Materiais e Tecnologias

Introdução

Materiais e Tecnologias integra-se na componente de formação específica dos cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias e de Artes Visuais, constituindo-se como uma disciplina de opção no 12.º ano.

Torna-se essencial, no contexto desta disciplina, proporcionar aos alunos um conhecimento global dos materiais e das tecnologias e dos seus saberes técnicos específicos, que devem ser perspetivados numa lógica de formação tecnológica e numa sensibilização para os domínios artísticos e científicos que possibilitam a abertura a diferentes saberes direcionados para a “(...) interiorização e consolidação da importância que os materiais e respectivos processos de transformação assumem no fabrico de artefactos (...)” Programa de Materiais e Tecnologias. De acordo com esta perspetiva, os saberes devem englobar as dimensões de apropriação das caraterísticas físicas, funcionais, técnicas, económicas e estéticas dos materiais, pressupondo uma visão abrangente sobre os diferentes materiais e tecnologias presentes nos diferentes produtos.

As aprendizagens essenciais foram concebidas em função de classes de materiais (agrupados em metálicos, polímeros, cerâmicos e compósitos), de propriedades a eles associados (físicas, mecânicas, não mecânicas e superfície) e de tecnologias de fabrico (físicas, analógicas e digitais).

Nesta disciplina, incentiva-se a concretização de trabalho experimental com diferentes materiais e técnicas de produção, como atividade privilegiada no desenvolvimento de competências técnicas, sem, contudo, menosprezar as atividades que envolvam o contacto com materiais e tecnologias, utilizando diversos artefactos e objetos, artesanais e industriais, catálogos, ilustrações, brochuras, vídeos, visitas a museus e a diferentes unidades de produção.

As competências a desenvolver devem privilegiar uma forte ligação com conhecimentos previamente adquiridos noutras disciplinas designadamente ao nível da compreensão dos materiais utilizados e processos de transformação dos artefactos.

Neste sentido, a realização de maquetas, modelos e protótipos, de simplicidade adequada (por proposta e/ou sugestão dos alunos), sempre que possível em articulação com a disciplina de Desenho A, permitirá uma aplicação dos conhecimentos e o desenvolvimento de competências práticas. Também é desejável que, de algum modo, se possa estabelecer uma interligação das aprendizagens, sempre que possível e ainda que de forma abrangente, desenvolvidas nas disciplinas de História da Cultura e das Artes e de Geometria Descritiva A.

O desenvolvimento de áreas de competências que envolvem processos de descriminação, de seleção e de síntese é central nesta disciplina já que permite perceber com mais facilidade e precisão as potencialidades dos materiais e das tecnologias.

O desenvolvimento de trabalho prático e experimental, designadamente na participação dos alunos em projetos, irá permitir-lhes alcançar a compreensão da tecnologia, através da aplicação de princípios teóricos em situações idênticas às da vida real, contribuindo ainda para o desenvolvimento das áreas de competências definidas no Perfil do Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, nomeadamente:

  • mobilizar e compreender fenómenos científicos e técnicos e a sua aplicação para dar resposta aos desejos e necessidades humanos, com consciência das consequências éticas, sociais, económicas e ecológicas;
  • utilizar diferentes linguagens e simbolos associados à tecnologia de modo adequado aos diferentes contextos de comunicação, em ambientes analógicos e digitais;
  • comunicar adequadamente as suas ideias, através da utilização de linguagens diferentes (oral, escrita, gráfica), fundamentando-as e argumentando face às ideias dos outros;
  • utilizar processos e fenómenos científicos e tecnológicos, colocando questões, procurando informação e aplicando conhecimentos adquiridos na tomada de decisão informada, entre as opções possíveis;
  • utilizar processos científicos simples de conhecimento da realidade, assumindo uma atitude de permanente investigação e experimentação, reconhecendo o contributo da ciência para o progresso tecnológico e para a melhoria da qualidade de vida;
  • consolidar hábitos de planeamento das etapas do trabalho, identificando os requisitos técnicos, condicionalismos e recursos para a concretização de projetos, identificando necessidades e oportunidades tecnológicas numa diversidade de propostas e fazendo escolhas fundamentadas;
  • manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar, utilizar, transformar, imaginar e criar produtos e sistemas. Estando a tecnologia, os processos metodológicos e os produtos em constante evolução, é fundamental saber analisar, interpretar e sistematizar a informação disponível em diferentes canais de comunicação, para que os alunos sejam capazes de avaliar a pertinência da informação pesquisada.

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas foram estruturadas a partir de três organizadores comuns à Educação Artística:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Experimentação e Criação;
  • Interpretação e Comunicação;

Apropriação e Reflexão - Pretende-se que os alunos se apropriam das linguagens específicas dos universos tecnológico, científico e artístico, através da apreensão dos respetivos saberes específicos. Esta apropriação decorre de processos que incluem a observação e a análise dos objetos e do mundo, dos materiais e das tecnologias de produção, possibilitando a interpretação informada e a reflexão de diferentes fenómenos tecnológicos de produção e fabricação de produtos.

Experimentação / Criação - Conjugam-se a experiência a pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos, a elaboração de hipótese, os recursos técnicos, na experimentação “(...) das diferentes classes de materiais, nomeadamente no que se refere à sua natureza, características estéticas, propriedades físicas, mecânicas e outras; das tecnologias de processamento dos materiais em processos de design em geral; de técnicas de representação física de artefactos, pelo domínio das novas e tradicionais tecnologias para a realização de maquetas, modelos e protótipos e de metodologias planificadas de trabalho (...)”.

Interpretação e Comunicação – Incentivam-se processos de clarificação e avaliação de dados, informações e conhecimentos, de modo a comunicar ideias, cenários, evoluções, no que se refere aos materiais e tecnologias, com base em acontecimentos do dia-a-dia e de atualização científica, estimulando a partilha de ideias e o questionamento de soluções, utilizando vários sistemas e suportes de comunicação (oral, escrita, pictórica, digital, entre outras)

Estes Domínios, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como

Domínios

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO- REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Compreender a importância dos materiais e das tecnologias para a caraterização e compreensão do mundo físico que nos rodeia;
  • Reconhecer a importância da dimensão estética dos produtos e objetos do quotidiano;
  • Perceber o papel dos materiais, processos e tecnologias no desenvolvimento de produtos e objetos (design industrial);
  • Sinalizar algumas referências da história do design / design industrial, caracterizando materiais e processos de produção utilizados e situando-os no seu contexto histórico-cultural;
  • Identificar diferentes classes de materiais (madeiras, metais, cerâmicas, polímeros, compósitos, entre outras);
  • Reconhecer as principais propriedades dos materiais (estéticas, funcionais, físicas, mecânicas, não mecânicas, superfície, processamento, económicas, aplicações);
  • Distinguir os principais processos de transformação dos materiais;
  • Diferenciar classes de processos de produção (fundição, corte, conformação, ligação, entre outros) e identificar exemplos de aplicação;
  • Reconhecer os principais e mais relevantes processos de produção dos diferentes materiais;
  • Caracterizar com uma linguagem adequada materiais e processos de transformação e produção de objetos e de outros produtos do quotidiano;
  • Compreender a evolução dos materiais e processos de produção ao longo dos tempos, reconhecendo o impacto desta evolução no desenvolvimento.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • a descrição de materiais e tecnologias utilizando diversos artefactos e objetos, artesanais e industriais, catálogos, ilustrações, brochuras, Internet, entre outros suportes;
  • a identificação/caracterização de artefactos e objetos metálicos (por exemplo aspirador, máquina de café, torradeira, equipamento áudio, cadeira, entre outros);
  • contacto com amostras, para identificação, de vidros, cerâmicas, barro e materiais pétreos;
  • consulta de catálogos, brochuras, vídeos, Internet, bibliografia da especialidade, entre outros;
  • exposições em contexto escolar recorrendo a artefactos e objetos de cerâmica e de vidro (por exemplo objetos decorativos, peças escultóricas, entre outros;
  • debates e/ou mesa-redonda sobre as funções dos objetos e dos materiais e o papel das suas transformações no mundo atual;
  • realização de conferências para os colegas e professores da escola sobre, por exemplo: «A evolução dos objetos e dos materiais e o seu impacto no mundo».

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • conhecer, utilizar e experimentar diferentes materiais no fabrico de artefactos simples, desenvolvendo formas próprias de expressão, atribuindo-lhe novos significados;
  • desenvolver capacidades de análise crítica, de idealização de novas soluções, aplicando-as em trabalhos práticos.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • pesquisa, investigação e reflexão no domínio da tecnologia dos materiais e do design de produto;
  • preparação de exposições orais para o desenvolvimento das capacidades individuais de análise e de interpretação crítica fundamentada;
  • debates sobre diferentes temáticas, no âmbito dos materiais e tecnologias e a sua relação com o ambiente, incentivando as capacidades de arguição e de fundamentação de diferentes pontos de vista.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • desenvolver processos de observação para a identificação das principais características de um fenómeno, problema, oportunidade, elemento, acontecimento, sistema ou ponto de vista;
  • prever/antecipar evoluções e novas direções, no que se refere aos materiais e tecnologias, com base em acontecimentos do dia a dia e de atualização científica;
  • ter responsabilidade ecológica.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • um relacionamento responsável dentro de grupos de trabalho, adotando atitudes comportamentais construtivas, solidárias, tolerantes e de respeito para com o outro;
  • espírito de cooperação e de responsabilização.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • realizar observações analíticas de artefactos de produção industrial, identificando os processos envolvidos relativamente aos materiais e tecnologias;
  • interpretar criticamente os dados e as informações recolhidas, selecionando o que é pertinente e o que não é.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • mobilizar diferentes critérios de argumentação para a apreciação de artefactos do quotidiano, com ênfase nas opções tomadas ao nível dos materiais e tecnologias;
  • aplicar diferentes perpectivas de análise dos objetos e dos seus contextos de produção e utilização/fruição.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • verbalizar as experiências vivenciadas, de uma forma organizada e dinâmica, utilizando um vocabulário adequado;
  • dominar diferentes processos de comunicação de ideias (comunicação oral, escrita, pictórica, simbólica, ou quaisquer combinações destas);
  • dominar técnicas de representação dos objetos (esboços, esquissos, maquetas, pequenos protótipos, desenho de projeto e desenho de produção, entre outros).

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • identificar os “marcos” de desenvolvimento das aprendizagens, ao nível do:
  • domínio dos conhecimentos adquiridos, das técnicas e dos materiais;
  • domínio dos processos de seleção e utilização de materiais e tecnologias na realização de pequenos projetos de desenvolvimento de produtos.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • cooperar com os seus pares na partilha de saberes para a superação conjunta de dificuldades, nas diversas atividades nos contextos de sala de aula ou de situações não formais (visitas realizadas no âmbito dos materiais e da tecnologia, contacto com processos reais de desenvolvimento de produtos e de design industrial, entre outras).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • colaborar na definição de regras relativas aos processos de trabalho e materiais, à gestão do espaço e à realização de tarefas;
  • manifestar sentido de comprometimento, respeitando o trabalho individual, dos pares e de grupo;
  • respeitar os prazos de cumprimento dos trabalhos;
  • propor autonomamente novas atividades e novas soluções para a resolução de problemas.

Promover estratégias que induzam:

  • atitudes de construção de consensos, como formas de aprendizagem em comum;
  • ser solidário com outros, desenvolvendo o sentido de interajuda na elaboração de trabalho de grupo;
  • disponibilidade e atitudes de partilha de ideias e conhecimentos. 
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO-CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Aplicar tecnologias de produção de artefactos simples;
  • Dominar processos de manipulação, transformação, conformação e acabamento de materiais;
  • Realizar trabalhos práticos baseados em projetos reais;
  • Consolidar, através de simulação experimentação, saberes e competências que permitam compreender o mundo dos objetos e relacioná-los com os materiais e com as tecnologias;
  • Concretizar trabalhos experimentais como atividades privilegiadas no desenvolvimento de aprendizagens e competências técnicas (maquetas, modelos, protótipos, entre outros).
Organizador
INTERPRETAÇÃO - COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Comparar diferentes materiais relativamente às suas propriedades e aplicações mais correntes;
  • Selecionar materiais e processos de produção na construção de artefactos simples;
  • Estabelecer uma relação crítica entre necessidades humanas, expetativas, sugestão de novas necessidades e os objetos e produtos produzidos e consumidos;
  • Investigar com autonomia sobre materiais e tecnologias associadas ao desenvolvimento de artefactos e objetos.

Matemática A

Introdução

A disciplina de Matemática A destina-se aos Cursos Científico-Humanísticos de Ciências eTecnologias e de Ciências Socioeconómicas.

As Aprendizagens Essenciais (AE) baseiam-se no programa e metas da disciplina para este ano de escolaridade homologados em 2014. Os detalhes das AE devem ser complementados com esses documentos. Os temas curriculares não identificados nas AE podem ser abordados pelos docentes no exercício da sua autonomia em consonância com o projeto educativo de cada Unidade Orgânica. As AE aprofundam as Orientações de Gestão curricular para o Programa e Metas Curriculares de Matemática A, publicadas na página da Direção-Geral da Educação em agosto de 2016, com as quais são totalmente compatíveis, enquadradas e articuladas com a orientação do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), assim como a experiência de três anos de lecionação do programa e metas.

As AE incluem os temas matemáticos de Funções e Geometria no 10.º ano, Funções, Geometria e Estatística no 11.º ano e Funções, Probabilidades e Números Complexos no 12.º ano. O papel relevante da Estatística na sociedade atual justifica a integração de alguns dos seus conteúdos essenciais e a extensão do programa e metas motiva a sua abordagem apenas no 11.º ano. Em termos gerais, na definição das AE, foi feita a opção de sugerir o estudo de alguns temas em anos posteriores ao previsto no programa, mas nunca em anos anteriores, com o objetivo de facilitar a utilização do manual por parte de professores e alunos.

As AE assumem a Lógica e a Teoria de Conjuntos como temas transversais e colocam no mesmo patamar de relevância a Resolução de Problemas, a História e a Modelação Matemáticas.

Para cada tema matemático, as AE formam um todo constituído por conteúdos, objetivos e práticas interrelacionados. Os objetivos concretizam essas aprendizagens relativas a cada conteúdo, incidindo sobre conhecimentos, capacidades e atitudes a adquirir e a desenvolver, e as práticas estabelecem condições que apoiam e favorecem a consecução desses objetivos.

A aquisição e o desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes, e a sua mobilização em contextos matemáticos e não matemáticos são objetivos essenciais associados aos conteúdos de aprendizagem de cada tema matemático. Estes objetivos essenciais, definidos em termos de capacidades e de atitudes, devem ser valorizados com igual importância relativamente aos conteúdos e favorecem uma aproximação aos conceitos matemáticos.

Estas AE são enquadradas e articuladas no e com o PA, tendo em vista a sua consecução. No que particularmente se refere às aprendizagens dos alunos associadas às áreas de competências aí definidas, seja nas áreas (a), (b), (c), (d) e (i), intrinsecamente relacionadas com temas, processos e métodos matemáticos, seja nas restantes áreas, (e), (f), (g), (h) e (j), a que a Matemática dá igualmente contributos essenciais. No entanto, pressupõe o recurso a práticas de trabalho autónomo, colaborativo e de caráter interdisciplinar. O trabalho em sala de aula deve contemplar a ligação a outras disciplinas, o ensino experimental e a realização de projetos com vista a promover um desenvolvimento integral dos estudantes de acordo com o PA.

Considera-se essencial que os professores diversifiquem as suas metodologias de ensino. Por um lado, assume-se que “o professor de matemática deve ser, primeiro que tudo, um professor de matematização, isto é, deve habituar o aluno a reduzir situações concretas a modelos matemáticos e, vice-versa, aplicar os esquemas lógicos da matemática a problemas concretos” (Sebastião e Silva). Por outro lado é preciso atender aos diferentes tipos de aluno pois, tal como um método de ensino não é suficiente para ensinar estudantes de variados níveis de desenvolvimento, uma única estratégia de ensino também não funciona em todos os problemas matemáticos. Por último, desenvolver competências matemáticas complexas pode requerer estratégias de ensino diferentes daquelas usadas para desenvolver competências matemáticas básicas.

Deve ter-se em atenção que não é indiferente o modo como se ensina matemática. Os estudantes devem ter oportunidades de descobrir, raciocinar, provar e comunicar matemática. Para isso é fundamental que os estudantes se envolvam em discussões e atividades estimulantes e que não se sobrevalorizem as competências procedimentais sem a compreensão dos princípios matemáticos subjacentes.

Desde o início do ensino secundário, a tecnologia deve ser usada de forma crítica e inteligente contribuindo para o desenvolvimento de novas competências associadas à área da programação que, nalguns países, estão já integradas nos programas de Matemática. A tecnologia é uma ferramenta cada vez mais presente na sociedade e no mercado de trabalho e também um recurso essencial no ensino, ajudando os alunos a perceber as ideias matemáticas, a raciocinar, a resolver problemas e a comunicar. Assim, a tecnologia gráfica deve estar presente, quer em contexto de sala de aula, quer em contexto de avaliação externa.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Probabilidades E Cálculo Combinatório
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Conhecer a probabilidade no conjunto das partes de um espaço amostral finito;
  • Identificar acontecimentos impossível, certo, elementar, composto, incompatíveis, contrários e equiprováveis;
  • Calcular probabilidades utilizando a regra de Laplace;
  • Conhecer e usar propriedades das probabilidades:
    • probabilidade do acontecimento contrário;
    • probabilidade da diferença de acontecimentos;
    • probabilidade da união de acontecimentos.
  • Conhecer a probabilidade condicionada e identificar acontecimentos independentes;
  • Conhecer e aplicar na resolução de problemas:
    • arranjos com e sem repetição;
    • permutações e fatorial de um número inteiro não negativo;
    • combinações.
  • Resolver problemas envolvendo o Triângulo de Pascal e as suas propriedades e o desenvolvimento do Binómio de Newton.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Estabelecer conexões entre diversos temas matemáticos e de outras disciplinas.
  • Utilizar a Lógica à medida que vai sendo precisa e em ligação com outros temas matemáticos promovendo uma abordagem integrada no tratamento de conteúdos pertencentes a outros domínios.
  • Tirar partido da utilização da tecnologia nomeadamente para experimentar, investigar, comunicar, programar, criar e implementar algoritmos.
  • Utilizar a tecnologia para fazer verificações e resolver problemas numericamente, mas também para fazer investigações, descobertas, sustentar ou refutar conjeturas.
  • Utilizar a tecnologia gráfica, geometria dinâmica e folhas de cálculo, no estudo de funções, de geometria e números complexos.
  • Apreciar o papel da matemática no desenvolvimento das outras ciências e o seu contributo para a compreensão e resolução dos problemas da humanidade através dos tempos.
  • Enquadrar do ponto de vista da História da Matemática os conteúdos abordados que para o efeito se revelem particularmente adequados.
  • Resolver problemas, atividades de modelação ou desenvolver projetos que mobilizem os conhecimentos adquiridos ou fomentem novas aprendizagens, em contextos matemáticos e de outras disciplinas, nomeadamente Física e Economia.
  • Comunicar, utilizando linguagem matemática, oralmente e por escrito, para descrever, explicar e justificar procedimentos, raciocínios e conclusões.
  • Avaliar o próprio trabalho para identificar progressos, lacunas e dificuldades na sua aprendizagem.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
Funções
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Continuidade e assíntotas

Derivadas, monotonia e concavidades

Funções exponenciais e logarítmicas

Funções trigonométricas

 

  • Estudar a continuidade de uma função num ponto e num subconjunto do domínio;
  • Identificar e justificar a continuidade de funções polinomiais, racionais e irracionais;
  • Conhecer a continuidade da soma, diferença, produto e quociente de funções contínuas;
  • Conhecer e aplicar o teorema dos valores intermédios (Bolzano-Cauchy);
  • Identificar graficamente e determinar as assíntotas verticais, horizontais e oblíquas ao gráfico de uma função;
  • Conhecer e aplicar a derivada da soma, da diferença, do produto e do quociente de funções diferenciáveis;
  • Conhecer e aplicar a derivada de funções do tipo $f(x)=x^\alpha $ (com α racional e x > 0);
  • Caracterizar a função derivada de uma função e interpretá-la graficamente;
  • Relacionar o sinal e os zeros da função derivada com a monotonia e extremos da função e interpretar graficamente;
  • Relacionar o sinal e os zeros da função derivada de segunda ordem com o sentido das concavidades e pontos de inflexão;
  • Resolver problemas de otimização envolvendo funções diferenciáveis;
  • Estudar da sucessão de termo geral $u_{n}=(1+\frac{x}{n})^n$ com x ∈ R e definição de número de Neper;
  • Conhecer as propriedades das funções reais de variável real do tipo $f(x)= a^x$ , (a > 1): monotonia, sinal, continuidade, limites e propriedades algébricas;
  • Caracterizar uma função logarítmica como função inversa de uma função exponencial de base a, com a > 1, referindo logaritmos neperiano e decimal;
  • Conhecer as propriedades das funções reais de variável real do tipo $f(x)= log_{a}x$: monotonia, sinal, continuidade, limites e propriedades algébricas dos logaritmos;
  • Conhecer e aplicar os limites notáveis $\lim\limits_{x \to y} \frac{e^x-1}{x}$, $\lim\limits_{x \to +\infty } \frac{e^x}{x^k}$, $\lim\limits_{x \to +\infty } \frac{\ln x}{x}$;
  • Conhecer e aplicar a derivada da função exponencial e da função logarítmica;
  • Conhecer a composição de funções e o teorema da derivada da função composta e aplicá-lo nas derivadas de funções exponenciais e de funções logarítmicas;
  • Conhecer as fórmulas trigonométricas da soma, da diferença e da duplicação;
  • Conhecer e aplicar o limite notável $\lim\limits_{x \to 0} \frac{sen\;  x}{x}$;
  • Conhecer e aplicar as derivadas das funções seno, cosseno e tangente;
  • Resolver problemas envolvendo funções trigonométricas num contexto de modelação.

 

Organizador
NÚMEROS COMPLEXOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Comunicação matemática
  • Contextualizar historicamente a origem dos números complexos;
  • Definir a unidade imaginária e o conjunto C dos números complexos;
  • Representar números complexos na forma algébrica e na forma trigonométrica;
  • Representar geometricamente números complexos;
  • Operar com números complexos na forma algébrica (adição, multiplicação e divisão);
  • Operar com números complexos na forma trigonométrica (multiplicação, divisão, potenciação e radiciação);
  • Explorar geometricamente as operações com números complexos e resolver problemas envolvendo as propriedades algébricas e geométricas dos números complexos;
  • Resolver e interpretar as soluções de equações em $\mathbb{C}$.

 

Literaturas de Língua Portuguesa

Introdução

Literaturas de Língua Portuguesa é uma disciplina especificamente orientada para o aprofundamento de aprendizagens relacionadas com a educação literária. Visa promover o conhecimento do património literário em língua portuguesa e educar o gosto literário, aprofundando hábitos de leitura. Para tal, preconiza-se não só o alargamento e a especificação de critérios de apreciação literária, mas também a promoção da leitura autónoma e crítica. São ainda finalidades desta disciplina o desenvolvimento de valores pessoais e interpessoais de natureza sociocultural e a promoção da educação para a cidadania, pelo contacto com tradições literárias diferentes da portuguesa.

Na literatura reside o encontro com o Outro e com a aventura coletiva que é o viver humano. O aprofundamento de uma educação literária que se amplifica aos escritores que produzem obras literárias em língua portuguesa abre espaço para o desenvolvimento de pensamento crítico e de pensamento criativo, de sensibilidade estética, de convocação de conhecimentos interdisciplinares e transversais, de entendimento do mundo, de conhecimento enciclopédico, de relação interartística e intercultural, num percurso de formação integral enquanto indivíduo e cidadão, em conformidade com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
LEITURA LITERÁRIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Realizar leitura crítica e autónoma;

Interpretar o sentido global do texto e a intencionalidade comunicativa, com base em inferências;

Reconhecer a organização interna e externa do texto;

Reconhecer tema(s), ideias principais, pontos de vista;

Compreender a utilização de recursos expressivos para a construção de sentido do texto;

Refletir sobre a língua portuguesa como veículo de expressões artísticas;

Reconhecer os contributos da língua portuguesa para a reflexão e ação culturais;

Identificar os contributos da língua portuguesa para a ação e intervenção cívicas;

Contextualizar obras literárias de língua portuguesa de vários géneros e modos literários (lírico, dramático e narrativo) atendendo aos diversos paradigmas nacionais;

Conhecer as características de obras literárias de, pelo menos, cinco países de língua portuguesa, de entre:

  • Angola – as periferias urbanas, suas metamorfoses e lições de resistência; os mundos da literatura de transmissão oral; os rituais de vida, amor e morte e sua dimensão exemplar;
  • Brasil - os retratos da infância; os heróis sertanejos itinerantes e complexos; os microcosmos regionais;
  • Cabo Verde - as histórias de meninos nas ilhas; o preço da insularidade e a emigração; a realidade urbana e as marcas do desenvolvimento;
  • Guiné-Bissau - as narrativas de transmissão oral; literatura e outras artes: modalidades de preservação das memórias coletivas;
  • Moçambique - os olhares dos escritores sobre o Índico; literatura e recuperação da História
  • S. Tomé e Príncipe - autores impulsionadores da ideia de África como exemplo para o Mundo; os fenómenos culturais e literários associados ao teatro coletivo e de rua;
  • Timor-Leste - literatura e fundação da nação independente; matrizes da oralidade, suas dimensões exemplares e morigeradoras.

Valorizar a diversidade cultural, de vivências e de mundivisões presentes nos textos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • leitura e interpretação de texto;
  • leitura analítica e crítica;
  • análise de intertextualidades;
  • leitura comparativa;
  • pesquisa histórica;
  • pesquisa sobre temas da História das Artes Visuais;
  • trabalho de projeto.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Criativo (A, C, D)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ESCRITA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar textos literários com outros (literários ou não) e com outras manifestações estéticas.

Utilizar de modo sistemático as fases de pesquisa, planificação, redação, revisão e publicação, em diferentes suportes.

Escrever e partilhar textos, cumprindo os requisitos do trabalho intelectual.

Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento da informação.

Retirar, intencionalmente, informação relevante de um texto.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam escrita para apropriação de técnicas e modelos, como:

  • textos predominantemente expositivos sobre temas estudados;
  • textos predominantemente argumentativos;
  • comentários literários.

Promover estratégias que impliquem escrita para registos e tomada de notas associados a:

  • análise de relações intertextuais e interartísticas;
  • análise da atualidade das obras lidas;
  • sistematização de diferenças e semelhanças entre culturas.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Criativo (A, C, D)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Organizador
ORALIDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Refletir sobre a língua portuguesa na sua diversidade.

Estabelecer relações entre a língua portuguesa e as outras línguas.

Produzir textos orais em situações formais de comunicação.

Debater, de forma sustentada, oralmente, pontos de vista, suscitados pela leitura de textos e autores diferentes.

Utilizar elementos linguísticos adequados à metalinguagem para interpretar textos lidos.

Refletir, sob o ponto de vista estético e literário, sobre experiências de leitura.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • dramatização de textos produzidos ou estudados;
  • exposições orais;
  • debates sobre temas da literatura;
  • palestras orientadas a partir da análise de testemunhos culturais em suportes diversos, relacionadas com as obras em estudo.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Criativo (A, C, D)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Educação Visual

Introdução

As Artes Visuais assumem-se como uma área do conhecimento fundamental para o desenvolvimento global e integrado dos alunos, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mais especificamente dos processos de olhar e ver, de forma crítica e fundamentada, dos diferentes contextos visuais. Assume como principal finalidade o alargamento e enriquecimento das experiências visual e plástica dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, despertando, ao longo do processo de aprendizagem, o gosto pela apreciação e fruição das diferentes circunstâncias culturais.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais para as Artes Visuais, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se que os alunos aprendam os saberes da comunicação visual e compreendam os sistemas simbólicos das diferentes linguagens artísticas, identificando e analisando, com um vocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e técnicas em diferentes narrativas visuais, aplicando os saberes apreendidos em situações de observação e/ou da sua experimentação plástica, estimulando o desenvolvimento do seu estilo de representação.

Incentiva-se, a partir da experiência de cada aluno e dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese, argumentação e juízo crítico, a apreciação estética e artística, para a compreensão, entre outros aspetos, da expressividade contida na linguagem das imagens e/ou de outras narrativas visuais.

Interpretação e Comunicação – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão e de interpretação, no contacto com os diferentes universos visuais - sendo desejável que não se restrinja a arte à tradição ocidental e a determinados períodos históricos -, estimulando múltiplas leituras das diferentes circunstâncias culturais. Procura-se, deste modo, desenvolver estratégias para a construção das relações entre o olhar, o ver e o fazer. Valorizam-se as vivências e as experiências de cada aluno, no sentido de o levar a uma interpretação mais abrangente e mais complexa, fazendo interdepender três realidades: imagem/objeto, sujeito e construção de hipóteses de interpretação.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos, na experimentação plástica de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho. Deseja-se que a experiência plástica dos alunos não seja encarada, apenas, como uma atividade ilustrativa do que vê, mas a (re)invenção de soluções para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas, imprimindo-lhe a sua intencionalidade e o desenvolvimento da sua expressividade.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios


Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem saberes, a apropriação e domínio de materiais e suportes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores, articulam-se os processos artísticos e tecnológicos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que decorrem destes Domínios/Organizadores deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais, formais e não formais.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos (cor, forma, linha, textura, plano, luz, espaço, volume, movimento, ritmo, entre outros) serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos continuam a ser desenvolvidos neste ciclo de aprendizagem, acautelando-se o princípio que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial aos alunos conhecerem no final do 3.º ciclo, aumentando o grau de dificuldade relativamente à abordagem dos conceitos a trabalhar, como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Refletir sobre as manifestações culturais do património
local e global (obras e artefactos de arte - pintura, escultura, desenho, assemblage, colagem, fotografia, instalação, land ́art, banda desenhada, design, arquitetura, artesanato, multimédia e linguagens cinematográficas).

Dominar os conceitos de plano, ritmo, espaço, estrutura, luz-cor, enquadramento, entre outros - em diferentes contextos e modalidades expressivas: pintura, escultura, desenho, design, fotografia, cinema, vídeo, banda desenhada.

Reconhecer a importância das imagens como meios de comunicação de massas, capazes de veicular diferentes significados (económicos, políticos, sociais, religiosos, ambientais, entre outros).

Enquadrar os objetos artísticos de diferentes culturas e períodos históricos, tendo como referência os saberes da História da Arte (estilos, movimentos, intencionalidades e ruturas).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências visuais dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) se desenvolve(m) e forma(m) através da prática sistemática de experiências culturais diversificadas, quer seja nos âmbitos da fruição, quer da experimentação.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhes atribui significados novos;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem processos para imaginar diferentes possibilidades para gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • debates sobre as diferentes imagens, criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e dos outros;
  • apreciações fundamentadas em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • reinventar soluções para a criação de novas imagens relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências plásticas.

Promover estratégias que requeiram/ por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção de técnicas e de materiais ajustando- os à intenção expressiva das suas representações;
  • a utilização sistemática de processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho;
  • a transferência para novas situações de processos de análise e de síntese, de modo a criar um conjunto de imagens e de objetos com possibilidades de desenvolver trabalhos com um nível mais elevado de complexidade.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • questionar as diferentes circunstâncias culturais, ambientais, urbanísticas, entre outras, e perceber o seu contributo para uma ação cívica, junto das comunidades.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a seleção de elementos de natureza diversa (plástica, escrita, entre outros) para criar dinâmicas na comunidade (exposições, debates, entre outras);
  • a participação em projetos de trabalho multidisciplinares.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • a identificação das suas capacidades e fragilidades e dos materiais que melhor domina para expressar as suas ideias.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • cooperar com os seus pares na partilha de saberes para a superação conjunta de dificuldades nas diversas atividades, nos contextos de sala de aula ou de situações não formais (museus, atividades de ar livre, espetáculos, entre outras);
  • divulgar atividades inviduais ou de grupo, através dos canais de comunicação disponíveis, de modo a promover a partilha de dados e de experiências.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • criar regras relativas aos procedimentos com os materiais, à gestão do espaço e à realização de tarefas;
  • manifestar sentido de comprometimento, respeitando o trabalho individual, a par e de grupo;
  • respeitar os prazos de cumprimento dos trabalhos;
  • incentivar a importância de fazer propostas de projetos a realizar e de temáticas a investigar;
  • criar o seu portefólio com vista à autoavaliação.

Promover estratégias que induzam:

  • a organização dos espaços e dos materiais, de acordo com as regras construídas em grupo e/ou pelo professor;
  • a partilha de ideias, no sentido de encontrar soluções e de compreender o ponto de vista dos outros;
  • a disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação;
  • a valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar as suas ideias.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender a importância da inter-relação dos saberes da comunicação visual (espaço, volume, cor, luz, forma, movimento, estrutura, ritmo, entre outros) nos processos de fruição dos universos culturais.

Relacionar o modo como os processos de criação interferem na(s) intencionalidade(s) dos objetos artísticos.

Perceber os “jogos de poder” das imagens e da sua capacidade de mistificação ou desmistificação do real.

Interrogar os processos artísticos para a compreensão da arte contemporânea.

Transformar os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação do mundo.

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Articular conceitos (espaço, volume, cor, luz, movimento, estrutura, forma, ritmo), referências, experiências, materiais e suportes nas suas composições plásticas.

Manifestar expressividade nos seus trabalhos, selecionando, de forma intencional, conceitos, temáticas, materiais, suportes e técnicas.  

Justificar a intencionalidade das suas composições, recorrendo a critérios de ordem estética (vivências, experiências e conhecimentos).

Organizar exposições em diferentes formatos – físicos e/ou digitais - individuais ou de grupo, selecionando trabalhos tendo por base os processos de análise, síntese e comparação, que conjugam as noções de composição e de harmonia, de acordo com o objetivo escolhido/proposto.

Selecionar, de forma autónoma, processos de trabalho e de registo de ideias que envolvam a pesquisa, investigação e experimentação.

Educação Visual

Introdução

As Artes Visuais assumem-se como uma área do conhecimento fundamental para o desenvolvimento global e integrado dos alunos, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mais especificamente dos processos de olhar e ver, de forma crítica e fundamentada, dos diferentes contextos visuais. Assume como principal finalidade o alargamento e enriquecimento das experiências visual e plástica dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, despertando, ao longo do processo de aprendizagem, o gosto pela apreciação e fruição das diferentes circunstâncias culturais.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais para as Artes Visuais, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se que os alunos aprendam os saberes da comunicação visual e compreendam os sistemas simbólicos das diferentes linguagens artísticas, identificando e analisando, com um vocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e técnicas em diferentes narrativas visuais, aplicando os saberes apreendidos em situações de observação e/ou da sua experimentação plástica, estimulando o desenvolvimento do seu estilo de representação.

Incentiva-se, a partir da experiência de cada aluno e dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese, argumentação e juízo crítico, a apreciação estética e artística, para a compreensão, entre outros aspetos, da expressividade contida na linguagem das imagens e/ou de outras narrativas visuais.

Interpretação e Comunicação – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão e de interpretação, no contacto com os diferentes universos visuais - sendo desejável que não se restrinja a arte à tradição ocidental e a determinados períodos históricos -, estimulando múltiplas leituras das diferentes circunstâncias culturais. Procura-se, deste modo, desenvolver estratégias para a construção das relações entre o olhar, o ver e o fazer. Valorizam-se as vivências e as experiências de cada aluno, no sentido de o levar a uma interpretação mais abrangente e mais complexa, fazendo interdepender três realidades: imagem/objeto, sujeito e construção de hipóteses de interpretação.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos, na experimentação plástica de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho. Deseja-se que a experiência plástica dos alunos não seja encarada, apenas, como uma atividade ilustrativa do que vê, mas a (re)invenção de soluções para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas, imprimindo-lhe a sua intencionalidade e o desenvolvimento da sua expressividade.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios


Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem saberes, a apropriação e domínio de materiais e suportes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores, articulam-se os processos artísticos e tecnológicos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que decorrem destes Domínios/Organizadores deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais, formais e não formais.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos (cor, forma, linha, textura, plano, luz, espaço, volume, movimento, ritmo, entre outros) serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos continuam a ser desenvolvidos neste ciclo de aprendizagem, acautelando-se o princípio que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial aos alunos conhecerem no final do 3.º ciclo, aumentando o grau de dificuldade relativamente à abordagem dos conceitos a trabalhar, como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Refletir sobre as manifestações culturais do património
local e global (obras e artefactos de arte - pintura, escultura, desenho, assemblage, colagem, fotografia, instalação, land ́art, banda desenhada, design, arquitetura, artesanato, multimédia e linguagens cinematográficas).

Dominar os conceitos de plano, ritmo, espaço, estrutura, luz-cor, enquadramento, entre outros - em diferentes contextos e modalidades expressivas: pintura, escultura, desenho, design, fotografia, cinema, vídeo, banda desenhada.

Reconhecer a importância das imagens como meios de comunicação de massas, capazes de veicular diferentes significados (económicos, políticos, sociais, religiosos, ambientais, entre outros).

Enquadrar os objetos artísticos de diferentes culturas e períodos históricos, tendo como referência os saberes da História da Arte (estilos, movimentos, intencionalidades e ruturas).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências visuais dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) se desenvolve(m) e forma(m) através da prática sistemática de experiências culturais diversificadas, quer seja nos âmbitos da fruição, quer da experimentação.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhes atribui significados novos;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem processos para imaginar diferentes possibilidades para gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • debates sobre as diferentes imagens, criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e dos outros;
  • apreciações fundamentadas em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • reinventar soluções para a criação de novas imagens relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências plásticas.

Promover estratégias que requeiram/ por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção de técnicas e de materiais ajustando- os à intenção expressiva das suas representações;
  • a utilização sistemática de processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho;
  • a transferência para novas situações de processos de análise e de síntese, de modo a criar um conjunto de imagens e de objetos com possibilidades de desenvolver trabalhos com um nível mais elevado de complexidade.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • questionar as diferentes circunstâncias culturais, ambientais, urbanísticas, entre outras, e perceber o seu contributo para uma ação cívica, junto das comunidades.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a seleção de elementos de natureza diversa (plástica, escrita, entre outros) para criar dinâmicas na comunidade (exposições, debates, entre outras);
  • a participação em projetos de trabalho multidisciplinares.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • a identificação das suas capacidades e fragilidades e dos materiais que melhor domina para expressar as suas ideias.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • cooperar com os seus pares na partilha de saberes para a superação conjunta de dificuldades nas diversas atividades, nos contextos de sala de aula ou de situações não formais (museus, atividades de ar livre, espetáculos, entre outras);
  • divulgar atividades inviduais ou de grupo, através dos canais de comunicação disponíveis, de modo a promover a partilha de dados e de experiências.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • criar regras relativas aos procedimentos com os materiais, à gestão do espaço e à realização de tarefas;
  • manifestar sentido de comprometimento, respeitando o trabalho individual, a par e de grupo;
  • respeitar os prazos de cumprimento dos trabalhos;
  • incentivar a importância de fazer propostas de projetos a realizar e de temáticas a investigar;
  • criar o seu portefólio com vista à autoavaliação.

Promover estratégias que induzam:

  • a organização dos espaços e dos materiais, de acordo com as regras construídas em grupo e/ou pelo professor;
  • a partilha de ideias, no sentido de encontrar soluções e de compreender o ponto de vista dos outros;
  • a disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação;
  • a valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar as suas ideias.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender a importância da inter-relação dos saberes da comunicação visual (espaço, volume, cor, luz, forma, movimento, estrutura, ritmo, entre outros) nos processos de fruição dos universos culturais.

Relacionar o modo como os processos de criação interferem na(s) intencionalidade(s) dos objetos artísticos.

Perceber os “jogos de poder” das imagens e da sua capacidade de mistificação ou desmistificação do real.

Interrogar os processos artísticos para a compreensão da arte contemporânea.

Transformar os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação do mundo.

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Articular conceitos (espaço, volume, cor, luz, movimento, estrutura, forma, ritmo), referências, experiências, materiais e suportes nas suas composições plásticas.

Manifestar expressividade nos seus trabalhos, selecionando, de forma intencional, conceitos, temáticas, materiais, suportes e técnicas.  

Justificar a intencionalidade das suas composições, recorrendo a critérios de ordem estética (vivências, experiências e conhecimentos).

Organizar exposições em diferentes formatos – físicos e/ou digitais - individuais ou de grupo, selecionando trabalhos tendo por base os processos de análise, síntese e comparação, que conjugam as noções de composição e de harmonia, de acordo com o objetivo escolhido/proposto.

Selecionar, de forma autónoma, processos de trabalho e de registo de ideias que envolvam a pesquisa, investigação e experimentação.

Educação Visual

Introdução

As Artes Visuais assumem-se como uma área do conhecimento fundamental para o desenvolvimento global e integrado dos alunos, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mais especificamente dos processos de olhar e ver, de forma crítica e fundamentada, dos diferentes contextos visuais. Assume como principal finalidade o alargamento e enriquecimento das experiências visual e plástica dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, despertando, ao longo do processo de aprendizagem, o gosto pela apreciação e fruição das diferentes circunstâncias culturais.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais para as Artes Visuais, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se que os alunos aprendam os saberes da comunicação visual e compreendam os sistemas simbólicos das diferentes linguagens artísticas, identificando e analisando, com um vocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e técnicas em diferentes narrativas visuais, aplicando os saberes apreendidos em situações de observação e/ou da sua experimentação plástica, estimulando o desenvolvimento do seu estilo de representação.

Incentiva-se, a partir da experiência de cada aluno e dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese, argumentação e juízo crítico, a apreciação estética e artística, para a compreensão, entre outros aspetos, da expressividade contida na linguagem das imagens e/ou de outras narrativas visuais.

Interpretação e Comunicação – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão e de interpretação, no contacto com os diferentes universos visuais - sendo desejável que não se restrinja a arte à tradição ocidental e a determinados períodos históricos -, estimulando múltiplas leituras das diferentes circunstâncias culturais. Procura-se, deste modo, desenvolver estratégias para a construção das relações entre o olhar, o ver e o fazer. Valorizam-se as vivências e as experiências de cada aluno, no sentido de o levar a uma interpretação mais abrangente e mais complexa, fazendo interdepender três realidades: imagem/objeto, sujeito e construção de hipóteses de interpretação.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos, na experimentação plástica de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho. Deseja-se que a experiência plástica dos alunos não seja encarada, apenas, como uma atividade ilustrativa do que vê, mas a (re)invenção de soluções para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas, imprimindo-lhe a sua intencionalidade e o desenvolvimento da sua expressividade.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios


Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem saberes, a apropriação e domínio de materiais e suportes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores, articulam-se os processos artísticos e tecnológicos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que decorrem destes Domínios/Organizadores deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais, formais e não formais.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos (cor, forma, linha, textura, plano, luz, espaço, volume, movimento, ritmo, entre outros) serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos continuam a ser desenvolvidos neste ciclo de aprendizagem, acautelando-se o princípio que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial aos alunos conhecerem no final do 3.º ciclo, aumentando o grau de dificuldade relativamente à abordagem dos conceitos a trabalhar, como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Refletir sobre as manifestações culturais do património
local e global (obras e artefactos de arte - pintura, escultura, desenho, assemblage, colagem, fotografia, instalação, land ́art, banda desenhada, design, arquitetura, artesanato, multimédia e linguagens cinematográficas).

Dominar os conceitos de plano, ritmo, espaço, estrutura, luz-cor, enquadramento, entre outros - em diferentes contextos e modalidades expressivas: pintura, escultura, desenho, design, fotografia, cinema, vídeo, banda desenhada.

Reconhecer a importância das imagens como meios de comunicação de massas, capazes de veicular diferentes significados (económicos, políticos, sociais, religiosos, ambientais, entre outros).

Enquadrar os objetos artísticos de diferentes culturas e períodos históricos, tendo como referência os saberes da História da Arte (estilos, movimentos, intencionalidades e ruturas).

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências visuais dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) se desenvolve(m) e forma(m) através da prática sistemática de experiências culturais diversificadas, quer seja nos âmbitos da fruição, quer da experimentação.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhes atribui significados novos;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem processos para imaginar diferentes possibilidades para gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • debates sobre as diferentes imagens, criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e dos outros;
  • apreciações fundamentadas em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • reinventar soluções para a criação de novas imagens relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências plásticas.

Promover estratégias que requeiram/ por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção de técnicas e de materiais ajustando- os à intenção expressiva das suas representações;
  • a utilização sistemática de processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho;
  • a transferência para novas situações de processos de análise e de síntese, de modo a criar um conjunto de imagens e de objetos com possibilidades de desenvolver trabalhos com um nível mais elevado de complexidade.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • questionar as diferentes circunstâncias culturais, ambientais, urbanísticas, entre outras, e perceber o seu contributo para uma ação cívica, junto das comunidades.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a seleção de elementos de natureza diversa (plástica, escrita, entre outros) para criar dinâmicas na comunidade (exposições, debates, entre outras);
  • a participação em projetos de trabalho multidisciplinares.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • a identificação das suas capacidades e fragilidades e dos materiais que melhor domina para expressar as suas ideias.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • cooperar com os seus pares na partilha de saberes para a superação conjunta de dificuldades nas diversas atividades, nos contextos de sala de aula ou de situações não formais (museus, atividades de ar livre, espetáculos, entre outras);
  • divulgar atividades inviduais ou de grupo, através dos canais de comunicação disponíveis, de modo a promover a partilha de dados e de experiências.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • criar regras relativas aos procedimentos com os materiais, à gestão do espaço e à realização de tarefas;
  • manifestar sentido de comprometimento, respeitando o trabalho individual, a par e de grupo;
  • respeitar os prazos de cumprimento dos trabalhos;
  • incentivar a importância de fazer propostas de projetos a realizar e de temáticas a investigar;
  • criar o seu portefólio com vista à autoavaliação.

Promover estratégias que induzam:

  • a organização dos espaços e dos materiais, de acordo com as regras construídas em grupo e/ou pelo professor;
  • a partilha de ideias, no sentido de encontrar soluções e de compreender o ponto de vista dos outros;
  • a disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação;
  • a valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar as suas ideias.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender a importância da inter-relação dos saberes da comunicação visual (espaço, volume, cor, luz, forma, movimento, estrutura, ritmo, entre outros) nos processos de fruição dos universos culturais.

Relacionar o modo como os processos de criação interferem na(s) intencionalidade(s) dos objetos artísticos.

Perceber os “jogos de poder” das imagens e da sua capacidade de mistificação ou desmistificação do real.

Interrogar os processos artísticos para a compreensão da arte contemporânea.

Transformar os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação do mundo.

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Articular conceitos (espaço, volume, cor, luz, movimento, estrutura, forma, ritmo), referências, experiências, materiais e suportes nas suas composições plásticas.

Manifestar expressividade nos seus trabalhos, selecionando, de forma intencional, conceitos, temáticas, materiais, suportes e técnicas.  

Justificar a intencionalidade das suas composições, recorrendo a critérios de ordem estética (vivências, experiências e conhecimentos).

Organizar exposições em diferentes formatos – físicos e/ou digitais - individuais ou de grupo, selecionando trabalhos tendo por base os processos de análise, síntese e comparação, que conjugam as noções de composição e de harmonia, de acordo com o objetivo escolhido/proposto.

Selecionar, de forma autónoma, processos de trabalho e de registo de ideias que envolvam a pesquisa, investigação e experimentação.

Latim B

Introdução

A disciplina de Latim B dá destaque aos temas de cultura e de literatura, tendo em conta os conhecimentos já adquiridos na disciplina de Latim A. Partindo de um tema aglutinador – O homem romano - o sentimento de si e do mundo – centra-se, essencialmente, no século de Augusto, pondo em evidência uma época que marca o Império Romano e que deixou as suas influências para além dele, em toda a cultura ocidental. O estudo tem por base os textos dos grandes autores do século I, Virgílio e Horácio, sem prejuízo de outros, no contributo que deixaram para a compreensão de uma época e de uma literatura.

O aluno tem, assim, oportunidade de ler e analisar os textos dos melhores autores clássicos, refletindo sobre os ideais transmitidos, e de interpretar os principais valores dos romanos e a sua atualidade. Toma contacto com a influência grega, da filosofia à história e à literatura, que, através dos autores latinos, chegou até nós e influenciou a literatura de todos os tempos. Tudo isto feito sempre numa relação com a literatura portuguesa e os seus autores.

No que respeita ao estudo da língua latina, é aprofundado com algumas particularidades gramaticais e a consolidação dos conhecimentos anteriormente adquiridos.

Esta disciplina impõe-se, assim, como uma disciplina de grande impacto na formação do aluno, pois desenvolve aptidões que lhe permitem a aplicação dos conhecimentos da língua e da cultura latinas, bem como competências, pessoais e socioculturais, quer ao nível linguístico (alargamento do léxico, aperfeiçoamento da estruturação do discurso em língua materna), quer ao nível literário e cultural (apreciação estética, relacionamento das várias artes), quer ainda ao nível das competências pessoais e comportamentais, pois desenvolve as capacidades de observação, de análise e de síntese, o relacionamento e a partilha de saberes, sendo uma disciplina com um potencial inigualável para o enriquecimento pessoal e o desenvolvimento de valores humanos. Contribui, portanto, para a consolidação de um perfil informado, humanista e criativo, para o desenvolvimento do pensamento crítico que se pretende, em harmonia com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Civilização e Cultura
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreender e interpretar o século de Augusto nas suas diversas manifestações:

  • a Pax Romana;
  • a glorificação do Imperador e do Império através:
    • da arquitetura;
    • da escultura;
    • da literatura;
    • dos espetáculos – os Jogos Seculares.

Interpretar as obras de arte na sua relação com a época e os valores que pretendem transmitir.

Relacionar as várias manifestações artísticas com as intenções culturais e politicas.

Reconhecer nos textos literários dos autores romanos a influência da filosofia grega.

Conhecer e interpretar os valores romanos:

  • uirtus;
  • pietas;
  • fides;
  • gloria;
  • humanitas.

Refletir sobre a perenidade dos valores humanísticos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos
  • Investigação sobre as áreas da arte e da cultura, em geral, com organização de fichas- síntese, de ilustrações e de confrontos entre o passado e o presente;
  • Análise crítica de textos literários, identificando os valores culturais e epocais (do presente e do passado);
  • Recolha de informação e seu tratamento em suportes diversos;
  • Comunicação, em turma, dos pesquisas/estudos realizados;
  • Trabalhos individuais e em grupo;
  • Resolução de fichas/atividades que exijam a aplicação dos estudos feitos;
  • Reflexão e estudo individual de textos;
  • Utilização de meios auxiliares (gramáticas, dicionários, pesquisas na internet,etc.) para a resolução de problemas linguísticos e culturais relacionados com os textos em estudo.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I)

Criativo (A, C, D)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador(C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H, J)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
A Língua e o Texto
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Conhecer a morfologia e a sintaxe no que respeita a:

  • - particularidades da flexão dos nomes (declinação
  • de Iuppiter e nomes de origem grega);
  • - formas de comparativos e superlativos dos adjetivos
  • terminados em -dicus, -ficus e –uolus;
  • - o reforço do superlativo – relação com o português;
  • - pronomes/determinantes nullus, nemo e nihil;
  • - os advérbios relativos ubi, quo, unde, qua;
  • - flexão verbal:
  • - modo imperativo: particularidades dos verbos dicere, ducere, facere, ferre;
  • o gerúndio*;
  • o gerundivo*;
  • a conjugação perifrástica*;
  • emprego do gerúndio e do gerundivo*;
  • orações condicionais.

(*conteúdos que não foram incluídos nas AE de 11.º ano) Conhecer textos de obras significativas da literatura latina.

Refletir sobre vários tipos de texto da literatura latina, em prosa ou em verso, nas dimensões linguística, histórico- cultural e literária.

Traduzir textos latinos para português.

Identificar a influência da literatura latina na literatura portuguesa tanto no que respeita a estruturas textuais, como ao nível temático e cultural.

Analisar, criticamente, essa presença do passado nas produções literárias do presente.

Inglês

Introdução

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das competências-chave definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Nos domínios da linguagem, informação e comunicação, promove o conhecimento de uma metalinguagem facilitadora da aquisição de outras línguas, desenvolve a capacidade de pesquisa e validação de informação e alarga a competência de comunicação e interação com o outro, mobilizando tipologias de atividades, projetos e recursos diversos. Potencia, ainda, situações e experiências que estimulam competências cognitivas tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade na gestão de projetos e resolução de problemas. Traduz-se, também, na construção de uma identidade própria de cidadão global na relação com os outros, alicerçada em atitudes e valores, tais como o respeito pelo outro e, no âmbito específico da língua inglesa, pela cultura anglo-saxónica, bem como pelas outras culturas no mundo, a responsabilidade e a cooperação entre indivíduos e povos com repercussões individuais e coletivas. Neste sentido, os alunos irão mobilizar saberes das várias áreas do conhecimento na consecução de trabalhos individuais e em grupo, integrando transversalmente conteúdos de diferentes áreas disciplinares, conforme a gestão curricular decidida em conselho de turma, com base nos documentos orientadores do Agrupamento de Escolas ou de Escola não agrupada.

As Aprendizagens Essenciais de Inglês têm em conta a análise dos documentos curriculares em vigor para a disciplina, nomeadamente os Programas e o “Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas” (QECR, Conselho da Europa, 2001), documentos de referência para a docência da disciplina. Os exemplos de Leitura (R), Compreensão oral (LC), Interação oral (SI), Produção oral (SP), Escrita (W) e Domínio intercultural (ID) remetem para os descritores referentes a cada ano de escolaridade.

Em relação ao Inglês 12.º ano (B2.1/B2.2), o aluno deve ser capaz de: compreender as ideias principais em textos complexos sobre assuntos concretos e abstratos, incluindo discussões técnicas na sua área de especialidade; comunicar com um certo grau de espontaneidade e de à-vontade com falantes nativos, sem que haja tensão de parte a parte; exprimir-se de modo claro e pormenorizado sobre uma grande variedade de temas e explicar um ponto de vista sobre temas da atualidade, expondo as vantagens e os inconvenientes de várias possibilidades. (Adaptado do QECR, Escala Global, Nível B2.1/B2.2: Utilizador Independente; Conselho da Europa, 2001). 

As Aprendizagens Essenciais referentes aos anos de aprendizagem do Inglês no ensino secundário correspondem aos seguintes níveis do QECR:

Ensino Secundário
10.º ano de escolaridade B1.1/B1.2
11.º ano de escolaridade B2
12.º ano de escolaridade B2.1/B2.2

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  1. A Língua Inglesa no Mundo: Evolução da língua inglesa enquanto fenómeno social, político e cultural; Diversidade na língua inglesa.
  2. Cidadania e Multiculturalismo: A Declaração Universal dos Direitos do Homem; Conviver com a diversidade.
  3. Democracia na Era Global: Tendências nas sociedades democráticas; Democracia em mudança.
  4. Culturas, Artes e Sociedade: A segunda metade do Século XX na literatura, no cinema, na música; A diversidade das vozes nos países de expressão inglesa.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias de aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção de informação pertinente;
  • organização sistematizada de leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso do saber, bem como a mobilização do aprendido;
  • estabelecimento de relações intradisciplinares e interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/culto/ informado (A, B, G, I, J)

Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Compreender diversos tipos de discurso e seguir linhas de argumentação complexas, no âmbito das áreas temáticas apresentadas, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos em outras áreas do conhecimento; interpretar atitudes, emoções, pontos de vista e intenções do(a) autor(a) e informação explícita e implícita; compreender um leque variado de enunciados orais, tanto em presença como através dos media; interagir na diversidade da língua inglesa em contexto de uso internacional, envolvendo falantes de culturas distintas.

Compreensão escrita

Ler e compreender textos extensos, literários e não literários, e identificar diferenças de estilo; interpretar informação explícita e implícita em diversos tipos de texto, relacionando-a com o seu conhecimento e vivência pessoal.

Interação oral

Interagir com espontaneidade, fluência e eficácia em língua inglesa, participando em discussões, defendendo pontos de vista e opiniões, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos previamente; apresentar e discutir detalhadamente as áreas temáticas, desenvolvendo linhas de argumentação consistentes e fundamentadas.

Interação escrita

Responder a um questionário, email, chat e carta, de modo estruturado, atendendo à sua função e destinatário, no âmbito das áreas temáticas apresentadas, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos em outras disciplinas.

Produção oral

Exprimir-se de forma clara e detalhada sobre as áreas temáticas; verbalizar perceções, experiências e opiniões; apresentar informação de uma forma clara e sequenciada.

Produção escrita

Elaborar, sem dificuldade, textos claros e variados, de modo fluente e estruturado, atendendo à sua função e destinatário; elaborar textos complexos, no âmbito das áreas temáticas apresentadas, desenvolvendo linhas de argumentação consistentes e fundamentadas; reformular o trabalho escrito, adequando-o à tarefa proposta.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • na formulação de hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • na apresentação de situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • na criação de alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • na criação de um objeto, texto ou solução face a um desafio;
  • na análise de textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • no uso de modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens, esquemas);
  • na apresentação de soluções estéticas criativas pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo na:

  • mobilização do discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra- argumentos rebater os contra-argumentos);
  • organização de debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análise de factos ou dados;
  • discussão de conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • análise de textos com diferentes pontos de vista e confronto de argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • problematização de situações;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • registo seletivo;
  • organização (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaboração de planos gerais, esquemas;
  • promoção do estudo autónomo, identificando os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação unidirecional e bidirecional;
  • ações de resposta, apresentação, questionamento e iniciativa.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • questionamento de uma situação;
  • elaboração de questões para os pares, sobre temas diversificados;
  • autoavaliação.
Descritores do Perfil dos alunos

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Questionador (A, F, G, I, J)

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer realidades interculturais distintas

Demonstrar capacidades de comunicação intercultural e abertura perante novas experiências e ideias, face a outras sociedades e culturas; manifestar interesse em conhecer as mesmas e sobre elas realizar aprendizagens; relacionar a sua cultura de origem com outras culturas, relativizando o seu ponto de vista e sistema de valores culturais; demonstrar capacidade de questionar atitudes estereotipadas perante outros povos, sociedades e culturas; desenvolver atitudes e valores cívicos e éticos favoráveis à compreensão e convivência multicultural; alargar conhecimentos acerca dos universos socioculturais dos países de expressão inglesa.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitação ou argumentação de pontos de vista diferentes;
  • respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões;
  • confronto de ideias e perspetivas distintas sobre a abordagem de um dado problema e ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador da diferença/do outro (A, B, E, F, H)

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comunicar eficazmente em contexto

Demonstrar abertura para utilizar a língua inglesa num registo apropriado, mesmo que para tal tenha que se expor ao risco, revelando vontade de comunicar em situações reais.

Colaborar em pares e em grupos

Mobilizar competências prévias e participar em atividades de par e grupo para atingir o objetivo proposto, revelando inteligência emocional em situações conhecidas e/ou novas; interagir com o outro, pedindo clarificação e/ou repetição, aceitando feedback construtivo; planificar uma atividade de acordo com o tipo de texto e o seu destinatário.

Utilizar a literacia tecnológica para comunicar e aceder ao saber em contexto

Comunicar online a uma escala local, nacional e internacional; demonstrar autonomia na pesquisa, compreensão e partilha dos resultados obtidos, utilizando fontes e suportes tecnológicos; contribuir para projetos de grupo interdisciplinares.

Pensar criticamente

Relacionar vários tipos de informação, sintetizando-a de modo lógico e coerente e defendendo pontos de vista e opiniões, integrando a sua experiência e mobilizando conhecimentos adquiridos em outras disciplinas.

Relacionar conhecimentos de forma a desenvolver criatividade em contexto

Relacionar o que ouve, lê e produz com o seu conhecimento/vivência pessoal, recorrendo ao pensamento crítico e criativo; elaborar trabalhos criativos sobre vários assuntos relacionados com aa áreas temáticas apresentadas e interesses pessoais.

Desenvolver o aprender a aprender em contexto e aprender a regular o processo de aprendizagem

Avaliar os seus progressos como ouvinte/leitor, integrando a avaliação realizada de modo a melhorar o seu desempenho e demonstrar uma atitude proativa perante o processo de aprendizagem; demonstrar capacidades de auto-regulação do processo de aprendizagem, refletindo sobre o mesmo e procurar soluções para eventuais dificuldades; demonstrar autonomia na pesquisa de informação, compreensão e partilha dos resultados da mesma, utilizando várias fontes; realizar atividades de auto e heteroavaliação: portefólios, diários e grelhas de avaliação da aprendizagem.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para a:

  • identificação dos pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrição dos processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • melhoria ou aprofundamento de saberes, tendo em consideração o feedback dos pares e do professor;
  • reorganização do trabalho, individual ou em grupo, a partir do feedback dado pelo professor.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno de:

  • colaboração e apoio aos pares em diversas tarefas;
  • prestação de feedback para melhoria ou aprofundamento de ações.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • consciencialização e cumprimento de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização autónoma de tarefas;
  • cumprimento de compromissos, contratualização de tarefas;
  • apresentação de trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • prestação de feedback ao professor e aos pares do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com os pares nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização/atividades de entreajuda;
  • posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si mesmo;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/Colabora dor (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G) 

Educação Tecnológica

Introdução

A Educação Tecnológica orienta-se na educação básica para a promoção da cidadania, valorizando os múltiplos papéis de cidadão utilizador, através de competências transferíveis em diferentes situações e contextos. Referimo-nos às competências do utilizador individual − aquele que sabe fazer, que usa tecnologia no seu quotidiano−, às competências do utilizador profissional − que interage com a tecnologia no mundo do trabalho, que possui alfabetização tecnológica−, e às competências do utilizador social − implicado nas interações tecnologia/sociedade, que dispõe de competências que lhe permitem compreender e participar nas escolhas dos projetos tecnológicos, tomar decisões e agir socialmente como cidadão participativo e crítico.

São três os Domínios/ Organizadores das aprendizagens, correspondentes à sequência de etapas do desenvolvimento do ensino-aprendizagem:

PROCESSOS TECNOLÓGICOS

As atividades humanas visam criar, inventar, conceber, transformar, modificar, produzir, controlar e utilizar produtos e sistemas. Podemos dizer, genericamente, que estas ações correspondem a intervenções de natureza técnica, constituindo a base do próprio processo tecnológico. A conceção e realização tecnológica necessitam da compreensão e utilização de recursos conceptuais e materiais, de diversas estratégias mentais, nomeadamente a resolução de problemas, a visualização, a modelação e o raciocínio. A produção de artefactos e objetos envolve o entendimento e a intervenção numa realidade cultural. O recurso ao método de resolução de problemas permite uma ação em contextos diversificados e uma intencionalidade, em que o aluno constrói e consciencializa, progressivamente, o seu método de trabalho.

RECURSOS E UTILIZAÇÕES TECNOLÓGICAS

O campo e objeto da tecnologia estabelecem uma articulação íntima entre os métodos, os contextos e os modos de operar. Estes mobilizam conhecimentos, modos de pensamento e ações operatórias, assentes nos recursos científicos e técnicos das realizações tecnológicas. Assim, a compreensão dos princípios aplicados às técnicas e o conhecimento dos operadores tecnológicos constituem o corpo de referência aos saberes-chave da educação tecnológica. No âmbito deste Domínio, os alunos experimentam e criam solicitando linguagens, códigos, recursos técnicos e científicos específicos, elementos da comunicação e estudo das suas inter-relações. São, também, importantes ao nível da própria construção do conhecimento e do desenvolvimento de competências de raciocínio, devendo os alunos, progressivamente, conhecer e saber usar os termos, regras, signos e convenções próprios da linguagem científica e tecnológica.

TECNOLOGIA E SOCIEDADE

A Educação Tecnológica integra uma forte componente educativa, orientada para a cidadania, com base no desenvolvimento da pessoa enquanto cidadã participativa e crítica, consumidora responsável e utilizadora inteligente das tecnologias disponíveis. Nesse sentido, a dimensão social e tecnológica, estruturada nas relações dinâmicas entre a tecnologia e a sociedade, determina o desenvolvimento de conhecimentos fundamentais para compreender e analisar os sistemas tecnológicos e os impactos sociais.

O alargamento progressivo das aprendizagens pressupõe a sua articulação vertical na disciplina, em que a consecução das competências vai sendo aprofundada, numa lógica de ciclos de estudo. A progressão das aprendizagens nos anos de escolaridade de cada ciclo deve considerar os níveis de desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor dos alunos e a interação das aprendizagens na vida vivida por eles e nos contextos de aprendizagem. O nível de aprofundamento das aprendizagens deve, assim, considerar os contextos específicos, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, nacional e global.

As aprendizagens essenciais não pressupõem uma abordagem sequencial, com o propósito de flexibilizar os conhecimentos científicos e promover o entendimento dos processos.

No processo de ensino, os professores devem implementar as estratégias que melhor promovam as aprendizagens essenciais, acompanhando a evolução dos alunos, para os ajudar a ascender a sucessivos níveis de desenvolvimento. Daqui pode resultar:

  • No 2.º ciclo, criações e projetos tecnológicos de curta duração, levando rapidamente a soluções, através de um processo em que os conhecimentos são abordados de forma genérica. Importa proporcionar ao aluno uma variedade de atividades e experiências, com uma diversidade de materiais e técnicas do mundo vivido por eles e que permitam estabelecer relações ciência-tecnologia-sociedade.
  • A construção de um perfil de cidadão capaz de apreciar e considerar as dimensões sociais, culturais, económicas, produtivas e ambientais resultantes do desenvolvimento tecnológico implica o desenvolvimento das áreas de competências presentes no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, de modo a que os alunos sejam capazes de:
    • mobilizar e compreender fenómenos científicos e técnicos e a sua aplicação para dar resposta às necessidades e desejos humanos, com consciência das consequências éticas, sociais, económicas e ecológicas; (I)
    • utilizar diferentes linguagens e símbolos associados à tecnologia de modo adequado aos diferentes contextos de comunicação, em ambientes analógicos e digitais; (A)
    • comunicar adequadamente as suas ideias, através da utilização de linguagens diferentes (oral, escrita, gráfica), fundamentando-as e argumentando face às ideias dos outros; (A) (B)
    • utilizar processos e fenómenos científicos e tecnológicos, colocando questões, procurando informação e aplicando conhecimentos adquiridos na tomada de decisão informada, entre as opções possíveis; (A) (C) (I)
    • utilizar processos científicos simples de conhecimento da realidade, assumindo uma atitude de permanente investigação e experimentação, reconhecendo o contributo da ciência para o progresso tecnológico e para a melhoria da qualidade de vida; (A) (C) (I)
    • consolidar hábitos de planeamento das etapas do trabalho, identificando os requisitos técnicos, condicionalismos e recursos para a concretização de projetos, bem como as necessidades e oportunidades tecnológicas numa diversidade de propostas e fazendo escolhas fundamentadas; (C) (D) (I)
    • manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar, utilizar, transformar, imaginar e criar produtos e sistemas; (G) (H) (I) (J)
    • executar operações técnicas, segundo uma metodologia de trabalho adequada, para atingir um objetivo ou chegar a uma decisão ou conclusão fundamentada, adequando os meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa; (C) (D) (I) (J)
    • trabalhar com recurso a materiais, instrumentos, ferramentas, máquinas e equipamentos tecnológicos, relacionando conhecimentos técnicos, científicos e socioculturais; (F) (I)
    • adequar a ação de transformação e criação de produtos aos diferentes contextos naturais, tecnológicos e socioculturais, em atividades experimentais, projetos e aplicações práticas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais; (B) (G) (H) (I)
    • adquirir conhecimento de si próprio, desenvolvendo atitudes de autoestima e de autoconfiança, mantendo relações diversas e positivas com os outros em contextos de colaboração e interajuda; (D) (E)
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
PROCESSOS TECNOLÓGICOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir as fases de realização de um projeto: identificação, pesquisa, realização e avaliação.

Identificar e representar as necessidades e oportunidades tecnológicas decorrentes da observação e investigação de contextos socias e comunitários.

Identificar requisitos técnicos, condicionalismos e recursos para a concretização de projetos.

Reconhecer a importância dos protótipos e teste para o desenvolvimento e melhoria (aplicações de criação e tratamento de imagem 2D e 3D) dos projetos.

Comunicar, através do desenho, formas de representação gráfica das ideias e soluções, utilizando: esquemas, codificações e simbologias, assim como meios digitais com ferramentas de modelação e representação.

Diferenciar modos de produção (artesanal, industrial), analisando os fatores de desenvolvimento tecnológico.

Compreender a importância dos objetos técnicos face às necessidades humanas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O processo é eixo estruturante da educação em tecnologia e, ao mesmo tempo, organizador metodológico do processo didático que lhe está subjacente:

  • identificar fontes;
  • localizar e processar informação;
  • elaborar documentos técnicos;
  • desenhar objetos e construções (realizar esboços e croquis, esquemas gráficos, etc.);
  • planificar e estabelecer sequências de processos produtivos;
  • contactar, em ambiente real, com ambientes de trabalho profissional, providos de informação e demonstração técnica;
  • realizar mostras audiovisuais, recolhas de objetos e imagens, visitas de estudo;
  • registo de observação de contextos tecnológicos;
  • utilização de ferramentas digitais.

 

Descritores do Perfil dos alunos

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Criativo (A, C, D, I, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Organizador
RECURSOS E UTILIZAÇÕES TECNOLÓGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Produzir artefactos, objetos e sistemas técnicos, adequando os meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa.

Apreciar as qualidades dos materiais (físicas, mecânicas e tecnológicas), através do exercício sistemático dos diferentes sentidos, estabelecendo relações com a utilização de técnicas específicas de materiais: madeiras, papéis, plásticos, fios têxteis, pastas entre outros.

Selecionar materiais de acordo com as suas características físicas e mecânicas.

Investigar, através de experiências simples, algumas características de materiais comuns (dureza, flexibilidade, resistência, elasticidade, plasticidade).

Manipular operadores tecnológicos (de energia, movimento/mecanismos, estruturas resistentes) de acordo com as suas funções, princípios e relações com as produções tecnológicas.

Criar soluções tecnológicas através da reutilização ou reciclagem de materiais, tendo em atenção a sustentabilidade ambiental.

Utilizar as principais técnicas de transformação dos materiais usados (união, separação-corte, assemblagem, conformação), identificando os utensílios e as ferramentas na realização de projetos.

Identificar fontes de energia e os seus processos de transformação (elétrico, térmico, mecânico e sonoro), relacionando-as com soluções tecnológicas aplicáveis aos projetos.

Colaborar nos cuidados com o seu corpo e no cumprimento de normas de higiene e segurança na utilização de recursos tecnológicos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

As aprendizagens essenciais, ao mobilizarem saberes e saber-fazer, exigem a criação de situações que permitam o princípio da mobilização. É fundamental o saber em ação promovido através de trabalho prático, experimental-oficinal, com concretização de produtos, objetos socialmente úteis:

  • protótipos; modelos de construção e simulação;
  • montagens experimentais;
  • maquetas: instalações, em articulação com atividades de observação, pesquisa, organização e planeamento;
  • realizar textos relativos a funções especificas;
  • redigir memória descritiva, caderno de encargos, utilizar tecnologias de informação e comunicação.
Descritores do Perfil dos alunos

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer o potencial tecnológico dos recursos do meio ambiente, explicitando as suas funções, vantagens e impactos (positivos ou negativos) pessoais, sociais e ambientais.

Compreender a evolução dos artefactos, objetos e equipamentos, estabelecendo relações entre o presente e o passado, tendo em conta contextos sociais e naturais que possam influenciar a sua criação, ou reformulação.

Analisar situações concretas como consumidor prudente e defensor do património cultural e natural da sua localidade e região, manifestando preocupações com a conservação da natureza e respeito pelo ambiente.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

A compreensão da realidade, em particular da realidade técnica que rodeia o aprendente, necessita de ferramentas para a análise e compreensão crítica, de forma a permitir a construção do conhecimento e a formação de um posicionamento ético, e passa pelo estabelecimento de uma tipologia mais alargada de experiências educativas onde os alunos têm oportunidade de aplicar conceitos, valores e capacidades a temáticas sociais que permitam:

  • identificar as variáveis dos fatores tecnológicos;
  • analisar criticamente a vida comunitária e social;
  • identificar profissões, setores de atividade e áreas tecnológicas;
  • apresentar propostas tecnológicas, centradas em tópicos relevantes para o progresso social (por exemplo, o uso do solo, a qualidade do ar e da água, os impactos ambientais, o consumo, a exploração do espaço, outras).
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Educação Tecnológica

Introdução

A Educação Tecnológica orienta-se na educação básica para a promoção da cidadania, valorizando os múltiplos papéis de cidadão utilizador, através de competências transferíveis em diferentes situações e contextos. Referimo-nos às competências do utilizador individual − aquele que sabe fazer, que usa tecnologia no seu quotidiano−, às competências do utilizador profissional − que interage com a tecnologia no mundo do trabalho, que possui alfabetização tecnológica−, e às competências do utilizador social − implicado nas interações tecnologia/sociedade, que dispõe de competências que lhe permitem compreender e participar nas escolhas dos projetos tecnológicos, tomar decisões e agir socialmente como cidadão participativo e crítico.

São três os Domínios/ Organizadores das aprendizagens, correspondentes à sequência de etapas do desenvolvimento do ensino-aprendizagem:

PROCESSOS TECNOLÓGICOS

As atividades humanas visam criar, inventar, conceber, transformar, modificar, produzir, controlar e utilizar produtos e sistemas. Podemos dizer, genericamente, que estas ações correspondem a intervenções de natureza técnica, constituindo a base do próprio processo tecnológico. A conceção e realização tecnológica necessitam da compreensão e utilização de recursos conceptuais e materiais, de diversas estratégias mentais, nomeadamente a resolução de problemas, a visualização, a modelação e o raciocínio. A produção de artefactos e objetos envolve o entendimento e a intervenção numa realidade cultural. O recurso ao método de resolução de problemas permite uma ação em contextos diversificados e uma intencionalidade, em que o aluno constrói e consciencializa, progressivamente, o seu método de trabalho.

RECURSOS E UTILIZAÇÕES TECNOLÓGICAS

O campo e objeto da tecnologia estabelecem uma articulação íntima entre os métodos, os contextos e os modos de operar. Estes mobilizam conhecimentos, modos de pensamento e ações operatórias, assentes nos recursos científicos e técnicos das realizações tecnológicas. Assim, a compreensão dos princípios aplicados às técnicas e o conhecimento dos operadores tecnológicos constituem o corpo de referência aos saberes-chave da educação tecnológica. No âmbito deste Domínio, os alunos experimentam e criam solicitando linguagens, códigos, recursos técnicos e científicos específicos, elementos da comunicação e estudo das suas inter-relações. São, também, importantes ao nível da própria construção do conhecimento e do desenvolvimento de competências de raciocínio, devendo os alunos, progressivamente, conhecer e saber usar os termos, regras, signos e convenções próprios da linguagem científica e tecnológica.

TECNOLOGIA E SOCIEDADE

A Educação Tecnológica integra uma forte componente educativa, orientada para a cidadania, com base no desenvolvimento da pessoa enquanto cidadã participativa e crítica, consumidora responsável e utilizadora inteligente das tecnologias disponíveis. Nesse sentido, a dimensão social e tecnológica, estruturada nas relações dinâmicas entre a tecnologia e a sociedade, determina o desenvolvimento de conhecimentos fundamentais para compreender e analisar os sistemas tecnológicos e os impactos sociais.

O alargamento progressivo das aprendizagens pressupõe a sua articulação vertical na disciplina, em que a consecução das competências vai sendo aprofundada, numa lógica de ciclos de estudo. A progressão das aprendizagens nos anos de escolaridade de cada ciclo deve considerar os níveis de desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor dos alunos e a interação das aprendizagens na vida vivida por eles e nos contextos de aprendizagem. O nível de aprofundamento das aprendizagens deve, assim, considerar os contextos específicos, valorizando situações do dia a dia e questões de âmbito local, nacional e global.

As aprendizagens essenciais não pressupõem uma abordagem sequencial, com o propósito de flexibilizar os conhecimentos científicos e promover o entendimento dos processos.

No processo de ensino, os professores devem implementar as estratégias que melhor promovam as aprendizagens essenciais, acompanhando a evolução dos alunos, para os ajudar a ascender a sucessivos níveis de desenvolvimento. Daqui pode resultar:

  • No 2.º ciclo, criações e projetos tecnológicos de curta duração, levando rapidamente a soluções, através de um processo em que os conhecimentos são abordados de forma genérica. Importa proporcionar ao aluno uma variedade de atividades e experiências, com uma diversidade de materiais e técnicas do mundo vivido por eles e que permitam estabelecer relações ciência-tecnologia-sociedade.
  • A construção de um perfil de cidadão capaz de apreciar e considerar as dimensões sociais, culturais, económicas, produtivas e ambientais resultantes do desenvolvimento tecnológico implica o desenvolvimento das áreas de competências presentes no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, de modo a que os alunos sejam capazes de:
    • mobilizar e compreender fenómenos científicos e técnicos e a sua aplicação para dar resposta às necessidades e desejos humanos, com consciência das consequências éticas, sociais, económicas e ecológicas; (I)
    • utilizar diferentes linguagens e símbolos associados à tecnologia de modo adequado aos diferentes contextos de comunicação, em ambientes analógicos e digitais; (A)
    • comunicar adequadamente as suas ideias, através da utilização de linguagens diferentes (oral, escrita, gráfica), fundamentando-as e argumentando face às ideias dos outros; (A) (B)
    • utilizar processos e fenómenos científicos e tecnológicos, colocando questões, procurando informação e aplicando conhecimentos adquiridos na tomada de decisão informada, entre as opções possíveis; (A) (C) (I)
    • utilizar processos científicos simples de conhecimento da realidade, assumindo uma atitude de permanente investigação e experimentação, reconhecendo o contributo da ciência para o progresso tecnológico e para a melhoria da qualidade de vida; (A) (C) (I)
    • consolidar hábitos de planeamento das etapas do trabalho, identificando os requisitos técnicos, condicionalismos e recursos para a concretização de projetos, bem como as necessidades e oportunidades tecnológicas numa diversidade de propostas e fazendo escolhas fundamentadas; (C) (D) (I)
    • manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar, utilizar, transformar, imaginar e criar produtos e sistemas; (G) (H) (I) (J)
    • executar operações técnicas, segundo uma metodologia de trabalho adequada, para atingir um objetivo ou chegar a uma decisão ou conclusão fundamentada, adequando os meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa; (C) (D) (I) (J)
    • trabalhar com recurso a materiais, instrumentos, ferramentas, máquinas e equipamentos tecnológicos, relacionando conhecimentos técnicos, científicos e socioculturais; (F) (I)
    • adequar a ação de transformação e criação de produtos aos diferentes contextos naturais, tecnológicos e socioculturais, em atividades experimentais, projetos e aplicações práticas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais; (B) (G) (H) (I)
    • adquirir conhecimento de si próprio, desenvolvendo atitudes de autoestima e de autoconfiança, mantendo relações diversas e positivas com os outros em contextos de colaboração e interajuda; (D) (E)
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
PROCESSOS TECNOLÓGICOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir as fases de realização de um projeto: identificação, pesquisa, realização e avaliação.

Identificar e representar as necessidades e oportunidades tecnológicas decorrentes da observação e investigação de contextos socias e comunitários.

Identificar requisitos técnicos, condicionalismos e recursos para a concretização de projetos.

Reconhecer a importância dos protótipos e teste para o desenvolvimento e melhoria (aplicações de criação e tratamento de imagem 2D e 3D) dos projetos.

Comunicar, através do desenho, formas de representação gráfica das ideias e soluções, utilizando: esquemas, codificações e simbologias, assim como meios digitais com ferramentas de modelação e representação.

Diferenciar modos de produção (artesanal, industrial), analisando os fatores de desenvolvimento tecnológico.

Compreender a importância dos objetos técnicos face às necessidades humanas.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O processo é eixo estruturante da educação em tecnologia e, ao mesmo tempo, organizador metodológico do processo didático que lhe está subjacente:

  • identificar fontes;
  • localizar e processar informação;
  • elaborar documentos técnicos;
  • desenhar objetos e construções (realizar esboços e croquis, esquemas gráficos, etc.);
  • planificar e estabelecer sequências de processos produtivos;
  • contactar, em ambiente real, com ambientes de trabalho profissional, providos de informação e demonstração técnica;
  • realizar mostras audiovisuais, recolhas de objetos e imagens, visitas de estudo;
  • registo de observação de contextos tecnológicos;
  • utilização de ferramentas digitais.

 

Descritores do Perfil dos alunos

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Criativo (A, C, D, I, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Organizador
RECURSOS E UTILIZAÇÕES TECNOLÓGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Produzir artefactos, objetos e sistemas técnicos, adequando os meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa.

Apreciar as qualidades dos materiais (físicas, mecânicas e tecnológicas), através do exercício sistemático dos diferentes sentidos, estabelecendo relações com a utilização de técnicas específicas de materiais: madeiras, papéis, plásticos, fios têxteis, pastas entre outros.

Selecionar materiais de acordo com as suas características físicas e mecânicas.

Investigar, através de experiências simples, algumas características de materiais comuns (dureza, flexibilidade, resistência, elasticidade, plasticidade).

Manipular operadores tecnológicos (de energia, movimento/mecanismos, estruturas resistentes) de acordo com as suas funções, princípios e relações com as produções tecnológicas.

Criar soluções tecnológicas através da reutilização ou reciclagem de materiais, tendo em atenção a sustentabilidade ambiental.

Utilizar as principais técnicas de transformação dos materiais usados (união, separação-corte, assemblagem, conformação), identificando os utensílios e as ferramentas na realização de projetos.

Identificar fontes de energia e os seus processos de transformação (elétrico, térmico, mecânico e sonoro), relacionando-as com soluções tecnológicas aplicáveis aos projetos.

Colaborar nos cuidados com o seu corpo e no cumprimento de normas de higiene e segurança na utilização de recursos tecnológicos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

As aprendizagens essenciais, ao mobilizarem saberes e saber-fazer, exigem a criação de situações que permitam o princípio da mobilização. É fundamental o saber em ação promovido através de trabalho prático, experimental-oficinal, com concretização de produtos, objetos socialmente úteis:

  • protótipos; modelos de construção e simulação;
  • montagens experimentais;
  • maquetas: instalações, em articulação com atividades de observação, pesquisa, organização e planeamento;
  • realizar textos relativos a funções especificas;
  • redigir memória descritiva, caderno de encargos, utilizar tecnologias de informação e comunicação.
Descritores do Perfil dos alunos

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer o potencial tecnológico dos recursos do meio ambiente, explicitando as suas funções, vantagens e impactos (positivos ou negativos) pessoais, sociais e ambientais.

Compreender a evolução dos artefactos, objetos e equipamentos, estabelecendo relações entre o presente e o passado, tendo em conta contextos sociais e naturais que possam influenciar a sua criação, ou reformulação.

Analisar situações concretas como consumidor prudente e defensor do património cultural e natural da sua localidade e região, manifestando preocupações com a conservação da natureza e respeito pelo ambiente.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

A compreensão da realidade, em particular da realidade técnica que rodeia o aprendente, necessita de ferramentas para a análise e compreensão crítica, de forma a permitir a construção do conhecimento e a formação de um posicionamento ético, e passa pelo estabelecimento de uma tipologia mais alargada de experiências educativas onde os alunos têm oportunidade de aplicar conceitos, valores e capacidades a temáticas sociais que permitam:

  • identificar as variáveis dos fatores tecnológicos;
  • analisar criticamente a vida comunitária e social;
  • identificar profissões, setores de atividade e áreas tecnológicas;
  • apresentar propostas tecnológicas, centradas em tópicos relevantes para o progresso social (por exemplo, o uso do solo, a qualidade do ar e da água, os impactos ambientais, o consumo, a exploração do espaço, outras).
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)