Artes Visuais

Introdução

As Artes Visuais assumem-se como uma área do conhecimento fundamental para o desenvolvimento global e integrado dos alunos, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mais especificamente dos processos de olhar e ver, de forma crítica e fundamentada, dos diferentes contextos visuais. Assume como principal finalidade o alargamento e enriquecimento das experiências visual e plástica dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, despertando, ao longo do processo de aprendizagem, o gosto pela apreciação e fruição das diferentes circunstâncias culturais.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais para as Artes Visuais, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se que os alunos aprendam os saberes da comunicação visual e compreendam os sistemas simbólicos das diferentes linguagens artísticas, identificando e analisando, com um vocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e técnicas em diferentes narrativas visuais, aplicando os saberes apreendidos em situações de observação e/ou da sua experimentação plástica, estimulando o desenvolvimento do seu estilo de representação.

Incentiva-se, a partir da experiência de cada aluno e dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese, argumentação e juízo crítico, a apreciação estética e artística, para a compreensão, entre outros aspetos, da expressividade contida na linguagem das imagens e/ou de outras narrativas visuais.

Interpretação e Comunicação – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão e de interpretação, no contacto com os diferentes universos visuais - sendo desejável que não se restrinja a arte à tradição ocidental e a determinados períodos históricos -, estimulando múltiplas leituras das diferentes circunstâncias culturais. Procura-se, deste modo, desenvolver estratégias para a construção das relações entre o olhar, o ver e o fazer. Valorizam-se as vivências e as experiências de cada aluno, no sentido de o levar a uma interpretação mais abrangente e mais complexa, fazendo interdepender três realidades: imagem/objeto, sujeito e construção de hipóteses de interpretação.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos, na experimentação plástica de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho. Deseja-se que a experiência plástica dos alunos não seja encarada, apenas, como uma atividade ilustrativa do que vê, mas a (re)invenção de soluções para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas, imprimindo-lhe a sua intencionalidade e o desenvolvimento da sua expressividade.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios


Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem saberes, a apropriação e domínio de materiais e suportes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores, articulam-se os processos artísticos e tecnológicos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que decorrem destes Domínios/Organizadores deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais, formais e não formais.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos (cor, forma, linha, textura, plano, luz, espaço, volume, movimento, ritmo, entre outros) serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos podem continuar a ser desenvolvidos em ciclos posteriores, acautelando-se o princípio de que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial que os alunos conheçam no final de cada ciclo e como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Observar os diferentes universos visuais, tanto do património local como global (obras e artefactos de arte – pintura, escultura, desenho, assemblage, colagem, fotografia, instalação, land ́art, banda desenhada, design, arquitetura, artesanato, multimédia, linguagens cinematográficas, entre outros), utilizando um vocabulário específico e adequado.

Mobilizar a linguagem elementar das artes visuais (cor, forma, linha, textura, padrão, proporção e desproporção, plano, luz, espaço, volume, movimento, ritmo, matéria, entre outros), integrada em diferentes contextos culturais (movimentos artísticos, épocas e geografias).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências visuais dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) se desenvolve(m) e forma(m) através da prática sistemática de experiências culturais diversificadas, quer seja nos âmbitos da fruição, quer da experimentação.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhes atribui novos significados;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem diferentes processos para imaginar diversas possibilidades, considerar opções alternativas e gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico do aluno, incidindo em:

  • debates sobre as diferentes imagens, criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e os dos outros;
  • apreciações fundamentadas em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • reinventar soluções para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências plásticas.

Promover estratégias que requeiram por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção de técnicas e materiais, ajustando-os à intenção expressiva das suas representações;
  • a utilização de vários processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho;
  • o desenvolvimento de processos de análise e de síntese, através de atividades de comparação de imagens e de objetos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • mobilizar diferentes critérios de argumentação para a apreciação dos diferentes universos visuais;
  • indagar as realidadas visuais observadas, sob diversas perspetivas e sentido crítico.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a verbalização das experiências visuais de uma forma organizada e dinâmica, utilizando um vocabulário adequado;
  • a seleção de elementos de natureza diversa (plástica, escrita, entre outros) para a organização de atividades (exposições, debates, entre outras);
  • a participação em projetos de trabalho multidisciplinares.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • identificar os “marcos” de desenvolvimento das aprendizagens, ao nível:
    • dos conhecimentos adquiridos, das técnias e dos materais;
    • das capacidades expressivas.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • cooperar com os seus pares na partilha de saberes para a superaração conjunta de dificuldades nas diversas atividades, nos contextos de sala de aula ou de situações não formais (museus, atividades de ar livre, espetáculos, entre outras);
  • respeitar os compromissos essenciais à realização de atividades necessárias à sua progressão individual e à do grupo, disponibilizando-se para apoiar os seus pares.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • colaborar na definição de regras relativas aos procedimentos com os materias, à gestão do espaço e à realização de tarefas;
  • manifestar sentido de comprometimento, respeitando o trabalho individual, dos pares e de grupo;
  • respeitar os prazos de cumprimento dos trabalhos;
  • propor autonomamente a organização de tarefas.

Promover estratégias que induzam:

  • a atitudes de construção de consensos, como formas de aprendizagem em comum;
  • à solidariedade com outros, desenvolvendo o sentido de entreajuda na elaboração de trabalho de grupo;
  • ao autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Dialogar sobre o que vê e sente, de modo a construir múltiplos discursos e leituras da(s) realidade(s).

Compreender a intencionalidade dos símbolos e dos sistemas de comunicação visual.

Apreciar as diferentes manifestações artísticas e outras realidades visuais.

Perceber as razões e os processos para o desenvolvimento do(s) gosto(s): escolher, sintetizar, tomar decisões, argumentar e formar juízos críticos.

Captar a expressividade contida na linguagem das imagens e/ou outras narrativas visuais.

Transformar os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação do mundo, através da comparação de imagens e/ou objetos.

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Integrar a linguagem das artes visuais, assim como várias técnicas de expressão (pintura; desenho - incluindo esboços, esquemas, e itinerários; técnica mista; assemblage; land ́art; escultura; maqueta; fotografia, entre outras) nas suas experimentações: físicas e/ou digitais.

Experimentar possibilidades expressivas dos materiais (carvão vegetal, pasta de modelar, barro, pastel seco, tinta cenográfica, pincéis e trinchas, rolos, papéis de formatos e características diversas, entre outros) e das diferentes técnicas, adequando o seu uso a diferentes contextos e situações.

Escolher técnicas e materiais de acordo com a intenção expressiva das suas produções plásticas.

Manifestar capacidades expressivas e criativas nas suas produções plásticas, evidenciando os conhecimentos adquiridos.

Utilizar vários processos de registo de ideias (ex.: diários gráficos), de planeamento (ex.: projeto, portfólio) e de trabalho (ex.: individual, em grupo e em rede).

Apreciar os seus trabalhos e os dos seus colegas, mobilizando diferentes critérios de argumentação.

História A

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História A identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que os alunos do Curso de Línguas e Humanidades devem atingir com a aprendizagem da História no Ensino Secundário. A sua definição tem como objetivo assegurar aos jovens formações sólidas, orientadas para o desenvolvimento de competências com elevado grau de transferência que possibilitem a aprendizagem ao longo da vida e desempenhos adequáveis a novas situações, seja o prosseguimento de estudos ou a inserção no mercado de trabalho.

O objeto e o método próprios da disciplina de História A tornam-na importante para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: recorrendo à multiperspetiva e a comparações entre realidades espácio-temporais distintas, o aluno adquire a compreensão do mundo em que vive e uma consciência histórica que lhe permite assumir uma posição informada e participativa na construção da sua identidade individual e coletiva, numa perspetiva humanista; um método que valoriza a análise exaustiva de fontes diversificadas promove o desenvolvimento de uma perspetiva crítica, possibilitando a desconstrução de informação, identificando o erro e a ilusão, promovendo uma intervenção consciente e democrática na vida coletiva.

As AE constituem orientação curricular para efeitos de planificação, realização e avaliação e substituem o que no programa é enunciado como “conteúdo de aprofundamento” e “conceitos/noções estruturantes”. Estabelecem o conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes que se considera ser essencial que os alunos adquiram ao longo do processo de ensino aprendizagem, mas não esgotam de forma alguma o que pode ser lecionado e apreendido, considerando que o programa continua em vigor.

No Curso de Línguas e Humanidades, a História A é a disciplina obrigatória e estruturante da formação específica, abrangendo os três anos do ensino secundário. Nesta perspetiva, e pressupondo-se a necessidade de mobilizar as aprendizagens do ensino básico, este documento estrutura-se em torno de quatro eixos organizadores:

  • valorização do conhecimento histórico decorrente de uma construção rigorosa que resulta da confrontação de fontes e de hipóteses;
  • opção pela abordagem de aspetos significativos da evolução da humanidade, integrando linhas de reflexão problematizadoras das relações entre o passado e o presente;
  • aquisição de referentes seguros que possibilitem a compreensão das grandes questões nacionais e dos problemas decorrentes da globalização;
  • opção por uma pedagogia que envolve os alunos na construção do conhecimento, permitindo o aprofundamento de determinados temas, a mobilização de componentes locais para a construção do currículo e as explorações interdisciplinares.

Ao assumir o Perfil dos Alunos como documento enquadrador do currículo, as opções tomadas para a definição das Aprendizagens Essenciais pressupõem o desenvolvimento de competências, próprias do conhecimento histórico, em sintonia com as áreas identificadas naquele documento:

Pesquisar, de forma autónoma mas planificada, em meios diversificados, informação relevante para assuntos em estudo, manifestando sentido crítico na seleção adequada de contributos (A; B; C; D; F; I)

Analisar fontes de natureza diversa, distinguindo informação, implícita e explícita, assim como os respetivos limites para o conhecimento do passado; (A; B; C; D; F; I)

Analisar textos historiográficos, identificando a opinião do autor e tomando-a como uma interpretação suscetível de revisão em função dos avanços historiográficos; (A; B; C; D; F; I)

Utilizar com segurança conceitos operatórios e metodológicos da disciplina de História; (C; D; F; I)

Situar cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes, relacionando-os com os contextos em que ocorreram; (A; B; C; D; F; I)

Identificar a multiplicidade de fatores e a relevância da ação de indivíduos ou grupos, relativamente a fenómenos históricos circunscritos no tempo e no espaço; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Situar e caracterizar aspetos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Relacionar a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e analogias/especificidades, quer de natureza temática quer de âmbito cronológico, regional ou local; (A; B; C; D; F; G; H; I)

Mobilizar conhecimentos de realidades históricas estudadas para fundamentar opiniões, relativas a problemas nacionais e do mundo contemporâneo, e para intervir de modo responsável no seu meio envolvente; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Problematizar as relações entre o passado e o presente e a interpretação crítica e fundamentada do mundo atual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Elaborar e comunicar, com correção linguística e de forma criativa, sínteses de assuntos estudados; (A; B; C; D; F; I; J)

Manifestar abertura à dimensão intercultural das sociedades contemporâneas; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Desenvolver a capacidade de reflexão, a sensibilidade e o juízo crítico, estimulando a produção e a fruição de bens culturais; (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J)

Desenvolver a autonomia pessoal e a clarificação de um sistema de valores, numa perspetiva humanista; (A, B, C, D, E, F, G, H, I)

Desenvolver a consciência da cidadania e da necessidade de intervenção crítica em diversos contextos e espaços. (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J)

Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade: étnica, ideológica, cultural, sexual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)

Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)

A disciplina de História A, ao dedicar todo o 12.o ano ao estudo do século XX, pretende contribuir para dotar os alunos de instrumentos que contribuam para uma cidadania interventiva, partindo de um conhecimento rigoroso do passado mais próximo, aliado a uma dimensão problematizante e explicativa. Para isso, propõe um estudo aprofundado das crises, embates e mutações culturais ocorridas na primeira metade do século, da evolução verificada em Portugal e no mundo entre a II Guerra Mundial e os anos oitenta e das alterações geoestratégicas, das tensões políticas e das transformações socioculturais ocorridas no mundo atual.  

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
CRISES, EMBATES IDEOLÓGICOS E MUTAÇÕES CULTURAIS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

As transformações das primeiras décadas do século XX

Compreender as mudanças geopolíticas resultantes da rutura que constituiu a I Guerra Mundial;

Analisar a construção do modelo ideológico socialista partindo dos antagonismos sociais e políticos que levaram à revolução de outubro de 1917;

Relacionar a mudança que se operou na mentalidade da sociedade burguesa de início do século XX com a I Guerra Mundial, com a evolução técnica e com o corte com os cânones clássicos da arte europeia;

Identificar/aplicar os conceitos: comunismo; marxismo- leninismo; ditadura do proletariado; feminismo; modernismo; vanguarda cultural.

Portugal no primeiro pós guerra

Identificar os condicionalismos que conduziram à falência da 1a República e à implantação de um regime autoritário;

Contextualizar as tendências culturais existentes no Portugal do pós I Guerra – naturalismo versus vanguardas.

O agudizar das tensões políticas e sociais a partir dos anos 30

Interpretar a expansão de novas ideologias e o intervencionismo dos Estados democráticos à luz das crises do capitalismo liberal, nomeadamente da crise de 1929;

Caracterizar os regimes fascista, nazi e estalinista, distinguindo os seus particularismos e realçando o papel exercido pela propaganda em todos eles;

Analisar as perseguições efetuadas a judeus, ciganos, eslavos, homossexuais, opositores políticos e outros grupos, no quadro do totalitarismo nazi, caraterizado pela tentativa de um completo controlo racial, político, social e cultural dos indivíduos;

Identificar/aplicar os conceitos: craque bolsista; deflação; inflação; totalitarismo; fascismo; nazismo; antissemitismo; holocausto; genocídio.

Portugal: o Estado Novo

Explicar o triunfo das forças conservadoras e a aproximação do regime português ao modelo fascista italiano;

Compreender que as políticas económicas obedeceram a imperativos ideológico-políticos como a estabilidade financeira, a defesa da ruralidade, as obras públicas, o condicionamento industrial, a corporativização dos sindicatos;

Caraterizar a política cultural do regime;

Reconhecer que o Estado Novo foi um regime autoritário que adotou mecanismos repressivos das liberdades individuais e coletivas.

Identificar/aplicar o conceito: corporativismo; autoritarismo.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

Selecionar fontes históricas fidedignas e de diversos tipos;

Recolher e selecionar dados de fontes históricas para a análise de assuntos e temáticas em estudo;

Organizar, de forma sistematizada e autónoma, a informação recolhida em fontes históricas;

Estudar de forma autónoma e sistematizada;

Analisar factos, teorias e situações, selecionando elementos ou dados históricos relevantes para o assunto em estudo;

Saber problematizar os conhecimentos adquiridos, de forma escrita e oral;

Utilizar a capacidade de memorização, associando-a à compreensão;

Estabelecer relações intra e interdisciplinares;

Valorizar o património histórico e natural, local, regional e europeu, este último numa perspetiva de construção da cidadania europeia.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

Formular hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico;

Mobilizar o conhecimento adquirido aplicando-o em situações históricas específicas, simples e complexas;

Propor alternativas de interpretação a um acontecimento, evento ou processo, problematizando-as;

Promover a multiperspetiva em História, num quadro de desenvolvimento pessoal e autónomo;

Usar meios diversos para expressar as aprendizagens, sabendo justificar a escolha desses meios;

Criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

Mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo de forma sistemática e autónoma;

Organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados históricos;

Organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História;

Organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos metodológicos da História;

Discutir conceitos, factos e processos históricos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar,
incluindo conhecimento disciplinar histórico;

Analisar diversos tipos de fontes históricas com diferentes pontos de vista, problematizando-os.

Promover estratégias que induzam ao respeito pela diferença e diversidade;

Aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;

Saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;

Confrontar ideias e perspetivas históricas distintas, respeitando as diferenças de opinião.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

Planificar, sintetizar, rever e monitorizar;

Registar seletivamente informação recolhida em fontes históricas de diversos tipos;

Construir sínteses com base em dados recolhidos em fontes históricas analisadas;

Elaborar relatórios, obedecendo a critérios e objetivos específicos;

Elaborar planos específicos e gerais, assim como esquemas simples e complexos, estabelecendo cruzamento de informação;

Sistematizar, seguindo tipologias específicas acontecimentos e/ou processos históricos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

Colocar questões-chave cuja resposta abranja acontecimentos ou processos históricos;

Questionar os seus conhecimentos prévios.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

Comunicar uni, bi e multidirecionalmente;

Responder, apresentar;

Mostrar iniciativa.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

Questionar de forma organizada e sustentada o trabalho efetuado por si e pelos outros;

Autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;

Avaliar de forma construtiva as aprendizagens adquiridas, os comportamentos e atitudes dos outros;

Aceitar as críticas dos pares e dos professores, de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que induzam o aluno a:

Colaborar com os pares e professores no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;

Apoiar o trabalho colaborativo;

Intervir de forma solidária;

Ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;

Estar disponível para se autoaperfeiçoar. 

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

Assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;

Assumir e cumprir compromissos; Apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;

Dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Descritores do Perfil dos alunos

Indagador/ Investigador/ Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado/autónomo (A, B, C, D, H, I)

Criativo (A, B, C, D, F, I)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, F, I, H)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, C,D, E, F, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F)

Questionador (A, B, C, D, E, F, I)

Comunicador (A, B, C, D, E, F, I, J)

Autoavaliador e heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ cuidador de si e do outro (transversal às áreas)

Responsável/ autónomo (A, B, C, D, E, F, H, I)

Organizador
PORTUGAL E O MUNDO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL AO INÍCIO DA DÉCADA DE 80 –OPÇÕES INTERNAS E CONTEXTO I
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A degradação do ambiente internacional

Reconhecer na guerra civil espanhola a antecâmara da II Guerra Mundial;

Compreender que a partir de 1942/43, com a derrota eminente do eixo nazi-fascista, se evidencia uma nova realidade geopolítica, opondo o mundo comunista ao mundo capitalista;

Nascimento e afirmação de um novo quadro geopolítico

Reconhecer que a realidade do pós II Guerra Mundial foi a de um mundo bipolar, marcado pelo confronto entre duas superpotências com ideologias e modelos políticos antagónicos;

Compreender a eclosão dos primeiros movimentos independentistas;

Caracterizar as políticas económicas e sociais das democracias ocidentais no após II Guerra, nomeadamente o desenvolvimento da sociedade de consumo e a afirmação do estado-providência;

Comparar o modelo económico capitalista com o modelo de direção central soviético;

Descrever a escalada armamentista e o início da corrida espacial à luz da Guerra Fria;

Identificar/aplicar os conceitos: Guerra-Fria; descolonização; sociedade de consumo; estado- providência; democracia popular; neocolonialismo; oposição democrática.

Portugal, do autoritarismo à democracia

Relacionar a manutenção do regime do Estado Novo nos anos do após-guerra com a Guerra Fria;

Compreender que a realidade portuguesa do após guerra a 1974 foi marcada pelo imobilismo político e pelo crescimento económico;

Interpretar o surto industrial e urbano, a estagnação do mundo rural e os consequentes movimentos migratórios;

Descrever as diversas correntes oposisicionistas ao Estado Novo, destacando os acontecimentos de 1958;

Interpretar o fomento económico das colónias à luz da retórica imperial e do progressivo isolamento internacional;

Analisar as fragilidades do marcelismo, nomeadamente o inconsequente reformismo político e o desgaste que a Guerra Colonial provocou no regime, interna e exernamente;

Compreender que a modernização da sociedade portuguesa nas décadas de 60 e 70, na demografia e nos comportamentos, constituiu-se como fator fundamental para a desagregação do regime;

Descrever a eclosão da revolução de 25 de abril de 1974, o papel exercido pelo MFA e o processo de desmantelamento das estruturas de suporte do Estado Novo;

Problematizar o processo de democratização, do PREC à progressiva instalação e consolidação das estruturas democráticas, o processo de descolonização, a política económica anti-monopolista e a intervenção do Estado nos domínios económico e financeiro;

Avaliar o papel da revisão constitucional de 1982 e da entrada de Portugal nas Comunidades Europeias para a consolidação do processo de democratização e para a modernização do país;

Avaliar o sucesso da Revolução de 74 e do consequente processo de democratização do país.

Identificar/aplicar os conceitos: poder popular; nacionalização; reforma agrária; democratização.

Organizador
ALTERAÇÕES GEOESTRATÉGICAS, TENSÕES POLÍTICAS E TRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS NO MUNDO ATUAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O fim do sistema internacional da Guerra Fria e a persistência da dicotomia Norte-Sul

Analisar o impacto que a desagregação do bloco soviético e da ideologia que lhe estava associada teve na evolução geopolítica internacional e na evolução política, económica e social dos países que integravam esse bloco;

Compreender que a Guerra Fria e o seu desfecho tiveram um papel primordial na persistência de tensões pluriétnicas, nacionalistas e religiosas;

Justificar a hegemonia dos EUA com base na prosperidade económica, na supremacia militar e no dinamismo científico e tecnológico;

Analisar o desenvolvimento de uma cidadania europeia no quadro de aprofundamento da UE, realçando a importância desta no sistema mundial;

Demonstrar que a modernização e abertura da China à economia de mercado resultou de um processo que incluiu a integração de Hong Kong e de Macau;

Identificar/aplicar o conceito: geopolítica; Perestroika. 

A viragem para uma outra era

Analisar elementos definidores do tempo presente: massificação; cultura urbana; hegemonia do mundo virtual; ideologia dos direitos humanos; respeito pelos direitos dos animais; consciência ecológica; globalização: economia, migrações, segurança e ambiente.

Identificar/aplicar os conceitos: multiculturalidade; interculturalidade; ambientalismo; globalização; neoliberalismo; cidadania digital.

Portugal no novo quadro internacional

Avaliar o impacto da integração europeia para Portugal a nível interno e externo,país, nomeadamente no crescente protagonismo que o país tem obtido em instituições internacionais;

Analisar as relações estabelecidas entre Portugal, os países lusófonos e a área ibero-americana desde a revolução de 25 de abril de 1974.

Identificar/aplicar os conceitos: PALOP.

Grego

Introdução

Sendo uma disciplina de introdução a uma língua clássica, limitada a um ano de frequência, as rubricas de língua não podem ser muito aprofundadas, dando-se, por isso, preferência aos aspetos de cultura e de literatura, numa relação constante com o Português, quer nos aspetos culturais, quer nos aspetos linguísticos. Assim, estudam-se, por exemplo, os radicais gregos no vocabulário português, mostrando a importância do conhecimento dos étimos gregos para uma melhor compreensão não só de vocabulário específico, o vocabulário erudito, como de palavras do nosso dia-a-dia que têm origem grega. As grandes obras da literatura grega são apresentadas, essencialmente, em tradução portuguesa, sem esquecer, no entanto, o estudo no original de pequenos trechos simples para explorar os aspetos linguísticos.

Os temas de cultura permitem uma abordagem e conhecimento da enorme herança cultural grega, que a Europa e todo o mundo ocidental adotaram como sua e que, adaptada e atualizada, continua a ser a base de tudo o que fomos e somos.

O aluno contacta, deste modo, não só com uma língua nova, que enriquece as suas competências na língua materna, mas também tem oportunidade de conhecer e investigar a explicação para a língua e a cultura atuais. Esta disciplina contribui, portanto, para a formação de cidadãos mais cultos, mais conhecedores, atentos ao património e à relação entre o presente e o passado, em consonância com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Cultura e Civilização
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a perenidade da herança cultural grega nos diversos domínios da civilização ocidental.

Identificar a presença da cultura e da língua gregas na cultura e na língua portuguesas:

  • em expressões e frases do quotidiano;
  • no vocabulário dos diversos domínios do saber;
  • na arte de várias épocas: pintura, escultura, arquitetura.

Conhecer aspetos da vida pública e privada na época clássica, no que se refere a:

  • cidade-estado: regimes políticos em Atenas e Esparta;
  • família e educação.

Descrever as diferenças entre a educação ateniense e a educação espartana.

Relacionar o modelo de educação em Atenas e em Esparta com o respetivo conceito de cidadania.

Conhecer aspetos da religião grega, nomeadamente:

  • as principais divindades e os seus atributos;
  • o culto de Apolo e de Dioniso;
  • o oráculo de Delfos e a sua importância.

Interpretar a relação entre a religião e as manifestações dramáticas e desportivas.

Relacionar religião e mitologia.

Conhecer o conteúdo e a significação de mitos gregos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Investigação sobre as áreas da arte e da cultura, em geral, com organização de documentos-síntese, de imagens e de confrontos entre o passado e o presente.
  • Análise crítica de textos/imagens, identificando os valores culturais e epocais (do presente e do passado).
  • Recolha de informação e seu tratamento em suportes diversos.
  • Comunicação, em turma, das pesquisas/estudos realizados.
  • Trabalhos individuais e em grupo.
  • Resolução de fichas/atividades que exijam a aplicação dos estudos feitos.
  • Apresentação de atividades à comunidade educativa, por exemplo, recorrendo ao uso das novas tecnologias.
  • Reflexão sobre a língua grega e as suas características gráficas.
  • Identificação das raízes gregas na língua portuguesa.
  • Questionamento linguístico, com base nas raízes da língua.
  • Demonstração da importância do Grego na formação de palavras portuguesas.
  • Organização e estrutura de textos.
  • Crítica fundamentada de textos de diversos tipos.
  • Autonomia no estudo e resolução de problemas.
  • Construção de documentos comprovativos da influência da língua grega na literatura portuguesa, usando ferramentas diversas.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Criativo (A, C, D)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H,J)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
A Língua e o Texto
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer o alfabeto grego, os acentos e os espíritos.

Escrever o alfabeto grego.

Ler um texto em língua grega.

Adquirir conhecimentos de morfologia e sintaxe, ao nível de:

  • nome: radical, tema e desinência;
  • casos e respetivas funções sintáticas;
  • flexão dos nomes da 1.a e 2.a declinações (não contractos) e dos temas em consoante: oclusiva, líquida e em - ν e em – ντ;
  • artigo — flexão;
  • adjetivos de tema em – α, - ο; em consoante; em consoante e vogal (não contractos) e os irregulares πολύς e μέγας;
  • pronomes e determinantes: pessoal, demonstrativo αὐτός e οὗτος; possessivo; o relativo;
  • preposições: ἐν, σύν, ἀπό, ἐκ (ἐξ), ἐπί, περί, κατά, ἀμφί, διά, μετά, ὑπό, παρά, εἰς, πρός;
  • verbos:
  • radical, tema, vogal temática, característica e desinência;
  • tempos (primários e secundários);
  • flexão no modo indicativo do verbo εἰμί; dos verbos vocálicos em -ω não contractos; dos verbos consonânticos em – ω;
  • conjunções:
  • coordenativas: copulativas e adversativas;
  • subordinativas: temporais ὅτε e ὡς; causal ὅτι;
  • constituintes da frase;
  • orações coordenadas: copulativas e adversativas;
  • orações subordinadas: relativas, temporais, causais e completiva de ὅτι.

Interpretar e traduzir pequenas frases e textos simples.

Conhecer e analisar, em tradução, textos de obras significativas da literatura grega.

Identificar a influência da literatura grega na literatura portuguesa, ao nível temático e ao nível das categorias literárias.

Reconhecer na língua portuguesa os radicais e prefixos de origem grega e a sua significação.

Geologia

Introdução

A Geologia é uma disciplina anual de opção da componente de formação específica (12.º ano) do curso científico humanístico de Ciências e Tecnologias. As Aprendizagens Essenciais (AE) a realizar neste ano devem formar um percurso coerente, integrado e de revisitação de alguns conteúdos abordados na disciplina de Biologia e Geologia – 10.º e 11.º anos de escolaridade. Os temas do programa desta disciplina, “Da Teoria da Deriva dos Continentes à Teoria da Tectónica de Placas”, “A história da Terra e da Vida” e “A Terra ontem, hoje e amanhã”, visam, numa perspetiva de formação científica, expandir conhecimentos e competências dos alunos que desejem, ou não, prosseguir estudos nesta área do saber, dar uma especial atenção ao desenvolvimento da Geologia como ciência (história da ciência), ajudar os alunos a desenvolverem o sentido crítico e a criatividade e consciencializar de que os conhecimentos não se apresentam como definitivos e terminados, estando a investigação científica em constante progresso, levando a que novos problemas surjam e novas respostas sejam dadas continuamente.

O aprofundamento destas temáticas da Geologia permite aos alunos identificar o objeto de estudo de cada uma das suas áreas, compreender metodologias de trabalho utilizadas pelos seus especialistas, analisar momentos cruciais da sua história, assim como mobilizar saberes para regular decisões relativas à utilização sustentada dos recursos geológicos do planeta Terra e à interação saudável com os ecossistemas.

A concretização das AE supõe, ainda, a integração obrigatória das suas dimensões teórica e prático-experimental.

As Aprendizagens Essenciais Transversais (AET), comuns ao ensino das ciências experimentais, devem ser entendidas como orientadoras dos processos de tomada de decisão didática necessários à concretização das Aprendizagens Essenciais elencadas por Domínio (AED). A concretização das AET exige permanente atenção às características dos alunos e aos contextos que influenciam, em cada momento, os processos de ensino, aprendizagem e avaliação, razão pela qual apenas alguns exemplos se encontram concretizados em descritores das AED. A dimensão interdisciplinar afigura-se fundamental para a concretização das AED desta disciplina.

Tal como acontece com o conjunto de descritores das AE (conhecimentos, capacidades e atitudes) contemplados para esta disciplina, também as estratégias de ensino e avaliação devem ser pensadas de forma intencional e integrada, tendo em conta as AE preconizadas para a disciplina de Geologia (AET e AED) neste ano de escolaridade e as áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA) que se pretendem desenvolver.

Este documento tem ainda subjacente a ideia de que, atualmente, a Geologia é uma das áreas científicas cruciais para o exercício de uma cidadania responsável, face à necessidade de compreender problemas atuais e tomar decisões fundamentadas sobre questões que afetam as sociedades e os subsistemas do planeta Terra.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS TRANSVERSAIS (AET)
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Selecionar e organizar informação, a partir de fontes diversas, valorizando a utilização das tecnologias digitais e integrando saberes prévios, para construir novos conhecimentos.

Explorar acontecimentos, atuais ou históricos, que documentem a natureza do conhecimento científico.

Construir explicações científicas baseadas em conceitos e evidências científicas, obtidas através da realização de atividades de investigação prática – laboratoriais, experimentais e em ambientes exteriores à sala de aula - articuladas entre si e planeadas para responder a problemas.

Construir modelos na representação e no estudo de estruturas, sistemas e suas transformações, recorrendo a materiais e ferramentas diversas, nomeadamente às Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC). Aplicar as competências desenvolvidas em problemáticas atuais e em novos contextos.

Formular e comunicar opiniões críticas, cientificamente fundamentadas e relacionadas com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).

Articular conhecimentos de diferentes disciplinas para aprofundar conteúdos da Geologia.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção, organização e sistematização de informação pertinente, com leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando elementos ou dados;
  • memorização, compreensão, consolidação e mobilização de saberes intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formulação de hipóteses e predições face a um fenómeno ou evento;
  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • imaginação de alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • conceção sustentada de pontos de vista próprio, face a diferentes perspetivas;
  • expressão criativa de aprendizagens (por exemplo, imagens, texto, organizador gráfico, modelos).

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • problematização de situações reais próximas dos interesses dos alunos;
  • elaboração de opiniões fundamentadas em factos ou dados (por exemplo textos com diferentes pontos de vista) de natureza disciplinar e interdisciplinar;
  • mobilização de discurso oral e escrito de natureza argumentativa (expressar uma posição, apresentar argumentos e contra-argumentos).

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • pesquisa autónoma e criteriosa sobre as temáticas em estudo;
  • aprofundamento de informação.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação de pontos de vista diferentes;
  • respeito por diferenças de características, crenças, culturas ou opiniões.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • síntese e organização de informação pertinente (por exemplo, sumários, registos de observações, relatórios segundo critérios e objetivos);
  • planificação, revisão e monitorização de tarefas;
  • estudo autónomo, identificando obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • problematização de situações;
  • formulação de questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogação sobre o seu próprio conhecimento.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicação uni e bidirecional;
  • apresentação de ideias, questões e respostas, com clareza.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoanálise com identificação de pontos fracos e fortes das suas aprendizagens, numa perspetiva de autoaperfeiçoamento;
  • descrição de processos de pensamento usados na realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • integração de feedback de pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • reorientação do seu trabalho, individualmente ou em grupo, a partir de feedback do professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno, tais como:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • participar de forma construtiva em trabalho de grupo;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assunção de compromissos e responsabilidades adequadas ao solicitado;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • cumprimento de compromissos contratualizados (por exemplo, prazos, organização, extensão, formatos e intervenientes).

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • ações estratégicas de intervenção (ex. escola, família, localidade...) enquanto cidadãos cientificamente informados.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
Da Teoria da Deriva dos Continentes à Teoria da Tectónica de Placas
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explicar a Teoria da Deriva Continental de Wegener e suas críticas: argumentos geofísicos, morfológicos, litológicos, paleontológicos, paleoclimáticos e geodésicos, tendo em conta o seu contexto histórico, articulando com saberes de outras disciplinas (ex.: Física, Química, Biologia, Geografia, etc.).

Relacionar a topografia dos fundos oceânicos e evidências paleomagnéticas com a Teoria da Tectónica de Placas.

Relacionar a existência de diferentes modelos explicativos da dinâmica do manto e da respetiva relação com o movimento das placas, articulando com saberes da Física.

Debater a natureza do conhecimento científico e a evolução dos conceitos.

Planificar e realizar atividades práticas de simulação (ex.: pesquisa de informação, atividades laboratoriais ou exteriores à sala de aula, entrevistas a especialistas, exposições ou debates) sobre a expansão dos fundos oceânicos e zonas de subducção, problematizando, formulando modelos e avaliando criticamente procedimentos e resultados.

Relacionar a dinâmica da litosfera com as grandes estruturas geológicas e seus movimentos verticais.

Planificar e realizar atividades práticas de simulação sobre movimentos verticais da crosta (isostasia), formulando hipóteses sobre os fatores que contribuem para a ocorrência destes movimentos e avaliando criticamente procedimentos e resultados obtidos.

Realizar procedimentos laboratoriais, utilizando modelos, que permitam simular o processo de formação de cadeias montanhosas e riftes, identificando analogias e diferenças de escalas (temporal e espacial) entre os modelos e os processos geológicos, articulando com saberes da Física.

Sistematizar informação acerca da localização das grandes estruturas geológicas do planeta Terra, relacionando-a com a Teoria da Tectónica de Placas.

Discutir os contributos da dinâmica da litosfera para a modelação das paisagens.

Organizador
A História da Terra e da Vida
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar o conceito de tempo geológico a partir de documentos diversos.

Estabelecer a equivalência entre unidades cronostratigráficas e geocronológicas.

Elaborar perfis topográficos, geológicos e blocos-diagrama utilizando tabelas cronostratigráficas e cartas geológicas, articulando com saberes da Matemática.

Explicar o aparecimento e a evolução da vida e as extinções dos seres vivos no Pré-Câmbrico, Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico, articulando com saberes da Biologia.

Caracterizar os principais acontecimentos que ocorreram ao longo da evolução paleogeográfica no planeta Terra. Interpretar, a partir de uma carta geológica e no contexto de atividades de campo, as principais características geológicas da região onde a escola se insere. Interpretar a evolução geológica da região onde a escola se insere, a partir da carta geológica (1:50 000) e da sua notícia explicativa, valorizando saberes de outras disciplinas (ex.: Geografia, Matemática, etc.).

Aplicar conceitos de cartografia geológica na região onde a escola se insere.

Organizador
A Terra Ontem, Hoje e Amanhã
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Caracterizar paleoclimas e mudanças ambientais ocorridas ao longo da História da Terra.

Elaborar e apresentar um artigo científico ou póster sobre mudanças ambientais ocorridas ao longo da História da Terra, valorizando saberes de outras disciplinas (ex.: Biologia, Português, Inglês, Aplicações Informáticas B, etc.).

Relacionar a dinâmica litosférica com as mudanças climáticas.

Discutir a possível relação entre as atividades antropogénicas e as mudanças ambientais.

Planificar e realizar atividades práticas (ex.: pesquisa de informação, atividades laboratoriais ou exteriores à sala de aula, entrevistas a especialistas, exposições, elaboração de folhetos ou debates) que permitam encontrar formas de conciliar o desenvolvimento da região com a preservação dos recursos geoambientais.

Interpretar informação diversificada relativa à exploração de recursos geológicos com recurso às TIC.

Interpretar dados experimentais relativos à contaminação de recursos geológicos, valorizando saberes de outras disciplinas (ex.: Matemática, Biologia, Aplicações Informáticas B).

Inferir sobre possíveis cenários para o século XXI, como consequência do aquecimento global e de mudanças ambientais.

Física

Introdução

A disciplina de Física integra a componente específica do plano de estudos do Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias, no 12.º ano, e surge, curricularmente, no seguimento da disciplina de Física e Química A dos 10.º e 11.º anos, sendo uma disciplina opcional.

Esta disciplina visa assegurar uma formação consistente no domínio da Física, que proporcione uma visão global e atual dos aspetos relevantes de áreas estruturantes (Mecânica Clássica, Eletricidade e Magnetismo, Fisica Quântica e Física Nuclear), da construção do conhecimento científico e do papel da ciência na interpretação do mundo.

A disciplina de Física pode ainda ser uma opção para alunos de outros cursos que, nos termos da legislação aplicável, optem por um percurso educativo ou formativo próprio.

As Aprendizagens Essenciais (AE) desta disciplina, base da planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuem para o desenvolvimento das áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, tendo por base os documentos curriculares em vigor. Assim, deve-se ensinar Física para que os alunos compreendam fenómenos naturais e dispositivos tecnológicos (como forma de interpretar o mundo), para que apreendam a essência do conhecimento científico e as suas consequências para a sociedade, a tecnologia e o ambiente, para preparar escolhas profissionais e para o exercício de uma cidadania plena.

As AE foram definidas como competências próprias da literacia científica em torno dos conceitos estruturantes da Física, proporcionando aos alunos uma melhor compreensão do mundo, o interesse pela importância do conhecimento científico e tecnológico na sociedade atual e uma tomada de decisões fundamentada procurando sempre um maior bem-estar social, bem como uma escolha informada do prosseguimento dos seus estudos. As AE identificam os conceitos chave para a compreensão de um determinado domínio e os processos cognitivos associados são transferíveis para outros conteúdos.

O referencial das AE é o o Programa de Física, 12.º ano (2004), tendo em consideração a seleção de conteúdos das Metas Curriculares de Física, 12.º ano (2014).

Os domínios organizadores das AE são Mecânica, Campos de forças e Física moderna. A Mecânica inclui os subdomínios Cinemática e dinâmica da partícula a duas dimensões, Centro de massa e momento linear de sistemas de partículas e Fluidos. O tema Campos de forças inclui os subdomínios Campo gravítico e campo elétrico e Ação de campos magnéticos sobre cargas em movimento e correntes elétricas. Na Física moderna os subdomínios são Introdução à física quântica e Núcleos atómicos e radioatividade.

Na formulação das AE, os conhecimentos, as capacidades e as atitudes são desenvolvidos através de metodologias de trabalho prático, destacando-se as atividades laboratoriais. O trabalho prático deve ser integrado em temas relevantes para o contexto de cada turma e escola, os quais são, no entanto, deixados em aberto.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Mecânica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Cinemática e dinâmica da partícula a duas dimensões

Interpretar os conceitos de posição, velocidade e aceleração em movimentos a duas dimensões, recorrendo a situações reais e a simulações, e aplicar aqueles conceitos na resolução de problemas.

Decompor, geometricamente, a aceleração nas suas componentes normal e tangencial, explicar o seu significado e determinar, analiticamente, essas componentes, em movimentos a duas dimensões.

Aplicar, na resolução de problemas ligados a situações reais, as equações paramétricas do movimento de uma partícula sujeita à ação de forças de resultante constante com direção diferente da velocidade inicial, explicando as estratégias de resolução e os raciocínios demonstrativos que fundamentam uma conclusão.

Planear e realizar uma experiência para determinar a relação entre o alcance e a velocidade inicial de um projétil lançado horizontalmente, formulando hipóteses, avaliando os procedimentos, interpretando os resultados e comunicando as conclusões.

Investigar, experimentalmente, as relações entre as forças de atrito, estático e cinético, os materiais em contacto, a reação normal e a área de superfície em contacto, interpretando os resultados, identificando fontes de erro, comunicando as conclusões e sugerindo melhorias na atividade experimental.

Aplicar, na resolução de problemas, considerações energéticas e a Segunda Lei de Newton (referenciais fixo e ligado à partícula), a situações que envolvam movimentos (retilíneos e circulares) de corpos com ligações, explicando as estratégias de resolução e avaliando-as.

Interpretar exemplos do dia a dia (segurança rodoviária, movimento de foguetes, desporto, montanha russa, roda gigante, relevé das estradas, entre outros) com base nas leis de Newton e em considerações energéticas.

Centro de massa e momento linear de sistemas de partículas

Determinar a posição do centro de massa de um sistema de partículas e caracterizar a velocidade e a aceleração do centro de massa conhecida a sua posição em função do tempo.

Aplicar a Segunda Lei de Newton para um sistema de partículas a situações do dia a dia que envolvam a análise da intensidade da resultante das forças numa colisão em função do tempo de duração da mesma (exemplos: airbags, colchões nos saltos dos desportistas, entre outros).

Investigar, experimentalmente, a conservação do momento linear em colisões a uma dimensão, analisando-as na perspetiva energética, formulando hipóteses, avaliando os procedimentos, interpretando os resultados e comunicando as conclusões.

Aplicar, na resolução de problemas, a Lei da Conservação do Momento Linear à análise de colisões a uma dimensão, interpretando situações do dia a dia.

Fluidos

Interpretar os conceitos de pressão e de força de pressão em situações que envolvam gases e líquidos em equilíbrio.

Aplicar, na resolução de problemas, a Lei Fundamental da Hidrostática à análise de líquidos em equilíbrio, explicando o funcionamento de barómetros e manómetros. 

Aplicar a Lei de Arquimedes à análise de situações concretas de equilíbrio de corpos flutuantes, de corpos submersos e de corpos que podem flutuar ou submergir (como os submarinos).

Determinar, experimentalmente, o coeficiente de viscosidade de um líquido, a partir da velocidade terminal de um corpo em queda no seu seio, analisando o método e os procedimentos, confrontando os resultados com os de outros grupos e sistematizando as conclusões.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção de informação pertinente em fontes diversas (artigos e livros de divulgação científica, notícias);
  • análise de fenómenos da natureza e situações do dia a dia com base em leis e modelos;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares nos domínios Mecânica, Campos de forças e Física moderna;
  • mobilização dos conhecimentos do 10.º (Energia e movimentos) e 11.º anos (Mecânica e Eletromagnetismo) para ancorar as novas aprendizagens;
  • mobilização de diferentes fontes de informação científica na resolução de problemas, incluindo gráficos, tabelas, esquemas, diagramas e modelos;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formular hipóteses face a um fenómeno natural ou situação do dia a dia;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • propor abordagens diferentes de resolução de uma situação-problema;
  • criar representações variadas da informação científica: relatórios, diagramas, tabelas, gráficos, equações, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos, esquemas concetuais, simulações, vídeos com diferentes perspetivas, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições sobre a evolução de fenómenos naturais e a evolução de experiências em contexto laboratorial;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, relatórios, esquemas, textos, imagens, vídeos), recorrendo às TIC, quando pertinente;
  • criar situações que levem à conscienlização do impacto na sociedade e no ambiente das diferentes áreas da física e da tecnologia;
  • criar situações conducentes à realização de projetos interdisciplinares, identificando  problemas e colocando questões-chave, articulando a ciência e a tecnologia em contextos relevantes a nível económico, cultural, histórico e ambiental.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar conceitos, factos, situações numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista, distinguindo alegações científicas de não científicas;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças e consistência interna;
  • problematizar situações sobre aplicações da ciência e tecnologia e o seu impacto na sociedade e no ambiente;
  • debater temas que requeiram sustentação ou refutação de afirmações sobre situações reais ou fictícias, apresentando argumentos e contra- argumentos baseados em conhecimento científico.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • mobilização de conhecimentos para questionar uma situação;
  • incentivo à procura e aprofundamento de  informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • tarefas de pesquisa enquadrada por questões- problema e sustentada por guiões de trabalho, com autonomia progressiva.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • argumentar sobre temas científicos polémicos e atuais, aceitando pontos de vista diferentes dos seus;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões, incluindo as de origem étnica, religiosa ou cultural;
  • saber trabalhar em grupo, desempenhando diferentes papéis, respeitando e sabendo ouvir todos os elementos do grupo.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de implementação, de controlo e de revisão, designadamente nas atividades experimentais;
  • registo seletivo e organização da informação (por exemplo, construção de sumários, registos de  observações, relatórios de atividades laboratoriais e de visitas de estudo, segundo critérios e objetivos).

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicar resultados de atividades laboratoriais e de pesquisa, ou outras, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina, recorrendo a diversos suportes;
  • participar em ações cívicas relacionadas com o papel central da Física no desenvolvimento tecnológico e suas consequências socio- ambientais.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento, identificando pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento do trabalho de grupo ou individual dos pares;
  • realizar trabalho colaborativo em diferentes situações (projetos interdisciplinares, resolução de problemas e atividades experimentais).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for solicitado e contratualizar tarefas, apresentando resultados;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas, incluindo a promoção do estudo com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações de ajuda a outros e de proteção de si, designadamente adotando medidas de proteção adequadas a atividades laboratoriais.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Questionador/ Investigador (A, C, D, F, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador / Interventor (A, B, D, E, G, H, I);

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J);

Cuidador de si e do outro (A, B, E, F, G, I, J)

Organizador
Campos de forças
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Campo gravítico e campo elétrico

Interpretar as interações entre massas e entre cargas elétricas através das grandezas campo gravítico e campo elétrico, respetivamente, caracterizando esses campos através das linhas de campo.

Interpretar a expressão do campo gravítico criado por uma massa pontual.

Compreender a evolução histórica do conhecimento científico ligada à formulação da Lei da Gravitação Universal, interpretando o papel das Leis de Kepler.

Aplicar a conservação da energia mecânica no campo gravítico para determinar a velocidade de escape, relacionando-a com existência de atmosfera nos planetas.

Aplicar, na resolução de problemas, a Lei de Coulomb, explicando as estratégias de resolução.

Caracterizar o campo elétrico criado por uma carga pontual num ponto, identificando a relação entre a distância à carga e o módulo do campo.

Conceber, em grupo, uma experiência para o estudo de um campo elétrico e respetivas superfícies equipotenciais, criado por duas placas planas e paralelas, formulando hipóteses, analisando procedimentos, confrontando os resultados com os de outros grupos e sistematizando conclusões.

Aplicar, na resolução de problemas, os conceitos de energia potencial elétrica e de potencial elétrico, caracterizando movimentos de cargas elétricas num campo elétrico uniforme.

Criar, com base em pesquisa sobre circuitos RC, um relógio logarítmico e, recorrendo às tecnologias digitais, explicar o seu funcionamento, a metodologia utilizada e os resultados obtidos.

Ação de campos magnéticos sobre cargas em movimento

Caracterizar as forças exercidas por um campo magnético uniforme sobre cargas elétricas em movimento, concluindo sobre os movimentos dessas cargas.

Interpretar o funcionamento do espectrómetro de massa com base na caracterização das forças exercidas sobre cargas elétricas em movimento num campo magnético uniforme, pesquisando sobre a sua relevância em aplicações do dia a dia.

Organizador
Física Moderna
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Introdução à física quântica

Reconhecer, com base em pesquisa, o papel de Planck e de Einstein na introdução da quantização da energia e da teoria dos fotões, na origem da física quântica.

Interpretar espectros de radiação térmica com base na Lei de Stefan-Boltzmann e na Lei de Wien.

Aplicar, na resolução de problemas, o efeito fotoelétrico, relacionando-o com o desenvolvimento de produtos tecnológicos, e interpretar a natureza corpuscular da luz.

Núcleos atómicos e radioatividade

Investigar, em trabalho de projeto, os núcleos atómicos e a radioatividade (contributos históricos, estabilidade nuclear e energia de ligação, instabilidade nuclear e emissões radioativas, fusão e cisão nucleares, fontes naturais e artificiais, efeitos biológicos e detetores, técnicas de diagnóstico que utilizam marcadores radioativos) e recorrendo às tecnologias digitais, comunicar as conclusões.

Investigar, numa perspetiva intra e interdisciplinar, os motivos da perigosidade para a saúde pública da acumulação do radão nos edifícios.

Aplicar, na resolução de problemas, a Lei do Decaimento Radioativo à análise de atividades de amostras em situações do dia a dia (medicina, indústria e investigação científica).

Filosofia A

Introdução

A disciplina de Filosofia A, que se constitui como uma opção da formação específica dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, deve ser considerada um espaço de atividade intelectual na qual os problemas, conceitos e teorias filosóficas são a base do desenvolvimento de um pensamento humanístico, autónomo, capaz de mobilizar o conhecimento filosófico para uma leitura crítica da realidade.

No conjunto do currículo, e tendo em conta o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a disciplina de Filosofia A, ao colocar o aluno como aprendente ativo e responsável, contribui para que este consolide o desenvolvimento de um pensamento crítico, capaz de mobilizar o conhecimento filosófico e as competências operatórias da filosofia para formular questões de modo claro e preciso, de usar conceitos abstratos para avaliar informação, validar teses e argumentos através de critérios sólidos, de avaliar os pressupostos e implicações do seu pensamento e o dos outros e de comunicar efetivamente na busca de solução de problemas ao mesmo tempo que desenvolve um pensamento pessoal, autónomo e solidamente fundamentado ao argumentar os seus pontos de vista, sem dogmatismo e sem indiferença.

Na análise metódica do texto filosófico, no trabalho oral, nas produções escritas, em trabalho colaborativo ou individual, as atividades devem ser orientadas para que o aluno consolide as competências de problematização, conceptualização e argumentação já trabalhadas nos anos letivos anteriores e que lhe permitam:

  • reconhecer e compreender a especificidade do saber e do discurso filosóficos;
  • dominar progressivamente as competências específicas inerentes à leitura e à produção do discurso filosófico;
  • apropriar-se do saber filosófico através da análise, interpretação, comentário e apreciação crítica das obras filosóficas;
  • elaborar com cientificidade o discurso escrito mediante o qual se fixam, reconstroem e comunicam os saberes;
  • estabelecer uma relação critica entre o saber filosófico e outras áreas do saber, a partir das áreas temáticas e dos problemas contidos nas obras filosóficas que forem selecionadas.

A consolidação em complexidade das competências enunciadas, assim como o trabalho em profundidade sobre as obras filosóficas, sustenta a decisão de serem duas as obras a trabalhar ao longo do ano letivo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Tema filosófico Integrador da leitura das duas obras a trabalhar
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Apresentação das obras e do tema ou problema integrador da sua leitura integral

  • Distinguir o significado corrente do sentido filosófico de uma noção.
  • Formular problemas a partir de afirmações.
  • Enunciar problemas de natureza filosófica a partir de temas ou de problemas.
  • Formular as questões nas quais um problema filosófico se pode desdobrar.
  • Esclarecer a natureza e o fundamento do problema fiosófico enunciado.
  • Aferir a importância do tema e do problema filosófico para um trabalho inter ou transdiciplinar.
  • Justificar a seleção das obras tendo em conta o problema filosófico enunciado.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Discussão, a pares ou em grupos, de temas (tendo em conta o elenco de obras), realçando o sentido filosófico dos mesmos e a área da Filosofia para a qual remetem.
  • Apresentação, a pares ou em grupo, eventualmente com recurso a meios digitais de comunicação, de problemas filosóficos inerentes aos temas e das diversas questões em que se podem desdobrar.
  • Apresentação, a pares ou em grupos, eventualmente com recurso a meios digitais de comunicação, de ligações inter ou transdisciplinares a partir dos temas e dos problemas enunciados.
  • Seleção pelo grupo turma do tema ou do problema filosófico a desenvolver a partir da leitura de duas das obras filosóficas propostas.
Descritores do Perfil dos alunos

Crítico/analítico Questionador (C, D)

Comunicador (B)

Participativo / colaborador (E)

Organizador
Trabalho sobre cada uma das obras selecionadas
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

1. Conhecimento do conteúdo temático e discursivo de cada obra

  • Situar o texto no seu contexto histórico-filosófico e no conjunto das obras do autor.
  • Identificar as questões ou problemas em torno das quais se organiza a argumentação em cada uma das obras.
  • Apresentar as respostas ou soluções defendidas pelo seu autor.
  • Estabelecer a rede conceptual presente.
  • Explorar a estrutura argumentativa.

2. Desenvolver um comentário ou estudo crítico da obra

  • Problematizar as respostas dadas e os argumentos despendidos, pelo confronto com respostas alternativas e respetivos argumentos.
  • Questionar a adequação dos conceitos mobilizados.
  • Descobrir soluções que direta ou indiretamente contraria.

3. Apreensão globalizadora da articulação tema-obras

  • Efetuar o confronto comparativo das obras lidas.

4. Elenco de obras

  • Górgias, de Platão
  • Fédon, de Platão
  • Metafísica, Livro I, de Aristóteles
  • O Mestre, de Santo Agostinho
  • Proslogion, de Santo Anselmo
  • Discurso sobre a Dignidade do Homem, de Pico della Mirandola
  • Que Nada se Sabe, de Francisco Sanches
  • Princípios da Filosofia, de René Descartes
  • Carta sobre a Tolerância, de John Locke
  • Investigação sobre o Entendimento Humano, de David Hume
  • Fundamentação da Metafísica dos Costumes, de Immanuel Kant
  • A Razão na História, de Georg Wilhelm Friedrich Hegel
  • Manuscritos Económico-Filosóficos de 1844, de Karl Marx
  • Utilitarismo, de John Stuart Mill
  • O Nascimento da Tragédia ou Mundo Grego e Pessimismo, de Friedrich Nietzsche
  • A Crise do Homem Europeu e a Filosofia, de Edmund Husserl
  • Os Problemas da Filosofia, de Bertrand Russell
  • A Origem da Obra de Arte, de Martin Heidegger
  • Verdade e Política, de Hannah Arendt
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Investigação sobre o contexto histórico e filosófico das obras selecionadas e sua relação com o pensamento do autor, com mobilização, sempre que pertinente, de conhecimentos adquiridos em outras disciplinas.
  • Apresentação e discussão dos resultados obtidos com uso de meios de comunicação analógicos e digitais.
  • Construção de mapas mentais, em suporte analógico ou digital, com a rede de questões e de conceitos que estruturam cada obra.
  • Discussão crítica de argumentos apresentados pelo autor, nomeadamente pela análise da forma lógica.
  • Reconstrução, individual ou a pares, da estrutura argumentativa da obra.
  • Seleção e análise critica, com exposição oral, de sequências argumentativas da obra.
  • Apresentação oral, em debate de soluções alternativas para as respostas apresentadas pelos autores.
  • Elaboração de ensaios individuais de discussão crítica dos conceitos e das teorias apresentadas pelos autores (com eventual defesa/discussão oral).
  • Identificação, a pares ou em grupos, de pontos comuns e divergentes no modo como as obras estudadas desenvolvem o tema e respondem aos problemas escolhidos.
  • Aplicação dos problemas, conceitos e argumentos das obras face à situação histórica atual e eventual reformulação / apresentação de alternativas, tendo em conta eventuais temas e problemas em investigação inter e transdisciplinar.
  • Reflexão sobre a evolução na consolidação das competências filosóficas ao longo do trabalho desenvolvido, eventualmente sob a forma de um diário de aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

Indagador / sabedor Investigador (A, B, C, D, E)

Sistematizador / organizador (A, B, C, D, E)

Questionador (C, D)

Crítico /analítico (A, C, D)

Comunicador (A, B)

Participativo / colaborador (A, B, C, D, E)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Espanhol Iniciação

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e os programas para o Ensino Secundário, homologados e em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (2017), do Quadro europeu comum de referências para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas, que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.

Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol devem ser considerados ‘falsos principiantes’. Em consequência, o nível de desempenho expectável para o primeiro ano de aprendizagem (10.º) é relativamente superior ao das outras LE e, para todos os anos de aprendizagem do Ensino Secundário, as competências recetivas e produtivas apresentam diferentes níveis de desempenho. Em função das caraterísticas do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países onde é língua oficial ou co-oficial reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada através de uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às caraterísticas, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas aqui através, sobretudo, de descritores pragmático discursivos, sociolinguísticos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua a ser ensinada e aprendida é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, poderão ir aparecendo, de forma pontual, elementos idiossincrásicos e input de outras variedades diatópicas, diafásicas e diastráticas.

As aprendizagens elencadas a seguir seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, ainda que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, neste documento aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las, de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017), e de acordo com o quadro legal vigente, a sequência previsível para o ensino do Espanhol de Iniciação no Ensino Secundário de Formação Geral é a seguinte:

ENSINO SECUNDÁRIO – FORMAÇÃO GERAL – INICIAÇÃO 10º 11º 12º
CAV A2.2 B1.1 B1.2
CE B1.1 B1.2 B2.1
IO / IE / PO / PE / (MO / ME) A2.1 A2.2 B1.1

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita. A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual.

Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respectivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido. Assim, e relativamente às Aprendizagens Essenciais de Espanhol para o 3.º ciclo, cuja carga horária é menor, o nível de proficiência, nas atividades recetivas, é mais exigente em todos os anos de Espanhol do Ensino Secundário. Por outro lado, também são incluídas, no 12.º ano - opção que partilham os alunos dos cursos de Formação Geral e Específica - atividades e estratégias de mediação oral e escrita. O alargamento das aprendizagens desse ano às atividades de mediação resulta da necessidade de harmonizar percursos com objetivos e cargas horárias diferenciados nos anos 10.º e 11.º das variantes Geral e Específica.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às caraterísticas da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ano e de ciclo. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadanía e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do Perfil do Aluno (ACPA) nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro Europeu comum de referência para as línguas (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 12.º ano de Iniciação dos cursos de Formação Geral, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcompetências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação e produção oral e escrita:

CAV B1.1 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia-a-dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio (visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE B1.2 É capaz de compreender as ideias principais de textos de diversa tipologia, bem estruturados e sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE A2.2 É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.

Neste ano, deve prestar-se especial atenção ao alargamento da competência estratégica em todos os domínios. Uma vez que se trata de uma disciplina de opção para os alunos de Formação Geral e Específica, o docente deverá, através dos diagnósticos e da análise de necessidades da turma, determinar os âmbitos que exigem maior atenção para conseguir que os discentes atinjam de forma equilibrada os objetivos previstos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão auditiva e audiovisual [Nível B1.2]

Compreender as ideias principais e selecionar e associar informação relevante explícita e implícita (verbal e não verbal) em documentos audiovisuais diversos, sobre situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer, assuntos da atualidade cultural, política e científica, experiências pessoais e vivências das sociedades contemporâneas, sempre que as ideias sejam estruturadas com marcadores explícitos, predomine o vocabulário frequente, contenha expressões idiomáticas muito correntes e a articulação seja clara.

Compreensão escrita [Nível B2.1]

Seguir indicações, normas e instruções complexas.

Compreender ideias específicas e conclusões gerais sobre aspetos socioculturais relevantes.

Selecionar e associar informação pertinente e específica em textos predominantemente explicativos e argumentativos complexos, de diversos géneros, sobre vivências, problemas e desafios do mundo contemporâneo, sempre que as ideias sejam estruturadas com marcadores explícitos e predominem vocabulário frequente e expressões idiomáticas correntes.

Interação oral [Nível B1.1]

Interagir em conversas inseridas em situações familiares, ao vivo ou em aplicações digitais, nas quais:

  • troca ideias, informações e opiniões sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, o mundo do trabalho e do lazer e temas da atualidade;
  • usa vocabulário frequente e estruturas frásicas diversas e mobiliza recursos gramaticais adequados para ligar, clarificar e reformular as ideias;
  • pronuncia geralmente de forma clara e com ritmo e entoação apropriados;
  • reage, de forma pertinente, ao discurso do interlocutor e respeita o registo e os princípios de cortesia verbal.

Produção oral [Nível B1.1]

Exprimir-se, com alguma fluência, em monólogos preparados previamente (ao vivo, em gravações ou em aplicações digitais), nos quais:

  • descreve, narra e/ou expõe informações sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • usa vocabulário frequente, estruturas frásicas simples e recursos discursivos adequados para construir uma sequência coerente de informações;
  • pronuncia geralmente de forma clara, com ritmo e entoação apropriados.

Interação escrita [Nível B1.1]

Escrever cartas, mails e mensagens, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações exprimindo com clareza opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas de atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente, estruturas gramaticais simples e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos;
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas dos géneros utilizados, adequando-as ao destinatário.

Produção escrita [Nível B1.1]

Escrever textos diversos, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • descreve situações, narra acontecimentos e expõe informações, opiniões e argumentos sobre assuntos do seu interesse e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário frequente, estruturas frásicas simples e recursos discursivos adequados para construir textos coerentes, mobilizando os processos de coesão (concordância, elisão, substituição, repetição) e os elementos conectivos (conjunções, conectores e marcadores discursivos) mais frequentes.
  • respeita as convenções textuais dos géneros trabalhados previamente nas aulas.

Mediação oral e escrita [Nível B1.1]

Tomar apontamentos das ideias principais e dos dados mais relevantes dos documentos orais, escritos e multimodais trabalhados nas aulas e transpô-los para discursos diferidos (citação direta e indireta), paráfrases e resumos em sequências lineares de informações coerentes, utilizando de forma adequada os processos de referencialidade, deíxe e coesão (concordância, elisão, substituição, repetição), assim como os elementos conectivos mais frequentes (conjunções, conectores e marcadores discursivos).

Realizar traduções e interpretações informais de enunciados, avisos, listagens ou sequências/fragmentos presentes nos documentos trabalhados nas atividades de compreensão auditiva/audiovisual e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de compreensão auditiva/audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Identificar, em documentos autênticos (gravações, anúncios, programas de tv, filmes, revistas, jornais, livros, banda desenhada, textos digitais, etc.), informações globais e específicas, ideias principais e secundárias, dados e opiniões sobre uma ampla gama de temas.
  • Identificar, nos documentos trabalhados, as dificuldades de compreensão devidas à homonímia, aos falsos amigos e à polissemia.
  • Analisar factos, teorias e situações, indicando os seus elementos ou dados.
  • Analisar textos com diferentes pontos de vista.
  • Estabelecer relações intra e interdisciplinares.
  • Conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado e planificar projetos.
  • Recolher dados e opiniões para analisar os temas abordados.
  • Motivar-se para procurar e aprofundar informação.
  • Identificar as marcas que diferenciam o código oral do escrito.
  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Expressar as suas ideias e contar experiências e projetos de forma coerente e mantendo um equilíbrio entre a correção formal e a fluência.
  • Conceber mensagens e textos (para descrever, comparar, contar experiências, histórias e projetos, expressar sensações e sentimentos, justificar e explicar, etc.) considerando a intenção comunicativa e a situação de comunicação em que acontece.
  • Comparar as convenções linguísticas próprias da interação social com as utilizadas na língua materna, especialmente no que se refere à adequação ao registo e às características lexicais da língua usada.
  • Participar reflexiva e criticamente em diferentes situações comunicativas.
  • Aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes.
  • Promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.
  • Confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de um dado problema e ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.
  • Utilizar e identificar estratégias pessoais de facilitação e compensação para ultrapassar dificuldades de interação e produção oral.
  • Antecipar e avaliar a reação do(s) interlocutor(es) à interação ou ao monólogo.
  • Fornecer feedback e colaborar com os colegas para melhoria ou aprofundamento de ações.
  • Procurar os meios mais adequados para conseguir maior fluência e correção.
  • Querer superar as interferências entre o português e o espanhol, desenvolvendo para isso as estratégias adequadas.
  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Comunicar, via Internet ou correio, com alunos espanhóis ou com pessoas com os mesmos interesses.
  • Conceber mensagens e textos (para descrever, comparar, contar experiências, histórias e projetos, expressar sensações e sentimentos, justificar e explicar, etc.) considerando a intenção comunicativa e a situação de comunicação em que acontece (mais ou menos formal, com maior ou menor presença de fraseologia e coloquialismos, com recursos ortográficos heterodoxos ou normativos, etc.).
  • Expressar as suas ideias e contar experiências e projetos de forma coerente e coesa e com a suficiente correção formal (gramatical e ortográfica).
  • Realizar tarefas de síntese, planificação, monitorização e revisão.
  • Elaborar planos gerais, esquemas, sumários, etc.
  • Escrever com correção ortográfica o vocabulário trabalhado, prestando especial atenção aos termos cuja grafia se confunde com a do português.
  • Avaliar a reação do(s) interlocutor(es) ao texto escrito.
  • Encontrar prazer na expressão escrita.
  • Ativar os conhecimentos prévios sobre o género discursivo, o estilo, o registo, a função e a intenção comunicativa dos documentos trabalhados, nomeadamente nas atividades de mediação.
  • Localizar as áreas de maior dificuldade e mobilizar os recursos linguísticos, as ferramentas de consulta e as estratégias para as solucionar.
  • Comparar a idoneidade de diferentes modelos e soluções de mediação intra e interlinguística relativos aos documentos trabalhados nas aulas.
  • Parafrasear e fazer interpretações não formais de cartazes, anúncios, ementas, entre outros, em situações de negociação e em contextos familiares (colegas, amigos, família, etc.).
  • Fazer resumos de artigos de jornais e revistas e de outros textos breves (ensaios, contos, etc.).
  • Valorizar o papel de mediador intercultural nas sociedades globalizadas.
  • Avaliar a adequação e eficácia dos textos orais e escritos, próprios e dos colegas, nas atividades de mediação intra e interlinguística.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

A, B, C, D, E, F, G, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre os elementos do património cultural, das tradições e dos comportamentos sociais dos países hispanofalantes e relacioná-los com os de Portugal.

Expressar e responder a informações e conhecimentos relativos à língua, às sociedades e ao património cultural e artístico dos países hispanofalantes, usando--os em atividades diversificadas (trabalhos, apresentações, jogos, concursos, exposições, vídeos, artefactos, atividades de palco, etc.).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; educação para a cidadania; o “eu” e os outros (aspirações, emoções e sentimentos); as relações humanas (a família, os amigos, pessoas da comunidade, grupos de jovens e grupos com afinidades comuns, relações de respeito e de intimidade); a escola (a escola em Portugal e em países hispanofalantes); o consumo (o vestuário e outros aspetos a selecionar); os desportos; os tempos livres (colaboração em atividades de solidariedade); cuidados corporais (saúde, doenças e aspetos relacionados); viagens e transportes (diferentes meios e possibilidades); serviços (programas para a juventude); a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de algum ou alguns países hispano-americanos; a biografia e a obra de alguma individualidade a selecionar; as línguas espanhola e portuguesa no mundo; etc.
  • Comparar e analisar as suas próprias experiências com as dos jovens dos países hispanos, a partir dos materiais trabalhados na aula.
  • Utilizar diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar os objetivos das atividades de aprendizagem propostas na aula.

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem que se ajustam ao seu perfil de aprendente, apoiando-se em questionários e outros documentos (Portfólio Europeu das Línguas, entre outros).

Utilizar recursos de aprendizagem variados (manuais, dicionários, enciclopédias, gramáticas, jornais, revistas, etc.), em suporte papel, digital e outros, em função dos objetivos das atividades propostas na aula.

Reconhecer os erros como parte integrante do processo de aprendizagem, propor formas de os superar e avaliar os progressos e carências, próprios e alheios, na aquisição da língua.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais.

Mobilizar suportes diversos (papel, digital e outros) nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Rever as ações estratégicas relativas ao desenvolvimento da competência estratégica dos anos anteriores e adaptá-las aos novos objetivos e situações trabalhados na aula, tornando o seu uso mais automatizado e autónomo.
  • Autoanalisar-se, reconhecer o seu próprio estilo de aprendizagem e experimentar diferentes técnicas.
  • Descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.
  • Compreender como se aprendem as línguas e para que serve cada uma das atividades da aula.
  • Conhecer a estrutura dos manuais e outros materiais didáticos.
  • Tomar iniciativas na fixação e negociação dos objetivos e na seleção de temas, conteúdos e materiais a serem tratados nas aulas.
  • Redigir, de forma colaborativa, os critérios de classificação das atividades e tarefas da aula e avaliar as produções próprias e dos colegas.
  • Autocorrigir-se e reorientar o trabalho com a ajuda do professor, de colegas ou de materiais didáticos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Educação Física

Introdução

No 12.º ano, dando continuidade ao definido para o 11.º ano, permite-se a opção dos alunos - em cada turma - pelas matérias em que preferirem aperfeiçoar-se / desenvolver-se, estando garantida a possibilidade de descobrirem outras atividades, mantendo as características de ecletismo inerentes a esta proposta curricular.

Como ano terminal de ciclo, e de um percurso de 12 anos da disciplina na escolaridade obrigatória, as aprendizagens a desenvolver orientam os alunos para o perfil de saída da escolaridade obrigatória, garantindo um conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes necessárias à valorização desta área cultural, que permitam uma cidadania responsável, ativa e saudável.

As aprendizagens previstas referem-se a objetivos gerais, obrigatórios em todas as escolas, definindo as competências comuns a todas as áreas que se expressam através de:

  1. Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e o do grupo:
    1. Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários;
    2. Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s);
    3. Interessando-se e apoiando os esforços dos companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s);
    4. Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional na atividade da turma;
    5. Apresentando iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da atividade individual e do grupo, considerando as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objetividade;
    6. Assumindo compromissos e responsabilidades de organização e preparação das atividades individuais e/ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes;
    7. Combinando com os companheiros decisões e tarefas de grupo com equidade e respeito pelas exigências e possibilidades individuais.
  2. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, entre outras.
  3. Interpretar crítica e corretamente os acontecimentos no universo das atividades físicas, analisando a sua prática e respetivas condições como fatores de elevação cultural dos praticantes e da comunidade em geral.
  4. Identificar e interpretar os fatores limitativos das possibilidades de prática desportiva, da aptidão física e da saúde das populações, tais como:
    1. o fenómeno da industrialização;
    2. o urbanismo;
    3. a poluição.
  5. Conhecer e interpretar os fatores de saúde e risco associados à prática das atividades físicas e aplicar as regras de higiene e de segurança.
  6. Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da condição física de uma forma autónoma no seu quotidiano, na perspetiva da saúde, qualidade de vida e bem-estar.
  7. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais, particularmente de resistência geral de longa e média durações, da força resistente, da força rápida, da flexibilidade, da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de deslocamento e de resistência, e das destrezas geral e específica.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 12.º ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em 3 matérias e de nível ELEMENTAR em 3 matérias, de diferentes subáreas e de acordo com as seguintes condições de possibilidade.

O aluno deve ficar capaz de:

SUBDOMÍNIOS OBRIGATÓRIOS (4 matérias)

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (duas matérias)

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo, nos Jogos Desportivos Coletivos (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), realizando com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

SUBÁREAS GINÁSTICA E ATLETISMO (uma matéria)

Compor, realizar e analisar esquemas individuais e em grupo da Ginástica (Acrobática, Solo ou Aparelhos), aplicando os critérios de correcção técnica, expressão e combinação das destrezas, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

Realizar e analisar provas combinadas no ATLETISMO, saltos, corridas, lançamentos e marcha, em equipa, cumprindo corretamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz.

SUBÁREA ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS (uma matéria)

Apreciar, compor e realizar, nas Atividades Rítmicas Expressivas (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), sequências de elementos técnicos elementares em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições.

SUBDOMÍNIOS DE OPÇÃO* (duas matérias)

SUBÁREA PATINAGEM

Patinar (Patinagem) adequadamente em combinações de deslocamentos e paragens, com equilíbrio e segurança, em composições rítmicas individuais e a pares (Patinagem Artística), cooperando com os companheiros nas ações técnico-táticas em jogo de Hóquei em Patins, ou em situação de Corrida de Patins.

SUBÁREA RAQUETAS

Realizar com oportunidade e correção as ações técnico- táticas elementares, nos Jogos de Raquetas (Badminton, Ténis e Ténis de Mesa) garantindo a iniciativa e ofensividade em participações «individuais» e «a pares», aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

OUTRAS

Realizar com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição em Jogo formal de Luta ou Judo, utilizando as técnicas de projeção e controlo, com oportunidade e segurança (própria e do opositor) e aplicando as regras, quer como executante quer como árbitro.

Realizar Atividade de Exploração da Natureza, aplicando correta e adequadamente as técnicas específicas, respeitando as regras de organização, participação e especialmente de preservação da qualidade do ambiente.

Deslocar-se com segurança no Meio Aquático (Natação), coordenando a respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.

Praticar e conhecer Jogos Tradicionais Populares de acordo com os padrões culturais característicos.

Nota - No 12.º ano, o regime de opções prevê a possibilidade de o aluno escolher duas matérias de subdomínios diferentes entre os apresentados (subdomínios de opção). *

Para os níveis INTRODUÇÃO em 3 matérias e nível ELEMENTAR em 3 matérias, de diferentes subáreas, deve observar-se as seguintes condições:

  1. O ATLETISMO constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. Nas subáreas Jogos Desportivos Coletivos, Ginástica, Patinagem, Raquetas e Atividades Rítmicas Expressivas cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Nas Outras poderá ser considerada a Natação, uma matéria da subárea de Atividades de Exploração da Natureza, uma matéria da subárea dos Desportos de Combate ou uma matéria da subárea dos Jogos Tradicionais e Populares
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • adquirir conhecimento, informação e outros saberes, com rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • selecionar informação pertinente que permita analisar e interpretar atividades físicas, utilizando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, entre outras;
  • análisar situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realizar tarefas associadas à compreensão e à mobilização dos conhecimentos;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • utilizar de conhecimento para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo situações de jogo, concursos e outras tarefas, a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • elaborar sequências de habilidades;
  • elaborar coreografias;
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, entre outras;
  • criar um objeto, texto ou solução, face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • analisar situações com diferentes pontos de vista; confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças entre outras;
  • analisar factos, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar os seus desempenhos e o dos outros dando e aceitando sugestões de melhoria.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • desenver tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • realizar ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;
  • identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolver na aprendizagem;
  • interpretar e explicar as suas opções;
  • descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e prazer proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem;
  • apresentar iniciativas e propostas;
  • ser autónomo na realização das tarefas;
  • cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • reforçar o gosto pela prática regular de atividade física;
  • aplicar processos de elevação do nível funcional da aptidão física. 
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo /Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador/ Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, H, I, j)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno deve ficar capaz de:

Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa FITescola®, para a sua idade e sexo.

Consulte o site da Plataforma FITescola® (http://fitescola.dge.mec.pt ) para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno deve ficar capaz de:

Conhecer e utilizar os métodos e meios de treino mais adequados ao desenvolvimento ou manutenção das diversas capacidades motoras, de acordo com a sua aptidão atual e o estilo de vida, cuidando o doseamento da intensidade e duração do esforço, respeitando em todas as situações os princípios básicos do treino.

Analisar criticamente aspetos gerais da ética na participação nas Atividades Físicas Desportivas, relacionando os interesses sociais, económicos, políticos e outros com algumas das suas “perversões”, nomeadamente:

  • Especialização precoce e exclusão ou abandono precoces;
  • Violência (dos espectadores e dos atletas) vs. espírito desportivo;
  • Corrupção vs. verdade desportiva.

Biologia

Introdução

A Biologia é uma disciplina de opção do curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias, ano terminal do ensino secundário. Alicerçando-se em saberes já construídos em disciplinas estruturantes do curso, pretende que os alunos aprofundem e ampliem conhecimentos, capacidades e atitudes, no sentido de atingirem o perfil esperado à saída do ensino secundário.

Considera-se que os propósitos da educação em Biologia devem ser dirigidos para a educação científica dos cidadãos. Importa que os jovens fiquem preparados para enfrentar com confiança as questões científico tecnológicas que a sociedade lhes coloca, que sejam capazes de ponderar criticamente os argumentos em jogo, de modo a formularem juízos responsáveis e, assim, participarem nos processos de tomada de decisão. A disciplina de Biologia do 12.º ano pretende ter em conta estes desafios e dar um contributo válido para a formação científica dos alunos. O estudo dos conteúdos concetuais, procedimentais e atitudinais de Biologia possibilita a compreensão de metodologias de trabalho utilizadas por especialistas, a análise de momentos cruciais da história da Biologia e, também, a compreensão do valor instrumental dos saberes científico tecnológicos na compreensão de problemáticas que afetam a qualidade de vida das pessoas. Neste sentido, valoriza-se a exploração de exemplos de produtos ou serviços biotecnológicos, assim como a reflexão sobre aspetos de natureza social, económica e ética que contextualizam a sua génese e a sua aplicabilidade.

A concretização das Aprendizagens Essenciais (AE) da disciplina exige integração das dimensões teórica e prático experimental do ensino da Biologia, assim como a adoção de estratégias didáticas diversificadas e centradas nos alunos, nomeadamente as que pressupõem a experimentação, a pesquisa e a análise de informação, a argumentação e o debate. A dimensão interdisciplinar é considerada importante, na medida em que permite rentabilizar a exploração de contextos de aprendizagem e supõe concertação de decisões educativas. As Aprendizagens Essenciais Transversais (AET) da disciplina, comuns ao ensino das ciências experimentais, devem ser entendidas como orientadoras dos processos de tomada de decisão didática necessários à concretização das Aprendizagens Essenciais elencadas por Domínio (AED). A concretização das AET supõe considerar as características dos alunos e dos contextos que influenciam os processos de ensino, aprendizagem e avaliação, motivo pelo qual se concretizam apenas alguns exemplos nos descritores das AED.

A concretização das AET da disciplina de Biologia será concretizada através da exploração de três dos cinco domínios propostos. Cada escola deverá selecionar aqueles que considere mais relevantes, ponderando, em cada ano letivo, a sua relevância face a problemáticas locais ou globais, assim como as expectativas de prosseguimento de estudos dos alunos.

As estratégias de ensino e de avaliação devem ser pensadas de forma intencional e integrada, considerando as AE preconizadas para a disciplina de Biologia (AET e AED) e as áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória que se pretendem desenvolver.

A Biologia assume-se como disciplina importante, no ano terminal de estudos científicos de nível secundário, podendo contribuir para sustentar decisões de prosseguimento de estudos e de cidadania responsável dos alunos que reconhecem o seu valor na compreensão de problemas e na fundamentação de decisões relativas a questões que afetam a sociedade e o ambiente.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS TRANSVERSAIS (AET)
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Pesquisar e sistematizar informações, integrando saberes prévios, para construir novos conhecimentos.

Explorar acontecimentos, atuais ou históricos, que documentem a natureza do conhecimento científico.

Interpretar estudos experimentais com dispositivos controlo e variáveis controladas, dependentes e independentes.

Realizar atividades em ambientes exteriores à sala de aula articuladas com outras atividades práticas.

Formular e comunicar opiniões críticas, cientificamente fundamentadas e relacionadas com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).

Articular conhecimentos de diferentes disciplinas para aprofundar tópicos de Biologia.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção, organização e sistematização de informação pertinente, com leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando elementos ou dados;
  • memorização, compreensão, consolidação e mobilização de saberes intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formulação de hipóteses e predições face a um fenómeno ou evento;
  • conceção de situações em que determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • imaginação de alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • conceção sustentada de pontos de vista próprio, face a diferentes perspetivas;
  • expressão criativa de aprendizagens (por exemplo, imagens, texto, organizador gráfico, modelos).

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • problematização de situações reais próximas dos interesses dos alunos;
  • elaboração de opiniões fundamentadas em factos ou dados (por exemplo textos com diferentes pontos de vista) de natureza disciplinar e interdisciplinar;
  • mobilização de discurso oral e escrito de natureza argumentativa (expressar uma posição, apresentar argumentos e contra-argumentos).

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • pesquisa autónoma e criteriosa sobre as temáticas em estudo, utilizando, nomeadamente, tecnologias e recursos digitais diversos;
  • aprofundamento de informação.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação de pontos de vista diferentes;
  • respeito por diferenças de características, crenças, culturas ou opiniões

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • síntese e organização de informação pertinente (por exemplo, sumários, registos de observações, relatórios segundo critérios e objetivos);
  • planificação, revisão e monitorização de tarefas;
  • estudo autónomo, identificando obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • problematização de situações;
  • formulação de questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogação sobre o seu próprio conhecimento.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • comunicação uni e bidirecional;
  • apresentação de ideias, questões e respostas, com clareza.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • autoanálise com identificação de pontos fracos e fortes das suas aprendizagens, numa perspetiva de autoaperfeiçoamento;
  • descrição de processos de pensamento usados na realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • integração de feedback de pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • reorientação do seu trabalho, individualmente ou em grupo, a partir de feedback do professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • participar de forma construtiva em trabalho de grupo, designadamente em contexto de trabalho de campo, laboratorial/experimental, atividades de pesquisa de informação;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assunção de compromissos e responsabilidades adequadas ao solicitado;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • cumprimento de compromissos contratualizados (por exemplo, prazos, organização, extensão, formatos e intervenientes).

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si.
  • ações estratégicas de intervenção (ex. escola, família, localidade...) enquanto cidadãos cientificamente informados.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
Reprodução e manipulação da fertilidade
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar informação relativa a intervenções biotecnológicas que visam resolver problemas de fertilidade humana.

Explicar a gametogénese e a fecundação aplicando conceitos de mitose, meiose e regulação hormonal.

Interpretar situações que envolvam processos de manipulação biotecnológica da fertilidade humana (métodos contracetivos, diagnóstico de infertilidade e técnicas de reprodução assistida).

Explorar informação sobre aspetos regulamentares e bioéticos associados à manipulação da fertilidade humana.

Planificar e executar atividades práticas (ex. pesquisa, entrevista a especialistas, atividades laboratoriais ou exteriores à sala de aula, organização de folhetos, exposições ou debates) sobre aspetos de fertilidade humana.

Organizador
Património genético
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar os trabalhos de Mendel (mono e diibridismo) e de Morgan (ligação a cromossomas sexuais) valorizando o seu contributo para a construção de conhecimentos sobre hereditariedade e genética.

Explicar a herança de características humanas (fenótipos e genótipos) com base em princípios de genética mendeliana e não mendeliana (grupos sanguíneos Rh e ABO, daltonismo e hemofilia).

Explicar exemplos de mutações génicas e cromossómicas (em cariótipos humanos), sua génese e consequências.

Interpretar informação científica relativa à ação de agentes mutagénicos na ativação de oncogenes.

Realizar exercícios sobre situações de transmissão hereditária (máximo de duas características em simultâneo, usando formatos de xadrez e heredograma).

Explicar fundamentos básicos de engenharia genética utilizados para resolver problemas sociais.

Interpretar informação sobre processos biotecnológicos de manipulação de ADN (obtenção de ADNc, amplificação de amostras de ADN por PCR, impressão digital genética, transformação genética de organismos).

Avaliar potencialidades científicas, limitações tecnológicas e questões bioéticas associadas a casos de manipulação da informação genética de indivíduos (diagnóstico e terapêutica de doenças e situações forenses).

Planificar e realizar atividades práticas (ex. pesquisa de informação, entrevistas a especialistas, atividades laboratoriais ou exteriores à sala de aula, organização de exposições ou debates) sobre manipulação de ADN.

Organizador
Imunidade e controlo de doenças
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar informação relativa a intervenções biotecnológicas que visam resolver problemas de  diagnóstico e controlo de doenças.

Explicar processos imunitários (defesa específica/ não específicas; imunidade humoral/ celular, ativa/ passiva).

Interpretar informação sobre processos de alergia, doença autoimune e imunodeficiência.

Explicar a importância dos anticorpos monoclonais em processos de diagnóstico e terapêutica de doenças.

Planificar e realizar atividades práticas (ex. pesquisa de informação, atividades laboratoriais ou exteriores à sala de aula, entrevistas a especialistas, exposições ou debates) sobre saúde do sistema imunitário.

Organizador
Produção de alimentos e sustentabilidade
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar informação relativa a intervenções biotecnológicas que visam resolver problemas de produção e conservação de alimentos.

Explicar processos de transformação de alimentos por microrganismos, aplicando conceitos de metabolismo.

Interpretar dados experimentais sobre atividade enzimática (efeito de temperatura, pH, inibição competitiva e não competitiva), aplicando conhecimentos de biomoléculas.

Avaliar argumentos sobre vantagens e preocupações relativas à utilização de OGM na produção de alimentos.

Comparar métodos de controlo de pragas (biotecnológicos/ biocidas) em termos de eficácia e impactes.

Realizar procedimentos laboratoriais/ experimentais sobre ação enzimática.

Planificar e realizar atividades práticas (ex. pesquisa de informação, atividades laboratoriais ou exteriores à sala de aula, entrevistas a especialistas, exposições ou debates) sobre processos de conservação de alimentos.

Organizador
Preservar e recuperar o ambiente
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar dados relativos a uma situação de contaminação de ar, água ou solo (que seja relevante e/ou próxima dos alunos).

Planificar e realizar atividades práticas (ex. pesquisa, entrevistas, atividades laboratoriais ou exteriores à sala de aula, organização de folhetos, exposições ou debates) sobre contaminantes, efeitos e remediação biotecnológica.

Realizar intervenções de cidadania responsável (exequíveis e fundamentadas) orientadas para prevenir/ minimizar/ remediar a problemática em estudo e promover o uso sustentado dos recursos naturais.

Francês Iniciação

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. As escalas de competência facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a componente de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

ENSINO SECUNDÁRIO | FORMAÇÃO ESPECÍFICA – INICIAÇÃO

A definição das AE para o Francês apoiou-se no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular nas escalas de competências, nos referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e nas orientações programáticas de Francês (2001). No ensino secundário, o percurso de aprendizagem Formação Específica -Iniciação privilegia um desenvolvimento equilibrado das competências orais e escritas num desempenho de nível A2 no 11.º ano.

ENSINO SECUNDÁRIO 10.º 11.º 12.º
Continuação Formação Específica A1.1 A1.2 B1.1

No final do 12.º ano do ensino secundário, o aluno atinge o nível do patamar intermédio do nível B1. Esta competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas. A aprendizagem da língua integra também uma componente intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, tais como a tolerância e o respeito pelo Outro. A componente estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem favorece a reflexão metalinguística, o pensamento crítico, a criatividade, a autonomia e a confiança na pesquisa e validação de informação, na resolução de problemas e na gestão de projetos individuais ou coletivos de trabalho.

O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Geografia C, História A, Filosofia A, Educação Física, Português e outras línguas estrangeiras ou ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Identificar as ideias principais e selecionar informação relevante não-verbal e verbal em textos variados (noticiários, reportagens, publicidade, videoclipes, curtas-metragens e filmes, publicações digitais, entre outros), sobre experiências e vivências, com vocabulário muito frequente e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Seguir indicações, normas e instruções escritas de forma clara e direta, identificar as ideias principais de um texto, selecionar informação pertinente em textos predominantemente dialogais, descritivos e narrativos (correspondência, catálogos, artigos de imprensa, publicidade, publicações digitais, textos literários entre outros), sobre experiências e vivências, com ideias articuladas, marcadores explícitos e vocabulário frequente.

Interação oral

Interagir sobre experiências e vivências em conversas estruturadas de forma pertinente, respeitando as convenções sociolinguísticas e o discurso do interlocutor, pronunciando de forma clara, com ritmo e entoação apropriados e usando vocabulário frequente, estruturas frásicas diversas com recursos gramaticais adequados para:

  • pedir/dar informações e explicações sobre bens e serviços e formular queixas;
  • descrever situações, narrar acontecimentos e expor informações;
  • trocar opiniões, gostos e preferências.

Interação escrita

Preencher formulários e escrever correspondência (120-160 palavras), sobre experiências e vivências, exprimindo-se com clareza, respeitando as convenções textuais e sociolinguística e utilizando vocabulário frequente, frases com estruturas gramaticais simples e recursos adequados na construção de textos coerentes e coesos (conetores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para:

  • pedir/dar informações e explicações sobre bens e serviços e formular queixas;
  • descrever situações, narrar acontecimentos e expor informações;
  • trocar opiniões, gostos e preferências.

Produção oral

Exprimir-se com alguma fluência sobre experiências e vivências, em monólogos e apresentações preparados previamente, usando vocabulário frequente, estruturas frásicas diversas e recursos gramaticais adequados na construção de uma sequência linear de informações para:

  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • expor informações, opiniões e explicações;
  • exprimir gostos e preferências.

Produção escrita

Redigir textos em suportes diversos (120-160 palavras) sobre experiências e vivências, respeitando as convenções textuais e utilizando vocabulário frequente, frases com estruturas gramaticais simples e recursos adequados para construir textos coerentes e coesos (conetores, marcadores e tempos verbais, entre outros) para:

  • expor informações, opiniões e explicações;
  • descrever situações e narrar acontecimentos;
  • exprimir gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • seleção, associação e organização de informação explícita e implícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral e seletiva do sentido.

Interação e produção orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • problematização de situações;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações, redação de textos principalmente descritivos e narrativos de formato e matriz variados, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A, B, A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar factos, atitudes, comportamentos e valores culturais, mobilizando conhecimentos de natureza diversa e demonstrando abertura e empatia.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Análise e questionamento de representações e estereótipos;
  • caracterização e explicação de diferenças culturais.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Verificar a eficiência das estratégias adotadas na planificação e realização de atividades de aprendizagem, recorrendo à comparação com a língua materna e outras línguas e deduzindo regras de funcionamento e uso da língua.

Em função de dificuldades, selecionar estratégias para retirar a informação essencial nas tarefas de leitura, audição e visionamento de documentos.

Transferir conhecimentos adquiridos para situações de interação e produção oral e escrita na vida real.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Utilização de estratégias adequadas para a realização de tarefas individuais ou colectivas;
  • mobilização de conhecimentos linguísticos para corrigir e explicar erros recorrentes em trabalho individual ou coletivo;
  • organização e realização autónoma de tarefas.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J