Educação Musical

Introdução

A Música é uma Arte presente em todas as culturas e no quotidiano dos seres humanos. É uma linguagem universal que assume uma muito singular forma de criatividade. A música é uma prática social comunicativa e expressiva. A partir do ouvir e através da produção sonora em conjunto do cantar, do tocar, do compor, do olhar, do escutar, as crianças e jovens dialogam e constroem significados, partilhando-os e transformando-os, enriquecendo assim as suas práticas e horizontes culturais, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). A música existe no conjunto, no fazer e partilhar com os outros, no dialogar, na pergunta-resposta, e em inúmeros pequenos rituais que fazem parte do nosso quotidiano coletivo. E é exatamente no desenvolvimento de experiências concretas em interação com os outros que as crianças e jovens podem desenvolver modos de ser e de pensar abertos ao mundo, e são capazes de dar resposta aos desafios que se lhes colocam nos dias de hoje. No criar e fazer música, as crianças estabelecem inter-relações com os outros e com o mundo que têm exatamente esse caráter de imprevisibilidade, complexidade e mudança. É assim que podemos olhar para a música, como um veículo extraordinário no desenvolvimento de capacidades pessoais e sociais imprescindíveis às vidas das crianças. Desta forma, propõe-se que, à medida que progridem, os alunos aprofundem a sua apreciação, compreensão e desempenho musicais, permitindo criar, recriar e ouvir através do desenvolvimento de competências de experimentação, de improvisação, de composição, de escuta, de reflexão, de movimento, de interpretação (no sentido de performance), contribuindo para a sua formação como sujeitos criadores e fruidores de Música.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento para o 1.º Ciclo do Ensino Básico foram estruturadas a partir de três Domínios/Organizadores comuns à Educação Artística:

  • Experimentação e criação;
  • Interpretação e comunicação;
  • Apropriação e reflexão.

Experimentação e criação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências de exploração/experimentação sonoro-musicais, improvisação (tanto no sentido de variação sobre uma estrutura musical pré-existente, como de criação/composição em tempo real) e composição musical. É de salientar que foi dada particular relevância a esta dimensão de experimentação/criação, visto considerar-se um domínio basilar para aprendizagens significativas.

Interpretação e comunicação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências relativas à performance/execução musical, ou seja, cantar, tocar, movimentar, bem como as relativas a formas de comunicar/partilhar publicamente as performances e/ou criações.

Apropriação e reflexão: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências referentes a processos de discriminação, análise, comparação de elementos sonoro-musicais com o propósito de permitir escolhas fundamentadas em relação ao fazer e ao ouvir musical, através de uma reflexão crítica sobre os universos musicais. Também existe neste organizador uma preocupação na apropriação de terminologia e vocabulário específico da Música, visto permitir o domínio das convenções musicais, útil na compreensão e na reflexão crítica.

A voz e o corpo da criança, bem como os objetos do seu quotidiano, são os recursos privilegiados para o desenvolvimento musical neste ciclo de ensino. As atividades musicais deverão ser exploradas a partir dos elementos musicais de melodia, harmonia, ritmo, pulsação, divisão, métrica, dinâmica, textura, forma e timbre. Contudo, dever-se-á ter em conta que a experiência musical é holística, total, portanto, os elementos musicais anteriormente referidos deverão ter um papel clarificador, facilitador e sistematizador da escuta, da prática e da criação musicais dos alunos.

Os três Domínios/Organizadores expostos anteriormente foram elaborados de acordo com o currículo da Música presente em documentos do Ministério da Educação para os diferentes ciclos de ensino. O modelo curricular contempla três grandes áreas interdependentes, designadamente a Audição, a Interpretação e a Criação/Composição. Conciliou-se o currículo da Música em vigor com os organizadores comuns da Educação Artística, por um lado, por se enquadrarem conceptualmente nos três domínios/organizadores musicais mencionados e, por outro lado, para facilitar a transversalidade das áreas do conhecimento, uma vez que proporciona o cruzamento entre conceitos e competências das diferentes artes, apesar das diferenças intrínsecas de cada área artística. Os referidos organizadores não são encarados como áreas estanques, sendo as atividades de sala de aula uma combinação dos mesmos, como exemplificado no esquema seguinte:

Domínios

Por exemplo, a interpretação de uma canção obriga a uma identificação e a um reconhecimento de elementos musicais, a reprodução de motivos e frases musicais e, simultaneamente, de escolhas de intencionalidades expressivas, sendo uma atividade onde se intercetam apropriação, interpretação e criação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

Na elaboração das AE optou-se pela apresentação das competências por ciclos e não por anos de escolaridade, estando as referidas competências estabelecidas para o final de cada ciclo de ensino, visto entender-se que só no fim de cada ciclo se mobilizam plenamente conhecimentos, capacidades e atitudes de cada organizador. Também se considera que as aprendizagens podem ter ritmos de aquisição diferentes, ao nível do aluno, da turma, da escola, da comunidade educativa.

De seguida, procurar-se-á ilustrar uma situação prática que elucide esta opção. No 2.º Ciclo do Ensino Básico, no organizador “Experimentação e criação”, uma das competências é a seguinte: “Compõe peças musicais com diversos propósitos, combinando e manipulando vários elementos da música (timbre, dinâmica, altura, ritmo e forma), utilizando recursos diversos (voz, corpo, objetos sonoros, instrumentos musicais, tecnologias e software)”. Um aluno do 5.º ano de escolaridade, numa determinada turma e escola, pode estar preparado para combinar e manipular os vários elementos da música, enquanto outro aluno da mesma turma apenas consiga manipular, por exemplo, dinâmica e ritmo na composição que está a preparar. Esta formulação permite ao docente adequar as suas estratégias, tanto para um como para outro aluno, respeitando os seus níveis de desempenho e capacidades de aprendizagem. Contudo, o professor terá como meta que ambos os alunos atinjam esta competência no final do 2.º Ciclo do Ensino Básico, independentemente do seu ponto de partida/conhecimento e desempenho inicial. Acrescenta-se que na elaboração destas AE pressupôs-se que os saberes de qualquer ciclo podem e devem continuar a ser mobilizados em ciclos posteriores.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Improvisar peças musicais, combinando e manipulando vários elementos da música (timbre, altura, dinâmica, ritmo, forma, texturas), utilizando múltiplos recursos (fontes sonoras convencionais e não convencionais, imagens, esculturas, textos, vídeos, gravações, etc.) e com técnicas e tecnologias gradualmente mais complexas.

Compor peças musicais com diversos propósitos, combinando e manipulando vários elementos da música (altura, dinâmica, ritmo, forma, timbres e texturas), utilizando recursos diversos (voz, corpo, objetos sonoros, instrumentos musicais, tecnologias e software).

Mobilizar aprendizagens de diferentes áreas do conhecimento para a construção do seu referencial criativo.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

As ações estratégicas delineadas decorrem do princípio de que a Música é uma arte performativa e na sua operacionalização deverá privilegiar-se a diversidade de situações educativas que contemplem atividades em grande grupo, pequeno grupo, pares e individualmente.

Promover estratégias que envolvam:

  • a organização de atividades artístico-musicais onde se possam revelar conhecimentos, capacidades e atitudes;
  • experiências sonoras e musicais que estimulem a apreciação e fruição de diferentes contextos culturais;
  • a memorização e a mobilização do conhecimento em novas situações;
  • a reflexão crítica sobre o que foi feito justificando os comentários.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a imaginação de soluções diversificadas para a criação de novos ambientes sonoros/musicais;
  • o desenvolvimento do pensamento crítico, face à qualidade da sua própria produção musical e à do meio que o rodeia;
  • a manifestação da sua opinião em relação aos seus trabalhos e aos dos pares;
  • o cruzamento de diferentes áreas do saber.

Promover situações que estimulem:

  • o questionamento e experimentação de soluções variadas;
  • o planeamento, a organização e apresentação de tarefas;
  • a seleção e a organização de informação.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • a interação com o professor, colegas e audiências, argumentando as suas opiniões, admitindo e aceitando as dos outros;
  • a inclusão da opinião dos pares para a melhoria e aprofundamento de saberes;
  • o entendimento e o cumprimento de instruções.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção e organização de diversas fontes sonoras de acordo com a sua intenção expressiva;
  • a utilização de vários processos de registo de planeamento, de trabalho e de ideias.

Promover estratégias que impliquem:

  • a consciência e progressivo domínio técnico da voz e dos instrumentos na performance musical;
  • a utilização dos elementos expressivos da música;
  • o rigor na comunicação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a procura de soluções diversificadas como resposta a situações várias;
  • a indagação de diversas realidades sonoras para a construção de novos imaginários.

Promover estratégias que proporcionem oportunidades para o aluno:

  • colaborar constantemente com os outros e ajudar na realização de tarefas;
  • apresentar soluções para a melhoria ou aprofundamento das ações;
  • interagir com o professor e colegas na procura do êxito pessoal e de grupo.

Promover estratégias e modos de organização que impliquem por parte do aluno:

  • a assunção de responsabilidades relativamente aos materiais e ao cumprimento de regras (como saber esperar a sua vez, seguir as instruções dadas, ser rigoroso no que faz);
  • a autoavaliação do cumprimento de tarefas e das funções que assume.

Promover estratégias de envolvimento em tarefas com critérios definidos, que levem o aluno a:

  • identificar os pontos fortes e fracos das suas aprendizagens e desempenhos individuais ou em grupo;
  • descrever os procedimentos usados durante a realização de uma tarefa e/ou abordagem de um problema;
  • mobilizar as opiniões e críticas dos outros como forma de reorganização do trabalho;
  • apreciar criticamente as suas experiências musicais e as de outros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo/Crítico/Anal ítico (A, B, C, D, G, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Questionador (A, F, G, I, J)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ Autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Cantar, a solo e em grupo, a uma e duas vozes, repertório variado com e sem acompanhamento instrumental, evidenciando confiança e domínio básico da técnica vocal.

Tocar diversos instrumentos acústicos e electrónicos, a solo e em grupo, repertório variado, controlando o tempo, o ritmo e a dinâmica, com progressiva destreza e confiança.

Interpretar, através do movimento corporal, contextos musicais contrastantes.

Mobilizar sequências de movimentos corporais em contextos musicais diferenciados.

Publicar, na internet, criações musicais (originais ou de outros), construindo, por exemplo, playlists, podcasts e blogs.

Apresentar publicamente atividades artísticas em que se articula a música com outras áreas do conhecimento.

Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comparar características rítmicas, melódicas, harmónicas, dinâmicas, formais, tímbricas e de textura em peças musicais de épocas, estilos e géneros musicais diversificados.

Utilizar, com crescente domínio, vocabulário e simbologias para documentar, descrever e comparar diversas peças musicais.

Investigar diferentes tipos de interpretações escutadas e observadas em espetáculos musicais (concertos, bailados, teatros musicais, óperas e outros), ao vivo ou gravados, de diferentes tradições e épocas utilizando vocabulário apropriado.

Comparar criticamente estilos e géneros musicais, tendo em conta os enquadramentos socioculturais do passado e do presente.

Relacionar a sua experiência musical com outras áreas do conhecimento, através de atividades diversificadas que integrem e potenciem a transversalidade do saber.

Identificar criticamente a música, enquanto modo de conhecer e dar significado ao mundo, relacionando-a com o seu dia a dia, e os seus mundos pessoais e sociais.

Educação Musical

Introdução

A Música é uma Arte presente em todas as culturas e no quotidiano dos seres humanos. É uma linguagem universal que assume uma muito singular forma de criatividade. A música é uma prática social comunicativa e expressiva. A partir do ouvir e através da produção sonora em conjunto do cantar, do tocar, do compor, do olhar, do escutar, as crianças e jovens dialogam e constroem significados, partilhando-os e transformando-os, enriquecendo assim as suas práticas e horizontes culturais, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). A música existe no conjunto, no fazer e partilhar com os outros, no dialogar, na pergunta-resposta, e em inúmeros pequenos rituais que fazem parte do nosso quotidiano coletivo. E é exatamente no desenvolvimento de experiências concretas em interação com os outros que as crianças e jovens podem desenvolver modos de ser e de pensar abertos ao mundo, e são capazes de dar resposta aos desafios que se lhes colocam nos dias de hoje. No criar e fazer música, as crianças estabelecem inter-relações com os outros e com o mundo que têm exatamente esse caráter de imprevisibilidade, complexidade e mudança. É assim que podemos olhar para a música, como um veículo extraordinário no desenvolvimento de capacidades pessoais e sociais imprescindíveis às vidas das crianças. Desta forma, propõe-se que, à medida que progridem, os alunos aprofundem a sua apreciação, compreensão e desempenho musicais, permitindo criar, recriar e ouvir através do desenvolvimento de competências de experimentação, de improvisação, de composição, de escuta, de reflexão, de movimento, de interpretação (no sentido de performance), contribuindo para a sua formação como sujeitos criadores e fruidores de Música.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento para o 1.º Ciclo do Ensino Básico foram estruturadas a partir de três Domínios/Organizadores comuns à Educação Artística:

  • Experimentação e criação;
  • Interpretação e comunicação;
  • Apropriação e reflexão.

Experimentação e criação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências de exploração/experimentação sonoro-musicais, improvisação (tanto no sentido de variação sobre uma estrutura musical pré-existente, como de criação/composição em tempo real) e composição musical. É de salientar que foi dada particular relevância a esta dimensão de experimentação/criação, visto considerar-se um domínio basilar para aprendizagens significativas.

Interpretação e comunicação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências relativas à performance/execução musical, ou seja, cantar, tocar, movimentar, bem como as relativas a formas de comunicar/partilhar publicamente as performances e/ou criações.

Apropriação e reflexão: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências referentes a processos de discriminação, análise, comparação de elementos sonoro-musicais com o propósito de permitir escolhas fundamentadas em relação ao fazer e ao ouvir musical, através de uma reflexão crítica sobre os universos musicais. Também existe neste organizador uma preocupação na apropriação de terminologia e vocabulário específico da Música, visto permitir o domínio das convenções musicais, útil na compreensão e na reflexão crítica.

A voz e o corpo da criança, bem como os objetos do seu quotidiano, são os recursos privilegiados para o desenvolvimento musical neste ciclo de ensino. As atividades musicais deverão ser exploradas a partir dos elementos musicais de melodia, harmonia, ritmo, pulsação, divisão, métrica, dinâmica, textura, forma e timbre. Contudo, dever-se-á ter em conta que a experiência musical é holística, total, portanto, os elementos musicais anteriormente referidos deverão ter um papel clarificador, facilitador e sistematizador da escuta, da prática e da criação musicais dos alunos.

Os três Domínios/Organizadores expostos anteriormente foram elaborados de acordo com o currículo da Música presente em documentos do Ministério da Educação para os diferentes ciclos de ensino. O modelo curricular contempla três grandes áreas interdependentes, designadamente a Audição, a Interpretação e a Criação/Composição. Conciliou-se o currículo da Música em vigor com os organizadores comuns da Educação Artística, por um lado, por se enquadrarem conceptualmente nos três domínios/organizadores musicais mencionados e, por outro lado, para facilitar a transversalidade das áreas do conhecimento, uma vez que proporciona o cruzamento entre conceitos e competências das diferentes artes, apesar das diferenças intrínsecas de cada área artística. Os referidos organizadores não são encarados como áreas estanques, sendo as atividades de sala de aula uma combinação dos mesmos, como exemplificado no esquema seguinte:

Domínios

Por exemplo, a interpretação de uma canção obriga a uma identificação e a um reconhecimento de elementos musicais, a reprodução de motivos e frases musicais e, simultaneamente, de escolhas de intencionalidades expressivas, sendo uma atividade onde se intercetam apropriação, interpretação e criação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

Na elaboração das AE optou-se pela apresentação das competências por ciclos e não por anos de escolaridade, estando as referidas competências estabelecidas para o final de cada ciclo de ensino, visto entender-se que só no fim de cada ciclo se mobilizam plenamente conhecimentos, capacidades e atitudes de cada organizador. Também se considera que as aprendizagens podem ter ritmos de aquisição diferentes, ao nível do aluno, da turma, da escola, da comunidade educativa.

De seguida, procurar-se-á ilustrar uma situação prática que elucide esta opção. No 2.º Ciclo do Ensino Básico, no organizador “Experimentação e criação”, uma das competências é a seguinte: “Compõe peças musicais com diversos propósitos, combinando e manipulando vários elementos da música (timbre, dinâmica, altura, ritmo e forma), utilizando recursos diversos (voz, corpo, objetos sonoros, instrumentos musicais, tecnologias e software)”. Um aluno do 5.º ano de escolaridade, numa determinada turma e escola, pode estar preparado para combinar e manipular os vários elementos da música, enquanto outro aluno da mesma turma apenas consiga manipular, por exemplo, dinâmica e ritmo na composição que está a preparar. Esta formulação permite ao docente adequar as suas estratégias, tanto para um como para outro aluno, respeitando os seus níveis de desempenho e capacidades de aprendizagem. Contudo, o professor terá como meta que ambos os alunos atinjam esta competência no final do 2.º Ciclo do Ensino Básico, independentemente do seu ponto de partida/conhecimento e desempenho inicial. Acrescenta-se que na elaboração destas AE pressupôs-se que os saberes de qualquer ciclo podem e devem continuar a ser mobilizados em ciclos posteriores.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Improvisar peças musicais, combinando e manipulando vários elementos da música (timbre, altura, dinâmica, ritmo, forma, texturas), utilizando múltiplos recursos (fontes sonoras convencionais e não convencionais, imagens, esculturas, textos, vídeos, gravações, etc.) e com técnicas e tecnologias gradualmente mais complexas.

Compor peças musicais com diversos propósitos, combinando e manipulando vários elementos da música (altura, dinâmica, ritmo, forma, timbres e texturas), utilizando recursos diversos (voz, corpo, objetos sonoros, instrumentos musicais, tecnologias e software).

Mobilizar aprendizagens de diferentes áreas do conhecimento para a construção do seu referencial criativo.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

As ações estratégicas delineadas decorrem do princípio de que a Música é uma arte performativa e na sua operacionalização deverá privilegiar-se a diversidade de situações educativas que contemplem atividades em grande grupo, pequeno grupo, pares e individualmente.

Promover estratégias que envolvam:

  • a organização de atividades artístico-musicais onde se possam revelar conhecimentos, capacidades e atitudes;
  • experiências sonoras e musicais que estimulem a apreciação e fruição de diferentes contextos culturais;
  • a memorização e a mobilização do conhecimento em novas situações;
  • a reflexão crítica sobre o que foi feito justificando os comentários.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a imaginação de soluções diversificadas para a criação de novos ambientes sonoros/musicais;
  • o desenvolvimento do pensamento crítico, face à qualidade da sua própria produção musical e à do meio que o rodeia;
  • a manifestação da sua opinião em relação aos seus trabalhos e aos dos pares;
  • o cruzamento de diferentes áreas do saber.

Promover situações que estimulem:

  • o questionamento e experimentação de soluções variadas;
  • o planeamento, a organização e apresentação de tarefas;
  • a seleção e a organização de informação.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • a interação com o professor, colegas e audiências, argumentando as suas opiniões, admitindo e aceitando as dos outros;
  • a inclusão da opinião dos pares para a melhoria e aprofundamento de saberes;
  • o entendimento e o cumprimento de instruções.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção e organização de diversas fontes sonoras de acordo com a sua intenção expressiva;
  • a utilização de vários processos de registo de planeamento, de trabalho e de ideias.

Promover estratégias que impliquem:

  • a consciência e progressivo domínio técnico da voz e dos instrumentos na performance musical;
  • a utilização dos elementos expressivos da música;
  • o rigor na comunicação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a procura de soluções diversificadas como resposta a situações várias;
  • a indagação de diversas realidades sonoras para a construção de novos imaginários.

Promover estratégias que proporcionem oportunidades para o aluno:

  • colaborar constantemente com os outros e ajudar na realização de tarefas;
  • apresentar soluções para a melhoria ou aprofundamento das ações;
  • interagir com o professor e colegas na procura do êxito pessoal e de grupo.

Promover estratégias e modos de organização que impliquem por parte do aluno:

  • a assunção de responsabilidades relativamente aos materiais e ao cumprimento de regras (como saber esperar a sua vez, seguir as instruções dadas, ser rigoroso no que faz);
  • a autoavaliação do cumprimento de tarefas e das funções que assume.

Promover estratégias de envolvimento em tarefas com critérios definidos, que levem o aluno a:

  • identificar os pontos fortes e fracos das suas aprendizagens e desempenhos individuais ou em grupo;
  • descrever os procedimentos usados durante a realização de uma tarefa e/ou abordagem de um problema;
  • mobilizar as opiniões e críticas dos outros como forma de reorganização do trabalho;
  • apreciar criticamente as suas experiências musicais e as de outros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo/Crítico/Anal ítico (A, B, C, D, G, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Questionador (A, F, G, I, J)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ Autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Cantar, a solo e em grupo, a uma e duas vozes, repertório variado com e sem acompanhamento instrumental, evidenciando confiança e domínio básico da técnica vocal.

Tocar diversos instrumentos acústicos e electrónicos, a solo e em grupo, repertório variado, controlando o tempo, o ritmo e a dinâmica, com progressiva destreza e confiança.

Interpretar, através do movimento corporal, contextos musicais contrastantes.

Mobilizar sequências de movimentos corporais em contextos musicais diferenciados.

Publicar, na internet, criações musicais (originais ou de outros), construindo, por exemplo, playlists, podcasts e blogs.

Apresentar publicamente atividades artísticas em que se articula a música com outras áreas do conhecimento.

Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comparar características rítmicas, melódicas, harmónicas, dinâmicas, formais, tímbricas e de textura em peças musicais de épocas, estilos e géneros musicais diversificados.

Utilizar, com crescente domínio, vocabulário e simbologias para documentar, descrever e comparar diversas peças musicais.

Investigar diferentes tipos de interpretações escutadas e observadas em espetáculos musicais (concertos, bailados, teatros musicais, óperas e outros), ao vivo ou gravados, de diferentes tradições e épocas utilizando vocabulário apropriado.

Comparar criticamente estilos e géneros musicais, tendo em conta os enquadramentos socioculturais do passado e do presente.

Relacionar a sua experiência musical com outras áreas do conhecimento, através de atividades diversificadas que integrem e potenciem a transversalidade do saber.

Identificar criticamente a música, enquanto modo de conhecer e dar significado ao mundo, relacionando-a com o seu dia a dia, e os seus mundos pessoais e sociais.

Educação Visual

Introdução

As Artes Visuais assumem-se como uma área do conhecimento fundamental para o desenvolvimento global e integrado dos alunos, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mais especificamente dos processos de olhar e ver, de forma crítica e fundamentada, dos diferentes contextos visuais. Assume como principal finalidade o alargamento e enriquecimento das experiências visual e plástica dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, despertando, ao longo do processo de aprendizagem, o gosto pela apreciação e fruição das diferentes circunstâncias culturais.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais para as Artes Visuais, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se que os alunos aprendam os saberes da comunicação visual e compreendam os sistemas simbólicos das diferentes linguagens artísticas, identificando e analisando, com um vocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e técnicas em diferentes narrativas visuais, aplicando os saberes apreendidos em situações de observação e/ou da sua experimentação plástica, estimulando o desenvolvimento do seu estilo de representação.

Incentiva-se, a partir da experiência de cada aluno e dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese, argumentação e juízo crítico, a apreciação estética e artística, para a compreensão, entre outros aspetos, da expressividade contida na linguagem das imagens e/ou de outras narrativas visuais.

Interpretação e Comunicação – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão e de interpretação, no contacto com os diferentes universos visuais - sendo desejável que não se restrinja a arte à tradição ocidental e a determinados períodos históricos -, estimulando múltiplas leituras das diferentes circunstâncias culturais. Procura-se, deste modo, desenvolver estratégias para a construção das relações entre o olhar, o ver e o fazer. Valorizam-se as vivências e as experiências de cada aluno, no sentido de o levar a uma interpretação mais abrangente e mais complexa, fazendo interdepender três realidades: imagem/objeto, sujeito e construção de hipóteses de interpretação.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos, na experimentação plástica de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho. Deseja-se que a experiência plástica dos alunos não seja encarada, apenas, como uma atividade ilustrativa do que vê, mas a (re)invenção de soluções para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas, imprimindo-lhe a sua intencionalidade e o desenvolvimento da sua expressividade.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios


Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem saberes, a apropriação e domínio de materiais e suportes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores, articulam-se os processos artísticos e tecnológicos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que decorrem destes Domínios/Organizadores deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais, formais e não formais.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos (cor, forma, linha, textura, plano, luz, espaço, volume, movimento, ritmo, entre outros) serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos podem continuar a ser desenvolvidos em ciclos posteriores, acautelando-se o princípio de que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial que os alunos conheçam no final de cada ciclo e como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar diferentes manifestações culturais do património local e global (obras e artefactos de arte – pintura, escultura, desenho, assemblage, colagem, fotografia; instalação, land ́art, banda desenhada, design, arquitetura, artesanato, multimédia e linguagens cinematográficas), utilizando um vocabulário específico e adequado.

Compreender os princípios da linguagem das artes visuais integrada em diferentes contextos culturais (estilos e movimentos artísticos, épocas e geografias).

Reconhecer a tipologia e a função do objeto de arte, design, arquitetura e artesanato de acordo com os contextos históricos, geográficos e culturais.

Descrever com vocabulário adequado (qualidades formais, físicas e expressivas) os objetos artísticos.

Analisar criticamente narrativas visuais, tendo em conta as técnicas e tecnologias artísticas (pintura, desenho, escultura, fotografia, banda desenhada, artesanato, multimédia, entre outros).

Selecionar com autonomia informação relevante para os trabalhos individuais e de grupo.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o reconhecimento de manifestações artísticas em diferentes contextos culturais e em diferentes épocas;
  • a compreensão dos elementos da linguagem plástica que caracterizam determinados movimentos artísticos;
  • a motivação para a participação individual ou de grupo em atividades artísticas (exposições,entre outras iniciativas).

Promover estratégias que envolvam criatividade do aluno,no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhes atribui novos significados;
  • promover dinâmicas que exijam o questionamento dos diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem diferentes contextos, compreendendo as possibilidades várias da construção e desenvolvimento de ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico, incidindo em:

  • debates sobre obras de arte, entre outras narrativas visuais, criando circunstâncias para a discussão e argumentação, utilizando saberes específicos das artes visuais, tendo em conta os seus pontos de vista e os dos outros;
  • apreciações fundamentadas relativamente aos seus trabalhos e aos dos seus pares, utilizando uma linguagem adequada.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • investigar um tema ou objeto numa visão diacrónica e sincrónica para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas;
  • compreender a intencionalidade das suas experiências plásticas.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • a compreensão da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais;
  • o conhecimento dos diferentes valores/significados dos elementos das artes visuais, consoante o contexto, as culturas e as intenções.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a experimentação de técnicas e materiais, ajustando-os à intenção expressiva das suas representações;
  • a utilização de vários processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho;
  • o desenvolvimento de processos de análise e de síntese, através de atividades de comparação de imagens e de objetos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • mobilizar diferentes critérios de argumentação para a apreciação dos diferentes universos visuais;
  • indagar a(s) realidade(s) que observa(m) numa atitude crítica.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • verbalizar experiências de uma forma organizada, dinâmica e apelativa, utilizando um vocabulário adequado;
  • selecionar elementos de natureza diversa (plástica, escrita, entre outros) para a organização de atividades (exposições, debates, entre outras).
  • participar em projetos de trabalho multidisciplinares.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • identificar os “marcos” de desenvolvimento das aprendizagens, ao nível do:
    • domínio dos conhecimentos adquiridos, das técnicas e dos materiais;
    • domínio das capacidades expressivas.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar na organização de debates e de exposições em contexto escolar;
  • incentivar a importância de fazer propostas de projetos a realizar e de temáticas a investigar;
  • criar o seu portefólio, com vista à autoavaliação.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • a organização dos espaços e dos materiais, de acordo com as regras construídas em grupo e/ou pelo professor.

Promover estratégias que induzam:

  • a partilha de ideias, numa atitude de encontrar soluções e compreender o ponto de vista dos outros;
  • a disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação;
  • a valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar as suas ideias.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Utilizar os conceitos específicos da comunicação visual (luz, cor, espaço, forma, movimento, ritmo; proporção, desproporção, entre outros), com intencionalidade e sentido crítico, na análise dos trabalhos individuais e de grupo;

Interpretar os objetos da cultura visual em função do(s) contexto(s) e dos(s) públicos(s);

Compreender os significados, processos e intencionalidades dos objetos artísticos;

Intervir na comunidade, individualmente ou em grupo, reconhecendo o papel das artes nas mudanças sociais;

Expressar ideias, utilizando diferentes meios e processos (pintura, escultura, desenho, fotografia, multimédia, entre outros);

Transformar narrativas visuais, criando novos modos de interpretação;

Transformar os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação do mundo;

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Utilizar diferentes materiais e suportes para realização dos seus trabalhos;

Reconhecer o quotidiano como um potencial criativo para a construção de ideias, mobilizando as várias etapas do processo artístico (pesquisa, investigação, experimentação e reflexão);

Inventar soluções para a resolução de problemas no processo de produção artística;

Tomar consciência da importância das características do trabalho artístico (sistemático, reflexivo e pessoal) para o desenvolvimento do seu sistema próprio de trabalho;

Manifestar capacidades expressivas e criativas nas suas produções, evidenciando os conhecimentos adquiridos;

Recorrer a vários processos de registo de ideias (ex.: diários gráficos), de planeamento (ex.: projeto, portefólio) de trabalho individual, em grupo e em rede;

Desenvolver individualmente e em grupo projetos de trabalho, recorrendo a cruzamentos disciplinares (artes performativas, multimédia, instalações, happening, entre outros);

Justificar a intencionalidade dos seus trabalhos, conjugando a organização dos elementos visuais com ideias e temáticas, inventadas ou sugeridas.

Educação Visual

Introdução

As Artes Visuais assumem-se como uma área do conhecimento fundamental para o desenvolvimento global e integrado dos alunos, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mais especificamente dos processos de olhar e ver, de forma crítica e fundamentada, dos diferentes contextos visuais. Assume como principal finalidade o alargamento e enriquecimento das experiências visual e plástica dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística, despertando, ao longo do processo de aprendizagem, o gosto pela apreciação e fruição das diferentes circunstâncias culturais.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais para as Artes Visuais, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se que os alunos aprendam os saberes da comunicação visual e compreendam os sistemas simbólicos das diferentes linguagens artísticas, identificando e analisando, com um vocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e técnicas em diferentes narrativas visuais, aplicando os saberes apreendidos em situações de observação e/ou da sua experimentação plástica, estimulando o desenvolvimento do seu estilo de representação.

Incentiva-se, a partir da experiência de cada aluno e dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese, argumentação e juízo crítico, a apreciação estética e artística, para a compreensão, entre outros aspetos, da expressividade contida na linguagem das imagens e/ou de outras narrativas visuais.

Interpretação e Comunicação – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão e de interpretação, no contacto com os diferentes universos visuais - sendo desejável que não se restrinja a arte à tradição ocidental e a determinados períodos históricos -, estimulando múltiplas leituras das diferentes circunstâncias culturais. Procura-se, deste modo, desenvolver estratégias para a construção das relações entre o olhar, o ver e o fazer. Valorizam-se as vivências e as experiências de cada aluno, no sentido de o levar a uma interpretação mais abrangente e mais complexa, fazendo interdepender três realidades: imagem/objeto, sujeito e construção de hipóteses de interpretação.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos, na experimentação plástica de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho. Deseja-se que a experiência plástica dos alunos não seja encarada, apenas, como uma atividade ilustrativa do que vê, mas a (re)invenção de soluções para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas, imprimindo-lhe a sua intencionalidade e o desenvolvimento da sua expressividade.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios


Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem saberes, a apropriação e domínio de materiais e suportes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores, articulam-se os processos artísticos e tecnológicos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que decorrem destes Domínios/Organizadores deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais, formais e não formais.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos (cor, forma, linha, textura, plano, luz, espaço, volume, movimento, ritmo, entre outros) serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos podem continuar a ser desenvolvidos em ciclos posteriores, acautelando-se o princípio de que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial que os alunos conheçam no final de cada ciclo e como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar diferentes manifestações culturais do património local e global (obras e artefactos de arte – pintura, escultura, desenho, assemblage, colagem, fotografia; instalação, land ́art, banda desenhada, design, arquitetura, artesanato, multimédia e linguagens cinematográficas), utilizando um vocabulário específico e adequado.

Compreender os princípios da linguagem das artes visuais integrada em diferentes contextos culturais (estilos e movimentos artísticos, épocas e geografias).

Reconhecer a tipologia e a função do objeto de arte, design, arquitetura e artesanato de acordo com os contextos históricos, geográficos e culturais.

Descrever com vocabulário adequado (qualidades formais, físicas e expressivas) os objetos artísticos.

Analisar criticamente narrativas visuais, tendo em conta as técnicas e tecnologias artísticas (pintura, desenho, escultura, fotografia, banda desenhada, artesanato, multimédia, entre outros).

Selecionar com autonomia informação relevante para os trabalhos individuais e de grupo.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o reconhecimento de manifestações artísticas em diferentes contextos culturais e em diferentes épocas;
  • a compreensão dos elementos da linguagem plástica que caracterizam determinados movimentos artísticos;
  • a motivação para a participação individual ou de grupo em atividades artísticas (exposições,entre outras iniciativas).

Promover estratégias que envolvam criatividade do aluno,no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhes atribui novos significados;
  • promover dinâmicas que exijam o questionamento dos diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem diferentes contextos, compreendendo as possibilidades várias da construção e desenvolvimento de ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico, incidindo em:

  • debates sobre obras de arte, entre outras narrativas visuais, criando circunstâncias para a discussão e argumentação, utilizando saberes específicos das artes visuais, tendo em conta os seus pontos de vista e os dos outros;
  • apreciações fundamentadas relativamente aos seus trabalhos e aos dos seus pares, utilizando uma linguagem adequada.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • investigar um tema ou objeto numa visão diacrónica e sincrónica para a criação de novas imagens, relacionando conceitos, materiais, meios e técnicas;
  • compreender a intencionalidade das suas experiências plásticas.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • a compreensão da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais;
  • o conhecimento dos diferentes valores/significados dos elementos das artes visuais, consoante o contexto, as culturas e as intenções.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a experimentação de técnicas e materiais, ajustando-os à intenção expressiva das suas representações;
  • a utilização de vários processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho;
  • o desenvolvimento de processos de análise e de síntese, através de atividades de comparação de imagens e de objetos.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • mobilizar diferentes critérios de argumentação para a apreciação dos diferentes universos visuais;
  • indagar a(s) realidade(s) que observa(m) numa atitude crítica.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • verbalizar experiências de uma forma organizada, dinâmica e apelativa, utilizando um vocabulário adequado;
  • selecionar elementos de natureza diversa (plástica, escrita, entre outros) para a organização de atividades (exposições, debates, entre outras).
  • participar em projetos de trabalho multidisciplinares.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • identificar os “marcos” de desenvolvimento das aprendizagens, ao nível do:
    • domínio dos conhecimentos adquiridos, das técnicas e dos materiais;
    • domínio das capacidades expressivas.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar na organização de debates e de exposições em contexto escolar;
  • incentivar a importância de fazer propostas de projetos a realizar e de temáticas a investigar;
  • criar o seu portefólio, com vista à autoavaliação.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • a organização dos espaços e dos materiais, de acordo com as regras construídas em grupo e/ou pelo professor.

Promover estratégias que induzam:

  • a partilha de ideias, numa atitude de encontrar soluções e compreender o ponto de vista dos outros;
  • a disponibilidade de estar atento às necessidades dos seus pares e da comunidade, podendo exercitar formas de participação;
  • a valorização dos saberes do outro, compreendendo as suas intenções e ajudando-o a expressar as suas ideias.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Utilizar os conceitos específicos da comunicação visual (luz, cor, espaço, forma, movimento, ritmo; proporção, desproporção, entre outros), com intencionalidade e sentido crítico, na análise dos trabalhos individuais e de grupo;

Interpretar os objetos da cultura visual em função do(s) contexto(s) e dos(s) públicos(s);

Compreender os significados, processos e intencionalidades dos objetos artísticos;

Intervir na comunidade, individualmente ou em grupo, reconhecendo o papel das artes nas mudanças sociais;

Expressar ideias, utilizando diferentes meios e processos (pintura, escultura, desenho, fotografia, multimédia, entre outros);

Transformar narrativas visuais, criando novos modos de interpretação;

Transformar os conhecimentos adquiridos em novos modos de apreciação do mundo;

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Utilizar diferentes materiais e suportes para realização dos seus trabalhos;

Reconhecer o quotidiano como um potencial criativo para a construção de ideias, mobilizando as várias etapas do processo artístico (pesquisa, investigação, experimentação e reflexão);

Inventar soluções para a resolução de problemas no processo de produção artística;

Tomar consciência da importância das características do trabalho artístico (sistemático, reflexivo e pessoal) para o desenvolvimento do seu sistema próprio de trabalho;

Manifestar capacidades expressivas e criativas nas suas produções, evidenciando os conhecimentos adquiridos;

Recorrer a vários processos de registo de ideias (ex.: diários gráficos), de planeamento (ex.: projeto, portefólio) de trabalho individual, em grupo e em rede;

Desenvolver individualmente e em grupo projetos de trabalho, recorrendo a cruzamentos disciplinares (artes performativas, multimédia, instalações, happening, entre outros);

Justificar a intencionalidade dos seus trabalhos, conjugando a organização dos elementos visuais com ideias e temáticas, inventadas ou sugeridas.

Expressão Dramática/Teatro

Introdução

Numa perspetiva de desenvolvimento global e integrado, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), a Expressão Dramática/Teatro tem por principal finalidade proporcionar o desenvolvimento desta área artística a todos os alunos. Pressupõe uma prática sistemática e contínua, numa perspetiva de complexificação e gradual progressão de etapas, de modo a promover um desenvolvimento consciente e sustentado das capacidades e conhecimentos, individuais e coletivos.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Teatro/Expressão Dramática, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão, descodificação e de interpretação dos códigos de leitura no contacto com diferentes universos dramáticos.

Interpretação e Comunicação – Incentiva-se, a partir da experiência pessoal de cada um, a apreciação estética e artística, através dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese e juízo crítico (opiniões com critérios fundamentados), captando a especificidade contida na linguagem e construção dramáticas.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos (conceitos), através de exercícios e de técnicas específicas, para a expressão de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios

Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem a apropriação e domínio de saberes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores articulam se os processos artísticos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que deles decorrem deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas, em ambientes formais e/ou não formais. Nestes Domínios/Organizadores efetiva-se a operacionalização de conceitos específicos divididos em duas categorias de descodificação, de interpretação e experimentação da gramática Teatral: Motivação e Ação/Reação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial aos alunos conhecerem no final de cada ciclo e como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

As AE têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos podem continuar a ser desenvolvidos em ciclos posteriores, acautelando-se o princípio que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar diferentes estilos e géneros convencionais de teatro (comédia, drama, etc).

Reconhecer a dimensão multidisciplinar do teatro, identificando relações com outras artes e áreas de conhecimento.

Analisar os espetáculos/performances, recorrendo a vocabulário adequado e específico e articulando o conhecimento de aspetos contextuais (relativos ao texto, à montagem, ao momento da apresentação, etc.) com uma interpretação pessoal.

Identificar, em manifestações performativas, personagens, cenários, ambientes, situações cénicas, problemas e soluções da ação dramática.

Reconhecer diferentes formas de um ator usar a voz (altura, ritmo, intensidade) e o corpo (postura, gestos, expressões faciais) para caracterizar personagens e ambiências.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências dramáticas dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) e os juízos críticos se desenvolvem e formam através da prática de experiências dramáticas.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhe atribui novos significados;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem diferentes processos para imaginar diferentes possibilidades;
  • considerar opções alternativas e gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico do aluno, incidindo em:

  • debates sobre diferentes situações cénicas criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e os dos outros;
  • manifestações das suas opiniões em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • questionar e experimentar soluções variadas;
  • criar, aplicar e testar ideias;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências dramáticas.

Promover estratégias que requeiram por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a utilização de vários processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a mobilização de diferentes critérios de argumentação para a apreciação dos diferentes universos dramáticos;
  • a indagação das realidades que observa numa atitude critica.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a consciência e progressivo domínio da voz (dicção, articulação, projeção e colocação);
  • a exploração de textos, construindo situações cénicas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • se autoanalisar;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • tornar habitual a explicitação de feedback do professor, o qual possa ter como consequência a reorientação do trabalho do aluno, individualmente ou em grupo;
  • apreciar criticamente as experimentações cénicas próprias e as de outros para melhoria ou aprofundamento de saberes.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, auxiliar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades relativamente aos materiais, ao espaço e ao cumprimento de compromissos face às tarefas contratualizadas;
  • realizar autonomamente tarefas e organizá-las;
  • assumir e cumprir compromissos, e contratualizar tarefas;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e de funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam a:

  • uma atitude de construção de consensos como forma de aprendizagem em comum;
  • ações solidárias com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização / atividades de entreajuda;
  • um posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explorar as possibilidades motoras e expressivas do corpo em diferentes atividades (de movimento livre ou orientado, criação de personagens, etc.).

Adequar as possibilidades expressivas da voz a diferentes contextos e situações de comunicação, tendo em atenção a respiração, aspetos da técnica vocal (articulação, dicção, projeção, etc.).

Transformar o espaço com recurso a elementos plásticos/cenográficos e tecnológicos produtores de signos (formas, imagens, luz, som, etc.).

Transformar objetos (adereços, formas animadas, etc.), experimentando intencionalmente diferentes materiais e técnicas (recurso a partes articuladas, variação de cor, forma e volume, etc.) para obter efeitos distintos.

Construir personagens, em situações distintas e com diferentes finalidades.

Produzir, sozinho e em grupo, pequenas cenas a partir de dados reais ou fictícios, através de processos espontâneos e/ou preparados, antecipando e explorando intencionalmente formas de “entrada”, de progressão na ação e de “saída”.

Defender, oralmente e/ou em situações de prática experimental, as opções de movimento e escolhas vocais utilizados para comunicar uma ideia.

Expressão Dramática/Teatro

Introdução

Numa perspetiva de desenvolvimento global e integrado, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), a Expressão Dramática/Teatro tem por principal finalidade proporcionar o desenvolvimento desta área artística a todos os alunos. Pressupõe uma prática sistemática e contínua, numa perspetiva de complexificação e gradual progressão de etapas, de modo a promover um desenvolvimento consciente e sustentado das capacidades e conhecimentos, individuais e coletivos.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Teatro/Expressão Dramática, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão, descodificação e de interpretação dos códigos de leitura no contacto com diferentes universos dramáticos.

Interpretação e Comunicação – Incentiva-se, a partir da experiência pessoal de cada um, a apreciação estética e artística, através dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese e juízo crítico (opiniões com critérios fundamentados), captando a especificidade contida na linguagem e construção dramáticas.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos (conceitos), através de exercícios e de técnicas específicas, para a expressão de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios

Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem a apropriação e domínio de saberes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores articulam se os processos artísticos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que deles decorrem deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas, em ambientes formais e/ou não formais. Nestes Domínios/Organizadores efetiva-se a operacionalização de conceitos específicos divididos em duas categorias de descodificação, de interpretação e experimentação da gramática Teatral: Motivação e Ação/Reação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial aos alunos conhecerem no final de cada ciclo e como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

As AE têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos podem continuar a ser desenvolvidos em ciclos posteriores, acautelando-se o princípio que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar diferentes estilos e géneros convencionais de teatro (comédia, drama, etc).

Reconhecer a dimensão multidisciplinar do teatro, identificando relações com outras artes e áreas de conhecimento.

Analisar os espetáculos/performances, recorrendo a vocabulário adequado e específico e articulando o conhecimento de aspetos contextuais (relativos ao texto, à montagem, ao momento da apresentação, etc.) com uma interpretação pessoal.

Identificar, em manifestações performativas, personagens, cenários, ambientes, situações cénicas, problemas e soluções da ação dramática.

Reconhecer diferentes formas de um ator usar a voz (altura, ritmo, intensidade) e o corpo (postura, gestos, expressões faciais) para caracterizar personagens e ambiências.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências dramáticas dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) e os juízos críticos se desenvolvem e formam através da prática de experiências dramáticas.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhe atribui novos significados;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem diferentes processos para imaginar diferentes possibilidades;
  • considerar opções alternativas e gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico do aluno, incidindo em:

  • debates sobre diferentes situações cénicas criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e os dos outros;
  • manifestações das suas opiniões em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • questionar e experimentar soluções variadas;
  • criar, aplicar e testar ideias;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências dramáticas.

Promover estratégias que requeiram por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a utilização de vários processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a mobilização de diferentes critérios de argumentação para a apreciação dos diferentes universos dramáticos;
  • a indagação das realidades que observa numa atitude critica.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a consciência e progressivo domínio da voz (dicção, articulação, projeção e colocação);
  • a exploração de textos, construindo situações cénicas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • se autoanalisar;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • tornar habitual a explicitação de feedback do professor, o qual possa ter como consequência a reorientação do trabalho do aluno, individualmente ou em grupo;
  • apreciar criticamente as experimentações cénicas próprias e as de outros para melhoria ou aprofundamento de saberes.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, auxiliar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades relativamente aos materiais, ao espaço e ao cumprimento de compromissos face às tarefas contratualizadas;
  • realizar autonomamente tarefas e organizá-las;
  • assumir e cumprir compromissos, e contratualizar tarefas;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e de funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam a:

  • uma atitude de construção de consensos como forma de aprendizagem em comum;
  • ações solidárias com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização / atividades de entreajuda;
  • um posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explorar as possibilidades motoras e expressivas do corpo em diferentes atividades (de movimento livre ou orientado, criação de personagens, etc.).

Adequar as possibilidades expressivas da voz a diferentes contextos e situações de comunicação, tendo em atenção a respiração, aspetos da técnica vocal (articulação, dicção, projeção, etc.).

Transformar o espaço com recurso a elementos plásticos/cenográficos e tecnológicos produtores de signos (formas, imagens, luz, som, etc.).

Transformar objetos (adereços, formas animadas, etc.), experimentando intencionalmente diferentes materiais e técnicas (recurso a partes articuladas, variação de cor, forma e volume, etc.) para obter efeitos distintos.

Construir personagens, em situações distintas e com diferentes finalidades.

Produzir, sozinho e em grupo, pequenas cenas a partir de dados reais ou fictícios, através de processos espontâneos e/ou preparados, antecipando e explorando intencionalmente formas de “entrada”, de progressão na ação e de “saída”.

Defender, oralmente e/ou em situações de prática experimental, as opções de movimento e escolhas vocais utilizados para comunicar uma ideia.

Expressão Dramática/Teatro

Introdução

Numa perspetiva de desenvolvimento global e integrado, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), a Expressão Dramática/Teatro tem por principal finalidade proporcionar o desenvolvimento desta área artística a todos os alunos. Pressupõe uma prática sistemática e contínua, numa perspetiva de complexificação e gradual progressão de etapas, de modo a promover um desenvolvimento consciente e sustentado das capacidades e conhecimentos, individuais e coletivos.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Teatro/Expressão Dramática, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão, descodificação e de interpretação dos códigos de leitura no contacto com diferentes universos dramáticos.

Interpretação e Comunicação – Incentiva-se, a partir da experiência pessoal de cada um, a apreciação estética e artística, através dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese e juízo crítico (opiniões com critérios fundamentados), captando a especificidade contida na linguagem e construção dramáticas.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos (conceitos), através de exercícios e de técnicas específicas, para a expressão de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios

Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem a apropriação e domínio de saberes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores articulam se os processos artísticos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que deles decorrem deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas, em ambientes formais e/ou não formais. Nestes Domínios/Organizadores efetiva-se a operacionalização de conceitos específicos divididos em duas categorias de descodificação, de interpretação e experimentação da gramática Teatral: Motivação e Ação/Reação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial aos alunos conhecerem no final de cada ciclo e como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

As AE têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.o, 2.o e 3.o ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos podem continuar a ser desenvolvidos em ciclos posteriores, acautelando-se o princípio que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar diferentes estilos e géneros convencionais de teatro (comédia, drama, etc).

Reconhecer a dimensão multidisciplinar do teatro, identificando relações com outras artes e áreas de conhecimento.

Analisar os espetáculos/performances, recorrendo a vocabulário adequado e específico e articulando o conhecimento de aspetos contextuais (relativos ao texto, à montagem, ao momento da apresentação, etc.) com uma interpretação pessoal.

Identificar, em manifestações performativas, personagens, cenários, ambientes, situações cénicas, problemas e soluções da ação dramática.

Reconhecer diferentes formas de um ator usar a voz (altura, ritmo, intensidade) e o corpo (postura, gestos, expressões faciais) para caracterizar personagens e ambiências.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências dramáticas dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) e os juízos críticos se desenvolvem e formam através da prática de experiências dramáticas.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhe atribui novos significados;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem diferentes processos para imaginar diferentes possibilidades;
  • considerar opções alternativas e gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico do aluno, incidindo em:

  • debates sobre diferentes situações cénicas criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e os dos outros;
  • manifestações das suas opiniões em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • questionar e experimentar soluções variadas;
  • criar, aplicar e testar ideias;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências dramáticas.

Promover estratégias que requeiram por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a utilização de vários processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a mobilização de diferentes critérios de argumentação para a apreciação dos diferentes universos dramáticos;
  • a indagação das realidades que observa numa atitude critica.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a consciência e progressivo domínio da voz (dicção, articulação, projeção e colocação);
  • a exploração de textos, construindo situações cénicas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • se autoanalisar;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • tornar habitual a explicitação de feedback do professor, o qual possa ter como consequência a reorientação do trabalho do aluno, individualmente ou em grupo;
  • apreciar criticamente as experimentações cénicas próprias e as de outros para melhoria ou aprofundamento de saberes.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, auxiliar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades relativamente aos materiais, ao espaço e ao cumprimento de compromissos face às tarefas contratualizadas;
  • realizar autonomamente tarefas e organizá-las;
  • assumir e cumprir compromissos, e contratualizar tarefas;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e de funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam a:

  • uma atitude de construção de consensos como forma de aprendizagem em comum;
  • ações solidárias com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização / atividades de entreajuda;
  • um posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explorar as possibilidades motoras e expressivas do corpo em diferentes atividades (de movimento livre ou orientado, criação de personagens, etc.).

Adequar as possibilidades expressivas da voz a diferentes contextos e situações de comunicação, tendo em atenção a respiração, aspetos da técnica vocal (articulação, dicção, projeção, etc.).

Transformar o espaço com recurso a elementos plásticos/cenográficos e tecnológicos produtores de signos (formas, imagens, luz, som, etc.).

Transformar objetos (adereços, formas animadas, etc.), experimentando intencionalmente diferentes materiais e técnicas (recurso a partes articuladas, variação de cor, forma e volume, etc.) para obter efeitos distintos.

Construir personagens, em situações distintas e com diferentes finalidades.

Produzir, sozinho e em grupo, pequenas cenas a partir de dados reais ou fictícios, através de processos espontâneos e/ou preparados, antecipando e explorando intencionalmente formas de “entrada”, de progressão na ação e de “saída”.

Defender, oralmente e/ou em situações de prática experimental, as opções de movimento e escolhas vocais utilizados para comunicar uma ideia.

Expressão Dramática/Teatro

Introdução

Numa perspetiva de desenvolvimento global e integrado, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), a Expressão Dramática/Teatro tem por principal finalidade proporcionar o desenvolvimento desta área artística a todos os alunos. Pressupõe uma prática sistemática e contínua, numa perspetiva de complexificação e gradual progressão de etapas, de modo a promover um desenvolvimento consciente e sustentado das capacidades e conhecimentos, individuais e coletivos.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) de Teatro/Expressão Dramática, nos diferentes ciclos, estão estruturadas por Domínios/Organizadores, designadamente:

  • Apropriação e Reflexão;
  • Interpretação e Comunicação;
  • Experimentação e Criação.

Apropriação e Reflexão – Pretende-se, de uma forma sistemática, organizada e globalizante, desenvolver as capacidades de apreensão, descodificação e de interpretação dos códigos de leitura no contacto com diferentes universos dramáticos.

Interpretação e Comunicação – Incentiva-se, a partir da experiência pessoal de cada um, a apreciação estética e artística, através dos processos de observação, descrição, discriminação, análise, síntese e juízo crítico (opiniões com critérios fundamentados), captando a especificidade contida na linguagem e construção dramáticas.

Experimentação e Criação – Conjugam-se a experiência pessoal, a reflexão, os conhecimentos adquiridos (conceitos), através de exercícios e de técnicas específicas, para a expressão de conceitos e de temáticas, procurando a criação de um sistema próprio de trabalho.

Estes Domínios/Organizadores, separados apenas por uma questão metodológica, são entendidos como realidades interdependentes, tal como explicitado no esquema seguinte:

Domínios

Os Domínios/Organizadores apresentados englobam competências estéticas e técnicas, envolvem a apropriação e domínio de saberes e integram o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística. Nestes Domínios/Organizadores articulam se os processos artísticos com as circunstâncias culturais, designadamente históricas, sociais e políticas.

As aprendizagens que deles decorrem deverão ser utilizadas pelos alunos em diferentes contextos, em ações práticas e experimentais e em projetos de trabalho (turma, escola, comunidade), individuais ou coletivos, podendo integrar transversalmente conteúdos de várias disciplinas, em ambientes formais e/ou não formais. Nestes Domínios/Organizadores efetiva-se a operacionalização de conceitos específicos divididos em duas categorias de descodificação, de interpretação e experimentação da gramática Teatral: Motivação e Ação/Reação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

As AE apresentam-se como uma forma de expressar aquilo que é essencial aos alunos conhecerem no final de cada ciclo e como um objetivo final a ser atingido, procurando definir o desenvolvimento esperado para todos.

As AE têm subjacente um desenvolvimento das competências por ciclos (1.º, 2.º e 3.º ciclos), visto entender-se que, ao longo de um ciclo de aprendizagem, os alunos têm oportunidade de fazer um percurso formativo, no qual os conhecimentos serão mobilizados de uma forma gradual, complexificados à medida que os alunos intensificam e alargam as experiências de aprendizagem, aplicam, sistematizam e transformam os conhecimentos em vivências com significado. De acordo com esta perspetiva, estes conhecimentos podem continuar a ser desenvolvidos em ciclos posteriores, acautelando-se o princípio que à mesma idade cronológica pode não corresponder o mesmo nível de desenvolvimento.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar diferentes estilos e géneros convencionais de teatro (comédia, drama, etc).

Reconhecer a dimensão multidisciplinar do teatro, identificando relações com outras artes e áreas de conhecimento.

Analisar os espetáculos/performances, recorrendo a vocabulário adequado e específico e articulando o conhecimento de aspetos contextuais (relativos ao texto, à montagem, ao momento da apresentação, etc.) com uma interpretação pessoal.

Identificar, em manifestações performativas, personagens, cenários, ambientes, situações cénicas, problemas e soluções da ação dramática.

Reconhecer diferentes formas de um ator usar a voz (altura, ritmo, intensidade) e o corpo (postura, gestos, expressões faciais) para caracterizar personagens e ambiências.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • o enriquecimento das experiências dramáticas dos alunos, estimulando hábitos de apreciação e fruição dos diferentes contextos culturais;
  • a consciencialização de que o(s) gosto(s) e os juízos críticos se desenvolvem e formam através da prática de experiências dramáticas.

Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno no sentido de:

  • mobilizar saberes e processos, através dos quais perceciona, seleciona, organiza os dados e lhe atribui novos significados;
  • promover dinâmicas que exijam relações entre aquilo que se sabe, o que se pensa e os diferentes universos do conhecimento;
  • incentivar práticas que mobilizem diferentes processos para imaginar diferentes possibilidades;
  • considerar opções alternativas e gerar novas ideias.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico do aluno, incidindo em:

  • debates sobre diferentes situações cénicas criando circunstâncias para a discussão e argumentação dos seus pontos de vista e os dos outros;
  • manifestações das suas opiniões em relação aos seus trabalhos e aos dos seus pares.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • questionar e experimentar soluções variadas;
  • criar, aplicar e testar ideias;
  • descobrir progressivamente a intencionalidade das suas experiências dramáticas.

Promover estratégias que requeiram por parte do aluno:

  • o reconhecimento da importância do património cultural e artístico nacional e de outras culturas, como valores indispensáveis para uma maior capacidade de participação e intervenção nas dinâmicas sociais e culturais.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a utilização de vários processos de registo de ideias, de planeamento e de trabalho.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a mobilização de diferentes critérios de argumentação para a apreciação dos diferentes universos dramáticos;
  • a indagação das realidades que observa numa atitude critica.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a consciência e progressivo domínio da voz (dicção, articulação, projeção e colocação);
  • a exploração de textos, construindo situações cénicas.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • se autoanalisar;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • tornar habitual a explicitação de feedback do professor, o qual possa ter como consequência a reorientação do trabalho do aluno, individualmente ou em grupo;
  • apreciar criticamente as experimentações cénicas próprias e as de outros para melhoria ou aprofundamento de saberes.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, auxiliar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades relativamente aos materiais, ao espaço e ao cumprimento de compromissos face às tarefas contratualizadas;
  • realizar autonomamente tarefas e organizá-las;
  • assumir e cumprir compromissos, e contratualizar tarefas;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e de funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam a:

  • uma atitude de construção de consensos como forma de aprendizagem em comum;
  • ações solidárias com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização / atividades de entreajuda;
  • um posicionamento perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explorar as possibilidades motoras e expressivas do corpo em diferentes atividades (de movimento livre ou orientado, criação de personagens, etc.).

Adequar as possibilidades expressivas da voz a diferentes contextos e situações de comunicação, tendo em atenção a respiração, aspetos da técnica vocal (articulação, dicção, projeção, etc.).

Transformar o espaço com recurso a elementos plásticos/cenográficos e tecnológicos produtores de signos (formas, imagens, luz, som, etc.).

Transformar objetos (adereços, formas animadas, etc.), experimentando intencionalmente diferentes materiais e técnicas (recurso a partes articuladas, variação de cor, forma e volume, etc.) para obter efeitos distintos.

Construir personagens, em situações distintas e com diferentes finalidades.

Produzir, sozinho e em grupo, pequenas cenas a partir de dados reais ou fictícios, através de processos espontâneos e/ou preparados, antecipando e explorando intencionalmente formas de “entrada”, de progressão na ação e de “saída”.

Defender, oralmente e/ou em situações de prática experimental, as opções de movimento e escolhas vocais utilizados para comunicar uma ideia.

Música

Introdução

A Música é uma Arte presente em todas as culturas e no quotidiano dos seres humanos. É uma linguagem universal que assume uma muito singular forma de criatividade. A música é uma prática social comunicativa e expressiva. A partir do ouvir e através da produção sonora em conjunto do cantar, do tocar, do compor, do olhar, do escutar, as crianças e jovens dialogam e constroem significados, partilhando-os e transformando-os, enriquecendo assim as suas práticas e horizontes culturais, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). A música existe no conjunto, no fazer e partilhar com os outros, no dialogar, na pergunta-resposta, e em inúmeros pequenos rituais que fazem parte do nosso quotidiano coletivo. E é exatamente no desenvolvimento de experiências concretas em interação com os outros que as crianças e jovens podem desenvolver modos de ser e de pensar abertos ao mundo, e são capazes de dar resposta aos desafios que se lhes colocam nos dias de hoje. No criar e fazer música, as crianças estabelecem inter-relações com os outros e com o mundo que têm exatamente esse caráter de imprevisibilidade, complexidade e mudança. É assim que podemos olhar para a música, como um veículo extraordinário no desenvolvimento de capacidades pessoais e sociais imprescindíveis às vidas das crianças. Desta forma, propõe-se que, à medida que progridem, os alunos aprofundem a sua apreciação, compreensão e desempenho musicais, permitindo criar, recriar e ouvir através do desenvolvimento de competências de experimentação, de improvisação, de composição, de escuta, de reflexão, de movimento, de interpretação (no sentido de performance), contribuindo para a sua formação como sujeitos criadores e fruidores de Música.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento para o 1.º Ciclo do Ensino Básico foram estruturadas a partir de três Domínios/Organizadores comuns à Educação Artística:

  • Experimentação e criação;
  • Interpretação e comunicação;
  • Apropriação e reflexão.

Experimentação e criação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências de exploração/experimentação sonoro-musicais, improvisação (tanto no sentido de variação sobre uma estrutura musical pré-existente, como de criação/composição em tempo real) e composição musical. É de salientar que foi dada particular relevância a esta dimensão de experimentação/criação, visto considerar-se um domínio basilar para aprendizagens significativas.

Interpretação e comunicação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências relativas à performance/execução musical, ou seja, cantar, tocar, movimentar, bem como as relativas a formas de comunicar/partilhar publicamente as performances e/ou criações.

Apropriação e reflexão: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências referentes a processos de discriminação, análise, comparação de elementos sonoro-musicais com o propósito de permitir escolhas fundamentadas em relação ao fazer e ao ouvir musical, através de uma reflexão crítica sobre os universos musicais. Também existe neste organizador uma preocupação na apropriação de terminologia e vocabulário específico da Música, visto permitir o domínio das convenções musicais, útil na compreensão e na reflexão crítica.

A voz e o corpo da criança, bem como os objetos do seu quotidiano, são os recursos privilegiados para o desenvolvimento musical neste ciclo de ensino. As atividades musicais deverão ser exploradas a partir dos elementos musicais de melodia, harmonia, ritmo, pulsação, divisão, métrica, dinâmica, textura, forma e timbre. Contudo, dever-se-á ter em conta que a experiência musical é holística, total, portanto, os elementos musicais anteriormente referidos deverão ter um papel clarificador, facilitador e sistematizador da escuta, da prática e da criação musicais dos alunos.

Os três Domínios/Organizadores expostos anteriormente foram elaborados de acordo com o currículo da Música presente em documentos do Ministério da Educação para os diferentes ciclos de ensino. O modelo curricular contempla três grandes áreas interdependentes, designadamente a Audição, a Interpretação e a Criação/Composição. Conciliou-se o currículo da Música em vigor com os organizadores comuns da Educação Artística, por um lado, por se enquadrarem conceptualmente nos três domínios/organizadores musicais mencionados e, por outro lado, para facilitar a transversalidade das áreas do conhecimento, uma vez que proporciona o cruzamento entre conceitos e competências das diferentes artes, apesar das diferenças intrínsecas de cada área artística. Os referidos organizadores não são encarados como áreas estanques, sendo as atividades de sala de aula uma combinação dos mesmos, como exemplificado no esquema seguinte:

Domínios

Por exemplo, a interpretação de uma canção obriga a uma identificação e a um reconhecimento de elementos musicais, a reprodução de motivos e frases musicais e, simultaneamente, de escolhas de intencionalidades expressivas, sendo uma atividade onde se intercetam apropriação, interpretação e criação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

Na elaboração das AE optou-se pela apresentação das competências por ciclos e não por anos de escolaridade, estando as referidas competências estabelecidas para o final de cada ciclo educativo, visto entender-se que só no fim de cada ciclo se mobilizam plenamente conhecimentos, capacidades e atitudes de cada organizador. Também se considera que as aprendizagens podem ter ritmos de aquisição a diferentes níveis: do aluno, da turma, da escola, da comunidade educativa. De seguida, procurar-se-á ilustrar uma situação prática que elucide esta opção. No 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB), no organizador “Interpretação e comunicação”, uma das competências é: “Canta, a solo e em grupo, da sua autoria ou de outros, canções com características musicais e culturais diversificadas, demonstrando progressivamente qualidades técnicas e expressivas”. Uma criança do 1.º ano do 1.º CEB, de uma determinada escola e região do país, pode estar preparada para realizar tarefas bastante complexas, próprias para um final de ciclo, em termos do canto, enquanto outra, da mesma turma, escola e localidade, ainda pode estar num nível de iniciação neste mesmo domínio musical. Esta formulação permite ao docente adequar as suas estratégias, tanto para uma como para a outra criança, respeitando os seus níveis de desempenho e capacidades de aprendizagem. Contudo, este professor terá como meta que ambos os alunos atinjam esta competência no final do 1.º CEB, independentemente do seu ponto de partida/conhecimento inicial.

Acrescenta-se que na elaboração destas AE pressupôs-se que os saberes de qualquer ciclo podem e devem continuar a ser mobilizados em ciclos posteriores.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Experimentar sons vocais (voz falada, voz cantada) de forma a conhecer as potencialidades da voz como instrumento musical.

Explorar fontes sonoras diversas (corpo, objetos do quotidiano, instrumentos musicais) de forma a conhecê- las como potencial musical.

Improvisar, a solo ou em grupo, pequenas sequências melódicas, rítmicas ou harmónicas a partir de ideias musicais ou não musicais (imagens, textos, situações do quotidiano, etc.).

Criar, sozinho ou em grupo, ambientes sonoros, pequenas peças musicais, ligadas ao quotidiano e ao imaginário, utilizando diferentes fontes sonoras.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

As ações estratégicas delineadas decorrem do princípio de que a Música é uma arte performativa e na sua operacionalização deverá privilegiar-se a diversidade de situações educativas que contemplem atividades em grande grupo, pequeno grupo, pares e individualmente.

Promover estratégias que envolvam:

  • a organização de atividades artístico-musicais onde se possam revelar conhecimentos, capacidades e atitudes;
  • experiências sonoras e musicais que estimulem a apreciação e fruição de diferentes contextos culturais;
  • a memorização e a mobilização do conhecimento em novas situações; a reflexão crítica sobre o que foi feito, justificando os seus comentários.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a imaginação de soluções diversificadas para a criação de novos ambientes sonoros/musicais;
  • o desenvolvimento do pensamento crítico, face à qualidade da sua própria produção musical e à do meio que o rodeia;
  • a manifestação da sua opinião em relação aos seus trabalhos e aos dos pares;
  • o cruzamento de diferentes áreas do saber.

Promover situações que estimulem:

  • o questionamento e a experimentação de soluções variadas;
  • o planeamento, a organização e a apresentação de tarefas;
  • a seleção e a organização de informação.

Promover estratégias que requeiram por parte do aluno:

  • a interação com o professor, colegas e audiências, argumentando as suas opiniões, admitindo e aceitando as dos outros;
  • a inclusão da opinião dos pares para a melhoria e aprofundamento de saberes;
  • o entendimento e o cumprimento de instruções.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção e organização de diversas fontes sonoras de acordo com a sua intenção expressiva;
  • a utilização de vários processos de registo de planeamento, de trabalho e de ideias.

Promover estratégias que impliquem:

  • a consciência e o progressivo domínio técnico da voz e dos instrumentos na performance musical;
  • a utilização dos elementos expressivos da música;
  • o rigor na comunicação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a procura de soluções diversificadas como resposta a situações várias;
  • a indagação de diversas realidades sonoras para a construção de novos imaginários.

Promover estratégias que proporcionem oportunidades para o aluno:

  • colaborar constantemente com os outros e ajudar na realização de tarefas;
  • apresentar soluções para a melhoria ou aprofundamento das ações;
  • interagir com o professor e colegas na procura do êxito pessoal e de grupo.

Promover estratégias e modos de organização que impliquem por parte do aluno:

  • a assunção de responsabilidades relativamente aos materiais e ao cumprimento de regras, como por exemplo, saber esperar a sua vez, seguir as instruções dadas, ser rigoroso no que faz;
  • a autoavaliação do cumprimento de tarefas e das funções que assume.

Promover estratégias de envolvimento em tarefas com critérios definidos, que levem o aluno:

  • a identificar os pontos fortes e fracos das suas aprendizagens e desempenhos individuais ou em grupo;
  • a descrever os procedimentos usados durante a realização de uma tarefa e/ou abordagem de um problema;
  • a mobilizar as opiniões e críticas dos outros como forma de reorganização do trabalho;
  • a apreciar criticamente as suas experiências musicais e as de outros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo/Crítico/ Analítico (A, B, C, D, G, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Questionador (A, F, G, I, J)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ Autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar rimas, trava-línguas, lengalengas, etc., usando a voz (cantada ou falada) com diferentes intencionalidades expressivas.

Cantar, a solo e em grupo, da sua autoria ou de outros canções com características musicais e culturais diversificadas, demonstrando progressivamente qualidades técnicas e expressivas.

Tocar, a solo e em grupo, as suas próprias peças musicais ou de outros, utilizando instrumentos musicais, convencionais e não convencionais, de altura definida e indefinida.

Realizar sequências de movimentos corporais em contextos musicais diferenciados.

Comunicar através do movimento corporal de acordo com propostas musicais diversificadas.

Apresentar publicamente atividades artísticas em que se articula a música com outras áreas do conhecimento.

Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comparar características rítmicas, melódicas, harmónicas, dinâmicas, formais tímbricas e de textura em repertório de referência, de épocas, estilos e géneros diversificados.

Utilizar vocabulário e simbologias convencionais e não convencionais para descrever e comparar diversos tipos de sons e peças musicais de diferentes estilos e géneros.

Pesquisar diferentes interpretações escutadas e observadas em espetáculos musicais (concertos, bailados, teatros musicais e outros) ao vivo ou gravados, de diferentes tradições e épocas, utilizando vocabulário apropriado.

Partilhar, com os pares, as músicas do seu quotidiano e debater sobre os diferentes tipos de música.

Produzir, sozinho ou em grupo, material escrito, audiovisual e multimédia ou outro, utilizando vocabulário apropriado, reconhecendo a música como construção social, património e fator de identidade cultural.

Música

Introdução

A Música é uma Arte presente em todas as culturas e no quotidiano dos seres humanos. É uma linguagem universal que assume uma muito singular forma de criatividade. A música é uma prática social comunicativa e expressiva. A partir do ouvir e através da produção sonora em conjunto do cantar, do tocar, do compor, do olhar, do escutar, as crianças e jovens dialogam e constroem significados, partilhando-os e transformando-os, enriquecendo assim as suas práticas e horizontes culturais, em consonância com as diferentes Áreas de Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). A música existe no conjunto, no fazer e partilhar com os outros, no dialogar, na pergunta-resposta, e em inúmeros pequenos rituais que fazem parte do nosso quotidiano coletivo. E é exatamente no desenvolvimento de experiências concretas em interação com os outros que as crianças e jovens podem desenvolver modos de ser e de pensar abertos ao mundo, e são capazes de dar resposta aos desafios que se lhes colocam nos dias de hoje. No criar e fazer música, as crianças estabelecem inter-relações com os outros e com o mundo que têm exatamente esse caráter de imprevisibilidade, complexidade e mudança. É assim que podemos olhar para a música, como um veículo extraordinário no desenvolvimento de capacidades pessoais e sociais imprescindíveis às vidas das crianças. Desta forma, propõe-se que, à medida que progridem, os alunos aprofundem a sua apreciação, compreensão e desempenho musicais, permitindo criar, recriar e ouvir através do desenvolvimento de competências de experimentação, de improvisação, de composição, de escuta, de reflexão, de movimento, de interpretação (no sentido de performance), contribuindo para a sua formação como sujeitos criadores e fruidores de Música.

Organizadores das Aprendizagens Essenciais

As Aprendizagens Essenciais (AE) apresentadas neste documento para o 1.º Ciclo do Ensino Básico foram estruturadas a partir de três Domínios/Organizadores comuns à Educação Artística:

  • Experimentação e criação;
  • Interpretação e comunicação;
  • Apropriação e reflexão.

Experimentação e criação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências de exploração/experimentação sonoro-musicais, improvisação (tanto no sentido de variação sobre uma estrutura musical pré-existente, como de criação/composição em tempo real) e composição musical. É de salientar que foi dada particular relevância a esta dimensão de experimentação/criação, visto considerar-se um domínio basilar para aprendizagens significativas.

Interpretação e comunicação: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências relativas à performance/execução musical, ou seja, cantar, tocar, movimentar, bem como as relativas a formas de comunicar/partilhar publicamente as performances e/ou criações.

Apropriação e reflexão: Pretende-se que os alunos desenvolvam competências referentes a processos de discriminação, análise, comparação de elementos sonoro-musicais com o propósito de permitir escolhas fundamentadas em relação ao fazer e ao ouvir musical, através de uma reflexão crítica sobre os universos musicais. Também existe neste organizador uma preocupação na apropriação de terminologia e vocabulário específico da Música, visto permitir o domínio das convenções musicais, útil na compreensão e na reflexão crítica.

A voz e o corpo da criança, bem como os objetos do seu quotidiano, são os recursos privilegiados para o desenvolvimento musical neste ciclo de ensino. As atividades musicais deverão ser exploradas a partir dos elementos musicais de melodia, harmonia, ritmo, pulsação, divisão, métrica, dinâmica, textura, forma e timbre. Contudo, dever-se-á ter em conta que a experiência musical é holística, total, portanto, os elementos musicais anteriormente referidos deverão ter um papel clarificador, facilitador e sistematizador da escuta, da prática e da criação musicais dos alunos.

Os três Domínios/Organizadores expostos anteriormente foram elaborados de acordo com o currículo da Música presente em documentos do Ministério da Educação para os diferentes ciclos de ensino. O modelo curricular contempla três grandes áreas interdependentes, designadamente a Audição, a Interpretação e a Criação/Composição. Conciliou-se o currículo da Música em vigor com os organizadores comuns da Educação Artística, por um lado, por se enquadrarem conceptualmente nos três domínios/organizadores musicais mencionados e, por outro lado, para facilitar a transversalidade das áreas do conhecimento, uma vez que proporciona o cruzamento entre conceitos e competências das diferentes artes, apesar das diferenças intrínsecas de cada área artística. Os referidos organizadores não são encarados como áreas estanques, sendo as atividades de sala de aula uma combinação dos mesmos, como exemplificado no esquema seguinte:

Domínios

Por exemplo, a interpretação de uma canção obriga a uma identificação e a um reconhecimento de elementos musicais, a reprodução de motivos e frases musicais e, simultaneamente, de escolhas de intencionalidades expressivas, sendo uma atividade onde se intercetam apropriação, interpretação e criação.

Aprendizagens Essenciais por ciclo

Na elaboração das AE optou-se pela apresentação das competências por ciclos e não por anos de escolaridade, estando as referidas competências estabelecidas para o final de cada ciclo educativo, visto entender-se que só no fim de cada ciclo se mobilizam plenamente conhecimentos, capacidades e atitudes de cada organizador. Também se considera que as aprendizagens podem ter ritmos de aquisição a diferentes níveis: do aluno, da turma, da escola, da comunidade educativa. De seguida, procurar-se-á ilustrar uma situação prática que elucide esta opção. No 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB), no organizador “Interpretação e comunicação”, uma das competências é: “Canta, a solo e em grupo, da sua autoria ou de outros, canções com características musicais e culturais diversificadas, demonstrando progressivamente qualidades técnicas e expressivas”. Uma criança do 1.º ano do 1.º CEB, de uma determinada escola e região do país, pode estar preparada para realizar tarefas bastante complexas, próprias para um final de ciclo, em termos do canto, enquanto outra, da mesma turma, escola e localidade, ainda pode estar num nível de iniciação neste mesmo domínio musical. Esta formulação permite ao docente adequar as suas estratégias, tanto para uma como para a outra criança, respeitando os seus níveis de desempenho e capacidades de aprendizagem. Contudo, este professor terá como meta que ambos os alunos atinjam esta competência no final do 1.º CEB, independentemente do seu ponto de partida/conhecimento inicial.

Acrescenta-se que na elaboração destas AE pressupôs-se que os saberes de qualquer ciclo podem e devem continuar a ser mobilizados em ciclos posteriores.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
EXPERIMENTAÇÃO E CRIAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Experimentar sons vocais (voz falada, voz cantada) de forma a conhecer as potencialidades da voz como instrumento musical.

Explorar fontes sonoras diversas (corpo, objetos do quotidiano, instrumentos musicais) de forma a conhecê- las como potencial musical.

Improvisar, a solo ou em grupo, pequenas sequências melódicas, rítmicas ou harmónicas a partir de ideias musicais ou não musicais (imagens, textos, situações do quotidiano, etc.).

Criar, sozinho ou em grupo, ambientes sonoros, pequenas peças musicais, ligadas ao quotidiano e ao imaginário, utilizando diferentes fontes sonoras.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

As ações estratégicas delineadas decorrem do princípio de que a Música é uma arte performativa e na sua operacionalização deverá privilegiar-se a diversidade de situações educativas que contemplem atividades em grande grupo, pequeno grupo, pares e individualmente.

Promover estratégias que envolvam:

  • a organização de atividades artístico-musicais onde se possam revelar conhecimentos, capacidades e atitudes;
  • experiências sonoras e musicais que estimulem a apreciação e fruição de diferentes contextos culturais;
  • a memorização e a mobilização do conhecimento em novas situações; a reflexão crítica sobre o que foi feito, justificando os seus comentários.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a imaginação de soluções diversificadas para a criação de novos ambientes sonoros/musicais;
  • o desenvolvimento do pensamento crítico, face à qualidade da sua própria produção musical e à do meio que o rodeia;
  • a manifestação da sua opinião em relação aos seus trabalhos e aos dos pares;
  • o cruzamento de diferentes áreas do saber.

Promover situações que estimulem:

  • o questionamento e a experimentação de soluções variadas;
  • o planeamento, a organização e a apresentação de tarefas;
  • a seleção e a organização de informação.

Promover estratégias que requeiram por parte do aluno:

  • a interação com o professor, colegas e audiências, argumentando as suas opiniões, admitindo e aceitando as dos outros;
  • a inclusão da opinião dos pares para a melhoria e aprofundamento de saberes;
  • o entendimento e o cumprimento de instruções.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • a seleção e organização de diversas fontes sonoras de acordo com a sua intenção expressiva;
  • a utilização de vários processos de registo de planeamento, de trabalho e de ideias.

Promover estratégias que impliquem:

  • a consciência e o progressivo domínio técnico da voz e dos instrumentos na performance musical;
  • a utilização dos elementos expressivos da música;
  • o rigor na comunicação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • a procura de soluções diversificadas como resposta a situações várias;
  • a indagação de diversas realidades sonoras para a construção de novos imaginários.

Promover estratégias que proporcionem oportunidades para o aluno:

  • colaborar constantemente com os outros e ajudar na realização de tarefas;
  • apresentar soluções para a melhoria ou aprofundamento das ações;
  • interagir com o professor e colegas na procura do êxito pessoal e de grupo.

Promover estratégias e modos de organização que impliquem por parte do aluno:

  • a assunção de responsabilidades relativamente aos materiais e ao cumprimento de regras, como por exemplo, saber esperar a sua vez, seguir as instruções dadas, ser rigoroso no que faz;
  • a autoavaliação do cumprimento de tarefas e das funções que assume.

Promover estratégias de envolvimento em tarefas com critérios definidos, que levem o aluno:

  • a identificar os pontos fortes e fracos das suas aprendizagens e desempenhos individuais ou em grupo;
  • a descrever os procedimentos usados durante a realização de uma tarefa e/ou abordagem de um problema;
  • a mobilizar as opiniões e críticas dos outros como forma de reorganização do trabalho;
  • a apreciar criticamente as suas experiências musicais e as de outros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo/Crítico/ Analítico (A, B, C, D, G, J)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Questionador (A, F, G, I, J)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ Autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Organizador
INTERPRETAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Interpretar rimas, trava-línguas, lengalengas, etc., usando a voz (cantada ou falada) com diferentes intencionalidades expressivas.

Cantar, a solo e em grupo, da sua autoria ou de outros canções com características musicais e culturais diversificadas, demonstrando progressivamente qualidades técnicas e expressivas.

Tocar, a solo e em grupo, as suas próprias peças musicais ou de outros, utilizando instrumentos musicais, convencionais e não convencionais, de altura definida e indefinida.

Realizar sequências de movimentos corporais em contextos musicais diferenciados.

Comunicar através do movimento corporal de acordo com propostas musicais diversificadas.

Apresentar publicamente atividades artísticas em que se articula a música com outras áreas do conhecimento.

Organizador
APROPRIAÇÃO E REFLEXÃO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comparar características rítmicas, melódicas, harmónicas, dinâmicas, formais tímbricas e de textura em repertório de referência, de épocas, estilos e géneros diversificados.

Utilizar vocabulário e simbologias convencionais e não convencionais para descrever e comparar diversos tipos de sons e peças musicais de diferentes estilos e géneros.

Pesquisar diferentes interpretações escutadas e observadas em espetáculos musicais (concertos, bailados, teatros musicais e outros) ao vivo ou gravados, de diferentes tradições e épocas, utilizando vocabulário apropriado.

Partilhar, com os pares, as músicas do seu quotidiano e debater sobre os diferentes tipos de música.

Produzir, sozinho ou em grupo, material escrito, audiovisual e multimédia ou outro, utilizando vocabulário apropriado, reconhecendo a música como construção social, património e fator de identidade cultural.