplinas e para o reconhecimento da importância das Ciências Naturais na consecução do PA.

As AE que se apresentam têm como referente os documentos curriculares da disciplina e constituem-se como as aprendizagens indispensáveis à construção significativa do conhecimento, bem como ao desenvolvimento dos processos cognitivos e atitudes particularmente associados à ciência.

A leitura deste documento pode ser feita sequencialmente, respeitando os temas e o respetivo desenvolvimento programático, e deve ter sempre presente a necessária articulação com o PA. No entanto, esta sequência pode ser alterada de acordo com a gestão curricular efetuada pelos professores, tendo em conta interesses locais, a atualidade de algumas temáticas e as características dos alunos. Esta organização pode facilitar as opções de gestão curricular a efetuar pelos professores, tanto a nível da sua disciplina como a nível da interdisciplinaridade.

Os professores devem selecionar as abordagens metodológicas que melhor se adequem aos seus alunos e que promovam de forma mais adequada o desenvolvimento das aprendizagens essenciais explicitadas neste documento. Esta autonomia do professores deve ter em conta que:

  1. a abordagem integradora dos conceitos deve ser privilegiada, valorizando a compreensão e a interpretação dos fenómenos naturais, centrados em contextos reais, com significado para os alunos e facilitadores da aprendizagem e explorando as inter-relações entre a Ciência, a Tecnologia, a Sociedade e o Ambiente (CTSA);
  2. o nível de aprofundamento dos conceitos deve considerar os contextos dos alunos e das escolas, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, nacional e global;
  3. os processos de ensino devem ser centrados nas aprendizagens dos alunos, considerados como agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento, pesquisando e organizando informação, analisando e interpretando dados;
  4. a natureza da Ciência deve ser valorizada, procurando, sempre que possível, adotar estratégias que evidenciem o processo de construção do conhecimento científico;
  5. as atividades práticas devem ser valorizadas e consideradas como parte integrante e fundamental dos processos de ensino e de aprendizagem dos conteúdos programáticos, integrando as dimensões teórica e prática no ensino de todas as temáticas.

No que se refere à avaliação das aprendizagens dos alunos, esta deve atender ao tipo de estratégias e de orientações metodológicas adotadas e ter em conta a situação do aluno e os fatores de caráter individual e social a ele associados. A avaliação deve assumir um caráter contínuo e, essencialmente, formativo ao longo do ano, para que o aluno tome consciência, não só das suas potencialidades, mas também das suas dificuldades, procurando ultrapassá-las, através de uma reflexão sistemática que conduza a uma evolução positiva das suas aprendizagens. A avaliação deverá ter um caráter interativo, centrar-se nos processos cognitivos dos alunos e estar associada a mecanismos de feedback que incidam não apenas nos produtos, mas também nos processos, fomentando a autoavaliação consciente, como mecanismo de autorregulação do ensino e das aprendizagens.

Na disciplina de Ciências Naturais, no 6.º ano de escolaridade, abordam-se temáticas relacionadas com os processos vitais comuns aos seres vivos e que contribuem para a educação científica dos alunos, ajudando-os a:

  1. compreender o modo como ocorrem as trocas nutricionais entre os seres vivos;
  2. perceber a forma como ocorre a transmissão da vida no ser humano e nas plantas;
  3. explorar o modo como os microrganismos podem provocar agressões no ser humano;
  4. assumir atitudes e valores que defendam a implementação de medidas que visem promover a sustentabilidade dos seres vivos;
  5. planear e implementar investigações práticas, baseadas na observação sistemática, na modelação e no trabalho laboratorial/experimental, para dar resposta a problemas relacionados com os processos vitais dos seres vivos.

APRENDIZAGENS ESSENCIAS TRANSVERSAIS

  • • Selecionar e organizar informação a partir de fontes diversas, integrando saberes prévios para construir novos conhecimentos.
  • Descrever e classificar entidades e processos com base em critérios, compreendendo a sua pertinência.
  • Construir explicações científicas baseadas em conceitos e evidências científicas, obtidas através da realização de atividades de investigação práticas, simples e diversificadas – laboratoriais, de campo, de pesquisa, experimentais (com variáveis independentes, dependentes e controladas) - planeadas para responder a problemas.
  • Construir, usar e avaliar modelos que representem estruturas e sistemas.
  • Reconhecer que a ciência é uma atividade humana, com objetivos, procedimentos próprios, através da exploração de acontecimentos, atuais ou históricos, que documentem a sua natureza.
  • Aplicar as competências desenvolvidas em problemáticas atuais e em novos contextos.
  • Formular e comunicar opiniões críticas e cientificamente relacionadas com CTSA
  • Integrar saberes de diferentes disciplinas para aprofundar temáticas de Ciências Naturais.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
PROCESSOS VITAIS COMUNS AOS SERES VIVOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar a existência dos nutrientes com a função que desempenham no corpo humano, partindo da análise de documentos diversificados e valorizando a interdisciplinaridade;

Elaborar algumas ementas equilibradas e discutir os riscos e os benefícios dos alimentos para a saúde humana;

Interpretar informação contida em rótulos de alimentos familiares aos alunos;

Identificar riscos e benefícios dos aditivos alimentares;

Discutir a importância da ciência e da tecnologia na evolução dos produtos alimentares, articulando com saberes de outras disciplinas;

Relacionar os órgãos do sistema digestivo com as transformações químicas e mecânicas dos alimentos que neles ocorrem;

Relacionar os diferentes tipos de dentes com a função que desempenham;

Identificar causas da cárie dentária e indicar formas de a evitar;

Explicar a importância dos processos de absorção e de assimilação dos nutrientes, indicando o destino dos produtos não absorvidos;

Discutir a importância de comportamentos promotores do bom funcionamento do sistema digestivo;

Relacionar os sistemas digestivos das aves e dos ruminantes com o sistema digestivo dos omnívoros;

Caracterizar os regimes alimentares das aves granívoras, dos animais ruminantes e dos omnívoros, partindo das características do seu tubo digestivo analisando informação diversificada;

Distinguir respiração externa de respiração celular;

Interpretar informação relativa à composição do ar inspirado e do ar expirado e as funções dos gases respiratórios;

Relacionar os órgãos respiratórios envolvidos na respiração branquial e na respiração pulmonar, com a sua função, através de uma atividade laboratorial, partindo de questões teoricamente enquadradas e efetuando registos de forma criteriosa;

Relacionar o habitat dos animais com os diferentes processos respiratórios;

Relacionar os órgãos do sistema respiratório humano com as funções que desempenham;

Explicar o mecanismo de ventilação pulmonar recorrendo a atividades práticas simples;

Distinguir as trocas gasosas ocorridas nos alvéolos pulmonares com as ocorridas nos tecidos;

Discutir a importância da ciência e da tecnologia na identificação das principais causas das doenças respiratórias mais comuns;

Formular opiniões críticas acerca da importância das regras de higiene no equilíbrio do sistema respiratório;

Descrever as principais estruturas do coração de diferentes mamíferos, através da realização de uma atividade laboratorial;

Relacionar as características das veias, das artérias e dos capilares sanguíneos com a função que desempenham;

Identificar os constituintes do sangue, relacionando-os com a função que desempenham, através de uma atividade laboratorial, efetuando registos de forma criteriosa;

Relacionar as características do sangue venoso e do sangue arterial com a circulação sistémica e a circulação pulmonar;

Discutir a importância dos estilos de vida para o bom funcionamento do sistema cardiovascular, partindo de questões teoricamente enquadradas;

Aplicar procedimentos simples de deteção de ausência de sinais vitais no ser humano e de acionamento do 112;

Relacionar a morfologia da pele com a formação e a constituição do suor e o seu papel na função excretora do corpo humano;

Identificar os constituintes do sistema urinário, a formação e a constituição da urina e o seu papel na função excretora humana, interpretando documentos diversificados;

Formular opiniões críticas acerca dos cuidados a ter com a pele e com o sistema urinário, justificando a sua importância para a saúde humana;

Explicar a importância da fotossíntese para a obtenção de alimento nas plantas relacionando os produtos da fotossíntese com a respiração celular;

Explicar a influência de fatores que intervêm no processo fotossintético, através da realização de atividades experimentais, analisando criticamente o procedimento adotado e os resultados obtidos e integrando saberes de outras disciplinas;

Discutir a importância das plantas para a vida na Terra e medidas de conservação da floresta autoctóne;

Distinguir caracteres sexuais primários de caracteres sexuais secundários e interpretar informação diversificada acerca do desenvolvimento dos órgãos sexuais durante a puberdade;

Relacionar os órgãos do sistema reprodutor masculino e feminino com a função que desempenham;

Relacionar o ciclo menstrual com a existência de um período fértil, partindo da análise de documentos diversificados;

Caracterizar o processo de fecundação e o processo de nidação;

Identificar os principais órgãos constituintes da flor, efetuando registos de forma criteriosa;

Reconhecer a importância dos agentes de polinização, da dispersão e da germinação das sementes na manutenção das espécies e equilíbrio dos ecossistemas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • Usar e articular de forma consciente e com rigor conhecimentos (incluindo de outras áreas do saber);
  • selecionar informação pertinente (em fontes diversificadas);
  • organizar de forma sistematizada a leitura e estudo autónomo;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados (recorrendo a conhecimentos prévios, aplicação de conhecimentos a novas situações);
  • desenvolver tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas à compreensão e uso de saber, bem como a mobilização do memorizado;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formular hipóteses face a um fenómeno ou evento (atividade laboratorial/experimental);
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • apresentar alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • criar um objeto, texto ou solução face a um desafio (construção de modelos explicativos);
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • prever resultados (atividade laboratorial/experimental);
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens, modelos, gráficos, tabelas, texto);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos, rebater os contra-argumentos);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • problematizar situações (aula de campo/atividade laboratorial/experimental);
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar (campo/ atividade laboratorial/experimental).

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • pesquisar de forma sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • incentivar a procura e o aprofundamento de informação;
  • recolher dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • respeitar diferenças de características, crenças ou opiniões;
  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de um dado problema e ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização (por exemplo em atividade laboratorial/experimental);
  • elaborar registos seletivos;
  • realizar tarefas de organização (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaborar planos gerais e esquemas;
  • desenvolver o estudo autónomo com o apoio do professor, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber questionar uma situação;
  • organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento prévio.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicar uni e bidirecionalmente;
  • desenvolver ações de resposta, apresentação e iniciativa;
  • desenvolver ações de questionamento organizado.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • realizar autoanálise;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo, partindo da explicitação de feedback do professor;
  • Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:
  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas;
  • assumir e cumprir compromissos, contratualizar tarefas;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • participar em ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • posicionar-se perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilizar-se para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico / Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador / Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença / do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo / colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável / autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
AGRESSÕES DO MEIO E INTEGRIDADE DO ORGANISMO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Discutir a importância da ciência e da tecnologia na evolução do microscópio e na descoberta dos microrganismos;

Identificar diferentes tipos de microrganismos partindo da análise de informação em documentos diversificados;

Distinguir microrganismos patogénicos e microrganismos úteis ao ser humano, partindo de exemplos familiares aos alunos;

Discutir a importância da conservação de alimentos na prevenção de doenças devidas a microrganismos;

Relacionar a existência de mecanismos de barreira naturais no corpo humano com a necessidade de implementar medidas de higiene que contribuam para a prevenção de doenças infeciosas;

Discutir a importância das vacinas e do uso adequado de antibióticos e de medicamentos de venda livre.

Tecnologias da Informação e Comunicação

Introdução

Estabelecem-se neste documento as Aprendizagens Essenciais (AE) - a realizar pelos alunos na disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), no 6.º ano de escolaridade -, que se organizam em quatro domínios de trabalho, agregando orientações metodológicas. A seleção das AE para a disciplina de TIC foi alicerçada em dados científicos, bem como em recomendações produzidas no âmbito da OCDE (2017), do World Economic Forum (2016), tendo sido estabelecidas articulações com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), no intuito de sublinhar a importância de, desde cedo, os alunos utilizarem as tecnologias como ferramentas de trabalho promotor de competências digitais múltiplas, necessárias à aprendizagem na sociedade contemporânea. A disciplina de TIC, nos 2.º e 3.º Ciclos, vai além do desenvolvimento da literacia digital generalizada básica, avançando para o domínio do desenvolvimento das capacidades analíticas dos alunos, através da exploração de ambientes computacionais apropriados às suas idades e proporcionando a abordagem de tecnologias emergentes. Subjaz não uma lógica restrita de conteúdos instrumentais ou de aquisição de conceitos, mas sobretudo o desenvolvimento de competências capazes de preparar os jovens para as exigências do século XXI, em sintonia com o estabelecido no PA, nomeadamente nas áreas de competências de “Linguagens e textos”, “Informação e comunicação” e “Raciocínio e resolução de problemas”.

As AE de TIC organizam-se em quatro domínios de trabalho:

  1. SEGURANÇA, RESPONSABILIDADE E RESPEITO EM AMBIENTES DIGITAIS
  2. INVESTIGAR E PESQUISAR
  3. COLABORAR E COMUNICAR
  4. CRIAR E INOVAR

O domínio Segurança, Responsabilidade e Respeito em Ambientes Digitais assenta no pressuposto de que as questões de ética e segurança devem estar continuamente presentes e devem ser trabalhadas de forma sistemática e explícita ao longo de todas as AE que os alunos realizam nesta disciplina. É, por isso, um domínio transversal, que deve ser abordado, sempre que oportuno, no âmbito da realização das atividades, tendo o cuidado de abordar situações problemáticas de maior complexidade, relativamente às do 5.º ano, como o conhecimento e utilização das normas relacionadas com os direitos de autor e a necessidade de registar as fontes.

Espera-se, desta forma, promover a capacidade de os alunos participarem de forma mais esclarecida e adequada em diversos contextos, desenvolvendo uma conduta crítica, refletida e responsável no uso de tecnologias, ambientes e serviços digitais, respeitando as normas de utilização das TIC, dos direitos de autor e de propriedade intelectual dos recursos e conteúdos que mobilizam nas diversas atividades, diferentes áreas curriculares e no dia a dia. Ainda, no quadro desta perspetiva transversal, espera-se reforçar uma preocupação na salvaguarda de publicação e/ou divulgação de dados pessoais ou de outros, apelando sistematicamente ao desenvolvimento do sentido comunitário e de cidadania interventiva e a um comportamento adequado na utilização das redes sociais.

No domínio Investigar e Pesquisar, pretende-se que cada aluno se aproprie de métodos de trabalho, de pesquisa e de investigação com a utilização das tecnologias, desenvolvendo competências de seleção e análise crítica da informação no contexto de atividades investigativas, tornando-se um cidadão “munido de múltiplas literacias que lhe permitam analisar e questionar criticamente a realidade, avaliar e selecionar a informação, formular hipóteses e tomar decisões fundamentadas no seu dia a dia; (...) apto a continuar a aprendizagem ao longo da vida, como fator decisivo do seu desenvolvimento pessoal e da sua intervenção social” (PA, 2017, p. 15). Pretende-se a consolidação e o aprofundamento de métodos de pesquisa e investigação, bem como a utilização de metodologias de trabalho adaptadas aos projetos em desenvolvimento.

No domínio Comunicar e Colaborar, elencam-se competências das áreas de “Relacionamento interpessoal” e “Desenvolvimento pessoal e autonomia”, com o objetivo de desenvolver regras de comunicação em ambientes digitais, em situações reais ou simuladas, utilizando meios e recursos digitais, cabendo ao professor identificar quais as aplicações e plataformas mais adequadas ao projeto e atividades a desenvolver, levando em conta a faixa etária dos alunos, com o objetivo de consolidar aprendizagens realizadas no ano anterior e procurando diversificar as atividades, nomeadamente no que diz respeito à exploração de plataformas em ambientes digitais fechados.

No domínio Criar e Inovar, engloba-se o conjunto de competências associadas à criação de conteúdos com recurso a aplicações digitais adequadas a cada situação. No 6.º ano, consolidam-se as aprendizagens essenciais já abordadas no 5.º ano sobre o impacto das TIC no dia a dia, na família, na escola e nas profissões, assim como as questões relacionadas com a ergonomia e a adoção de práticas seguras. Pretende-se igualmente que se mobilizem as normas relacionadas com os direitos de autor, no contexto de uma abordagem inicial à organização e tratamento de dados em formato digital.

Estes quatro domínios não devem ser vistos como estanques, mas como espaços de trabalho que se cruzam e que, em conjunto, concorrem para o desenvolvimento das áreas de competências previstas no PA. Assim, as aprendizagens essenciais de TIC, organizadas em domínios, não indicam nem sugerem uma sequencialidade temporal obrigatória na sua abordagem didática.

A lógica que deve prevalecer será a do desenvolvimento de desafios, problemas ou projetos, recomendando-se um trabalho conjunto e em simultâneo para as aprendizagens de diferentes domínios, bem como a articulação com outras áreas disciplinares, e a colaboração com serviços e projetos da escola, com a família e com instituições regionais, nacionais ou internacionais.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
SEGURANÇA, RESPONSABILIDADE E RESPEITO EM AMBIENTES DIGITAIS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Adotar uma atitude crítica, refletida e responsável no uso de tecnologias, ambientes e serviços digitais:

Ter consciência do impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação na sociedade e no dia a dia;

Compreender a necessidade de práticas seguras de utilização das aplicações digitais e de navegação na Internet, adotando comportamentos em conformidade;

Conhecer e adotar as regras de ergonomia subjacentes ao uso de computadores e/ou outros dispositivos eletrónicos;

Conhecer e utilizar as normas relacionadas com os direitos de autor e a necessidade de registar as fontes.

Entender as regras para criação e utilização de palavras-chave seguras.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Desenvolver desafios, problemas ou projetos que articulem e/ou integrem os diferentes domínios.

Fomentar dinâmicas de grupo, debates, role-playing, brainstormings, criação de jogos, entre outras.

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado
(A, B, G, I, J)

Criativo
(A, C, D, J)

Crítico/Analítico
(A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador
(C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro
(A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador
(A, B, C, I, J)

Questionador
(A, F, G, I, J)

Comunicador / Desenvolvimento da linguagem e da oralidade
(A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador
(B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo
(C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro
(B, E, F, G)

Organizador
COMUNICAR E COLABORAR
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Mobilizar estratégias e ferramentas de comunicação e colaboração:

Identificar novos meios e aplicações que permitam a comunicação e a colaboração;

Selecionar as soluções tecnológicas mais adequadas para realização de trabalho colaborativo e comunicação que se pretendem efetuar no âmbito de atividades e/ou projetos;

Utilizar diferentes meios e aplicações que permitem a comunicação e colaboração em ambientes digitais fechados;

Apresentar e partilhar os produtos desenvolvidos, utilizando meios digitais de comunicação e colaboração em ambientes digitais fechados.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover a criação de situações, no âmbito das quais o aluno comunica, colabora e interage de forma síncrona e assíncrona, recorrendo às plataformas digitais mais adequadas ao desenvolvimento dos projetos.

Criar momentos que permitam aos alunos apresentar e partilhar, individualmente, em pares ou em grupo, o desenvolvimento dos projetos.

Sugere-se a utilização de plataformas distintas das utilizadas no ano anterior.

Organizador
CRIAR E INOVAR
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explorar ideias e desenvolver o pensamento computacional e produzir artefactos digitais criativos, recorrendo a estratégias e ferramentas digitais de apoio à criatividade:

Reconhecer as potencialidades de aplicações digitais;

Conhecer as potencialidades de aplicações digitais de iniciação à organização e tratamento de dados;

Elaborar algoritmos no sentido de encontrar soluções para problemas simples (reais ou simulados), utilizando aplicações digitais, por exemplo: ambientes de programação, mapas de ideias, murais, blocos de notas, diagramas e brainstorming online;

Utilizar ambientes de programação para interagir com robots e outros artefactos tangíveis;

Produzir e modificar artefactos digitais criativos, para exprimir ideias, sentimentos e conhecimentos, em ambientes digitais fechados.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Fomentar o desenvolvimento de projetos, em articulação com outras áreas disciplinares, serviços e projetos da escola, com a família e com instituições regionais, nacionais ou internacionais.

Fomentar o desenvolvimento de tarefas de tratamento e organização de dados recolhidos, em diferentes formatos, por exemplo: em tabelas, gráficos, diagramas, relatórios, infográficos, cartazes digitais, apresentações multimédia, entre outros.

Proporcionar a criação ou alteração de artefactos digitais diversificados: animações, jogos, narrativas digitais, etc.

Português

Introdução

A definição do objeto e dos objetivos para o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa ao longo dos doze anos de escolaridade obrigatória tem em conta a realidade vasta e complexa que é uma língua e incorpora o conjunto das competências que são fundamentais para a realização pessoal e social de cada um e para o exercício de uma cidadania consciente e interventiva, em conformidade com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Assumir o português como objeto de estudo implica entender a língua como fator de realização, de comunicação, de fruição estética, de educação literária, de resolução de problemas e de pensamento crítico. É na interseção de diversas áreas que o ensino e a aprendizagem do português se constroem: produção e receção de textos (orais, escritos, multimodais), educação literária, conhecimento explícito da língua (estrutura e funcionamento). Cada uma delas, por si e em complementaridade, concorre para competências específicas associadas ao desenvolvimento de uma literacia mais compreensiva e inclusiva: uma participação segura nos «jogos de linguagem» que os falantes realizam ativando saberes de uma pluralidade de géneros textuais, em contextos que o digital tem vindo a ampliar; uma correta e adequada produção e uma apurada e crítica interpretação de textos; um conhecimento e uma fruição plena dos textos literários do património português e de literaturas de língua portuguesa, a formação consolidada de leitores, um adequado desenvolvimento da consciência linguística e um conhecimento explícito da estrutura, das regras e dos usos da língua portuguesa. Do todo daqui resultante emergem as aprendizagens essenciais da disciplina de Português.

Estas aprendizagens são essenciais para ler na íntegra uma obra literária, para compreender uma decisão jurídica, um poema épico ou um ensaio filosófico, para interpretar um discurso político, para inferir a intencionalidade comunicativa de um texto argumentativo, para mobilizar conscientemente regras linguísticas apropriadas a cada discurso que se produza, para conhecer explicitamente elementos, estruturas e princípios de funcionamento da própria língua, para rever e melhorar um texto produzido por si próprio ou por um colega, para preparar adequadamente uma intervenção num debate, para apresentar uma comunicação sobre uma questão científica ou tecnológica, para intervir com propriedade em qualquer discussão de ideias, para comunicar conhecimento e defender ideias, para ler e para escrever o seu mundo interior e o mundo em que os alunos se movimentam.

Ao longo do 2.º ciclo do ensino básico, a disciplina de Português permitirá aos alunos desenvolverem, em níveis progressivamente mais exigentes, as competências nucleares da língua em domínios específicos: a compreensão do oral, a expressão oral, a leitura, a educação literária, a expressão escrita e o conhecimento explícito sobre a língua. No final deste ciclo de ensino, no domínio da oralidade, os alunos deverão estar aptos não só a compreender formas complexas do oral (textos de géneros formais e públicos), por períodos prolongados, a identificar a intenção comunicativa do interlocutor (informar, persuadir, mentir, troçar, seduzir, por exemplo) e a reter a informação relevante para poderem intervir de modo adequado na interação, mas também a revelar fluência e adequação da expressão oral em contextos formais de comunicação. No domínio da leitura, pretende-se que os alunos tenham adquirido fluência e eficácia na seleção de estratégias adequadas ao motivo pelo qual leem determinado texto ou obra, tendo em conta que estes deverão apresentar, neste nível de ensino, uma complexidade e uma dimensão que requeiram alguma persistência. No domínio da educação literária, pretende-se capacitar os alunos para a compreensão, a interpretação e a fruição de textos literários. Fazer da leitura um gosto e um hábito para a vida e encontrar nos livros motivação para ler e continuar a aprender dependem de experiências gratificantes de leitura, a desenvolver a partir de recursos e estratégias diversificados, que o Plano Nacional de Leitura (PNL) disponibiliza, e de percursos orientados de análise e de interpretação. Neste âmbito, é ainda fundamental que os alunos tenham atingido a capacidade de apreciar criticamente a dimensão estética dos textos literários, portugueses e estrangeiros, e o modo como manifestam experiências e valores. Este domínio abre possibilidade de convergência com a oralidade, a leitura, a escrita e a reflexão sobre a língua, visto que, sendo objeto o texto literário, nele se refletirão procedimentos de compreensão, análise, inferência, escrita e uso específico da língua. No domínio da escrita, é esperado que, no final do 2.º ciclo, os alunos tenham atingido o domínio de processos, estratégias, capacidades e conhecimentos para escrita de textos de diversos géneros com vista a uma diversidade de objetivos comunicativos, com organização discursiva adequada, diversidade e propriedade vocabular, correção linguística e correção ortográfica. O conhecimento gramatical dos alunos, no final deste ciclo de ensino, deverá estar sistematizado quanto aos aspetos básicos da estrutura e do funcionamento da língua.

Em concreto, no 6.º ano de escolaridade, a aula de Português estará orientada para o desenvolvimento da:

  • competência da oralidade (compreensão e expressão) com base em textos/discursos de géneros adequados a propósitos comunicativos como expor (um tema), informar, descrever, narrar, fazer apreciações (críticas) e argumentar (com base em factos)
  • competência da leitura centrada predominantemente em textos orientados para informar (notícia, entrevista), para influenciar (textos e discursos da esfera da publicidade) e para outras finalidades (como o roteiro);
  • educação literária com aquisição de conhecimento de aspetos formais específicos do texto poético e do texto dramático, com progressiva autonomia no hábito de leitura de obras literárias e de apreciação estética;
  • competência da escrita que inclua obrigatoriamente saber escrever para transmitir conhecimento (resumos, sínteses, textos elaborados para exposição de conhecimentos e ideias), para defender uma opinião fundamentada, para narrar;
  • competência gramatical por meio de um progressivo conhecimento sobre aspetos básicos de diversos planos (fonológico, morfológico, das classes de palavras, sintático, semântico, textual-discursivo).

O conjunto das obras indicadas para o desenvolvimento da educação literária é o que se encontra no anexo 1 deste documento.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ORALIDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Compreensão Expressão

Explicitar, com fundamentação adequada, sentidos implícitos.

Distinguir factos de opiniões na explicitação de argumentos.

Comunicar, em contexto formal, informação essencial (paráfrase, resumo) e opiniões fundamentadas.

Planificar, produzir e avaliar descrição, apreciação crítica), com definição de tema e sequência lógica de tópicos (organização do discurso, correção gramatical), individualmente ou em grupo.

Fazer uma apresentação oral, devidamente estruturada, sobre um tema.

Captar e manter a atenção da audiência (olhar, gesto, recurso eventual a suportes digitais).

Utilizar, de modo intencional e sistemático, processos de coesão textual: anáforas lexicais e pronominais, frases complexas, expressões adverbiais, tempos e modos verbais, conectores frásicos.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • compreensão de textos em diferentes suportes audiovisuais para
    • observação de regularidades associadas a finalidades como informar, expor, narrar, descrever;
    • identificação de informação explícita e dedução de informação implícita a partir de pistas textuais;
    • seleção de informação relevante para um determinado objetivo;
    • registo de informação relevante (por meio de desenho, de esquema, de reconto, de paráfrase);
    • análise de texto para distinção entre facto e opinião;
    • avaliação de discursos tendo em conta a adequação à situação de comunicação.
  • produção de discursos preparados para apresentação a público restrito (por exemplo, à turma ou a colegas de outras turmas) com diferentes finalidades:
    • fazer apreciações críticas de livros, de filmes, de discursos para, por exemplo, recomendar um livro aos colegas;
    • referir factos para sustentar uma opinião ou para identificar problemas a resolver;
    • narrar acontecimentos vividos ou imaginados;
    • descrever personagens/personalidades, comportamentos, situações;
    • expor trabalhos relacionados com temas disciplinares e interdisciplinares, realizados individualmente ou em grupo;
    • utilizar o resumo, a paráfrase, o relato, o reconto em apresentações orais sobre livros, filmes, músicas, por exemplo;
  • realização de percursos pedagógico-didáticos interdisciplinares, com Ciências Naturais, História e Geografia de Portugal, Matemática, Educação Física, Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Musical e Inglês.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Criativo (A, C, D, J)

Organizador
LEITURA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Ler textos com características narrativas e expositivas de maior complexidade, associados a finalidades várias (lúdicas, estéticas, publicitárias e informativas) e em suportes variados.

Realizar leitura em voz alta, silenciosa e autónoma.

Explicitar o sentido global de um texto.

Fazer inferências, justificando-as.

Identificar tema(s), ideias principais e pontos de vista.

Reconhecer a forma como o texto está estruturado (partes e subpartes).

Compreender a utilização de recursos expressivos para a construção de sentido do texto.

Utilizar procedimentos de registo e tratamento de informação.

Distinguir nos textos características da notícia, da entrevista, do anúncio publicitário e do roteiro (estruturação, finalidade).

Conhecer os objetivos e as formas de publicidade na sociedade atual.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • manipulação de unidades de sentido através de atividades que impliquem
    • segmentar textos em unidades de sentido;
    • reconstituir o texto a partir de pistas linguísticas e de conteúdo;
    • estabelecer relações entre as diversas unidades de sentido;
    • sublinhar, parafrasear, resumir segmentos de texto relevantes para a construção do sentido; realização de diferentes tipos de leitura em voz alta (ler muito devagar, ler muito depressa, ler muito alto, ler murmurando, ler em coro, fazer leitura coletiva, leitura dramatizada, leitura expressiva) e silenciosa (por exemplo, leitura na pista de pormenores, leitura para localização de uma informação);
  • compreensão de textos através de atividades que impliquem
    • mobilizar experiências e saberes interdisciplinares;
    • localizar informação explícita;
    • extrair informação implícita a partir de pistas linguísticas;
    • inferir, deduzir informação a partir do texto;
  • aquisição de saberes relacionados com a organização do texto própria do género a que pertence (narrar, descrever, informar).
  • pesquisa e seleção de informação essencial, com recurso à WEB;
  • monitorização da compreensão na leitura;
  • realização de percursos pedagógico-didáticos interdisciplinares, com Ciências Naturais, História e Geografia de Portugal, Matemática, Educação Física, Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Musical e Inglês. As aprendizagens essenciais destas disciplinas preveem capacidades de análise de texto, de registo e tomada de notas, seleção de informação pertinente a partir de análise de fontes escritas, por exemplo.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Leitor (A, B, C, D, F, H, I)

Criativo (A, C, D, J)

Organizador
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Ler integralmente obras literárias narrativas, poéticas e dramáticas (no mínimo, quatro poemas de autores portugueses, quatro poemas de autores lusófonos, um poema do Romanceiro, de Almeida Garrett, dois contos de Grimm, três narrativas extensas de autor, um texto dramático, da literatura para a infância, de adaptações de clássicos e da tradição popular).

Interpretar adequadamente os textos de acordo com o género literário.

Analisar o sentido conotativo de palavras e expressões.

Identificar marcas formais do texto poético: estrofe, rima, esquema rimático e métrica (redondilha).

Reconhecer, na organização do texto dramático, ato, cena, fala e indicações cénicas.

Analisar o modo como os temas, as experiências e os valores são representados.

Valorizar a diversidade de culturas, de vivências e de mundivisões presente nos textos.

Explicar recursos expressivos utilizados na construção de textos literários (designadamente anáfora e metáfora).

Expressar reações aos livros lidos e partilhar leituras através de declamações, representações teatrais, escrita criativa, apresentações orais.

Desenvolver um projeto de leitura que integre explicitação de objetivos de leitura pessoais e comparação de temas comuns em obras, em géneros e em manifestações artísticas diferentes (obras escolhidas em contrato de leitura com o(a) professor(a)).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • aquisição de saberes (noções elementares de géneros como contos, textos dramáticos, poemas) proporcionados por
    • escuta ativa de obras literárias e de textos de tradição popular para apreciação crítica;
    • leitura de narrativas, texto dramático e poemas;
  • compreensão de narrativas literárias com base num percurso de leitura que implique
    • imaginar desenvolvimentos narrativos a partir da mobilização de experiências e vivências;
    • antecipar ações narrativas a partir de elementos do paratexto e de sequências de descrição e de narração;
    • mobilizar conhecimentos sobre a língua e sobre o mundo para interpretar expressões e segmentos de texto;
    • justificar as interpretações;
    • questionar aspetos da narrativa;
  • criação de experiências de leitura (por exemplo, na biblioteca escolar) que impliquem
    • ler e ouvir ler;
    • fazer dramatizações, recontos, recriações;
    • exprimir reações subjetivas enquanto leitor;
    • motivar colegas para a leitura de livros;
  • realização de percursos pedagógico-didáticos interdisciplinares, com todas as disciplinas (Ciências Naturais, História e Geografia de Portugal, Matemática, Educação Física, Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Musical e Inglês).
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Criativo (A, C, D, J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Leitor (A, B, C, D, F, H, I)

Organizador
ESCRITA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Escrever textos de caráter narrativo, integrando o diálogo e a descrição.

Utilizar sistematicamente processos de planificação, textualização e revisão de textos.

Utilizar processadores de texto e recursos da Web para a escrita, revisão e partilha de textos.

Intervir em blogues e em fóruns, por meio de textos adequados ao género e à situação de comunicação.

Redigir textos de âmbito escolar, como a exposição e o resumo.

Produzir textos de opinião com juízos de valor sobre situações vividas e sobre leituras feitas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • desenvolvimento e consolidação de conhecimento relacionado com o alfabeto e com as regras de ortografia, ao nível da correspondência grafema-fonema e da utilização dos sinais de escrita (diacríticos, incluindo os acentos; sinais gráficos; sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita);
  • consciencialização da existência de diferentes modos de organizar um texto, tendo em conta finalidades como narrar, descrever, informar;
  • modificação textual com recurso à manipulação de frases e de segmentos textuais (expansão, redução, paráfrase), bem como à alteração de perspetiva ou descrição de personagens, por exemplo;
  • planificação, textualização e revisão de textos curtos escritos pelos alunos, para divulgação;
  • revisão (em função dos objetivos iniciais e da coerência e coesão do texto) e aperfeiçoamento textual, com recurso a auto e a heteroavaliação;
  • divulgação e partilha dos textos produzidos pelos alunos;
  • realização de percursos pedagógico-didáticos interdisciplinares, com Ciências Naturais, História e Geografia de Portugal, Matemática, Educação Física, Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Musical e Inglês. As aprendizagens essenciais destas disciplinas preveem capacidades de organização de sumários, de registos de observações, de relatórios, de criação de campanhas de sensibilização, de criação textual, por exemplo.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Sistematizador/ Organizador (A, B, C, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Criativo (A, C, D, J)

Organizador
GRAMÁTICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar a classe de palavras: verbo copulativo e auxiliar (da passiva e tempos compostos); conjunção e locução conjuncional (coordenativa copulativa e adversativa; subordinativa temporal e causal), determinante indefinido, pronome indefinido; quantificador.

Conjugar verbos regulares e irregulares no presente, no pretérito imperfeito e no futuro do modo conjuntivo, no condicional.

Utilizar apropriadamente os tempos verbais na construção de frases complexas e de textos.

Empregar adequadamente o modo conjuntivo como forma supletiva do imperativo.

Identificar funções sintáticas: predicativo do sujeito, complementos (oblíquo e agente da passiva) e modificador (do grupo verbal).

Transformar a frase ativa em frase passiva (e vice-versa) e o discurso direto em discurso indireto (e vice-versa).

Colocar corretamente as formas átonas do pronome pessoal adjacentes ao verbo (próclise, ênclise e mesóclise).

Compreender a ligação de orações por coordenação e por subordinação.

Classificar orações coordenadas copulativas e adversativas e orações subordinadas adverbiais temporais e causais.

Distinguir derivação de composição.

Explicar a utilização de sinais de pontuação em função da construção da frase.

Mobilizar no relacionamento interpessoal formas de tratamento adequadas a contextos formais.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • exercitação e observação de construções frásicas e textuais em que seja possível
    • expandir, ampliar, associar elementos;
    • modificar, fazer variar, registar alterações;
    • substituir elementos e estruturas;
    • explicitar regras;
  • utilização de critérios semânticos, sintáticos e morfológicos para identificar a classe das palavras;
  • consolidação de conhecimento sobre regras de flexão de verbos regulares e irregulares, classes e subclasses de palavras, processos de formação de palavras por derivação e composição;
  • explicitação do modo como a unidade frase se organiza, por meio de atividades que impliquem
    • identificar constituintes do predicado;
    • estabelecer a correspondência entre os grupos preposicional e adverbial e as funções sintáticas de predicativo do sujeito, complemento oblíquo, agente da passiva e modificador do grupo verbal.
  • consciencialização do funcionamento da frase complexa por meio de atividades de manipulação de dados para distinção entre orações coordenadas esubordinadas;
    • classificação de orações subordinadas.
  • realização de atividades interpessoais envolvendo o uso de formas de tratamento adequadas a diferentes situações.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Indagador/ investigador (C, D, F, H, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Anexos

LISTA DE OBRAS E TEXTOS PARA 6.º ANO

NARRATIVA DE AUTORES PORTUGUESES

 

Alice Vieira Rosa, minha Irmã Rosa OU Chocolate à Chuva
António Mota Pedro Alecrim
António Sérgio Contos Gregos
Maria Alberta Menéres Ulisses

TEXTO DRAMÁTICO

Manuel António Pina Os Piratas – Teatro

POESIA

Manuel António Pina O Pássaro na Cabeça
Sophia de M. Breyner Andresen (sel.) Primeiro Livro de Poesia

AUTORES ESTRANGEIROS

Irmãos Grimm Contos de Grimm (trad. Graça Vilhena ou Maria José Costa ouTeresa Aica Bairos)
Daniel Defoe

Robinson Crusoé (adapt. John Lang)

Ali Babá e os Quarenta Ladrões (adapt. António Pescada)

Observação
Recomenda-se que as obras a seguir indicadas sejam trabalhadas no 5.º ano, para que seja possível um trabalho interdisciplinar com História e Geografia de Portugal:

Almeida Garrett “A Nau Catrineta”; “A Bela Infanta” in Romanceiro
Manuel Alegre As Naus de Verde Pinho. Viagem de Bartolomeu Dias...