Inglês

Introdução

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das áreas de competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Nos domínios da linguagem, informação e comunicação, promove o conhecimento de uma metalinguagem facilitadora da aquisição de outras línguas, desenvolve a capacidade de pesquisa e validação de informação e alarga a competência de comunicação e interação com o outro, mobilizando tipologias de atividades, projetos e recursos diversos. Potencia, ainda, situações e experiências que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade na gestão de projetos e resolução de problemas. Traduz-se, também, na construção de uma identidade própria de cidadão global na relação com os outros, alicerçada em atitudes e valores, tais como o respeito pelo outro e, no âmbito específico da língua inglesa, pela cultura anglo-saxónica, bem como pelas outras culturas no mundo, a responsabilidade e a cooperação entre indivíduos e povos, com repercussões individuais e coletivas. Neste sentido, os alunos irão mobilizar saberes das várias áreas do conhecimento na consecução de trabalhos individuais e em grupo, integrando transversalmente conteúdos de diferentes áreas disciplinares, conforme a gestão curricular decidida em conselho de turma, com base nos documentos orientadores do Agrupamento de Escolas ou de Escola não agrupada.

As Aprendizagens Essenciais de Inglês têm em conta a análise dos documentos curriculares em vigor para a disciplina, nomeadamente os Programas, as Metas Curriculares e o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR, Conselho da Europa, 2001), documentos de referência para a docência da disciplina. Os exemplos de Leitura (R), Compreensão oral (LC), Interação oral (SI), Produção oral (SP), Escrita (W), o Domínio intercultural (ID) e Léxico (L) remetem para os descritores referentes a cada ano de escolaridade.

Em relação ao Inglês do 3.º ano (A1), o aluno deve ser capaz de: compreender e utilizar expressões familiares e quotidianas, assim como enunciados muito simples que visam satisfazer necessidades concretas; apresentar-se e apresentar os outros; fazer perguntas e dar respostas sobre aspetos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem os objetos que possui; comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar colaborante(adaptado de QECR, Escala Global, Nível A1: Utilizador Elementar; Conselho da Europa, 2001).

As Aprendizagens Essenciais referentes aos sete anos de aprendizagem do Inglês no ensino básico correspondem aos seguintes níveis do QECR:

1.º CEB
3.º ano de escolaridade A1
4.º ano de escolaridade A1
2.º CEB
5.º ano de escolaridade A1.1/A1.2
6.º ano de escolaridade A2
3.º CEB
7.º ano de escolaridade A2.1/A2.2
8.º ano de escolaridade B1
9.º ano de escolaridade B1/B1.1

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREAS TEMÁTICAS/ SITUACIONAIS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Saudações e apresentações elementares; identificação pessoal; países e nacionalidades; família; numerais cardinais até 50; dias da semana; meses do ano e estações do ano; escola e rotinas; jogos; meios de transporte; tempo atmosférico; cores e formas; vestuário; animais de estimação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

 

Promover estratégias de aquisição incipiente de conhecimento da língua e outros saberes relativos aos conteúdos das AE que impliquem:

  • algum rigor, articulação e uso de conhecimentos;
  • leitura de chunks of language conhecidas;
  • algumas tarefas de memorização, associadas à compreensão e uso da língua.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos na:

  • sugestão de atividades relacionadas com um evento determinado;
  • criação de situações nas quais um determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • produção de um objeto, por exemplo, um desenho ou um pequeno texto face a um incentivo.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo:

  • no reconhecimento de conceitos e factos, numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, a um nível muito incipiente;
  • na análise de textos com diferentes pontos de vista para encontrar semelhanças e diferenças.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • recolha de dados e opiniões;
  • pesquisa incipiente e orientada.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • tarefas de planificação e revisão;
  • organização de sumários;
  • preenchimento de relatórios;
  • completamento de esquemas;
  • promoção do estudo da língua com o apoio do professor;
  • identificação de dificuldades e formas de as ultrapassar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • elaboração de questões para os pares, sobre os conteúdos estudados;
  • autoavaliação do conhecimento.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação unidirecional e bidirecional;
  • ações de resposta e apresentação.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • a identificação de pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • a heteroavaliação para melhoria de saberes;
  • a reorientação do seu trabalho, individualmente ou em grupo, a partir do feedback do professor;
  • a resolução de problemas elementares face a um desafio.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • de colaboração com os outros;
  • de apoio aos seus pares na realização de tarefas.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • consciencialização de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
  • organização e realização progressivamente autónoma de tarefas;
  • cumprimento de compromissos;
  • feedback relativo ao cumprimento de tarefas e funções;
  • apresentação de trabalhos simples com auto e heteroavaliação.

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.

 

Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/sabedor/culto/informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/Investigador (C, D, F, H, I)

Sistematizador/Organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
COMPETÊNCIA COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral
Compreender palavras e expressões muito simples, comunicadas de forma clara e pausada; identificar sons e entoações diferentes na língua inglesa por comparação com a língua materna; identificar ritmos em rimas, lengalengas e canções em gravações áudio e audiovisuais; reconhecer o alfabeto em Inglês; acompanhar a sequência de histórias conhecidas, muito simples e curtas, com apoio visual/audiovisual.

Compreensão escrita
Identificar vocabulário familiar acompanhado por imagens; compreender pequenas frases com vocabulário conhecido; desenvolver a literacia conhecendo o alfabeto em Inglês; fazer exercícios de leitura (silenciosa/em voz alta) de palavras acompanhadas de imagens para assimilar combinações de sons e de letras mais frequentes; desenvolver a numeracia em língua inglesa, realizando atividades interdisciplinares com a Matemática.

Interação oral
Fazer perguntas, dar respostas sobre aspetos pessoais; interagir com o professor, utilizando expressões/frases muito simples, tais como formas de cumprimentar, despedir-se, agradecer, responder sobre  identificação pessoal e preferências pessoais.

Interação escrita
Preencher um formulário (online ou em formato papel) muito simples com informação pessoal; responder a um email, chat ou mensagem de forma muito simples.

Produção oral
Comunicar informação pessoal elementar; expressar-se com vocabulário limitado, em situações organizadas previamente.

Produção escrita
Ordenar letras para escrever palavras e legendar imagens; ordenar palavras para escrever frases; preencher espaços em frases simples, com palavras dadas; copiar e escrever palavras aprendidas; escrever os numerais aprendidos.

Organizador
COMPETÊNCIA INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer realidades interculturais distintas
Reconhecer elementos da sua própria cultura, tais como diferentes aspetos de si próprio; reconhecer características elementares da cultura anglo-saxónica.

Sugestão de tópicos a serem trabalhados
Localizar alguns países no mapa e identificar as bandeiras nacionais; identificar climas distintos; identificar algumas festividades.

 

 

Organizador
COMPETÊNCIA ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Comunicar eficazmente em contexto

Valorizar o uso da língua como instrumento de comunicação, dentro e fora da sala de aula, e de reformular a linguagem; usar a linguagem corporal para transmitir mensagens ao outro; preparar, repetir e memorizar uma apresentação oral, muito simples, como forma de promover a confiança; expressar de forma muito simples o que não compreende; apresentar uma atividade Show & Tell à turma ou outros elementos da comunidade educativa.

Trabalhar e colaborar em pares e pequenos grupos
Revelar atitudes como, por exemplo, saber esperar a sua vez, parar para ouvir os outros e refletir criticamente sobre o que foi dito, demonstrar atitudes de inteligência emocional, utilizando expressões como please e thank you; solicitar colaboração; planear, organizar e apresentar uma tarefa de pares ou um trabalho de grupo.

Utilizar a literacia tecnológica para comunicar e aceder ao saber em contexto

Comunicar de forma simples com outros a uma escala local, nacional e internacional, recorrendo a aplicações tecnológicas para produção e comunicação online; contribuir para projetos e tarefas de grupointerdisciplinares que se apliquem ao contexto e experiências reais e quotidianas do aluno, utilizando aplicações informáticas.

Pensar criticamente
Seguir um raciocínio bem estruturado e fundamentado e apresentar o seu próprio raciocínio ao/s outro/s, utilizando factos para justificar as suas opiniões; refletir criticamente sobre o que foi dito, fazendo ao outro perguntas simples que desenvolvam a curiosidade.

Relacionar conhecimentos de forma a desenvolver a criatividade em contexto
Cantar, reproduzir rimas, lengalengas e participar em atividades dramáticas; ler e reproduzir histórias; desenvolver e participar em projetos e atividades interdisciplinares.

Desenvolver o aprender a aprender em contexto de sala de aula e aprender a regular o processo de aprendizagem

Discutir e selecionar objetivos de aprendizagem comuns e individuais com o apoio do professor; participar numa reflexão e discussão no final da aula para identificar atividades associadas aos objetivos de aprendizagem e ao cumprimento dos mesmos; reconhecer o significado de palavras muito simples, agrupadas por áreas temáticas e acompanhadas de imagens; realizar atividades simples de auto e heteroavaliação: portefólios, diários e grelhas de progressão de aprendizagem.

 

 

História

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da História no 3.o ciclo e constituem-se como o documento curricular base para a planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Identificando as AE permite-se o aprofundamento de temas, as explorações interdisciplinares e a mobilização de componentes locais do currículo.

As AE foram elaboradas tendo como referência uma escolaridade obrigatória de 12 anos, com a preocupação de dar aos alunos instrumentos para o prosseguimento de estudos, mas pensando igualmente que, para muitos, o 9.o ano representa o fim do contacto com a disciplina de História.

No 3.o ciclo a História torna-se uma disciplina autónoma, uma vez que no 1.o ciclo está integrada no Estudo do Meio e no 2.o ciclo se trata a História e Geografia de Portugal, o que permite aprofundar a utilização das metodologias específicas desta área do saber e, optando por uma abordagem cronológica, dar aos alunos uma consciência de outras realidades espácio-temporais, relacionando a história de Portugal com a história da Europa e do Mundo.

No que respeita ao 8.o ano de escolaridade, as AE definidas incidem no estudo de etapas fundamentais do desenvolvimento da humanidade, desde a expansão e mudança verificadas nos séculos XV e XVI até ao aparecimento e desenvolvimento da civilização industrial no século XIX.

Pretende-se que o aluno adquira uma consciência histórica que lhe permita assumir uma posição crítica e participativa na sociedade, reconhecendo a utilidade da História para compreender de forma integrada o mundo em que vive e para a construção da sua identidade individual e coletiva. A História, através da análise fundamentada e crítica de exemplos do passado, é uma disciplina fundamental para promover a cultura de autonomia e responsabilidade, referida no documento PA.

Para além das AE identificadas para cada tema do Programa, ao longo do 3o ciclo o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina de História e transversais a vários temas e anos de escolaridade:

  • Consolidar a aquisição e utilizar referentes de tempo e de unidades de tempo histórico: antes de, depois de, milénio, século, ano, era; (A; B; C; I) 
  • Localizar em representações cartográficas, de diversos tipos, locais e eventos históricos; (A; B; C; I)
  • Compreender a necessidade das fontes históricas para a produção do conhecimento histórico; (A; B; C; D; F; I)
  • Utilizar adequadamente fontes históricas de tipologia diversa, recolhendo e tratando a informação para a abordagem da realidade social numa perspetiva crítica; (A; B C; D; F; H; I)
  • Relacionar formas de organização do espaço com os elementos naturais e humanos aí existentes em diferentes épocas históricas, ressaltando aspetos diferentes e aspetos que permanecem; (A; B; C D; F; G; I; J)
  • Reforçar a utilização de conceitos operatórios e metodológicos da disciplina de História; (C; D; F; I)
  • Compreender a existência de continuidades e de ruturas no processo histórico, estabelecendo relações de causalidade e de consequência; (A; B; C; D; F; G; I)
  • Reconhecer a importância dos valores de cidadania para a formação de uma consciência cívica e de uma intervenção responsável na sociedade democrática; (A; B; C; D; E; F; G; I)
  • Promover uma abordagem da História baseada em critérios éticos e estéticos; (A; B; C; D; E; F; G; H; I; J)
  • Relacionar, sempre que possível, as aprendizagens com a História regional e local, valorizando o património histórico e cultural existente na região/local onde habita/estuda; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade étnica, ideológica, cultural e sexual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)


Os documentos de referência considerados para a elaboração das AE foram o Programa e as Metas Curriculares que se mantêm em vigor.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
EXPANSÃO E MUDANÇA NOS SÉCULOS XV E XVI
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A abertura ao mundo

Referir as principais condições e motivações da expansão portuguesa;

Demonstrar a importância que o poder régio e os diversos grupos sociais tiveram no arranque da expansão portuguesa;

Reconhecer rumos e etapas principais da expansão henriquina;

Relacionar a política expansionista de D. João II e a assinatura do Tratado de Tordesilhas com a estratégia ibérica de partilha de espaços coloniais;

Identificar as principais características da conquista e da ocupação espanholas na América Central e do Sul;

Caracterizar sumariamente as principais civilizações de África, América e Ásia à chegada dos europeus;

Distinguir formas de ocupação e de exploração económicas implementadas por Portugal em África, Índia e Brasil, considerando as especificidades de cada uma dessas regiões;

Reconhecer a submissão violenta de diversos povos e o tráfico de seres humanos como uma realidade da expansão;

Identificar as rotas intercontinentais, destacando os principais centros distribuidores de produtos ultramarinos;

Compreender que as novas rotas de comércio intercontinental constituíram a base do poder global naval português, promovendo a circulação de pessoas e produtos e influenciando os hábitos culturais;

Identificar/aplicar os conceitos: Navegação astronómica;

Colonização; Capitão-donatário; Império colonial; Mare clausum; Monopólio comercial; Feitoria; Tráfico de escravos; Aculturação/ Encontro de culturas; Missionação; Globalização.

Renascimento e Reforma

Relacionar a renovação cultural dos séculos XV e XVI com o apoio mecenático;

Compreender o desenvolvimento de novos valores e atitudes e o papel da imprensa na sua disseminação;

Compreender a inspiração clássica da arte renascentista e as especificidades do manuelino;

Compreender em que condições se desenvolveu, na Cristandade ocidental, um movimento de insatisfação e de crítica que culminou numa rutura religiosa;

Conhecer alguns dos princípios ideológicos que separam o protestantismo do catolicismo;

Reconhecer que tanto a reforma protestante como a católica foram acompanhadas de manifestações de intolerância, destacando o caso da Península Ibérica; Identificar/aplicar os conceitos: Humanismo;

Renascimento; Mecenato; Geocentrismo/Heliocentrismo; Teocentrismo/Antropocentrismo; Arte renascentista; Manuelino; Naturalismo; Reforma Protestante/ Contrarreforma; Dogma; Individualismo; Cristão-novo. 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • desenvolver a memorização, associando-a à compreensão, de forma a conseguir mobilizar o memorizado;
  • mobilizar o conhecimento adquirido aplicando-o em diferentes contextos históricos, de forma autónoma;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • formular algumas hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma;
  • utiliza os conceitos operatórios da História para a compreensão dos diferentes contextos;
  • utiliza a metodologia específica da História para a análise de acontecimentos e processos;
  • valorizar o património histórico material e imaterial, regional e nacional;
  • valorizar o património histórico material e imaterial europeu, numa perspetiva de desenvolvimento da cidadania europeia.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • propor alternativas de interpretação a um acontecimento, evento ou processo de forma progressivamente autónoma;
  • promover a multiperspetiva em História, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma;
  • usar meios diversos para expressar as aprendizagens;
  • criar soluções estéticas progressivamente criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar factos e situações, aprendendo a selecionar elementos ou dados históricos relevantes para o assunto em estudo;
  • mobilizar o discurso argumentativo de forma progressivamente autónoma;
  • organizar debates orientados que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados históricos;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar histórico, de forma progressivamente autónoma;
  • analisar fontes históricas escritas com diferentes pontos de vista, problematizando-os.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • selecionar fontes históricas fidedignas e de diversos tipos, de forma autónoma;
  • recolher e selecionar dados de fontes históricas relevantes para a análise de assuntos em estudo, aprendendo a pesquisar de forma autónoma;
  • problematizar, progressivamente os conhecimentos adquiridos.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;
  • saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;
  • confrontar ideias e perspetivas históricas distintas, respeitando as diferenças de opinião.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • planificar, sintetizar, rever e monitorizar;
  • registar seletivamente a informação recolhida em fontes históricas;
  • organizar a informação recolhida em fontes históricas de diversos tipos;
  • elaborar pequenas sínteses com base em dados recolhidos em fontes históricas analisadas;
  • elaborar relatórios obedecendo a critérios e objetivos específicos;
  • elaborar planos específicos e esquemas;
  • sistematizar, de forma progressivamente autónoma e seguindo tipologias específicas, acontecimentos e/ou processos históricos;
  • organizar de forma sistematizada o estudo autónomo.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • colocar questões-chave cuja resposta abranja um acontecimento ou processo histórico específico;
  • questionar os seus conhecimentos prévios, vericando que a aprendizagem é um processo em constante remodelação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História;
  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos metodológicos da História;
  • comunicar uni, bi e multidirecionalmente;
  • responder, apresentar dados/informação, mostrar iniciativa;
  • usar meios diversos para expressar as aprendizagens.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • questionar de forma organizada e sustentada o trabalho efetuado por si e pelos outros;
  • autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;
  • avaliar de forma construtiva as aprendizagens adquiridas, os comportamentos e atitudes dos outros;
  • aceitar as críticas dos pares e dos professores de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com os pares e professores, no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;
  • apoiar o trabalho colaborativo;
  • saber intervir de forma solidária;
  • ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • estar disponível para se autoaperfeiçoar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;
  • assumir e cumprir compromissos;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • valorizar a sensibilidade estética e a consciência ética, por forma a estabelecer consigo próprio e com os outros uma relação harmoniosa e salutar.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XVII E XVIII
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O império português e a concorrência internacional Identificar fatores e manifestações de crise no império português a partir de meados do século XVI, destacando a ascensão de outros impérios coloniais (Holanda, França, Inglaterra);

Concluir que a União Ibérica resultou da confluência de interesses dos grupos dominantes nos dois estados;

Compreender que a Restauração resultou da divergência de interesses de uma parte significativa da sociedade portuguesa relativamente às políticas imperiais espanholas;

Identificar/aplicar os conceitos: Mare Liberum; Capitalismo comercial; Bolsa de Valores; Companhia de comércio; Comércio triangular; Restauração.

O Antigo Regime no século XVIII

Relacionar o absolutismo com a manutenção da sociedade de ordens e com as opções mercantilistas;

Diferenciar os ritmos de evolução da agricultura dos ritmos do dinamismo comercial no quadro de uma economia pré- industrial;

Referir elementos de mudanças políticas, sociais e económicas no projeto pombalino;

Identificar/aplicar os conceitos: Antigo Regime; Sociedade de Ordens; Absolutismo; Mercantilismo; Manufatura.

A cultura em Portugal no contexto europeu

Caracterizar a arte e a mentalidade barrocas;

Concluir que os avanços verificados na ciência e na técnica se relacionaram com o desenvolvimento do método científico;

Enquadrar as novas propostas sociais e políticas na filosofia das Luzes;

Destacar a afirmação do poder absoluto no urbanismo pombalino;

Compreender a ação dos estrangeirados e do Marquês de Pombal no contexto do pensamento iluminista;

Identificar/aplicar os conceitos: Barroco; Revolução científica; Racionalismo; Iluminismo; Estrangeirado; Separação de poderes; Soberania popular; Direitos Humanos.

Organizador
CRESCIMENTO E RUTURAS NO MUNDO OCIDENTAL NOS SÉCULOS XVIII E XIX
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A revolução agrícola e o arranque da revolução industrial

Sublinhar a ligação existente entre as novas tendências demográficas, a transformação da estrutura da propriedade agrícola e as inovações técnicas;

Analisar as condições que favoreceram o arranque da Revolução industrial e as alterações verificadas no regime de produção;

Identificar/aplicar os conceitos: Revolução agrícola; Enclosure; Explosão demográfica; Êxodo rural; Revolução industrial; Maquinofatura.

O triunfo das revoluções liberais

Compreender as razões que justificaram o primeiro processo de independência por parte de um território colonial europeu (EUA);

Destacar no processo revolucionário francês a abolição dos direitos e privilégios feudais e o estabelecimento do conceito de cidadania moderno, estabelecendo-se, teoricamente, o princípio da igualdade perante a lei;

Compreender a importância das conquistas da revolução francesa para o liberalismo, estabelecendo ligações com o caso português;

Interpretar a revolução liberal portuguesa, identificando causas e as diversas propostas políticas expressas na

Constituição de 1822, na Carta Constitucional de 1826 e na resistência absolutista;

Contextualizar a independência do Brasil no processo revolucionário liberal português;

Reconhecer que o fim do Antigo Regime e o estabelecimento de uma nova ordem liberal e burguesa em Portugal resultou numa guerra civil;

Identificar/aplicar os conceitos: Liberalismo; Constituição; Cidadania; Carta Constitucional; Sufrágio censitário / sufrágio universal; Monarquia constitucional/Estado federal/República.

Organizador
O MUNDO INDUSTRIALIZADO NO SÉCULO XIX
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Transformações económicas, sociais e culturais

Identificar as principais potências industrializadas no século XIX, ressaltando a importância da revolução dos transportes para a mundialização da economia; Selecionar as alterações que se operaram a nível económico, social e demográfico devido ao desenvolvimento dos meios de produção;

Relacionar as condições de vida e trabalho do operariado com o aparecimento dos movimentos reivindicativos e da ideologia socialista;

Relacionar o aparecimento das novas correntes culturais e artísticas com as transformações da revolução industrial e a confiança no conhecimento científico;

Identificar/aplicar os conceitos: Capitalismo industrial e financeiro; Liberalismo económico; Mercado nacional; Classes médias; Proletariado; Marxismo; Socialismo; Comunismo; Sindicalismo;Romantismo; Realismo; Impressionismo.

O caso português

Analisar a política económica regeneradora, nomeadamente o investimento efetuado nas infraestruturas de transporte, que moldaram o desenvolvimento da agricultura e a industrialização;

Relacionar a emigração com as dificuldades sentidas pelos pequenos produtores rurais na segunda metade do século XIX;

Integrar a emigração portuguesa da segunda metade do século XIX no contexto das migrações europeias do período.

Justificar o aparecimento e desenvolvimento do operariado português;

Identificar/aplicar o conceito: Regeneração.

História

Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da História no 3.º ciclo e constituem-se como o documento curricular base para a planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Identificando as AE, permite-se o aprofundamento de temas, as explorações interdisciplinares e a mobilização de componentes locais do currículo.

As AE foram elaboradas tendo por referência uma escolaridade obrigatória de 12 anos, com a preocupação de dar aos alunos instrumentos para o prosseguimento de estudos, mas pensando igualmente que, para muitos, o 9.º ano representa o fim do contacto com a disciplina de História.

No 3.º ciclo a História torna-se uma disciplina autónoma, uma vez que no 1.º ciclo está integrada no Estudo do Meio e no 2.º ciclo se trata a História e Geografia de Portugal, o que permite aprofundar a utilização das metodologias específicas desta área do saber e, optando por uma abordagem cronológica, dar aos alunos uma consciência de outras realidades espácio temporais, relacionando a história de Portugal com a história da Europa e do Mundo.

No que respeita ao 7.º ano de escolaridade, as AE definidas incidem no estudo de etapas fundamentais do desenvolvimento da humanidade, desde as sociedades recoletoras até à formação da comunidade nacional, no contexto europeu dos séculos XII a XIV.

Pretende-se que o aluno adquira uma consciência histórica que lhe permita assumir uma posição crítica e participativa na sociedade, reconhecendo a utilidade da História para compreender de forma integrada o mundo em que vive e para a construção da sua identidade individual e coletiva. A História, através da análise fundamentada e crítica de exemplos do passado, é uma disciplina fundamental para promover a cultura de autonomia e responsabilidade, referida no documento PA.

Para além das AE identificadas para cada tema do Programa, ao longo do 3.º ciclo o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina de História e transversais a vários temas e anos de escolaridade:

  • Consolidar a aquisição e utilizar referentes de tempo e de unidades de tempo histórico: antes de, depois de, milénio, século, ano, era; (A; B; C; I)
  • Localizar em representações cartográficas, de diversos tipos, locais e eventos históricos; (A; B; C; I) 
  • Compreender a necessidade das fontes históricas para a produção do conhecimento histórico; (A; B; C; D; F; I)
  • Utilizar adequadamente fontes históricas de tipologia diversa, recolhendo e tratando a informação para a abordagem da realidade social numa perspetiva crítica; (A; B C; D; F; H; I)
  • Relacionar formas de organização do espaço com os elementos naturais e humanos aí existentes em diferentes épocas históricas, ressaltando aspetos diferentes e aspetos que permanecem; (A; B; C D; F; G; I; J)
  • Reforçar a utilização de conceitos operatórios e metodológicos da disciplina de História; (C; D; F; I)
  • Compreender a existência de continuidades e de ruturas no processo histórico, estabelecendo relações de causalidade e de consequência; (A; B; C; D; F; G; I)
  • Reconhecer a importância dos valores de cidadania para a formação de uma consciência cívica e de uma intervenção responsável na sociedade democrática; (A; B; C; D; E; F; G; I)
  • Promover uma abordagem da História baseada em critérios éticos e estéticos; (A; B; C; D; E; F; G; H; I; J)
  • Relacionar, sempre que possível, as aprendizagens com a História regional e local, valorizando o património histórico e cultural existente na região/local onde habita/estuda; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade: étnica, ideológica, cultural, sexual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)

Os documentos de referência considerados para a elaboração das AE foram o Programa e as Metas Curriculares que se mantêm em vigor.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
DAS SOCIEDADES RECOLETORAS ÀS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Das sociedades recoletoras às primeiras sociedades produtoras

Relembrar que o conhecimento histórico se constrói com informação fornecida por diversos tipos de fontes: materiais, escritas e orais;

Reconhecer no fabrico de instrumentos e no domínio sobre a natureza momentos cruciais para o desenvolvimento da Humanidade;

Compreender a existência de diferentes sentidos de evolução nas sociedades recoletoras/caçadoras e agropastoris, estabelecendo comparações com as sociedades atuais;

Relacionar ritos mágicos/funerários com manifestações artísticas;

Compreender como se deu a passagem de um modo de vida recoletor para um modo de vida produtor; Identificar/aplicar os conceitos: modo de vida recoletor; modo de vida produtor; nomadismo; sedentarização; megalitismo; arqueologia; Paleolítico; Neolítico; arte rupestre; ritos mágicos; milénio; fonte histórica; periodização. 

Contributos das primeiras civilizações (a partir de exemplos de uma civilização dos Grandes Rios)

Relacionar a organização socioeconómica e política institucional das primeiras civilizações urbanas com os recursos existentes nos espaços em que se implantaram;

Destacar contributos dessas civilizações para a civilização ocidental, identificando a permanência de alguns deles na atualidade;

Diferenciar formas de escrita e suportes utilizados para gravar mensagens escritas, no passado e na atualidade;

Identificar/aplicar os conceitos: núcleo urbano; acumulação de excedentes; sociedade estratificada; poder sacralizado; politeísmo; monoteísmo; escravatura; escrita figurativa; escrita alfabética.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • desenvolver a memorização, associando-a à compreensão, de forma a conseguir mobilizar o memorizado;
  • mobilizar o conhecimento adquirido aplicando-o em diferentes contextos históricos, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • formular algumas hipóteses sustentadas em evidências, face a um acontecimento ou processo histórico, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma;
  • utilizar os conceitos operatórios da História para a compreensão dos diferentes contextos;
  • utilizar a metodologia específica da História para a análise de acontecimentos e processos;
  • valorizar o património histórico da região em que habita.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • propor alternativas de interpretação a um acontecimento, evento ou processo, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma;
  • promover a multiperspetiva em História, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma;
  • usar meios diversos para expressar as aprendizagens;
  • criar soluções estéticas progressivamente criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar factos e situações, aprendendo a selecionar elementos ou dados históricos relevantes para o assunto em estudo;
  • mobilizar o discurso argumentativo, de forma orientada mas progressivamente autónoma;
  • organizar debates orientados que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dadoshistóricos;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar histórico, de forma orientada mas progressivamente autónoma;
  • analisar fontes históricas escritas com diferentes pontos de vista, problematizando-os, sob orientação.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • selecionar fontes históricas fidedignas e de diversos tipos, de forma progressivamente autónoma;
  • recolher e selecionar dados de fontes históricas relevantes para a análise de assuntos em estudo, aprendendo a pesquisar, de forma progressivamente autónoma;
  • problematizar, progressivamente e com orientação, os conhecimentos adquiridos.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar e/ou argumentar diversos pontos de vista;
  • saber interagir com os outros no respeito pela diferença e pela diversidade;
  • confrontar ideias e perspetivas históricas distintas, respeitando as diferenças de opinião.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • planificar, sintetizar, rever e monitorizar;
  • registar seletivamente, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma, a informação recolhida em fontes históricas;
  • organizar, com supervisão, mas de forma progressivamente sistematizada e autónoma, a informação recolhida em fontes históricas de diversos tipos;
  • elaborar pequenas sínteses com base em dados recolhidos em fontes históricas analisadas;
  • elaborar relatórios obedecendo a critérios e objetivos específicos;
  • elaborar planos específicos e esquemas;
  • sistematizar, de forma supervisionada mas progressivamente autónoma e seguindo tipologias específicas, acontecimentos e/ou processos históricos;
  • organizar de forma sistematizada, com supervisão, o estudo autónomo.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • colocar questões-chave cuja resposta abranja um acontecimento ou processo histórico específico;
  • questionar os seus conhecimentos prévios, verificando que a aprendizagem é um processo em constante remodelação.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos operatórios da História;
  • organizar o discurso oral ou escrito recorrendo a conceitos metodológicos da História;
  • comunicar uni, bi e multidirecionalmente;
  • responder, apresentar dados/informação, mostrar iniciativa;
  • usar meios diversos para expressar as aprendizagens.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • questionar de forma organizada e sustentada o trabalho efetuado por si e pelos outros;
  • autoavaliar as aprendizagens adquiridas, os seus comportamentos e atitudes;
  • avaliar de forma construtiva as aprendizagens adquiridas, os comportamentos e atitudes dos outros;
  • aceitar as críticas dos pares e dos professores de forma construtiva, no sentido de melhorar o seu desempenho.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com os pares e professores, no sentido de melhorar ou aprofundar as suas ações;
  • apoiar o trabalho colaborativo;
  • saber intervir de forma solidária;
  • ser solidário nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização;
  • estar disponível para se autoaperfeiçoar.

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades nas tarefas, atitudes e comportamentos;
  • assumir e cumprir compromissos;
  • apresentar trabalhos com auto e heteroavaliação;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam:

  • valorizar a sensibilidade estética e a consciência ética, por forma a estabelecer consigo próprio e com os outros uma relação harmoniosa e salutar.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G) 

Organizador
A HERANÇA DO MEDITERRÂNEO ANTIGO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Os gregos no séc. V a.C.: exemplo de Atenas

Analisar a experiência democrática de Atenas do século V a.C., nomeadamente a importância do princípio da igualdade dos cidadãos perante a lei, identificando as suas limitações;

Identificar manifestações artísticas do período clássico grego, ressaltando os seus aspetos estéticos e humanistas;

Reconhecer os contributos da civilização helénica para o mundo contemporâneo;

Identificar/aplicar os conceitos: cidade-estado; democracia; cidadão; meteco; escravo; economia comercial e monetária; arte clássica; método comparativo.

O mundo romano no apogeu do império

Referir o espaço imperial romano nos séculos II e III e a sua diversidade de recursos, povos e culturas;

Caracterizar a economia romana como urbana, comercial, monetária e esclavagista;

Compreender que a língua, o Direito e a administração foram elementos unificadores do império;

Caracterizar o poder imperial acentuando o seu estatuto sagrado e o controlo exercido sobre as instituições políticas;

Caracterizar a arquitetura romana;

Reconhecer os contributos da civilização romana para o mundo contemporâneo;

Identificar/aplicar os conceitos: império; magistrado; administração; urbanismo; Direito; romanização.

Origem e difusão do cristianismo

Contextualizar o aparecimento do cristianismo na Palestina ocupada pelo império romano;

Relacionar a difusão do cristianismo com a utilização das infraestruturas imperiais romanas e com as condições culturais;

Identificar/aplicar os conceitos: cristianismo; cristão; Antigo Testamento; Novo Testamento; continuidade; mudança.

Organizador
A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A EXPANSÃO ISLÂMICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

A Europa dos séculos VI a IX

Explicar que a passagem da realidade imperial romana para a fragmentada realidade medieval se deveu ao clima de insegurança originado pelas invasões, pelos conflitos constantes e pela regressão económica;

Reconhecer a importância da Igreja enquanto fator de unidade numa realidade fragmentada;

Identificar/aplicar os conceitos: Idade Média; bárbaros; economia de subsistência; reino; monarquia; Igreja Católica; ordem religiosa; rutura.

O mundo muçulmano em expansão

Identificar acontecimentos relacionados com as origens da religião islâmica e a sua expansão;

Reconhecer a língua e a religião como fatores de unidade do mundo islâmico;

Caracterizar o carácter cosmopolita, comercial e urbano do mundo islâmico medieval;

Identificar/aplicar os conceitos: islamismo; islão; muçulmano; Corão.

A sociedade europeia nos séculos IX A XII

Reconhecer a importância da aristocracia guerreira e do clero cristão na regulação da sociedade, dada a fragilidade do poder régio;

Analisar as dinâmicas económicas e sociais existentes entre senhores e camponeses;

Compreender como se processavam as relações de vassalidade;

Identificar/aplicar os conceitos: aristocracia; feudo; clero; nobreza; povo; servo; vassalo.

A Península Ibérica nos séculos IX a XII

Reconhecer na Península Ibérica a existência de diferentes formas de relacionamento entre cristãos, muçulmanos, e judeus;

Descrever a formação do Reino de Portugal, nomeadamente a luta de D. Afonso Henriques pela independência;

Relacionar a formação do Reino de Portugal com as dinâmicas de interação entre as unidades políticas cristãs e com a reconquista;

Referir os momentos-chave da autonomização e reconhecimento da independência de Portugal;

Identificar/aplicar os conceitos: condado; independência política; judeu.

Organizador
PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XII A XIV
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenvolvimento económico, relações sociais e poder político nos séculos XII a XIV

Compreender o processo de passagem de uma economia de subsistência para uma economia monetária e urbana na Europa medieval;

Relacionar inovações técnicas e desenvolvimento demográfico com o dinamismo económico do período histórico estudado;

Interpretar o aparecimento da burguesia;

Explicar a divisão do país em senhorios laicos e eclesiásticos e em concelhos;

Analisar o processo de fortalecimento do poder régio;

Relacionar o crescimento de Lisboa com o dinamismo comercial marítimo e urbano da Europa nos séculos XIII e XIV;

Identificar/aplicar os conceitos: senhorio; concelho; foral; mercado; feira; burguês; Cortes.

A cultura portuguesa face aos modelos europeus

Compreender o papel exercido pelas instituições monásticas e pelas cortes régias e senhoriais na produção e disseminação de cultura;

Caracterizar os estilos românico e gótico, destacando especificidades regionais;

Identificar/aplicar os conceitos: universidade; cultura popular; românico; gótico.

Crises e revolução no século XIV

Analisar a crise económica, social e política do século XIV em Portugal, integrando as guerras fernandinas no contexto da Guerra dos Cem Anos;

Integrar a revolução de 1383-1385 num contexto de crise e rutura, realçando os seus aspetos dinásticos e os confrontos militares, assim como as suas consequências políticas, sociais e económicas;

Identificar/aplicar os conceitos: crise económica; quebra demográfica; peste; revolução.

Geografia

Introdução

 

A Geografia é a ciência e a disciplina que se distingue e caracteriza pelo pensamento espacial, que pode ser definido como o conjunto de competências que compreende o conhecimento dos conceitos relacionados com o território, a utilização de ferramentas de representação dos fenómenos geográficos e o conjunto de processos explicativos das suas interações, numa visão multiescalar.

Num espaço geográfico que cada vez mais se contrai, em que fenómenos ambientais, populacionais, sociais, culturais, entre outros, têm causas e consequências multifacetadas que ultrapassam as fronteiras, é fundamental desenvolver uma educação geográfica que problematiza, questiona e procura equacionar cenários e inventariar soluções para as complexas situações que ocorrem no Mundo, desde as catástrofes naturais aos contrastes no desenvolvimento, passando pelas alterações climáticas, as migrações, o envelhecimento demográfico, a composição multipolar do sistema-Mundo, só para citar alguns dos temas constantes dos programas da disciplina de Geografia no 3.º ciclo.

As Aprendizagens Essenciais (AE) estão organizadas de modo a privilegiar as metodologias de análise espacial, desde as mais simples, como a observação direta e indireta dos elementos da paisagem, às mais complexas, de problematização dos contrastes espaciais num mundo cada vez mais globalizado.

Assim, optou-se por selecionar três grandes áreas de desenvolvimento das competências: localizar e compreender os lugares e as regiões; problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos; comunicar e participar - o conhecimento e o saber fazer no domínio da Geografia e participar em projetos multidisciplinares de articulação do saber geográfico com outros saberes. O desenvolvimento destes três domínios deve ser feito de forma a que, partindo-se de um conceito ou de uma situação-problematizadora, se possam aplicar propostas metodológicas escolhidas pelo professor, tendo em consideração a especificidade da escola e dos alunos, que permitam uma articulação entre os três domínios do saber —o saber-saber, o saber-fazer e o saber-ser.

As AE foram elaboradas tendo por base os documentos curriculares em vigor e identificam as competências que se pretendem desenvolver com a aprendizagem da Geografia no 9.º ano do 3.º ciclo, sendo que a sua leitura deve ser sempre mediada pelas especificidades da escola e dos alunos.

Os alunos devem ser capazes de responder a um conjunto de questões: Onde se localiza? Por que se localiza? Como se distribui? Quais as caraterísticas dessa distribuição? Que impactes se observam? E como deve ser gerido para benefício mútuo da comunidade e do ambiente? Nos ciclos anteriores, as competências específicas da Geografia são desenvolvidas através de experiências de aprendizagem e de conteúdos geográficos, abordados, essencialmente, à escala local e regional (Estudo do Meio – 1.º ciclo) e à escala nacional e peninsular (História e Geografia de Portugal – 2.º ciclo), e numa visão multiescalar do Mundo no 3.º ciclo.

No 9.º ano dá-se um enfoque especial, em termos de temas geográficos, às desigualdades de desenvolvimento e respetivos obstáculos e soluções e aos problemas ambientais da atualidade, bem como à inter-relação sociedade e território, já numa perspetiva multiescalar e com um maior aprofundamento dos procedimentos metodológicos específicos da Geografia.

No subtema Clima e Formações vegetais, no 7.º ano, aborda-se a caracterização e distribuição dos ambientes bioclimáticos, destacando a sua zonalidade. Tendo como pressuposto a necessária articulação com as disciplinas de Fisíco-Química e Ciências Naturais, os elementos, os fatores de clima e as características dos diferentes climas terrestres transitam para 9.º ano de escolaridade no tema Ambiente e Sociedade. Considerou-se ainda que os Riscos e Catástrofes Naturais se articulam melhor com as temáticas do clima (agora abordadas no 9.º ano) quer pela sua génese e essência, quer pelas consequências destes no território e na sociedade.

O ritmo de desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aplicadas ao território tem contribuído para transformar o acesso à informação geográfica e divulgar os procedimentos do pensamento espacial. A utilização das ferramentas Tecnologias de Informação Geográfica (TIG) é fundamental para a aprendizagem dos padrões de distribuição dos diferentes fenómenos naturais e humanos. A disciplina de Geografia tem sido responsável pela introdução destes procedimentos no ensino, que são cada vez mais imprescindíveis ao cidadão comum.

No final deste ciclo o aluno deve ser capaz de problematizar o Mundo na sua multidimensionalidade e multiterritorialidade, na construção da identidade do eu e dos outros, utilizando exemplos relacionados com problemas ambientais, riscos e catástrofes resultantes da interação meio e sociedade, na atualidade e a diferentes escalas —desde o meio local ao mundial.

Lidar com estes temas complexos, exige um saber científico rigoroso ancorado em competências-chave, tais como, a capacidade de delinear estratégias, de as aplicar e de as avaliar, a resiliência face às dificuldades de resolução de problemas no imediato, tendo sempre presentes valores humanistas de compreensão de si e dos outros e da importância de uma postura de cidadania ativa, que se vão alicerçando, numa aprendizagem quotidiana e ao longo da nossa vida, através de ações tão simples, como por exemplo, sensibilizar a comunidade educativa para a necessidade de cuidarmos corretamente do nosso território.

Exemplos do contributo da Educação Geográfica no 9.º ano para os princípios enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), encontram-se plasmados, de uma forma muito sintética, no quadro que se segue:

Áreas de Competências - PA Exemplos do Contributo da Educação Geográfica para as áreas de competências (expressa através das competências transversais enunciadas no documento das Aprendizagens Essenciais em Geografia ao longo dos 12 anos de escolaridade)
Linguagens e textos Mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo Google Earth, Google Maps, Open Street Maps, GPS, SIG, Big Data, etc.).
Informação e comunicação Recolher, tratar e interpretar informação geográfica e mobilizar a mesma na construção de respostas para os problemas estudados. Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica.
Raciocínio e resolução de problemas Investigar problemas ambientais e sociais, ancorado em questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê). Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados.
Pensamento crítico e pensamento criativo Aplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.
Relacionamento interpessoal Identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas.
Desenvolvimento pessoal e autonomia Realizar projetos, identificando problemas e colocando questões-chave, geograficamente relevantes, a nível económico, político, cultural e ambiental, a diferentes escalas.
Bem-estar, saúde e ambiente

Desenvolver uma relação harmoniosa com o meio natural e social, assumindo o seu comportamento num contexto de bem-estar individual e coletivo.

Sensibilidade estética e artística

Comunicar os resultados da investigação, mobilizando a linguagem verbal, icónica, estatística, gráfica e cartográfica, adequada ao contexto.

Saber científico, técnico e tecnológico

Localizar, no espaço e no tempo, lugares, fenómenos geográficos (físicos e humanos) e processos que intervêm na sua configuração, em diferentes escalas, usando corretamente o vocabulário geográfico. Mobilizar corretamente o vocabulário e as técnicas geográficas para explicar a interação dos diferentes fenómenos. Comunicar os resultados da investigação, usando diferentes suportes técnicos, incluindo as TIC e as TIG.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
CONTRASTES DE DESENVOLVIMENTO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Localizar e compreender os lugares e as regiões Problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos Comunicar e participar

Distinguir crescimento económico de desenvolvimento.

Interpretar mapas temáticos (com duas ou mais variáveis), relativos ao grau de desenvolvimento dos países, usando o título e a legenda.

Comparar exemplos de evolução espácio - temporal do grau de desenvolvimento dos países, interpretando gráficos dinâmicos.

Distinguir formas de medir os níveis de desenvolvimento, evidenciando vantagens e constrangimentos dos índices compostos (IDH, IDG, IPM).

Comparar informação de Portugal com a de outros países para evidenciar situações de desigualdade demográfica, económica e social.

Relacionar os níveis de desenvolvimento com os fatores internos e externos que os condicionam.

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica, para localizar, descrever e compreender contrastes no desenvolvimento humano.

Discutir as vantagens e os constrangimentos da utilização dos índices compostos a diferentes escalas.

Apresentar situações concretas de desigualdades de desenvolvimento e possíveis formas de as superar.

Discutir sucessos e insucessos da ajuda ao desenvolvimento, tendo em consideração as responsabilidades dos países doadores e as dos países recetores.

Enumerar soluções para atenuar os contrastes de desenvolvimento.

Relatar medidas que promovam a cooperação entre povos e culturas no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Participar e/ou desenvolver campanhas de solidariedade, tendo em vista transformar os cidadãos em participantes ativos na proteção dos valores dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam a aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • ler e interpretar mapas de diferentes escalas;
  • articular com rigor o uso consistente do conhecimento geográfico;
  • mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo Google Earth, Google Maps, GPS, SIG, Big Data, etc.).
  • representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e de diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados;
  • organizar o trabalho de campo, para recolha e sistematização da observação direta dos territórios e fenómenos geográficos;
  • analisar factos e situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realizar tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, bem como à mobilização do memorizado, privilegiando a informação estatística e cartográfica (analógica e/ou digital);
  • selecionar informação geograficamente pertinente;
  • organizar de forma sistematizada a leitura e o estudo autónomo;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

A; B; C; D; F; G; I

Organizador
AMBIENTE E SOCIEDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Localizar e compreender os lugares e as regiões Problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos Comunicar e participar

Elaborar gráficos termopluviométricos, descrevendo o comportamento dos elementos do clima, de estações meteorológicas de diferentes países do Mundo. 

Compreender as características dos diferentes climas da superfície terrestre enumerando os elementos e os fatores climáticos que os distinguem.

Identificar os fatores de risco de ocorrência de catástrofes naturais, numa determinada região.

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica, para localizar, descrever e compreender os riscos e as catástrofes naturais.

Identificar a interferência do Homem no sistema Terra-Ar-Água (poluição atmosférica, smog, chuvas ácidas, efeito de estufa, rarefação da camada do ozono, desflorestação, poluição da hidrosfera, degradação do solo, desertificação).

Identificar soluções técnico-científicas que contribuam para reduzir o impacte ambiental das atividades humanas (ex.: rearborização, utilização de produtos biodegradáveis, energias renováveis; 3Rs, etc.)

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica, para localizar, descrever e compreender contrastes no desenvolvimento sustentável.

Relacionar as condições
meteorológicas extremas
com os riscos e a
ocorrência de catástrofes
naturais.

Relacionar características do meio com a possibilidade de ocorrência de riscos naturais.

Investigar problemas ambientais concretos a nível local, nacional e internacional.

Identificar situações concretas de complementaridade e interdependência entre lugares, regiões ou países na resolução de problemas ambientais.

Apresentar soluções para conciliar o crescimento económico, o desenvolvimento humano e o equilíbrio ambiental.

Consciencializar-se para a necessidade de adotar medidas coletivas e individuais, no sentido de preservar o património natural, incrementar a resiliência e fomentar o desenvolvimento sustentável.

Relatar situações concretas de complementaridade e interdependência entre regiões, países ou lugares na gestão de recursos hídricos e na resposta a catástrofes naturais.

Participar de forma ativa em campanhas de sensibilização da comunidade para as medidas de prevenção e mitigação relacionadas com os riscos naturais.

Participar e/ou desenvolver campanhas de sensibilização ambiental tendo em vista transformar os cidadãos em participantes ativos na proteção dos valores da paisagem, do património e do ambiente.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • formular hipóteses de representação cartográfica face a um fenómeno ou evento;
  • propor abordagens diferentes, se possível inovadoras, de uma situação- problema;
  • conceber situações em que determinado conhecimento possa ser cartografado;
  • criar um objeto, mapa, esquema conceptual, texto ou solução, face a um desafio geográfico;
  • analisar textos ou suportes gráficos com diferentes perspetivas de um mesmo problema, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • interrogar-se sobre a relação entre territórios e fenómenos geográficos por comparação de mapas com diferentes escalas;
  • utilizar exemplos concretos, relacionados com problemas ambientais, riscos e catástrofes resultantes da interação meio e sociedade, na atualidade e a diferentes escalas – desde o meio local ao mundial, tais como cartas de risco municipal, SIG do IPMA, da NASA, etc.
  • fazer projeções, nomeadamente face aos desafios sociais, económicos, demográficos e de sustentabilidade do território português;
  • usar modalidades diversas . para expressar as aprendizagens em relação a diferentes territórios (por exemplo, imagens, mapas em diferentes escalas);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais para representar factos e fenómenos geográficos;
  • participar em debates/simulações que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados geograficamente cartografáveis;
  • investigar problemas ambientais, demográficos e sociais, utilizando guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (O quê, Onde?, Como? Como se distribui?, Porquê?, Para quê?);
  • pesquisar exemplos concretos de solidariedade territorial e sentido de pertença face ao ordenamento do território, riscos e catástrofes;
  • aplicar trabalho de equipa em trabalho de campo;
  • participar em campanhas de sensibilização para um ambiente e ordenamento do território sustentáveis;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • colaborar com outros, auxiliar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback dos resultados dos estudos efetuados para melhoria ou aprofundamento de ações.
Descritores do Perfil dos alunos

C; D; E; F; G; H; I

Conceitos

TEMA: Contrastes de desenvolvimento

Subtema: Países Desenvolvidos versus Países em Desenvolvimento

Conceitos: crescimento económico; desenvolvimento humano; Produto Nacional Bruto (PNB) per capita; Produto Interno Bruto PIB per capita; Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); Índice de Desigualdade de Género (IDG); Índice de Pobreza Multidimensional (IPM); qualidade de vida; bem-estar; nível de vida; necessidades básicas; fome; subnutrição; sobrenutrição; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Subtema: Interdependência entre espaços com diferentes níveis de Desenvolvimento

Conceitos: dívida externa; segurança alimentar; comércio justo; termos de troca; ajuda alimentar; cooperação; Organização Não Governamental (ONG); Organismo multilateral; Ajuda Pública ao Desenvolvimento; Ajuda de emergência.

TEMA: Ambiente e Sociedade

Subtema: Clima

Conceitos: atmosfera, elementos do clima (temperatura, precipitação, humidade, pressão atmosférica, ventos, nebulosidade), fatores climáticos (latitude, altitude, exposição das vertentes, proximidade e afastamento do mar, correntes marítimas), isotérmica, isóbara, anticiclone e ciclone, regime termopluviométrico; mês seco; climas quentes (Equatorial, Tropical Seco, Tropical Húmido e Desértico); climas temperados (Marítimo, Continental e Mediterrâneo); climas frios (Subpolar e Polar); clima de Montanha.

Subtema: Riscos e Catástrofes Naturais

Conceitos: perigo-risco-dano; catástrofe (natural e antrópica); riscos naturais (vaga de calor, vaga de frio, seca, cheia, tempestade, deslizamento, inundação, sismo, vulcão).

Subtema: Alterações ao ambiente natural

Conceitos: ambiente; hidrosfera; biosfera; desenvolvimento sustentável; pegada ecológica; impacte ambiental; riscos mistos (incêndios florestais, contaminação de aquíferos, poluição, desflorestação, biodiversidade, erosão do solo, desertificação, eutrofização, salinização, alterações climáticas, buraco do ozono, chuvas ácidas, aumento do efeito de estufa); habitat; ecossistema; áreas protegidas; paisagem cultural; Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR); resíduos; riscos tecnológicos (derrames de petróleo ou os ligados a acidentes nas indústrias ou ligados a perigos elétricos).

Geografia

Introdução

A Geografia é a ciência e a disciplina que se distingue e caracteriza pelo pensamento espacial, que pode ser definido como o conjunto de competências que compreende o conhecimento dos conceitos relacionados com o território, a utilização de ferramentas de representação dos fenómenos geográficos e o conjunto de processos explicativos das suas interações, numa visão multiescalar.

Num espaço geográfico que cada vez mais se contrai, em que fenómenos ambientais, populacionais, sociais, culturais, entre outros, têm causas e consequências multifacetadas que ultrapassam as fronteiras, é fundamental desenvolver uma educação geográfica que problematiza, questiona e procura equacionar cenários e inventariar soluções para as complexas situações que ocorrem no Mundo, desde as catástrofes naturais aos contrastes no desenvolvimento, passando pelas alterações climáticas, as migrações, o envelhecimento demográfico, a composição multipolar do sistema-Mundo, só para citar alguns dos temas constantes dos programas da disciplina de Geografia no 3.º ciclo.

As Aprendizagens Essenciais (AE) estão organizadas de modo a privilegiar as metodologias de análise espacial, desde as mais simples, como a observação direta e indireta dos elementos da paisagem, às mais complexas, de problematização dos contrastes espaciais num mundo cada vez mais globalizado.

Assim, optou-se por selecionar três grandes áreas de desenvolvimento das competências: localizar e compreender os lugares e as regiões; problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos; comunicar e participar - o conhecimento e o saber fazer no domínio da Geografia e participar em projetos multidisciplinares de articulação do saber geográfico com outros saberes. O desenvolvimento destes três domínios deve ser feito de forma a que, partindo-se de um conceito ou de uma situação-problematizadora, se possam aplicar propostas metodológicas escolhidas pelo professor, tendo em consideração a especificidade da escola e dos alunos, que permitam uma articulação entre os três domínios do saber − o saber-saber, o saber-fazer e o saber-ser.

As AE foram elaboradas tendo por base os documentos curriculares em vigor e identificam as competências que se pretendem desenvolver com a aprendizagem da Geografia no 8.º ano do 3.º ciclo, sendo que a sua leitura deve ser sempre mediada pelas especificidades da escola e dos alunos.

Os alunos devem ser capazes de responder a um conjunto de questões: Onde se localiza? Por que se localiza? Como se distribui? Quais as caraterísticas dessa distribuição? Que impactes se observam? E como deve ser gerido para benefício mútuo da comunidade e do ambiente. Nos ciclos anteriores, as competências específicas da Geografia são desenvolvidas através de experiências de aprendizagem e de conteúdos geográficos, abordados, essencialmente, à escala local e regional (Estudo do Meio – 1.º ciclo) e à escala nacional e peninsular (História e Geografia de Portugal – 2.º ciclo), e numa visão multiescalar do Mundo no 3.º ciclo.

No 8.º ano dá-se um enfoque especial, em termos de temas geográficos, à população e à forma como se distribui, se estrutura e se mobiliza, e às atividades económicas e sua inter-relação com o território, já numa perspetiva multiescalar e com um maior aprofundamento dos procedimentos metodológicos específicos da Geografia. O ritmo de desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aplicadas ao território tem contribuído para transformar o acesso à informação geográfica e divulgar os procedimentos do pensamento espacial. A utilização das ferramentas Tecnologias de Informação Geográfica (TIG) é fundamental para a aprendizagem dos padrões de distribuição dos diferentes fenómenos naturais e humanos. A disciplina de Geografia tem sido responsável pela introdução destes procedimentos no ensino, que são cada vez mais imprescindíveis ao cidadão comum.

A globalização, as migrações, bem como a distribuição espacial dos recursos e os conflitos associados à sua exploração constituem problemáticas que carecem de uma reflexão profunda face aos impactes nas sociedades. Lidar com estes temas complexos exige um saber científico rigoroso ancorado em competências-chave tais como a capacidade de delinear estratégias, de as aplicar e de as avaliar, bem como a resiliência face às dificuldades de resolução de problemas no imediato, assentes em valores humanistas e numa cidadania ativa, que se vão alicerçando, numa aprendizagem quotidiana e ao longo da nossa vida, através de ações tão simples, como por exemplo, sensibilizar a comunidade educativa para a necessidade de cuidarmos corretamente do nosso território.

Exemplos do contributo da Educação Geográfica no 8.º ano para os princípios enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), encontram-se plasmados, de uma forma muito sintética, no quadro que se segue:

Áreas de Competências - PA Exemplos do Contributo da Educação Geográfica para as áreas de competências (expressa através das competências transversais enunciadas no documento das Aprendizagens Essenciais em Geografia ao longo dos 12 anos de escolaridade)
Linguagens e textos Mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo Google Earth, Google Maps, Open Street Maps, GPS, SIG, Big Data, etc.).
Informação e comunicação Recolher, tratar e interpretar informação geográfica e mobilizar a mesma na construção de respostas para os problemas estudados. Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica.
Raciocínio e resolução de problemas

Investigar problemas ambientais e sociais, ancorado em questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê). Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados.

Pensamento crítico e pensamento criativo Aplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.
Relacionamento interpessoal Identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas.
Desenvolvimento pessoal e autonomia Realizar projetos, identificando problemas e colocando questões-chave, geograficamente relevantes, a nível económico, político, cultural e ambiental, a diferentes escalas.
Bem-estar, saúde e ambiente

Desenvolver uma relação harmoniosa com o meio natural e social, assumindo o seu comportamento num contexto de bem-estar individual e coletivo.

Sensibilidade estética e artística

Comunicar os resultados da investigação, mobilizando a linguagem verbal, icónica, estatística, gráfica e cartográfica, adequada ao contexto.

Saber científico, técnico e tecnológico Localizar, no espaço e no tempo, lugares, fenómenos geográficos (físicos e humanos) e processos que intervêm na sua configuração, em diferentes escalas, usando corretamente o vocabulário geográfico. Mobilizar corretamente o vocabulário e as técnicas geográficas para explicar a interação dos diferentes fenómenos. Comunicar os resultados da investigação, usando diferentes suportes técnicos, incluindo as TIC e as TIG.

 

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
POPULAÇÃO E POVOAMENTO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Localizar e
compreender os
lugares e as regiões
Problematizar e debater
as inter-relações entre
fenómenos e espaços
geográficos
Comunicar e participar

Interpretar mapas temáticos simples (com uma variável), relativos a fenómenos demográficos e culturais, usando o título e a legenda.

Representar, em mapas a diferentes escalas, variáveis relativas a fenómenos demográficos, usando o título e a legenda.

Comparar o comportamento de diferentes indicadores demográficos, no tempo e no espaço, enunciando fatores que explicam os comportamentos observados. 

Identificar padrões na distribuição da população e do povoamento, àescala nacional, europeia e mundial, enunciando fatores responsáveis por essa distribuição.

Identificar padrões na distribuição dos fluxos migratórios, à escala nacional, europeia e mundial, enunciando fatores responsáveis por essa distribuição.

Localizar cidades, em mapas de diferentes escalas.

Enunciar fatores responsáveis pelos padrões da organização das áreas funcionais da cidade, interpretando plantas funcionais.

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica para localizar, descrever e compreender os fenómenos sociodemográficos. 

Relacionar as áreas de atração e de repulsão demográficas com fatores físicos e humanos, utilizando mapas a diferentes escalas.

Reconhecer aspetos que conferem singularidade a cada região, comparando características culturais, do povoamento e das atividades económicas.

Descrever situações de equilíbrio ou rutura entre a população e os recursos naturais, em diferentes contextos geográficos e económicos, explicando a ação de fatores naturais e humanos.

Explicar causas e consequências dos fluxos migratórios, a diferentes escalas.

Identificar problemas das áreas urbanas que afetam a qualidade de vida e o bem-estar das populações, aplicando questionários.  

Apresentar exemplos de soluções para a gestão pacífica e sustentável dos conflitos entre recursos naturais e a população.

Participar de forma ativa em campanhas de sensibilização para minimizar os impactes ambientais, socioeconómicos e culturais da distribuição e evolução da população e do povoamento, a diferentes escalas.

Enunciar medidas para fomentar a cooperação entre povos e culturas, que coexistem no mesmo território.

Relatar medidas para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das populações urbanas, rurais e migrantes.

Explicar a importância do diálogo e da cooperação internacional na preservação da diversidade cultural.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam a aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • ler e interpretar mapas de diferentes escalas;
  • articular com rigor o uso consistente do conhecimento geográfico;
  • mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (como por exemplo Google Earth, Google Maps, Open Street Map, GPS, SIG, Big Data ,etc.);
  • representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e de diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados;
  • organizar o trabalho de campo (observação direta), para recolha e sistematização de informação dos territórios e fenómenos geográficos;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realizar tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, bem como à mobilização do memorizado, privilegiando a informação estatística e cartográfica (analógica e/ou digital);
  • selecionar informação geográfica pertinente;
  • organizar de forma sistematizada leitura e estudo autónomo (por exemplo, construção de sumários, ou registos de observações, ou relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

A; B; C; D; F; G; I

Organizador
ATIVIDADES ECONOMICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Localizar e compreender os lugares e as regiões Problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos Comunicar e participar

Identificar as principais atividades económicas da comunidade local, recorrendo ao trabalho de campo.

Caracterizar os principais processos de produção e equacionar a sua sustentabilidade (extração mineira, agricultura, pecuária, silvicultura, pesca, indústria, comércio, serviços e turismo).

Identificar padrões na distribuição de diferentes atividades económicas, a nível mundial, e em Portugal, enunciando fatores responsáveis pela sua distribuição. 

Comparar os diferentes tipos de transporte, quanto às respetivas vantagens e desvantagens.

Identificar padrões na distribuição de diferentes redes de transporte e telecomunicações, a nível mundial, e em Portugal, enunciando fatores responsáveis pela sua distribuição.

Determinar a acessibilidade de lugares, simulando redes topológicas simples. 

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica para localizar, descrever e compreender as atividades económicas. 

Descrever exemplos de impactes da ação humana no território, apoiados em fontes fidedignas.

Reconhecer a necessidade da cooperação  internacional na gestão de recursos naturais, exemplificando com casos concretos, a diferentes escalas.

Representar o levantamento funcional das atividades económicas da comunidade local, utilizando diferentes técnicas de expressão gráfica e cartografia.

Apresentar exemplos para uma distribuição mais equitativa entre a produção e o consumo, a diferentes escalas.

Participar de forma ativa em campanhas de sensibilização para a promoção da maior sustentabilidade das atividades económicas, a diferentes escalas (local, regional, etc.).

Selecionar o modo de transporte mais adequado em função do fim a que se destina e das distâncias (absolutas e relativas).

Relatar exemplos do impacte da era digital na sociedade. 

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • formular hipóteses para a representação cartográfica a utilizar face a um fenómeno ou evento;
  • propor abordagens diferentes, se possível inovadoras, para uma situação-problema;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser cartografado;
  • criar um objeto, mapa, esquema conceptual, texto ou solução, face a um desafio geográfico;
  • analisar textos ou suportes gráficos e cartográficos com diferentes perspetivas de um mesmo problema, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • interrogar-se sobre a relação entre territórios e fenómenos geográficos por comparação de mapas com diferentes escalas;
  • fazer projeções, nomeadamente face aos desafios demográficos e de sustentabilidade do território português;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens em relação a diferentes territórios (por exemplo, imagens, infografias, mapas em diferentes escalas);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais para representar factos e fenómenos geográficos;
  • participar em debates/simulações que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados geograficamente cartografáveis;
  • investigar problemas ambientais e sociais, utilizando guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (O quê?, Onde?, Como? Como se distribui?, Porquê?, Para quê?);
  • pesquisar exemplos concretos de solidariedade territorial e sentido de pertença face ao ordenamento do território;
  • realizar, em equipa, trabalho de campo e outros procedimentos geográficos;
  • participar em campanhas de sensibilização para um ambiente e ordenamento do território sustentáveis;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • colaborar com outros, auxiliar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações.
Descritores do Perfil dos alunos

C; D; E; F; G; H; I

Conceitos

TEMA: População e povoamento

Subtema: População

Conceitos: demografia; censo; população absoluta; densidade populacional; taxa de natalidade; índice sintético de fecundidade; taxa de mortalidade; taxa de crescimento natural; saldo fisiológico; taxa de mortalidade infantil; estrutura etária; esperança de vida à nascença; classe etária; classe oca; grupo etário; envelhecimento; rejuvenescimento; políticas demográficas; índice de renovação de gerações; planeamento familiar.

Subtema: Mobilidade

Conceitos: migração; emigração; imigração; saldo migratório; movimento pendular; êxodo rural; refugiado; fluxo migratório.

Subtema: Diversidade cultural

Conceitos: multiculturalidade; interculturalidade; globalização; património cultural; racismo; xenofobia; espaço lusófono; PALOP; CPLP.

Subtema: Áreas de fixação humana

Conceitos: áreas atrativas; áreas repulsivas; vazios humanos; espaço urbano; litoralização; bipolarização; urbanização; suburbanização; taxa de urbanização; área metropolitana; conurbação; morfologia urbana; funções urbanas; planta funcional.

TEMA: Atividades económicas

Subtema: Atividades Económicas: recursos processos de produção e sustentabilidade

Conceitos: recurso natural (renovável e não renovável); fonte de energia; matéria-prima; consumo sustentável; sector de atividade; população ativa; população inativa; desemprego.

Subtema: Setor I (Primário)

Conceitos: agricultura; processos de produção agrícola: intensivo e extensivo; solo arável; morfologia agrária; sistema de produção (policultura, monocultura); sistema de rega (regadio e sequeiro); parcela; pousio; agricultura familiar; agroindústria; agricultura biológica; pesca (local, costeira, alto, longínqua); aquacultura; processos de criação de recursos písciolas: intensivo e extensivo; upwelling; corrente marítima; Zona Económica Exclusiva (ZEE); sobrepesca; épocas de defeso; quota de pesca; pecuária; processos de criação animal: intensivo e extensivo; silvicultura; montado; indústria extrativa; mina; pedreira.

Subtema: Setor II (Secundário)

Conceitos: indústria transformadora; fatores de localização industrial; Países Emergentes (BRICS — Brasil, Rússia, Índia, República Popular da China e África do Sul e TICKS — Taiwan, Índia, República Popular da China e Coreia do Sul); deslocalização industrial.

Subtema: Setor III (Terciário)

Conceitos: comércio; balança comercial (importações e exportações); mercado; protecionismo; consumo de massas; empresa transnacional; serviços; equipamentos; turismo; lazer; tipos de turismo (balnear, natureza, cultural, religioso, termal, negócios, sénior); turismo sustentável.

Subtema: Redes e meios de transportes e telecomunicações

Conceitos: modo e meio de transporte; redes de transportes; rede topológica; sistema multimodal; acessibilidade; distância- tempo; distância-custo; telecomunicações; ciberespaço.

Geografia

Introdução

A Geografia é a ciência e a disciplina que se distingue e caracteriza pelo pensamento espacial, que pode ser definido como o conjunto de competências que compreende o conhecimento dos conceitos relacionados com o território, a utilização de ferramentas de representação dos fenómenos geográficos e o conjunto de processos explicativos das suas interações, numa visão multiescalar.

Num espaço geográfico que cada vez mais se contrai, em que fenómenos ambientais, populacionais, sociais, culturais, entre outros, têm causas e consequências multifacetadas que ultrapassam as fronteiras, é fundamental desenvolver uma educação geográfica que problematiza, questiona e procura equacionar cenários e inventariar soluções para as complexas situações que ocorrem no Mundo, desde as catástrofes naturais aos contrastes no desenvolvimento, passando pelas alterações climáticas, as migrações, o envelhecimento demográfico, a composição multipolar do sistema-Mundo, só para citar alguns dos temas constantes dos programas da disciplina de Geografia no 3.º ciclo.

As Aprendizagens Essenciais (AE) estão organizadas de modo a privilegiar as metodologias de análise espacial, desde as mais simples, como a observação direta e indireta dos elementos da paisagem, às mais complexas, de problematização dos contrastes espaciais num mundo cada vez mais globalizado.

Assim, optou-se por selecionar três grandes áreas de desenvolvimento das competências: localizar e compreender os lugares e as regiões; problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos; comunicar e participar - o conhecimento e o saber fazer no domínio da Geografia e participar em projetos multidisciplinares de articulação do saber geográfico com outros saberes. O desenvolvimento destes três domínios deve ser feito de forma a que, partindo-se de um conceito ou de uma situação-problematizadora, se possam aplicar propostas metodológicas escolhidas pelo professor, tendo em consideração a especificidade da escola e dos alunos, que permitam uma articulação entre os três domínios do saber − o saber-saber, o saber-fazer e o saber-ser.

As AE foram elaboradas tendo por base os documentos curriculares em vigor e identificam as competências que se pretendem desenvolver com a aprendizagem da Geografia no 7.º ano do 3.º Ciclo, sendo que a sua leitura deve ser sempre mediada pelas especificidades da escola e dos alunos.

Os alunos devem ser capazes de responder a um conjunto de questões: Onde se localiza? Por que se localiza? Como se distribui? Quais as caraterísticas dessa distribuição? Que impactes se observam? E como deve ser gerido para benefício mútuo da comunidade e do ambiente? Nos ciclos anteriores, as competências específicas da Geografia são desenvolvidas através de experiências de aprendizagem e de conteúdos geográficos, abordados, essencialmente, à escala local e regional (Estudo do Meio – 1.º Ciclo) e à escala nacional e peninsular (História e Geografia de Portugal – 2.º Ciclo), e numa visão multiescalar no 3.º ciclo.

No 7.º Ano, dá-se um enfoque especial, em termos de temas geográficos, à localização, à representação de fenómenos geográficos e à compreensão do espaço natural, já numa perspetiva multiescalar e com um maior aprofundamento dos procedimentos metodológicos específicos da Geografia.

No subtema Clima e Formações vegetais, no 7.º ano, aborda-se a caracterização e distribuição dos ambientes bioclimáticos, destacando a sua zonalidade. Tendo como pressuposto a necessária articulação com as disciplinas de Fisíco-Química e Ciências Naturais, os elementos, fatores de clima e características dos diferentes climas terrestres transitam para 9.º ano de escolaridade no tema Ambiente e Sociedade. Considerou-se ainda que os Riscos e Catástrofes Naturais se articulam melhor com as temáticas do clima (agora abordadas no 9.º ano) quer pela sua génese e essência, quer pelas consequências destes no território e na sociedade.

O ritmo de desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aplicadas ao território tem contribuído para transformar o acesso à informação geográfica e divulgar os procedimentos do pensamento espacial. A utilização das ferramentas Tecnologias de Informação Geográfica (TIG) é fundamental para a aprendizagem dos padrões de distribuição dos diferentes fenómenos naturais e humanos. A disciplina de Geografia tem sido responsável pela introdução destes procedimentos no ensino, que são cada vez mais imprescindíveis ao cidadão comum, pelo que o estudo da Terra e das suas formas de representação abrem horizontes para as inovações acima referidas.

Globalização, alterações climáticas, sismos, inundações e tempestades, migrações, disparidades e conflitos sobre os recursos, moldam muito dos aspetos das nossas vidas e das sociedades no planeta Terra. Lidar com estes temas complexos exige um saber científico rigoroso ancorado em competências-chave, tais como a capacidade de delinear estratégias de as aplicar e de as avaliar, a resiliência face às dificuldades de resolução de problemas no imediato, tendo sempre presentes valores humanistas de compreensão de si e dos outros e da importância de uma postura de cidadania ativa, que se vão alicerçando, numa aprendizagem quotidiana e ao longo da nossa vida, através de ações tão simples, como por exemplo, sensibilizar a comunidade educativa para a necessidade de cuidarmos corretamente do nosso território.

Exemplos do contributo da Educação Geográfica no 7.º ano para os princípios enunciados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), encontram-se plasmados, de uma forma muito sintética, no quadro que se segue: 

Áreas de Competências - PA Exemplos do Contributo da Educação Geográfica para as áreas de competências (expressa através das competências transversais enunciadas no documento das Aprendizagens Essenciais em Geografia ao longo dos 12 anos de escolaridade)
Linguagens e textos Mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (por exemplo Google Earth, Google Maps, Open Street Maps, GPS, SIG, Big Data, etc.).
Informação e comunicação Recolher, tratar e interpretar informação geográfica e mobilizar a mesma na construção de respostas para os problemas estudados. Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica.
Raciocínio e resolução de problemas Representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e sua mobilização na elaboração de respostas para os problemas estudados.
Pensamento crítico e pensamento criativo Investigar problemas ambientais, ancorados em guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (o quê, onde, como, porquê e para quê).
Relacionamento interpessoal Identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas.
Desenvolvimento pessoal e autonomia Aplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território, de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.
Bem-estar, saúde e ambiente Aplicar o conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território de forma criativa, em trabalho de equipa, para argumentar, comunicar e intervir em problemas reais, a diferentes escalas.
Sensibilidade estética e artística

Realizar projetos, identificando problemas e colocando questões-chave, geograficamente relevantes, a nível económico, político, cultural e ambiental, a diferentes escalas.

Saber científico, técnico e tecnológico Identificar-se com o seu espaço de pertença, valorizando a diversidade de relações que as diferentes comunidades e culturas estabelecem com os seus territórios, a várias escalas.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
A TERRA: ESTUDOS E REPRESENTAÇÕES
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Localizar e compreender os lugares e as regiões Problematizar e debater as inter-relações entre fenómenos e espaços geográficos Comunicar e participar

Elaborar esboços da paisagem descrevendo os seus elementos essenciais.

Situar exemplos de paisagens no respetivo território a diferentes escalas geográficas, ilustrando com diversos tipos de imagens.

Descrever a localização relativa de um lugar, em diferentes formas de representação da superfície terrestre, utilizando a rosa dos ventos. 

Descrever a localização absoluta de um lugar, usando o sistema de coordenadas geográficas (latitude, longitude), em mapas de pequena escala com um sistema de projeção cilíndrica. 

Distinguir mapas de grande escala de mapas de pequena escala, quanto à dimensão e ao pormenor da área representada.

Calcular a distância real entre dois lugares, em itinerários definidos, utilizando a escala de um mapa. 

Aplicar as Tecnologias de Informação

Geográfica, para localizar, descrever e compreender os lugares.

Reconhecer diferentes formas de representação do mundo de acordo com a posição geográfica dos continentes e com os espaços de vivência dos povos, utilizando diversas projeções cartográficas (em suporte papel ou digital).

Inferir a relatividade da representação do território, desenhando mapas mentais, a diversas escalas.

Reconhecer as características que conferem identidade a um lugar (o bairro, a região e o país onde vive), comparando diferentes formas de representação desses lugares.

Inferir sobre a distorção do território cartografado em mapas com diferentes sistemas de projeção.

Discutir os aspetos mais significativos da inserção de Portugal na União Europeia.

Selecionar as formas de representação da superfície terrestre, tendo em conta a heterogeneidade de situações e acontecimentos observáveis a partir de diferentes territórios.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam a aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • ler e interpretar mapas de diferentes escalas;
  • articular com rigor o uso consistente do conhecimento geográfico;
  • mobilizar diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIG (incluindo, por exemplo Google Earth, Google Maps, Open Street Maps, GPS, SIG, Big Data, etc.);
  • representar gráfica, cartográfica e estatisticamente a informação geográfica, proveniente de trabalho de campo (observação direta) e de diferentes fontes documentais (observação indireta);
  • organizar o trabalho de campo (observação direta), para recolha e sistematização de informação sobre os territórios e fenómenos geográficos;
  • analisar factos e situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realizar tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, bem como à mobilização do memorizado, privilegiando a informação estatística e cartográfica (analógica e/ou digital);
  • selecionar informação geográfica pertinente;
  • organizar de forma sistematizada leitura e estudo autónomo;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

A; B; C; D; F; G; I

Organizador
MEIO NATURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
Localizar e
compreender os
lugares e as regiões
Problematizar e debater
as inter-relações entre
fenómenos e espaços
geográficos
Comunicar e participar

Distinguir clima e
estado do tempo, utilizando a observação direta e diferentes recursos digitais (sítio do IPMA, por exemplo).

Reconhecer a zonalidade dos climas e biomas, utilizando representações cartográficas (em suporte papel ou digital).

Identificar as grandes cadeias montanhosas e os principais rios do Mundo, utilizando mapas de diferentes escalas (em suporte papel ou digital). Relacionar a localização de formas de relevo com a rede hidrográfica, utilizando perfis topográficos.

Demonstrar a ação erosiva dos cursos de água e do mar, utilizando esquemas e imagens.

Identificar fatores responsáveis por situações de conflito na gestão dos recursos naturais (bacias hidrográficas, litoral), utilizando terminologia específica, à escala local e nacional.

Aplicar as Tecnologias de Informação Geográfica – Web SIG, Google Earth, GPS, Big Data, para localizar, descrever e compreender e os fenómenos geográficos.

Descrever impactes da ação humana na alteração e ou degradação de ambientes biogeográficos, a partir de exemplos concretos e apoiados em fontes fidedignas.

Identificar exemplos de impactes da ação humana no território, apoiados em fontes fidedignas. 

Reconhecer a necessidade da cooperação internacional na gestão de recursos naturais, exemplificando com casos concretos, a diferentes escalas.

Sensibilizar a comunidade para a necessidade de uma gestão sustentável do território, aplicando questionários de monitorização dos riscos no meio local, como por exemplo, os dos cursos de água e das áreas do litoral.

Relatar situações concretas de complementaridade e interdependência entre regiões, países ou lugares na gestão de recursos hídricos.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam:

  • formular hipóteses para a representação cartográfica a utilizar face a um fenómeno ou evento;
  • criar um objeto, mapa, esquema conceptual, texto ou solução, face a um desafio geográfico;
  • organizar um Atlas com diferentes formas de representar a superfície terrestre, apresentando argumentos a favor face às diferentes representações da Terra escolhidas;
  • interrogar-se sobre a relação entre territórios e fenómenos geográficos por comparação de mapas com diferentes escalas;
  • analisar diferentes cenários de evolução de características inerentes ao meio natural;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens em relação a diferentes territórios (por exemplo, imagens, infografias, mapas em diferentes escalas);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais para representar factos e fenómenos geográficos;
  • participar em debates/simulações que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análise de factos ou dados;
  • investigar problemas ambientais e sociais, utilizando guiões de trabalho e questões geograficamente relevantes (O quê?, Onde?, Como?, Como se distribui?, Porquê? e Para quê?);
  • pesquisar exemplos concretos de solidariedade territorial e sentido de pertença face ao ordenamento do território;
  • aplicar trabalho de equipa em trabalho de campo;
  • participar em campanhas de sensibilização para um ambiente e ordenamento do território sustentáveis;
  • colaborar com outros, auxiliar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback dos resultados dos estudos efetuados para melhoria ou aprofundamento de ações.
Descritores do Perfil dos alunos

C; D; E; F; G; H; I

Conceitos

TEMA: A terra: Estudos e representações

Subtema: Descrição da Paisagem

Conceitos: observação (direta e indireta); paisagem; esboço de paisagem; elementos da paisagem; unidade de paisagem; multifuncionalidade da paisagem.

Subtemas: Mapas como forma de representar a superfície terrestre e Localização dos diferentes elementos da superfície terrestre

Conceitos: localização relativa; rosa dos ventos; localização absoluta; elementos geométricos da esfera terrestre (meridianos, meridiano de Greenwich, paralelos, Equador, hemisfério); formas de representar a superfície terrestre (itinerário, mapa mental, esboços cartográficos, planta, mapa, globo, planisfério, fotografia aérea, imagem de satélite, mapas topográficos, mapas hipsométricos), escala, unidades territoriais (NUTS, distrito, município, comunidades intermunicipais e freguesia); Sistemas de Informação Geográfica (SIG); informação georreferenciada.

TEMA: Meio natural

Subtema: Clima e Formações Vegetais *

Conceitos: clima; estado do tempo; elementos do clima (temperatura, precipitação); zonas climáticas (fria, temperada e quente); biomas (Floresta Equatorial, Savana, Estepe, Desértico Quente, Floresta Mediterrânea, Floresta Caducifólia, Pradaria, Floresta de Coníferas, Tundra, vegetação de altitude).

Subtema: Relevo

Conceitos: altitude; mapa hipsométrico; curva de nível; perfil topográfico; formas de relevo (planície, colina, planalto, montanha, cordilheira e vale); declive; cursos de água (rio, nascente, foz, afluente); planície aluvial; caudal (estiagem e ecológico); vertente; leito (estiagem e inundação); bacia hidrográfica; rede hidrográfica; erosão fluvial; toalha freática/aquífera; litoral; profundidade; plataforma de abrasão; plataforma continental; abrasão marinha; formas de relevo do litoral e fluvio-marinhas: arriba (morta e viva), praia, cabo, baía, península, ilha, arquipélago, restinga, ilha-barreira, duna, sistema lagunar, tômbolo, estuário, delta.

*Atendendo ao nível de abstração exigido aos alunos para compreensão deste tema, alguns dos aspetos mais complexos transitam para o 9.º ano inserindo-se no tema Ambiente e Sociedade.

Francês

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competência definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes.

As escalas de competências facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo, indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

INTRODUÇÃO | 3.º CICLO

A definição das Aprendizagens Essenciais para o Francês cruza as Metas de Aprendizagem para as Línguas Estrangeiras (2010), elaboradas a partir do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular as escalas de competências, com os referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e as orientações programáticas de Francês (1991). A sua matriz apoia-se em competências organizadas em três domínios que apresentam descritores de níveis de desempenho. A proximidade linguística com a língua materna assim como o contexto curricular justificam a seleção dos níveis seguintes:

3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO 7.º 8.º 9.º
Nível do QECRL A1.2 A2.1 A2.2

INTRODUÇÃO | 9.º ano

No final do 9.º ano do 3.º ciclo do ensino básico, o aluno atinge o nível de proficiência A2.2 definido pelo Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001, p. 49): «É capaz de compreender frases isoladas e expressões frequentes relacionadas com áreas de prioridade imediata (p. ex.: informações pessoais e familiares simples, compras, meio circundante). É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode descrever de modo simples a sua formação, o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.»

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas e articula-se com a competência intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e com a competência estratégica a desenvolver ao longo do percurso de aprendizagem para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias áreas de competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Físico- Química, Ciências Naturais, Geografia, História, Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Física, Português e Inglês, ou com outras ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante explícita em documentos curtos (anúncios públicos, mensagens telefónicas, noticiários, reportagens, publicidade, canções, videoclipes, publicações digitais, entre outros), sobre o meio envolvente e situações variadas, constituídos essencialmente por frases simples e vocabulário muito frequente e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Compreender as ideias principais e identificar a informação relevante explícita em mensagens e textos simples e curtos (correspondência, folhetos, ementas, horários, avisos, artigos de imprensa, publicações digitais, textos literários, entre outros), sobre o meio envolvente e situações variadas e constituídos essencialmente por frases simples e vocabulário muito frequente.

Interação oral

Interagir, sobre o meio envolvente e situações variadas, em conversas curtas bem estruturadas, tendo em conta o discurso do interlocutor, respeitando os princípios de delicadeza e usando vocabulário muito frequente e frases com estruturas gramaticais elementares, com pronúncia suficientemente clara, para:

  • trocar ideias e informações;
  • descrever situações, narrar experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Interação escrita

Escrever correspondência (60-80 palavras) sobre o meio envolvente e situações variadas, respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, utilizando vocabulário muito frequente e frases curtas, articulando as ideias com diferentes conetores de coordenação e subordinação para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever e narrar experiências e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Produção oral

Exprimir-se, sobre o meio envolvente e situações variadas, de forma simples, em monólogos curtos preparados previamente, usando vocabulário muito frequente e frases com estruturas gramaticais elementares e pronunciando de forma suficientemente clara para:

  • descrever situações, narrar experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes, passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.

Produção escrita

Redigir textos (60-80 palavras) em suportes diversos sobre o meio envolvente e situações variadas, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário muito frequente e frases curtas e articulando as ideias com diferentes conetores de coordenação e subordinação para:

  • descrever e narrar experiências e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados ou futuros;
  • exprimir opiniões, gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita

Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • antecipação e formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • seleção, associação e organização de informação explícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral e seletiva do sentido.

Interação e produção orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos variados;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade,
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações, redação de textos principalmente descritivos e narrativos, de formato e matriz variados, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estabelecer relações entre as culturas da língua materna e da língua estrangeira, enriquecendo a sua visão do mundo e a interpretação das diferenças e das semelhanças.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação, recolha e interpretação de elementos culturais distintos da língua estrangeira;
  • relativização de conceções do mundo e análise das variações.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem que se ajustam ao seu perfil de aprendente, apoiando-se em questionários e outros documentos (Portefólio Europeu das Línguas, entre outros). Utilizar recursos de aprendizagem variados (manuais, dicionários, gramáticas em suporte papel, digital e outros) em função dos objetivos das atividades propostas na aula.

Reconhecer os erros como parte integrante do processo de aprendizagem e propor formas de os superar.

Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais e mobilizar suportes diversos (papel, digital e outros) nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Utilização de estratégias adequadas para superar dificuldades e obstáculos na aprendizagem;
  • análise de erros e explicitação das ocorrências;
  • seleção de recursos adequados em suportes diversificados para resolver problemas e realizar tarefas.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Francês

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competência definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes.

As escalas de competências facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo, indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

INTRODUÇÃO | 3.o CICLO

A definição das Aprendizagens Essenciais para o Francês cruza as Metas de Aprendizagem para as Línguas Estrangeiras (2010), elaboradas a partir do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular as escalas de competências, com os referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e as orientações programáticas de Francês (1991). A sua matriz apoia-se em competências organizadas em três domínios que apresentam descritores de níveis de desempenho. A proximidade linguística com a língua materna assim como o contexto curricular justificam a seleção dos níveis seguintes:

3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO 7.º 8.º 9.º
Nível do QECRL A1.2 A2.1 A2.2

INTRODUÇÃO | 8.o ano

No final do 8.o ano, o aluno atinge o nível de proficiência A2.1 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), que constitui um patamar intermédio do nível A2 e abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas. O desenvolvimento da competência comunicativa articula-se com a competência intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e com a competência estratégica para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias áreas de competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Físico-Química, Ciências Naturais, Geografia, História, Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Física, Português e Inglês, ou com outras ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Identificar palavras-chave e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos (anúncios públicos, mensagens telefónicas, publicidade, canções, videoclipes, publicações digitais, entre outros), relacionados com situações do quotidiano e experiências pessoais e articulados de forma clara e pausada.

Compreensão escrita

Identificar palavras-chave e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos (correspondência, folhetos, publicidade, catálogos, receitas, ementas, artigos de jornal, banda desenhada, publicações digitais, entre outros), relacionados com situações do quotidiano e experiências pessoais, constituídos essencialmente por frases com estruturas elementares e vocabulário familiar.

Interação oral

Interagir, sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, pronunciando de forma compreensível, em conversas curtas, bem estruturadas e ligadas, tendo em conta o discurso do interlocutor, respeitando os princípios de delicadeza e usando um repertório limitado de expressões e de frases com estruturas gramaticais elementares para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever, narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.

Interação escrita

Escrever correspondência (50-60 palavras) sobre situações do quotidiano e experiências pessoais em suportes diversos respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário elementar e frases simples e articulando as ideias com conetores básicos de coordenação e subordinação para:

  • pedir e dar informações;
  • descrever, narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.

Produção oral

Exprimir-se sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, de forma simples, em monólogos curtos preparados previamente, usando um repertório limitado de expressões e de frases com estruturas gramaticais elementares e pronunciando de forma suficientemente clara para:

  • descrever e narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.

Produção escrita

Escrever, sobre situações do quotidiano e experiências pessoais, textos (50-60 palavras) simples e curtos, em suportes diversos, respeitando as convenções textuais, utilizando vocabulário elementar e frases simples e articulando as ideias com conetores básicos de coordenação e subordinação para:

  • descrever e narrar acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprimir gostos e preferências.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção e associação de informação explícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas;
  • compreensão geral do sentido.

Interação e produção orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais-na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações, redação de textos principalmente informativos e descritivos como convites, mensagens pessoais e cartazes, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares ou interdisciplinares.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico /Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Observar e identificar a diversidade na sua cultura de origem, assim como na(s) cultura(s) da língua estrangeira em referências, hábitos, atitudes e comportamentos inseridos em situações da vida quotidiana.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • - Observação, recolha e identificação de traços identitários diversos no universo cultural da língua materna e da língua estrangeira.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer a importância de estratégias no processo de aprendizagem da língua estrangeira (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação de conhecimentos) e identificar as mais frequentes e eficazes para realizar tarefas individualmente ou em grupo.

Utilizar diferentes estratégias e suportes técnicos nas fases de planificação, de realização de tarefas comunicativas de compreensão, interação oral e produção escrita, avaliando a sua eficiência.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Recolha de informação sobre estratégias utilizadas no processo de aprendizagem e avaliação da sua eficácia;
  • autoanálise dos pontos fortes e fracos das suas aprendizagens;
  • descrição de processos e de pensamentos usados durante a realização de tarefas;
  • reorientação do trabalho, individual ou em grupo, a partir de feedback do professor ou dos pares.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Francês

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens do século XXI no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem das línguas estrangeiras concorre também para a construção das Áreas de Competência definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras e demonstram responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam a sua bagagem artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes.

As escalas de competências facilitaram a determinação dos níveis comuns de referência que são declinados em vários subníveis (por ex.: A2.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A sua matriz apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

Competências

A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação, mediação e produção orais e escritas que articulam unidades compósitas a nível pragmático-discursivo, linguístico, sociolinguístico e vários meios e suportes.

A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que favorecem a mediação e o diálogo interculturais. Deste modo, conduz-se o aprendente a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a ideias, produtos e experiências que proporcionam a aquisição de uma consciência intercultural.

Na competência estratégica, referem-se processos que contribuem para o desenvolvimento de capacidades de gestão do processo de aprendizagem e de comunicação, de superação de dificuldades, de aquisição de hábitos de trabalho autónomo e de participação de forma responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. O estudo das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, nomeadamente com a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, assim como experiências e vivências em contexto educativo, indo ao encontro do PA e contribuindo para a formação global dos alunos enquanto cidadãos do século XXI.

INTRODUÇÃO | 3.º CICLO

A definição das Aprendizagens Essenciais para o Francês cruza as Metas de Aprendizagem para as Línguas Estrangeiras (2010), elaboradas a partir do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), em particular as escalas de competências, com os referenciais de conteúdos publicados para os vários níveis de competência em língua francesa e as orientações programáticas de Francês (1991). A sua matriz apoia-se em competências organizadas em três domínios que apresentam descritores de níveis de desempenho. A proximidade linguística com a língua materna assim como o contexto curricular justificam a seleção dos níveis seguintes:

3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO 7.º 8.º 9.º
Nível do QECRL A1.2 A2.1 A2.2

INTRODUÇÃO | 7.º ano

No final do 7.º ano, o aluno atinge o nível de proficiência A1.2 definido pelo Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001, p. 49): «É capaz de compreender e usar expressões familiares e quotidianas, assim como enunciados muito simples, que visam satisfazer necessidades concretas. Pode apresentar-se e apresentar outros e é capaz de fazer perguntas e dar respostas sobre aspectos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem. Pode comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante.»

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas e articula-se com a competência intercultural essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e com a competência estratégica para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias áreas de competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos combinando a língua francesa com outras disciplinas do currículo. Tendo em conta o contexto curricular, sugerem-se projetos com as disciplinas de Físico-Química, Ciências Naturais, Geografia, História, Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Física, Português e Inglês, ou com outras ofertas de escola. Estes projetos interdisciplinares podem assentar em interesses ou temáticas que proporcionem o contacto com fontes diversificadas de informação, a elaboração de produtos em língua materna e em francês, assim como o trabalho em redes internacionais de programas educativos.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral

Identificar um número limitado de palavras e de frases simples em instruções, mensagens e textos simples e curtos (anúncios públicos, publicidade e canções, publicações digitais, entre outros), desde que o discurso seja muito claro, pausado, cuidadosamente articulado e relativo à identificação e caracterização pessoais, hábitos e necessidades do quotidiano.

Compreensão escrita

Identificar palavras e frases simples em instruções, mensagens e textos ilustrados curtos (instruções, mapas, cartazes, horários, publicidade, catálogos, receitas, ementas, postais, mensagens pessoais, banda desenhada, publicações digitais, entre outros), relativos à identificação e caracterização pessoais, hábitos e necessidades do quotidiano.

Interação oral

Interagir em situações do quotidiano com preparação prévia, apoiando-se no discurso do interlocutor, com pronúncia geralmente compreensível e repertório muito limitado, expressões, frases simples e estruturas gramaticais muito elementares para:

  • estabelecer contactos sociais (cumprimentos, desculpas e agradecimentos);
  • pedir ou dar informações (dados pessoais, hábitos, gostos e preferências, lugares, serviços, factos e projetos).

Interação escrita

Completar formulários com os dados adequados e escrever mensagens simples e curtas (30-40 palavras), respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens.

Utilizar expressões e frases muito simples com estruturas gramaticais muito elementares para:

  • pedir e dar informações breves;
  • agradecer, desculpar-se, felicitar (aniversários e outras celebrações), aceitar ou recusar convites.

Produção oral

Exprimir-se, de forma muito simples, pronunciando de forma geralmente compreensível e apoiando-se num texto memorizado com um repertório muito limitado de palavras, expressões isoladas e frases curtas para:

se apresentar;

apresentar e descrever outras pessoas, hábitos, gostos, preferências, projetos, serviços, lugares e factos.

Produção escrita

Escrever textos (30-40 palavras) simples e muito curtos, em suportes variados, utilizando expressões, frases e estruturas gramaticais muito elementares para:

  • se apresentar;
  • apresentar e descrever outras pessoas, hábitos, gostos, preferências, projetos, serviços, lugares e factos.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Compreensão oral e escrita Escuta/visionamento/leitura de documentos para:

  • formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação;
  • identificação de enunciados, de elementos verbais, para-verbais e culturais;
  • discriminação, seleção e associação de informação explícita;
  • transposição de informação em ações ou em modalidades diversas.

Interação e produção orais e escritas

  • Identificação da situação de comunicação;
  • pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações;
  • planificação e elaboração de planos gerais e esquemas;
  • mobilização de recursos e conhecimentos elementares;
  • adequação do discurso à situação de comunicação;
  • uso de elementos para-verbais e não verbais na oralidade;
  • revisão na escrita;
  • autoavaliação e autocorreção em apresentações, dramatizações, simulações e mensagens pessoais integradas em projetos disciplinares ou interdisciplinares. 
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor / sabedor / culto / informado: A,B,E,G,I,J

Comunicador: A,B,D,E,H,I,J

Questionador: A,B,D,E,F,G,I,J

Crítico / Analítico: A,B,C,D,E,H

Criativo: A,C,D,E,H,J

Indagador / investigador: A,C,D,E,F,H,I

Participativo / colaborador: B,C,D,E,F

Sistematizador / organizador: A,B,C,E,F,I,J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Reconhecer elementos constitutivos da sua própria cultura e da(s) cultura(s) da língua estrangeira no seu meio envolvente e nas práticas de comunicação da vida quotidiana.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Intercultural

  • Observação e recolha de elementos culturais da língua estrangeira;
  • identificação de traços identitários, de semelhanças e diferenças culturais em situações quotidianas.
Descritores do Perfil dos alunos

Respeitador do outro e da diferença: A,B,C,F,J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Demonstrar uma atitude positiva e confiante na aprendizagem da língua estrangeira.

Valorizar o uso da língua estrangeira como instrumento de comunicação dentro da aula, nomeadamente para solicitar esclarecimentos, ajuda e colaborar com colegas na realização de tarefas e na resolução de problemas.

Usar os seus conhecimentos prévios em língua materna e noutras línguas, a sua experiência pessoal, indícios contextuais e semelhanças lexicais e gramaticais para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples, recorrendo, quando necessário, a idiomas conhecidos, gestos, mímica e/ou desenhos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Competência Estratégica

  • Recolha de informação sobre a motivação e representações da língua;
  • utilização da língua estrangeira na comunicação da sala de aula;
  • mobilização de conhecimentos linguísticos, experiências e meios não-verbais para superar as deficiências na receção e na produção.
Descritores do Perfil dos alunos

Responsável e autónomo: C,D,E,F,G,I,J

Físico-Química

Introdução

A disciplina de Físico-Química, no Ensino Básico, visa contribuir para o desenvolvimento da literacia científica dos alunos, despertando a curiosidade acerca do mundo que nos rodeia e o interesse pela Ciência. Visa também desenvolver uma compreensão geral e alargada das principais ideias e estruturas explicativas da Física e da Química, bem como da metodologia da Ciência. Por outro lado, a disciplina de Físico-Química contribui para uma tomada de consciência quanto ao significado científico, tecnológico e social da intervenção humana no nosso ambiente e na cultura em geral.

Assim sendo, as Aprendizagens Essenciais (AE) definidas para a disciplina de Físico-Química expressam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes inerentes à relevância desta área de conhecimento e que contribuem para o desenvolvimento das competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

As AE foram elaboradas numa dupla perspetiva:

  • Os alunos que terminam a disciplina no final do 3.º ciclo ficam dotados de competências ao nível da literacia científica que lhes permitam a mobilização da compreensão de processos e fenómenos científicos para a tomada de decisão, conscientes das implicações da Ciência no mundo atual, de forma a exercerem uma cidadania participada.
  • Os alunos que optarem pelo prosseguimento de estudos numa escolaridade obrigatória de 12 anos na área das ciências ficam dotados de literacia científica que lhes permita o aprofundamento de saberes nesta área.

As AE pressupõem a centralidade do trabalho prático, incluindo o laboratorial e o experimental, por forma a desenvolver o raciocínio e a capacidade de resolver problemas (observação, formulação de hipóteses e interpretação), estimular a autonomia e o desenvolvimento pessoal e, dadas as potencialidades do trabalho prático para ser desenvolvido em equipa, contribuir para a capacidade do aluno de desenvolver relações interpessoais.

Por outro lado, os alunos devem ser incentivados a trabalhar em grupo, designadamente na realização das atividades laboratoriais, comunicando as suas aprendizagens oralmente e por escrito e usando vocabulário científico próprio da disciplina.

Compreender os movimentos e a forma com estes são afetados pela aplicação de forças permite interpretar uma vasta gama de fenómenos relacionados com o movimento de corpos. Distinguir velocidade e aceleração requer uma compreensão profunda da forma como as forças alteram o movimento dos objetos, incluindo a sua direção e sentido.

A eletricidade esta presente em todos os setores da atividade humana, desepenhando um papel fundamental no desenvolvimento social e tecnológico. Pretende-se que os alunos conheçam princípios básicos de eletricidade e suas aplicações e como é produzida e distribuída, e alternativas mais ecológicas para a sua produção. Devem ainda conhecer regras de segurança na utilização de materiais e dispositivos elétricos.

A contribuição da Química para a qualidade de vida é inquestionável, quer na explicação das propriedades dos materiais que nos rodeiam, quer na produção de novos materiais e substâncias. A classificação dos materiais com base nas suas propriedades requer a compreensão da estrutura atómica e da ligação química.

Assim, as AE para o 9.º ano de escolaridade desenvolvem-se em três grandes domínios correspondentes às finalidadades enunciadas: Movimentos e forças, Eletricidade e Classificação dos materiais. Os subdomínios incluídos no domínio Movimentos e forças são Movimentos na Terra, Forças e movimentos, Forças, movimentos e energia e Forças e fluidos; no domínio Eletricidade são Corrente elétrica, circuitos elétricos, efeitos da corrente elétrica e energia elétrica e no domínio Classificação dos materiais são Estrutura atómica, Propriedades dos materiais e Tabela Periódica e Ligação química.

Pretende-se que os alunos desenvolvam trabalho prático em interação com os pares, realizem experiências e explorem simulações, questionem, apresentem justificações e explicações, resolvam não só exercícios, como também problemas, nos quais a Física e a Química sejam adequadamente contextualizadas por forma a serem assuntos relevantes para os alunos, e descubram as suas próprias motivações para as aprendizagens.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
MOVIMENTOS NA TERRA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Movimentos na Terra

Compreender movimentos retilíneos do dia a dia, descrevendo-os por meio de grandezas físicas e unidades do Sistema Internacional (SI).

Construir gráficos posição-tempo de movimentos retilíneos, a partir de medições de posições e tempos, interpretando-os.

Aplicar os conceitos de distância percorrida e de rapidez média na análise de movimentos retilíneos do dia a dia.

Classificar movimentos retilíneos, sem inversão de sentido, em uniformes, acelerados ou retardados, a partir dos valores da velocidade.

Construir e interpretar gráficos velocidade-tempo para movimentos retilíneos, sem inversão de sentido, aplicando o conceito de aceleração média.

Distinguir, numa travagem de um veículo, tempo de reação de tempo de travagem, discutindo os fatores de que depende cada um deles.

Aplicar os conceitos de distâncias de reação, de travagem e de segurança, na interpretação de gráficos velocidade-tempo, discutindo os fatores de que dependem.

Forças e movimentos

Representar uma força por um vetor, caracterizando-a, e medir a sua intensidade com um dinamómetro, apresentando o resultado da medição no SI.

Compreender, em situações do dia a dia e em atividades laboratoriais, as forças como resultado da interação entre corpos.

Aplicar as leis da dinâmica de Newton na interpretação de situações de movimento e na previsão dos efeitos das forças.

Justificar a utilização de apoios de cabeça, cintos de segurança, airbags, capacetes e materiais deformáveis nos veículos, com base nas leis da dinâmica.

Explicar a importância da existência de atrito no movimento e a necessidade de o controlar em variadas situações, através de exemplos práticos, e comunicar as conclusões e respetiva fundamentação.

Interpretar e analisar regras de segurança rodoviária, justificando-as com base na aplicação de forças e seus efeitos, e comunicando os seus raciocínios.

Forças, movimentos e energia

Analisar diversas formas de energia usadas no dia a dia, a partir dos dois tipos fundamentais de energia: potencial e cinética.

Concluir sobre transformações de energia potencial gravítica em cinética, e vice-versa, no movimento de um corpo sobre a ação da força gravítica.

Concluir que é possível transferir energia entre sistemas através da atuação de forças.

Forças e fluidos

Verificar, experimentalmente, a Lei de Arquimedes, aplicando-a na interpretação de situações de flutuação ou de afundamento.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos científicos;
  • seleção de informação pertinente em fontes diversas (artigos e livros de divulgação científica, notícias);
  • análise de fenómenos da natureza e situações do dia a dia com base em leis e modelos;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares, nomeadamente nos domínios Movimentos e forças e Classificação de materiais;
  • mobilização dos conhecimentos dos 7.º e 8.º anos, designadamente nos domínios Espaço, Materiais e Reações químicas, para enquadrar as novas aprendizagens;
  • mobilização de diferentes fontes de informação científica na resolução de problemas, incluindo gráficos, tabelas, esquemas, diagramas e modelos;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos para:

  • formular hipóteses face a um fenómeno natural ou situação do dia a dia;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • propor abordagens diferentes de resolução de uma situação-problema;
  • criar um objeto, gráfico, esquema, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos, esquemas conceptuais, simulações, vídeos com diferentes perspetivas, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições sobre a evolução de fenómenos naturais e a evolução de experiências em contexto laboratorial;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, relatórios, esquemas, textos, maquetes), recorrendo às TIC, quando pertinente;
  • criar situações que levem à consciencialização dos problemas de segurança e eficiência do transporte de pessoas e bens, visando uma utilização mais segura e ecológica dos transportes.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar conceitos, factos e situações numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista, distinguindo alegações científicas de não científicas;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças e consistência interna;
  • problematizar situações sobre aplicações da ciência e tecnologia e o seu impacto na sociedade;
  • debater temas que requeiram sustentação ou refutação de afirmações sobre situações reais ou fictícias, apresentando argumentos e contra- argumentos baseados em conhecimento científico.

Promover estratégias que envolvam, por parte do aluno:

  • mobilização de conhecimentos para questionar uma situação;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • tarefas de pesquisa enquadrada por questões-problema e sustentada por guiões de trabalho, com autonomia progressiva.

Promover estratégias que requeiram,por parte do aluno:

  • argumentar sobre temas científicos polémicos e atuais, aceitando pontos de vista diferentes dos seus;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões, incluindo as de origem étnica, religiosa ou cultural;
  • saber trabalhar em grupo, desempenhando diferentes papéis, respeitando e sabendo ouvir todos os elementos do grupo.

Promover estratégias que envolvam, por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de implementação, de controlo e de revisão, designadamente nas atividades experimentais;
  • registo seletivo e organização da informação (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de atividades laboratoriais e de visitas de estudo, segundo critérios e objetivos).

Promover estratégias que impliquem, por parte do aluno:

  • comunicar resultados de atividades laboratoriais e de pesquisa, ou outras, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina, recorrendo a diversos suportes;
  • participar em ações cívicas relacionadas com o papel central da Física e da Química no desenvolvimento tecnológico e suas consequências socioambientais.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento, identificando pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento do trabalho de grupo ou individual dos pares;
  • realizar trabalho colaborativo em diferentes situações (projetos interdisciplinares, resolução de problemas e atividades experimentais).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem, por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for solicitado e contratualizar tarefas, apresentando resultados;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas, incluindo a promoção do estudo com o apoio do professor, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam para:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações de ajuda a outros e de proteção de si, designadamente adotando medidas de proteção adequadas a atividades laboratoriais;
  • saber atuar corretamente em caso de incidente no laboratório, preocupando-se com a sua segurança pessoal e de terceiros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Questionador/ Investigador (A, C, D, F, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador / Interventor (A, B, D, E, G, H, I)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (A, B, E, F, G, I, J)

Organizador
ELETRICIDADE
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Corrente elétrica, circuitos elétricos, efeitos da corrente elétrica e energia elétrica

Planificar e montar circuitos elétricos simples, esquematizando-os.

Medir grandezas físicas elétricas (tensão elétrica, corrente elétrica, resistência elétrica, potência e energia) recorrendo a aparelhos de medição e usando as unidades apropriadas, verificando como varia a tensão e a corrente elétrica nas associações em série e em paralelo.

Relacionar correntes elétricas em diversos pontos e tensões elétricas em circuitos simples e avaliar a associação de recetores em série e em paralelo.

Verificar, experimentalmente, os efeitos químico, térmico e magnético da corrente elétrica e identificar aplicações desses efeitos.

Comparar potências de aparelhos elétricos, explicando o significado dessa comparação e avaliando as implicações em termos energéticos.

Justificar regras básicas de segurança na utilização e montagem de circuitos elétricos, comunicando os seus raciocínios.

Organizador
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Estrutura atómica

Identificar os marcos históricos do modelo atómico, caracterizando o modelo atual.

Relacionar a constituição de átomos e seus isótopos e de iões monoatómicos com simbologia própria e interpretar a carga dos iões.

Prever a distribuição eletrónica de átomos e iões monoatómicos de elementos (Z ≤ 20), identificando os eletrões de valência.

Propriedades dos materiais e Tabela Periódica (TP)

Relacionar a distribuição eletrónica dos átomos dos elementos com a sua posição na TP.

Localizar na TP os elementos dos grupos 1, 2, 17 e 18 e explicar a semelhança das propriedades químicas das substâncias elementares do mesmo grupo.

Distinguir metais de não metais com base na análise, realizada em atividade laboratorial, de algumas propriedades físicas e químicas de diferentes substâncias elementares.

Identificar, com base em pesquisa e numa perspetiva interdiscilinar, a proporção dos elementos químicos presentes no corpo humano, avaliando o papel de certos elementos para a vida, comunicando os resultados.

Ligação química

Identificar os vários tipos de ligação química e relacioná-los com certas classes de materiais: substâncias moleculares e covalentes (diamante, grafite e grafeno), compostos iónicos e metais.

Identificar hidrocarbonetos saturados e insaturados simples, atendendo ao número de átomos e ligações envolvidas.

Avaliar, com base em pesquisa, a contribuição da Química na produção e aplicação de materiais inovadores para a melhoria da qualidade de vida, sustentabilidade económica e ambiental, recorrendo a debates.