Físico-Química

Introdução

A disciplina de Físico-Química, no Ensino Básico, visa contribuir para o desenvolvimento da literacia científica dos alunos, despertando a curiosidade acerca do mundo que nos rodeia e o interesse pela Ciência. Visa também desenvolver uma compreensão geral e alargada das principais ideias e estruturas explicativas da Física e da Química, bem como da metodologia da Ciência. Por outro lado, a disciplina de Físico-Química contribui para uma tomada de consciência quanto ao significado científico, tecnológico e social da intervenção humana no nosso ambiente e na cultura em geral.

Assim sendo, as Aprendizagens Essenciais (AE) definidas para a disciplina de Físico-Química expressam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes inerentes à relevância desta área de conhecimento e que contribuem para o desenvolvimento das competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

As AE foram elaboradas numa dupla perspetiva:

  • Os alunos que terminam a disciplina no final do 3.º ciclo ficam dotados de competências ao nível da literacia científica que lhes permitam a mobilização da compreensão de processos e fenómenos científicos para a tomada de decisão, conscientes das implicações da Ciência no mundo atual, de forma a exercerem uma cidadania participada.
  • Os alunos que optarem pelo prosseguimento de estudos numa escolaridade obrigatória de 12 anos na área das ciências ficam dotados de literacia científica que lhes permita o aprofundamento de saberes nesta área.

As AE pressupõem a centralidade do trabalho prático, incluindo o laboratorial e o experimental, por forma a desenvolver o raciocínio e a capacidade de resolver problemas (observação, formulação de hipóteses e interpretação), estimular a autonomia e o desenvolvimento pessoal e, dadas as potencialidades do trabalho prático para ser desenvolvido em equipa, contribuir para a capacidade de o aluno desenvolver relações interpessoais.

Por outro lado, os alunos devem ser incentivados a trabalhar em grupo, designadamente na realização das atividades laboratoriais, comunicando as suas aprendizagens oralmente e por escrito e usando vocabulário científico próprio da disciplina.

A sustentabilidade da vida na Terra depende da capacidade do Homem na utilização criativa dos recursos disponíveis, transformando-os e moldando-os de forma sustentável e minimizando os impactos ambientais. Neste contexto, o domínio dos fatores que condicionam as transformações físicas e químicas é essencial em todas as fases do ciclo de vida dos produtos e materiais que utilizamos.

Não menos importante para a vida do Homem na Terra é a sua capacidade de comunicar. Neste contexto, a compreensão dos fenómenos ondulatórios é fundamental, quer seja para a sua utilização como recurso energético, quer para a codificação e transmissão de informação.

Assim, as AE para o 8.º ano de escolaridade desenvolvem-se em três grandes domínios correspondentes às finalidades enunciadas: as Reações Químicas, o Som e a Luz. Os subdomínios incluídos no domínio Reações Químicas são Explicação e representação de reações químicas, Tipos de reações químicas e Velocidade das reações químicas; no domínio Som são Produção e propagação do som e ondas, Atributos do som e sua deteção pelo ser humano e fenómenos acústicos e no domínio Luz são Ondas de luz e sua propagação e Fenómenos óticos.

Pretende-se que os alunos desenvolvam trabalho prático em interação com os pares, realizem experiências e explorem simulações, questionem, apresentem justificações e explicações, resolvam não só exercícios, como também problemas, nos quais a Física e a Química sejam adequadamente contextualizadas por forma a serem assuntos relevantes para os alunos, e descubram as suas próprias motivações para as aprendizagens.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
REAÇÕES QUÍMICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Explicação e Representação de Reações Químicas

Explicar, recorrendo a evidências experimentais e a simulações, a natureza corpuscular da matéria.

Interpretar a diferença entre sólidos, líquidos e gases com base na liberdade de movimentos dos corpúsculos que os constituem e na proximidade entre esses corpúsculos.

Verificar, experimentalmente, que a temperatura de um gás, o volume que ocupa e a sua pressão são grandezas que se relacionam entre si, analisando qualitativamente essas relações.

Descrever a constituição dos átomos, reconhecendo que átomos com igual número de protões são do mesmo elemento químico e que se representam por um símbolo químico.

Definir molécula como um grupo de átomos ligados entre si e definir ião como um corpúsculo que resulta de um átomo ou grupo de átomos que perdeu ou ganhou eletrões, concluindo sobre a carga elétrica do ião.

Relacionar a composição qualitativa e quantitativa de uma substância com a sua fórmula química, associando a fórmula à unidade estrutural da substância: átomo, molécula ou grupo de iões.

Aferir da existência de iões, através da análise de rótulos de produtos do dia a dia e, com base numa tabela de iões, escrever a fórmula química ou o nome de compostos iónicos em contextos diversificados.

Concluir, recorrendo a modelos representativos de átomos e moléculas, que nas reações químicas há rearranjos dos átomos dos reagentes, que conduzem à formação de novas substâncias, mantendo-se o número total de átomos de cada elemento.

Verificar, através de uma atividade experimental, a Lei da Conservação da Massa, aplicando-a à escrita ou à leitura de equações químicas simples, sendo dadas as fórmulas químicas ou os nomes das substâncias envolvidas.

Tipos de Reações Químicas

Identificar os reagentes e os produtos em reações de combustão, distinguindo combustível e comburente, e representar por equações químicas as combustões realizadas em atividades laboratoriais.

Concluir, a partir de pesquisa de informação, das consequências para o ambiente da emissão de poluentes provenientes das reações de combustão, propondo medidas para minimizar os seus efeitos, comunicando as conclusões.

Reconhecer, numa perspetiva interdisciplinar, as alterações climáticas como um dos grandes problemas ambientais atuais e relacioná-las com a poluição do ar resultante do aumento dos gases de efeito de estufa.

Determinar o carácter químico de soluções aquosas, recorrendo ao uso de indicadores e medidores de pH.

Prever o efeito no pH quando se adiciona uma solução ácida a uma solução básica ou vice-versa, pesquisando aplicações do dia a dia (como, por exemplo, o tratamento da água das piscinas e de aquários), e classificar as reações que ocorrem como reações ácido‐base, representando-as por equações químicas.

Caracterizar reações de precipitação, realizadas em atividades laboratoriais, como reações em que se formam sais pouco solúveis em água, representando-as por equações químicas e pesquisando, numa perspetiva

interdisciplinar, exemplos em contextos reais (formação de estalactites e de estalagmites, de conchas e de corais).

Pesquisar, numa perspetiva interdisciplinar, sobre a dureza da água de consumo da região onde vive, bem como as consequências da utilização das águas duras a nível doméstico e industrial e formas de as tratar, comunicando as conclusões.

Velocidade das Reações Químicas

Interpretar, recorrendo à experimentação, o conceito de velocidade de uma reação química como a rapidez de desaparecimento de um reagente ou aparecimento de um produto.

Interpretar, em situações laboratoriais e do dia a dia, fatores que influenciam a velocidade das reações químicas: concentração dos reagentes, temperatura do sistema, estado de divisão dos reagentes sólidos e presença de um catalisador apropriado, concluindo sobre formas de controlar a velocidade de uma reação.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos científicos;
  • seleção de informação pertinente em fontes diversas (artigos e livros de divulgação científica, notícias);
  • análise de fenómenos da natureza e situações do dia a dia com base em leis e modelos;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares, nomeadamente nos domínios Reações químicas e Luz;
  • mobilização de diferentes fontes de informação científica na resolução de problemas, incluindo gráficos, tabelas, esquemas, diagramas e modelos;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos para:

  • formular hipóteses face a um fenómeno natural ou situação do dia a dia;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • propor abordagens diferentes de resolução de uma situação-problema;
  • criar um objeto, gráfico, esquema, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos, esquemas conceptuais, simulações, vídeos com diferentes perspetivas, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições sobre a evolução de fenómenos naturais e a evolução de experiências em contexto laboratorial;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, relatórios, esquemas, textos, maquetes), recorrendo às TIC, quando pertinente;
  • criar situações que levem à tomada de decisão para uma intervenção individual e coletiva conducente à sustentabilidade da vida na Terra.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar conceitos, factos e situações numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista, distinguindo alegações científicas de não científicas;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças e consistência interna;
  • problematizar situações sobre aplicações da ciência e tecnologia e o seu impacto na sociedade;
  • debater temas que requeiram sustentação ou refutação de afirmações sobre situações reais ou fictícias, apresentando argumentos e contra- argumentos baseados em conhecimento científico.

Promover estratégias que envolvam, por parte do aluno:

  • mobilização de conhecimentos para questionar uma situação;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • tarefas de pesquisa enquadrada por questões- problema e sustentada por guiões de trabalho, com autonomia progressiva.

Promover estratégias que requeiram/, por parte do aluno:

  • argumentar sobre temas científicos polémicos e atuais, aceitando pontos de vista diferentes dos seus;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões, incluindo as de origem étnica, religiosa ou cultural;
  • saber trabalhar em grupo, desempenhando diferentes papéis, respeitando e sabendo ouvir todos os elementos do grupo.

Promover estratégias que envolvam, por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de implementação, de controlo e de revisão, designadamente nas atividades experimentais;
  • registo seletivo e organização da informação (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de atividades laboratoriais e de visitas de estudo, segundo critérios e objetivos).

Promover estratégias que impliquem, por parte do aluno:

  • comunicar resultados de atividades laboratoriais e de pesquisa, ou outras, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina, recorrendo a diversos suportes;
  • participar em ações cívicas relacionadas com o papel central da Física e da Química no desenvolvimento tecnológico e suas consequências socioambientais.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento, identificando pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento do trabalho de grupo ou individual dos pares;
  • realizar trabalho colaborativo em diferentes situações (projetos interdisciplinares, resolução de problemas e atividades experimentais).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem, por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for solicitado e contratualizar tarefas, apresentando resultados;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas, incluindo a promoção do estudo com o apoio do professor , identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e de funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam o aluno a:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações de ajuda a outros e de proteção de si, designadamente adotando medidas de proteção adequadas a atividades laboratoriais;
  • saber atuar corretamente em caso de incidente no laboratório, preocupando-se com a sua segurança pessoal e de terceiros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Questionador/ Investigador (A, C, D, F, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador / Interventor (A, B, D, E, G, H, I)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (A, B, E, F, G, I, J)

Organizador
LUZ
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Ondas de luz e sua propagação

Distinguir corpos luminosos de iluminados, concretizando com exemplos da astronomia e do dia a dia.

Reconhecer que a luz transporta energia e é uma onda (eletromagnética) que não necessita de um meio material para se propagar, concluindo, experimentalmente, que se propaga em linha reta.

Ordenar as principais regiões do espetro eletromagnético, tendo em consideração a frequência, e identificar algumas aplicações das radiações dessas regiões.

Fenómenos Óticos

Concluir, através de atividades experimentais, que a luz pode sofrer reflexão (especular e difusa), refração e absorção, verificando as leis da reflexão e comunicando as conlusões.

Representar, geometricamente, a reflexão e a refração da luz e interpretar representações desses fenómenos.

Concluir, através de atividades experimentais, sobre as características das imagens em espelhos planos, côncavos e convexos e com lentes convergentes e divergentes, analisando os procedimentos e comunicando as conclusões.

Explicar algumas das aplicações dos fenómenos óticos, nomeadamente objetos e instrumentos que incluam espelhos e lentes.

Explicar a formação de imagens no olho humano e a utilização de lentes na correção da miopia e da hipermetropia, e analisar, através de pesquisa de informação, a evolução da tecnologia associada à correção dos defeitos de visão.

Distinguir, experimentalmente, luz monocromática de policromática, associando o arco‐íris à dispersão da luz e justificar o fenómeno da dispersão num prisma de vidro com base na refração.

Físico-Química

Introdução

A disciplina de Físico-Química, no Ensino Básico, visa contribuir para o desenvolvimento da literacia científica dos alunos, despertando a curiosidade acerca do mundo que nos rodeia e o interesse pela Ciência. Visa também desenvolver uma compreensão geral e alargada das principais ideias e estruturas explicativas da Física e da Química, bem como da metodologia da Ciência. Por outro lado, a disciplina de Físico-Química contribui para uma tomada de consciência quanto ao significado científico, tecnológico e social da intervenção humana no nosso ambiente e na cultura em geral.

Assim sendo, as Aprendizagens Essenciais (AE) definidas para a disciplina de Físico-Química expressam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes inerentes à relevância desta área de conhecimento e que contribuem para o desenvolvimento das competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA).

As AE foram elaboradas numa dupla perspetiva:

  • Os alunos que terminam a disciplina no final do 3.º ciclo ficam dotados de competências ao nível da literacia científica que lhes permitam a mobilização da compreensão de processos e fenómenos científicos para a tomada de decisão, conscientes das implicações da Ciência no mundo atual, de forma a exercerem uma cidadania participada.
  • Os alunos que optarem pelo prosseguimento de estudos numa escolaridade obrigatória de 12 anos na área das ciências ficam dotados de literacia científica que lhes permita o aprofundamento de saberes nesta área.

As AE pressupõem a centralidade do trabalho prático, incluindo o laboratorial e o experimental, por forma a desenvolver o raciocínio e a capacidade de resolver problemas (observação, formulação de hipóteses e interpretação), estimular a autonomia e o desenvolvimento pessoal e, dadas as potencialidades do trabalho prático para ser desenvolvido em equipa, contribuir para a capacidade de o aluno desenvolver relações interpessoais.

Por outro lado, os alunos devem ser incentivados a trabalhar em grupo, designadamente na realização das atividades laboratoriais, comunicando as suas aprendizagens oralmente e por escrito, e usando vocabulário científico próprio da disciplina.

Uma cultura científica humanista não pode ser conseguida sem que o aluno compreenda a Terra como um sistema que deve ser preservado, a sua localização no Universo, as forças que sobre ela atuam e os seus efeitos. Estando a sociedade humana extremamente dependente da utilização de materiais, o aluno deve reconhecer o papel da Física e da Química na criação e transformação de materiais, distinguir os diferentes tipos de materiais e propriedades físicas e químicas e compreender a utilização responsável de recursos não renováveis, nomeadamente através da reciclagem, de modo a reduzir o consumo de matérias-primas. Dada a natureza da Terra enquanto sistema dependente da energia, o aluno deve consciencializar-se das fontes de energia e da importância das fontes renováveis na sustentabilidade da Terra, enquanto ecossistema viável.

Assim, as AE para o 7.º ano de escolaridade desenvolvem-se em três grandes domínios correspondentes às finalidadades enunciadas: o Espaço, os Materiais e a Energia. Os subdomínios incluídos no domínio Espaço são Universo e Distâncias no Universo, Sistema solar, A Terra, a Lua e as forças gravíticas; no domínio Materiais são Constituição do mundo material, Substâncias e misturas, Transformações físicas e químicas, Propriedades físicas e químicas dos materiais, Separação das substâncias de uma mistura e no domínio Energia são Fontes de energia e transferências de energia.

Pretende-se que os alunos desenvolvam trabalho prático em interação com os pares, realizem experiências e explorem simulações, questionem, apresentem justificações e explicações, resolvam não só exercícios, como também problemas, nos quais a Física e a Química sejam adequadamente contextualizadas por forma a serem assuntos relevantes para os alunos, e descubram as suas próprias motivações para as aprendizagens.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ESPAÇO
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Universo e Distâncias no Universo

Descrever a organização dos corpos celestes, localizando a Terra no Universo, construindo diagramas e mapas, através da recolha e sistematização de informação em fontes diversas.

Explicar o papel da observação e dos instrumentos utilizados na evolução histórica do conhecimento do Universo, através de pesquisa e seleção de informação.

Estabelecer relações entre as estruturas do Universo através da recolha de informação em fontes diversas e apresentar as conclusões.

Descrever a origem e evolução do Universo com base na teoria do Big Bang.

Interpretar o significado das unidades de distância adequadas às várias escalas do Universo, designadamente ua e a.l.

Sistema solar

Interpretar informação sobre planetas do sistema solar (em tabelas, gráficos, textos, etc.) identificando semelhanças e diferenças (dimensão, constituição, localização, períodos de translação e rotação).

Compreender o que faz da Terra um planeta com vida, numa perspetiva interdisciplinar.

Relacionar os períodos de translação dos planetas com a distância ao Sol.

Construir modelos do sistema solar, usando escalas adequadas e apresentando as vantagens e as limitações desses modelos.

A Terra, a Lua e as forças gravíticas

Interpretar fenómenos que ocorrem na Terra como resultado dos movimentos no sistema Sol-Terra-Lua: sucessão dos dias e das noites, estações do ano, fases da Lua e eclipses.

Medir o comprimento de uma sombra ao longo do dia e traçar um gráfico desse comprimento em função do tempo, relacionando esta experiência com os relógios de sol.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos científicos;
  • seleção de informação pertinente em fontes diversas (artigos e livros de divulgação científica, notícias);
  • análise de fenómenos da natureza e situações do dia a dia com base em leis e modelos;
  • estabelecimento de relações intra e interdisciplinares, nomeadamente nos subdomínios Terra, Lua e forças gravíticas e Constituição do mundo material;
  • mobilização de diferentes fontes de informação científica na resolução de problemas, incluindo gráficos, tabelas, esquemas, diagramas e modelos;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas à compreensão e ao uso de saber.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • formular hipóteses face a um fenómeno natural ou situação do dia a dia;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • propor abordagens diferentes de resolução de uma situação-problema;
  • criar um objeto, gráfico, esquema, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos, esquemas conceptuais, simulações, vídeos com diferentes perspetivas, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições sobre a evolução de fenómenos naturais e a evolução de experiências em contexto laboratorial;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, relatórios, esquemas, textos, maquetes, simulações), recorrendo às TIC, quando pertinente;
  • criar situações que levem à tomada de decisão para uma intervenção individual e coletiva conducente à gestão sustentável dos recursos materiais e energéticos.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • analisar conceitos, factos e situações numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista, distinguindo alegações científicas de não científicas;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças e consistência interna;
  • problematizar situações sobre aplicações da ciência e tecnologia e o seu impacto na sociedade;
  • debater temas que requeiram sustentação ou refutação de afirmações sobre situações reais ou fictícias, apresentando argumentos e contra-argumentos baseados em conhecimento científico.

Promover estratégias que envolvam, por parte do aluno:

  • mobilização de conhecimentos para questionar uma situação;
  • incentivo à procura e ao aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
  • tarefas de pesquisa enquadrada por questões-problema e sustentada por guiões de trabalho, com autonomia progressiva.

Promover estratégias que requeiram/induzam, por parte do aluno:

  • argumentar sobre temas científicos polémicos e atuais, aceitando pontos de vista diferentes dos seus;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões, incluindo as de origem étnica, religiosa ou cultural;
  • saber trabalhar em grupo, desempenhando diferentes papéis, respeitando e sabendo ouvir todos os elementos do grupo.

Promover estratégias que envolvam, por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de implementação, de controlo e de revisão, designadamente nas atividades experimentais;
  • registo seletivo e organização da informação (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de atividades laboratoriais e de visitas de estudo, segundo critérios e objetivos).

Promover estratégias que impliquem, por parte do aluno:

  • comunicar resultados de atividades laboratoriais e de pesquisa, ou outras, oralmente e por escrito, usando vocabulário científico próprio da disciplina, recorrendo a diversos suportes;
  • participar em ações cívicas relacionadas com o papel central da Física e da Química no desenvolvimento tecnológico e suas consequências socioambientais.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento, identificando pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento do trabalho de grupo ou individual dos pares;
  • realizar trabalho colaborativo em diferentes situações (projetos interdisciplinares, resolução de problemas e atividades experimentais).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • assumir responsabilidades adequadas ao que lhe for solicitado e contratualizar tarefas, apresentando resultados;
  • organizar e realizar autonomamente tarefas, incluindo a promoção do estudo com o apoio do professor, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
  • dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu.

Promover estratégias que induzam o aluno a:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações de ajuda a outros e de proteção de si, designadamente adotando medidas de proteção adequadas a atividades laboratoriais;
  • saber atuar corretamente em caso de incidente no laboratório, preocupando-se com a sua segurança pessoal e de terceiros.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Questionador/ Investigador (A, C, D, F, G, I, J)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Comunicador / Interventor (A, B, D, E, G, H, I)

Autoavaliador (transversal às áreas);

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (A, B, E, F, G, I, J)

Organizador
MATERIAIS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Constituição do mundo material

Distinguir materiais e agrupá-los com base em propriedades comuns através de uma atividade prática.

Concluir que os materiais são recursos limitados e que é necessário usá-los bem, reutilizando-os e reciclando-os, numa perspetiva interdisciplinar.

Substâncias e misturas

Inferir que a maior parte dos materiais são misturas de substâncias, recorrendo à análise de rótulos de diferentes materiais.

Distinguir, através de um trabalho laboratorial, misturas homogéneas de misturas heterogéneas e substâncias miscíveis de substâncias imiscíveis.

Classificar materiais como substâncias ou misturas, misturas homogéneas ou misturas heterogéneas, a partir de informação selecionada.

Distinguir os conceitos de solução, soluto e solvente bem como solução concentrada, diluída e saturada, recorrendo a atividades laboratoriais.

Caracterizar qualitativamente uma solução e determinar a sua concentração em massa.

Preparar, laboratorialmente, soluções aquosas com uma determinada concentração, em massa, a partir de um soluto sólido, selecionando o material de laboratório, as operações a executar, reconhecendo as regras e sinalética de segurança necessárias e comunicando os resultados.

Transformações físicas e químicas

Distinguir transformações físicas de químicas, através de exemplos.

Aplicar os conceitos de fusão/solidificação, ebulição/condensação e evaporação na interpretação de situações do dia a dia e do ciclo da água, numa perspetiva interdisciplinar.

Identificar, laboratorialmente e no dia a dia, transformações químicas através da junção de substâncias, por ação mecânica, do calor, da luz, e da eletricidade.

Distinguir, experimentalmente e a partir de informação selecionada, reagentes e produtos da reação e designar uma transformação química por reação química, representando-a por “equações” de palavras.

Justificar, a partir de informação selecionada, a importância da síntese química na produção de novos e melhores materiais, de uma forma mais económica e ecológica.

Propriedades físicas e químicas dos materiais

Reconhecer que (a uma dada pressão) a fusão e a ebulição de uma substância ocorrem a uma temperatura bem definida.

Construir e interpretar tabelas e gráficos temperatura-tempo, identificando temperaturas de fusão e de ebulição de susbtâncias e concluindo sobre os estados físicos a uma dada temperatura.

Relacionar o ponto de ebulição com a volatilidade das substâncias.

Compreender o conceito de massa volúmica e efetuar cálculos com base na sua definição.

Determinar, laboratorialmente, massas volúmicas de materiais sólidos e líquidos usando técnicas básicas.

Constatar, recorrendo a valores tabelados, que o grau de pureza de uma substância pode ser aferido através dos pontos de fusão e de ebulição ou da massa volúmica.

Executar, laboratorialmente, testes químicos simples para detetar água, amido, glicose, dióxido de carbono e oxigénio.

Justificar, a partir de informação selecionada, a importância das propriedades físico-químicas na análise química e na qualidade de vida.

Separação das substâncias de uma mistura

Identificar técnicas para separar componentes de misturas homogéneas e heterogéneas e efetuar a separação usando técnicas laboratoriais básicas, selecionando o material necessário e comunicando os resultados.

Pesquisar a aplicação de técnicas de separação necessárias no tratamento de águas para consumo e de efluentes e a sua importância para o equilíbrio dos ecossistemas e qualidade de vida, comunicando as conclusões. 

Organizador
ENERGIA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Fontes de energia e transferências de energia

Identificar, em situações concretas, sistemas que são fontes ou recetores de energia, indicando o sentido de transferência da energia e concluindo que a energia se mantém na globalidade.

Identificar diversos processos de transferência de energia (condução, convecção e radiação) no dia a dia, justificando escolhas que promovam uma utilização racional da energia.

Distinguir fontes de energia renováveis de não renováveis e argumentar sobre as vantagens e desvantagens da sua utilização e as respetivas consequências na sustentabilidade da Terra, numa perspetiva interdisciplinar.

Distinguir temperatura de calor, relacionando-os através de exemplos.

Espanhol

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e o programa homologado para o 3.º ciclo, e ainda em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA, 2017), do Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017), e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.

Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol devem ser considerados ‘falsos principiantes’. Em consequência, o nível de desempenho expectável para o primeiro ano de aprendizagem (7.º) é relativamente superior ao das outras Línguas Estrangeiras (LE) e, para todos os anos de
aprendizagem do 3.º ciclo - e do ensino secundário -, as competências recetivas e produtivas apresentam diferentes níveis de desempenho.

Em função das características do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países, onde é língua oficial ou cooficial, reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada desde uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às características, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas através, sobretudo, de descritores pragmático-discursivos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua a ser ensinada e aprendida é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, poderão ir aparecendo, de forma pontual, elementos idiossincrásicos e input de outras variedades diatópicas, diafásicas e diastráticas.

As aprendizagens elencadas seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, mesmo que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, aqui aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017), e tendo em conta a atual carga horária atribuída à Língua II, a sequência previsível para o ensino do Espanhol no 3.º ciclo do Ensino Básico é a seguinte:

ENSINO BÁSICO - 3.º CICLO 7.º 8.º 9.º
CAV A2.1 A2.2 B1.1
CE A2.2 B1.1 B1.2
IO / IE / PO / PE A1.2 A2.1 A2.2

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Assim, no final do 3.º ciclo, os alunos da disciplina de Espanhol deverão atingir os seguintes objetivos globais:

CAV B1.1 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia a dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio (visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE B1.2 É capaz de compreender as ideias principais de textos de diversa tipologia, sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE A2.2 É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.

A competência comunicativa desenvolvida no 3.º ciclo abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual. Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respetivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às características da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ciclo, que coincidem com os do 9.º ano. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no PA: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadania e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do PA, nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 7.º ano do 3.º ciclo do Ensino Básico, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcompetências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação e produção oral e escrita:

CAV A2.1 É capaz de compreender intervenções, instruções, expressões e palavras-chave relacionadas com áreas de prioridade imediata (sobre si próprio, a família, as compras, o meio circundante, a escola, etc.), desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada. É capaz de compreender e extrair as informações essenciais de gravações áudio e audiovisuais que tratem sobre assuntos previsíveis do quotidiano, sobre as suas experiências ou sobre as suas áreas de interesse, assim como formar uma ideia acerca do seu conteúdo global, sempre que o discurso seja bem estruturado, pausado, claro e com vocabulário frequente.
CE A2.2 É capaz de entender, identificar e isolar informações específicas em textos simples e curtos acerca de assuntos familiares redigidos com vocabulário muito frequente ou relacionado com as suas experiências e interesses. É capaz de procurar informações específicas e previsíveis em materiais simples do dia a dia, tais como publicidade, prospetos, ementas, inventários e horários. É capaz de entender sinais e avisos públicos e informações sobre serviços básicos, assim como orientações e instruções bem estruturadas.
IO / IE / PO / PE A1.2 É capaz de produzir expressões simples e isoladas sobre pessoas, lugares, serviços, experiências e gostos. É capaz de se descrever a si próprio ou a outro colega, descrever o que faz no dia a dia, os seus gostos e onde mora. É capaz de ler uma declaração muito curta e ensaiada previamente. É capaz de interagir de maneira simples, mas a comunicação depende totalmente da repetição a ritmo lento, da reformulação e das correções. É capaz de pedir ou transmitir informações pessoais, escrever um postal simples e pequeno ou escrever números e datas, nome, nacionalidade, morada, idade, data de nascimento, etc., como nas fichas de registo dos serviços online ou dos hotéis.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível B1.1]

Identificar as ideias principais e selecionar informação explícita em intervenções e discursos breves, de géneros e suportes diversos, sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer e sobre temas da atualidade, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas, predomine um vocabulário frequente e a articulação seja clara.

[Compreensão escrita – Nível B.1.2]

Selecionar e associar informação relevante de sequências descritivas, explicativas, narrativas e argumentativas, em textos de géneros e suportes diversos, sobre situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer e assuntos da atualidade cultural, política e científica, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas, predomine o vocabulário frequente e contenha expressões idiomáticas muito correntes.

[Interação oral – Nível A2.2]

Interagir em conversas curtas, bem estruturadas e ligadas a situações familiares, nas quais:

  • troca ideias, informações, opiniões e desejos sobre situações do quotidiano, experiências e interesses pessoais e temas da atualidade;
  • aconselha e orienta em tarefas e situações diversas;
  • se apoia, quando necessário, no discurso do interlocutor;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

[Produção oral – Nível A2.2]

Exprimir-se, de forma simples, em monólogos curtos preparados previamente, nos quais:

  • descreve o meio envolvente e situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • apresenta opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

[Interação escrita – Nível A2.2]

Escrever cartas, mails, notas e mensagens diversas, em papel ou em aplicações digitais (chats, foros, redes sociais, entre outros), nos quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano, experiências e interesses pessoais, acontecimentos reais ou imaginários, preferências e opiniões;
  • exprime opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • aconselha e orienta em tarefas e situações diversas;
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens, adequando-as ao destinatário;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • articula as ideias com recursos elementares de coordenação e subordinação para gerar una sequência lógica de informações.

[Produção escrita – Nível A2.2]

Escrever textos simples diversos, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • descreve o meio envolvente e situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprime opiniões, gostos, preferências, conselhos, desejos e hipóteses sobre assuntos do quotidiano e temas da atualidade;
  • utiliza vocabulário e expressões idiomáticas muito frequentes e estruturas frásicas elementares;
  • articula as ideias com recursos elementares de coordenação e subordinação para gerar una sequência lógica de informações;
  • respeita as convenções textuais dos géneros trabalhados previamente nas aulas.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Identificar, em documentos autênticos (gravações, anúncios, programas de tv, filmes, etc.; revistas, jornais, livros, banda desenhada, textos digitais, etc.), informações globais e específicas, ideias principais e secundárias, dados e opiniões sobre uma ampla gama de temas adequados ao seu desenvolvimento cognitivo, à sua experiência e ao seu conhecimento do mundo.
  • Identificar, nos textos trabalhados, as dificuldades de compreensão devidas à homonímia, aos falsos amigos e à polissemia.
  • Identificar e utilizar estratégias pessoais de leitura para fomentar a autonomia.
  • Identificar as marcas que diferenciam o código oral do escrito.

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Rever as ações estratégicas dos anos anteriores nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Expressar as suas ideias e contar experiências e projetos de forma coerente e mantendo um equilíbrio entre a correção formal e a fluência.
  • Conceber mensagens e textos (para descrever, comparar, contar experiências, histórias e projetos, expressar sensações e sentimentos, justificar e explicar, etc.) considerando a intenção comunicativa e a situação de comunicação em que acontece.
  • Comparar as convenções linguísticas próprias da interação social com as utilizadas na língua materna, especialmente no que se refere à adequação ao registo e às características lexicais da língua usada.
  • Adequar o discurso ao interlocutor e à situação de comunicação, ainda que dispondo de fracos recursos linguísticos.
  • Avaliar a reação do(s) interlocutor(es) à interação ou ao monólogo.
  • Participar reflexiva e criticamente em diferentes situações comunicativas.
  • Utilizar e identificar estratégias pessoais de facilitação e compensação para ultrapassar dificuldades de interação e produção oral.
  • Procurar os meios mais adequados para conseguir maior fluência e correção.
  • Querer superar as interferências entre o português e o espanhol, desenvolvendo para isso as estratégias adequadas.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Estabelecer relações entre os elementos do património cultural, das tradições e dos comportamentos sociais dos países hispanofalantes e relacioná-los com os de Portugal.
  • Expressar e responder a informações e conhecimentos relativos à língua, às sociedades e ao património cultural e artístico dos países hispanofalantes, usando-os em atividades diversificadas (trabalhos, apresentações, jogos, concursos, exposições, vídeos, artefactos, atividades de palco, etc.).

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Participar na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; educação para a cidadania; o “eu” e os outros (aspirações, emoções e sentimentos); as relações humanas (a família, os amigos, pessoas da comunidade, grupos de jovens e grupos com afinidades comuns, relações de respeito e de intimidade); a escola (a escola em Portugal e em países hispanofalantes); o consumo (o vestuário e outros aspetos a selecionar); os desportos; os tempos livres (colaboração em atividades de solidariedade); cuidados corporais (saúde, doenças e aspetos relacionados); viagens e transportes (diferentes meios e possibilidades); serviços (programas para a juventude); a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de algum ou alguns países hispano-americanos; a biografia e a obra de alguma individualidade a selecionar; as línguas espanhola e portuguesa no mundo; etc.
  • Comparar e analisar as suas próprias experiências com as dos jovens dos países hispanos a partir dos materiais trabalhados na aula.
  • Utilizar diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.

 

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificar os objetivos das atividades de aprendizagem propostas na aula.
  • Identificar as estratégias de comunicação e de aprendizagem que se ajustam ao seu perfil de aprendente, apoiando-se em questionários e outros documentos (Portefólio Europeu das Línguas, entre outros).
  • Utilizar recursos de aprendizagem variados (manuais, dicionários, enciclopédias, gramáticas, jornais, revistas, etc.), em suporte papel, digital e outros, em função dos objetivos das atividades propostas na aula.
  • Reconhecer os erros como parte integrante do processo de aprendizagem e propor formas de os superar.
  • Avaliar os progressos e carências, próprios e alheios, na aquisição da língua.
  • Aceder ao sentido de mensagens orais e escritas através de diversos indícios contextuais e textuais, alargar os recursos verbais e não-verbais.
  • Mobilizar suportes diversos (papel, digital e outros) nas tarefas de interação e de produção oral e escrita.

 

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Rever as ações estratégicas relativas ao desenvolvimento da competência estratégica dos anos anteriores e adaptá-las aos novos objetivos e situações trabalhados na aula, tornando o seu uso mais automatizado e autónomo.
  • Reconhecer o seu próprio estilo de aprendizagem e experimentar diferentes técnicas.
  • Compreender como se aprendem as línguas e para que serve cada uma das atividades da aula.
  • Conhecer a estrutura dos manuais, dos dicionários e de outros materiais didáticos.
  • Tomar iniciativas na fixação e negociação dos objetivos e na seleção de temas, conteúdos e materiais a serem tratados nas aulas.
  • Redigir, de forma colaborativa, os critérios de classificação das atividades e tarefas da aula e avaliar as produções próprias e dos colegas.
  • Autocorrigir-se (com a ajuda do professor, de colegas ou de materiais didáticos).

 

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e o programa homologado para o 3.º ciclo, e ainda em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA, 2017), do Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017), e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.

Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol devem ser considerados ‘falsos principiantes’. Em consequência, o nível de desempenho expectável para o primeiro ano de aprendizagem (7.º) é relativamente superior ao das outras Línguas Estrangeiras (LE) e, para todos os anos de
aprendizagem do 3.º ciclo - e do ensino secundário -, as competências recetivas e produtivas apresentam diferentes níveis de desempenho.

Em função das características do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países, onde é língua oficial ou cooficial, reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada desde uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às características, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas através, sobretudo, de descritores pragmático-discursivos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua a ser ensinada e aprendida é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, poderão ir aparecendo, de forma pontual, elementos idiossincrásicos e input de outras variedades diatópicas, diafásicas e diastráticas.

As aprendizagens elencadas seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, mesmo que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, aqui aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017), e tendo em conta a atual carga horária atribuída à Língua II, a sequência previsível para o ensino do Espanhol no 3.º ciclo do Ensino Básico é a seguinte:

ENSINO BÁSICO - 3.º CICLO 7.º 8.º 9.º
CAV A2.1 A2.2 B1.1
CE A2.2 B1.1 B1.2
IO / IE / PO / PE A1.2 A2.1 A2.2

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Assim, no final do 3.º ciclo, os alunos da disciplina de Espanhol deverão atingir os seguintes objetivos globais:

CAV B1.1 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia a dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio (visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE B1.2 É capaz de compreender as ideias principais de textos de diversa tipologia, sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE A2.2 É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.

A competência comunicativa desenvolvida no 3.º ciclo abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual. Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respetivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às características da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ciclo, que coincidem com os do 9.º ano. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no PA: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadania e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do PA, nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 7.º ano do 3.º ciclo do Ensino Básico, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcompetências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação e produção oral e escrita:

CAV A2.1 É capaz de compreender intervenções, instruções, expressões e palavras-chave relacionadas com áreas de prioridade imediata (sobre si próprio, a família, as compras, o meio circundante, a escola, etc.), desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada. É capaz de compreender e extrair as informações essenciais de gravações áudio e audiovisuais que tratem sobre assuntos previsíveis do quotidiano, sobre as suas experiências ou sobre as suas áreas de interesse, assim como formar uma ideia acerca do seu conteúdo global, sempre que o discurso seja bem estruturado, pausado, claro e com vocabulário frequente.
CE A2.2 É capaz de entender, identificar e isolar informações específicas em textos simples e curtos acerca de assuntos familiares redigidos com vocabulário muito frequente ou relacionado com as suas experiências e interesses. É capaz de procurar informações específicas e previsíveis em materiais simples do dia a dia, tais como publicidade, prospetos, ementas, inventários e horários. É capaz de entender sinais e avisos públicos e informações sobre serviços básicos, assim como orientações e instruções bem estruturadas.
IO / IE / PO / PE A1.2 É capaz de produzir expressões simples e isoladas sobre pessoas, lugares, serviços, experiências e gostos. É capaz de se descrever a si próprio ou a outro colega, descrever o que faz no dia a dia, os seus gostos e onde mora. É capaz de ler uma declaração muito curta e ensaiada previamente. É capaz de interagir de maneira simples, mas a comunicação depende totalmente da repetição a ritmo lento, da reformulação e das correções. É capaz de pedir ou transmitir informações pessoais, escrever um postal simples e pequeno ou escrever números e datas, nome, nacionalidade, morada, idade, data de nascimento, etc., como nas fichas de registo dos serviços online ou dos hotéis.

Note-se que, devido à maior exigência que se observa nas competências recetivas, os objetivos a atingir durante este ano obrigam a um trabalho adicional focado especialmente no desenvolvimento das habilidades e estratégias relacionadas com a compreensão auditiva/audiovisual e escrita.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível A2.1]

  • Compreender intervenções, questões e instruções simples dirigidas de forma pausada e clara.
  • Identificar palavras-chave, expressões correntes e frases simples e compreender o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos (em presença e em suportes físicos ou digitais diversos), relacionados com o funcionamento da aula, o meio envolvente, situações do quotidiano e experiências pessoais, sempre que sejam articulados de forma muito clara e pausada.

[Compreensão escrita – Nível A2.2]

  • Seguir indicações, normas e instruções escritas de forma concisa e clara.
  • Compreender, identificar e selecionar as ideias principais e a informação relevante de mensagens e textos simples e curtos (de géneros e suportes diversos) que descrevam e/ou narrem experiências e interesses pessoais, situações do quotidiano e temas da atualidade, sempre que sejam constituídos por frases simples e vocabulário muito frequente.
  • Procurar informações específicas e previsíveis em materiais simples do diaadia, tais como publicidade, prospetos, ementas, inventários, horários, etc.
  • Entender sinais e avisos públicos e informações sobre serviços básicos, assim como orientações e instruções bem estruturadas.

[Interação oral – Nível A1.2]

Interagir em situações do quotidiano, previamente preparadas e apoiando-se no discurso do interlocutor, nas quais:

  • estabelece contactos sociais (cumprimentos, desculpas e agradecimentos);
  • pede e dá informações elementares (dados pessoais, hábitos, gostos e preferências, lugares, serviços, factos e projetos);
  • pronuncia, geralmente de forma compreensível, um repertório limitado de expressões e de frases simples que mobilizam estruturas gramaticais muito elementares.

[Produção oral – Nível A1.2]

Exprimir-se de forma muito simples, apoiando-se num texto memorizado ou previamente trabalhado, no qual:

  • fala de si, de outras pessoas, lugares, hábitos, factos e projetos;
  • utiliza um repertório muito limitado de palavras, expressões isoladas e frases curtas;
  • pronuncia geralmente de forma compreensível.

[Interação escrita – Nível A1.2]

  • Completar formulários e questionários simples, em papel e online, com os dados requeridos.
  • Trocar mensagens simples e curtas (em papel ou em aplicações digitais), nas quais:
  • pede e dá informações breves, agradece, pede desculpas, felicita e aceita ou recusa convites;
  • utiliza expressões e estruturas frásicas muito simples;
  • respeita as convenções textuais e sociolinguísticas das mensagens.

[Produção escrita – Nível A1.2]

Escrever textos simples e muito curtos, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • se apresenta e apresenta outras pessoas;
  • descreve pessoas, animais, objetos, lugares, etc.;
  • trata de assuntos pessoais e quotidianos, gostos e preferências, acontecimentos, etc.;
  • utiliza vocabulário e expressões muito frequentes e estruturas frásicas muito elementares.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Formular hipóteses sobre aquilo que se vai ouvir ou ler, a partir dos conhecimentos prévios e da situação de comunicação.
  • Utilizar o sentido geral de enunciados sobre temas conhecidos para deduzir, através do contexto, o que não se compreende.
  • Utilizar estratégias de inferência para determinar o significado de termos desconhecidos a partir do contexto e da análise das palavras (derivação, composição, famílias de palavras, palavras-chave).
  • Reconhecer a capacidade para compreender globalmente textos escritos, sem necessidade de compreender cada um dos elementos do mesmo.
  • Contrastar o significado de termos que possuem a mesma forma, comparando o português e/ou a língua materna com o espanhol.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão auditiva, áudio (visual) e escrita.

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Reconhecer a utilidade de transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação oral, entre a língua materna e a língua-alvo.
  • Chamar a atenção para conseguir a sua vez de falar.
  • Preparar frases para começar, interromper, terminar uma intervenção.
  • Servir-se de gestos e imagens para apoiar a expressão verbal.
  • Pedir ajuda ao interlocutor, direta ou indiretamente.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção oral.
  • O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:
  • Explorar ideias, associar e recolher informação.
  • Reconhecer a importância de ser capaz de se exprimir por escrito, em espanhol, como forma de satisfazer necessidades imediatas e concretas de comunicação.
  • Encontrar fruição na expressão escrita.
  • Organizar as ideias.
  • Praticar e controlar.
  • Reconhecer a utilidade da transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação escrita, entre a língua materna e a língua-alvo.
  • Ter interesse em superar as interferências e confiar no sucesso.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção escritas.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Reconhecer factos, referências culturais, atitudes e comportamentos verbais e não-verbais dos jovens hispano- falantes e relacioná-los com as suas próprias experiências.
  • Expressar informações e conhecimentos relativos à língua, à cultura e à sociedade espanhola e hispano-americana através de produtos e experiências verbais e não-verbais (documentos textuais e audiovisuais, desenhos, mapas, cartazes, fotografias, símbolos, esquemas, músicas, jogos, artefactos, etc.).
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Participar com recursos verbais e não-verbais na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; o “eu” e os outros (identificação, gostos pessoais, as relações humanas, a família, os amigos, os colegas); a escola (horários, formas de aprender e trabalhar); o trabalho e os serviços urbanos e/ou rurais; o consumo (as compras, os presentes); os tempos livres, as festas e os desportos; a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de Espanha; as relações entre Portugal e Espanha; etc.
  • Utilizar, ainda que de forma rudimentar, diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Controlar a ansiedade e demonstrar uma atitude positiva e confiante na aprendizagem da língua.
  • Valorizar o uso do espanhol como instrumento de comunicação dentro da aula, nomeadamente para solicitar esclarecimentos e ajuda e para colaborar com os colegas na realização de tarefas e na resolução de problemas.
  • Usar os seus conhecimentos prévios em língua materna e noutras línguas, a sua experiência pessoal, os indícios contextuais e as semelhanças lexicais e gramaticais para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples, recorrendo, quando necessário, a idiomas conhecidos, gestos, mímica e desenhos.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Ter uma atitude positiva e confiante para aprender a língua.
  • Aceitar e promover a língua espanhola como instrumento de comunicação na sala de aula.
  • Controlar a ansiedade.
  • Reconhecer a utilidade da transferência de conceitos e procedimentos próprios da comunicação oral, entre a língua materna, outras línguas conhecidas e o espanhol.
  • Perder o medo de dar erros e reconhecê-los como necessários à aprendizagem.
  • Valorizar e avaliar os progressos na aquisição da língua como elemento motivador.
  • Procurar ocasiões para praticar o idioma.
  • Criar sintonia com os colegas e favorecer a cooperação para trabalhar e praticar em grupo.
  • Utilizar regularmente um caderno para apontamentos.
  • Fazer esquemas, listagens, resumos.
  • Copiar, repetir, decorar, fazer desenhos, inventar jogos, sublinhar, utilizar cores diferentes.
  • Memorizar canções, textos, poemas, frases.
  • Gerir os tempos de que se dispõe de acordo com as necessidades de aprendizagem.
  • Selecionar os materiais de que se vai precisar.
  • Aplicar grelhas de autoavaliação sobre o grau de consecução, de interesse, de participação e de satisfação.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Espanhol

Introdução

Os descritores das Aprendizagens Essenciais para Espanhol são o resultado de cruzar os documentos reguladores e o programa homologado para o 3.º ciclo, e ainda em vigor, com as orientações do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA, 2017), do Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017), e, pontualmente, do Plan Curricular del Instituto Cervantes (2006). Também foram incorporadas considerações expressas, durante os últimos 15 anos, por docentes de Espanhol, gestores educativos, responsáveis de processos de avaliação externa e diferentes especialistas que se têm debruçado sobre os problemas específicos da aquisição e da aprendizagem da língua espanhola por parte de falantes nativos de português.

Devido à proximidade linguística e cultural entre o espanhol e o português e às situações de estreito contacto entre ambas as línguas em todo o território - particularmente intenso nas zonas de fronteira -, os alunos portugueses da disciplina de Espanhol devem ser considerados ‘falsos principiantes’. Em consequência, o nível de desempenho expectável para o primeiro ano de aprendizagem (7.º) é relativamente superior ao das outras Línguas Estrangeiras (LE) e, para todos os anos de
aprendizagem do 3.º ciclo - e do ensino secundário -, as competências recetivas e produtivas apresentam diferentes níveis de desempenho.

Em função das características do grupo, e após a devida análise de necessidades, o docente poderá optar por incidir mais no desenvolvimento de uma ou outra competência recetiva ou produtiva, ou enfatizar mais um ou outro domínio. As aprendizagens aqui definidas devem ser consideradas, de facto, como ‘essenciais’ e, em consequência, nada impede avançar para um domínio superior ao aqui indicado, sempre que a turma puder acompanhar, de forma equilibrada, o ritmo de trabalho.

A finalidade principal da disciplina de Espanhol é o uso da língua espanhola como instrumento de comunicação, com diferentes intenções e finalidades e nos mais variados contextos, para o qual a abordagem explícita da linguística espanhola e da cultura dos países, onde é língua oficial ou cooficial, reveste a condição de áreas subsidiárias ou instrumentais.

Neste documento aparecem especificações mínimas sobre os recursos fonético-fonológicos, ortográficos, gramaticais e lexicais indispensáveis para a aprendizagem da língua espanhola. Esta secundarização é intencional, pois entende-se que a gestão dos objetivos de aprendizagem deve ser realizada desde uma abordagem comunicativa, isto é, para usar a língua em contexto e, sempre que possível, desenvolvida através da negociação e realização de tarefas e projetos significativos para discentes e docentes. Esta opção não implica que esses conteúdos ou conhecimentos não devam ser tratados de forma adequada na planificação e no decorrer das aulas; no entanto, devem ficar sujeitos às características, interesses e motivações da turma, à gestão específica da disciplina por parte de cada docente e de cada estabelecimento de ensino e, sobretudo, devem ter como finalidade o desenvolvimento das competências explicitadas através, sobretudo, de descritores pragmático-discursivos, funcionais, interculturais e estratégicos, que comportam uma visão mais abrangente.

Tendo em conta a intensidade das relações humanas, culturais e económicas entre Portugal e Espanha, a variedade da língua a ser ensinada e aprendida é o espanhol padrão de Espanha (culto e coloquial); porém, nas competências recetivas, e em função das atividades de aprendizagem selecionadas, poderão ir aparecendo, de forma pontual, elementos idiossincrásicos e input de outras variedades diatópicas, diafásicas e diastráticas.

As aprendizagens elencadas seguem uma progressão em espiral, isto é, de ano para ano, as aprendizagens avançam para um patamar superior de competência que implica e inclui as capacidades, os conhecimentos, as estratégias e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores. Por outro lado, mesmo que algumas aprendizagens dos domínios comunicativo, intercultural ou estratégico possam ser abordadas, parcialmente, em níveis inferiores, aqui aparecem apenas no ano em que todos os alunos podem e devem mobilizá-las de modo completo e efetivo.

De acordo com as escalas de proficiência comunicativa definidas pelo Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017), e tendo em conta a atual carga horária atribuída à Língua II, a sequência previsível para o ensino do Espanhol no 3.º ciclo do Ensino Básico é a seguinte:

ENSINO BÁSICO - 3.º CICLO 7.º 8.º 9.º
CAV A2.1 A2.2 B1.1
CE A2.2 B1.1 B1.2
IO / IE / PO / PE A1.2 A2.1 A2.2

Abreviaturas: CAV - compreensão auditiva e audiovisual; CE – compreensão escrita; IO – interação oral; IE – interação escrita; PO – produção oral; PE – produção escrita.

Assim, no final do 3.º ciclo, os alunos da disciplina de Espanhol deverão atingir os seguintes objetivos globais:

CAV B1.1 É capaz de compreender os pontos essenciais de uma sequência falada que incida sobre assuntos correntes relacionados com os seus interesses, atividades do dia a dia, escola, tempos livres, etc. É capaz de compreender os pontos principais de documentos áudio (visuais) sobre temas da atualidade ou do seu interesse, sempre que o débito da fala for lento e claro e predominar o vocabulário de alta frequência.
CE B1.2 É capaz de compreender as ideias principais de textos de diversa tipologia, sobre temas gerais ou relacionados com os seus interesses e atividades, em que predomine uma linguagem corrente. É capaz de compreender, de forma completa, a informação explícita de narrações e descrições sobre acontecimentos, sentimentos e desejos.
IO / IE / PO / PE A2.2 É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode fazer descrições e narrações simples sobre assuntos relacionados com a sua vida quotidiana e o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.

A competência comunicativa desenvolvida no 3.º ciclo abrange a compreensão, a interação e a produção, nas modalidades oral, escrita e audiovisual. Relativamente a esta última, é previsível que o uso de dispositivos e aplicativos para a comunicação audiovisual e multimodal passe por uma primeira fase de introdução nas atividades recetivas e um alargamento para as atividades de interação e produção em fases mais adiantadas da aquisição da língua (teleconferência, produção e partilha de vídeos, etc.).

A disparidade entre as atividades recetivas e produtivas aqui consignadas derivam da proximidade linguística e geográfica entre o espanhol e o português e do contacto entre ambas as línguas e respetivas sociedades e culturas. Esses fatores, nomeadamente a partilha de um extenso léxico comum e de uma gramática e pragmática muito próximas, facilitam um alto grau de intercompreensão - maior na compreensão escrita e algo menor na compreensão auditiva e audiovisual -, o que torna os alunos da disciplina de Espanhol em ‘falsos principiantes’, como já foi referido.

Atendendo ao contexto sociocultural, económico e geográfico da escola, às características da turma e ao perfil dos alunos, e uma vez que as cargas horárias das disciplinas podem estar sujeitas a medidas de flexibilização, será responsabilidade do docente gerir e ir adaptando as aprendizagens previstas para cada ano da forma mais eficaz para, desse modo, serem atingidos com sucesso os objetivos finais de ciclo, que coincidem com os do 9.º ano. Esse processo de adaptação e gestão deverá ser levado a cabo através da análise e monitorização contínuas das necessidades de aprendizagem e em negociação com os alunos e os seus respetivos responsáveis de educação, assim como dentro da área disciplinar e da escola.

A aprendizagem da língua integra também uma competência intercultural e estratégica que, juntamente com a competência comunicativa, se tornam essenciais para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção dos valores enunciados no PA: responsabilidade e integridade; excelência e exigência; curiosidade, reflexão e inovação; cidadania e participação; e liberdade. A planificação e operacionalização das unidades didáticas e as consequentes escolhas relativamente a domínios de referência, estratégias de ensino e materiais didáticos deverão promover a aquisição dessas competências e a formação nesses valores em paralelo com as Áreas de Competência do PA, nos domínios humanístico, científico, tecnológico e cultural.

Para além dos descritores relativos aos domínios de competência intercultural e estratégica relativos a cada ano, e de acordo com as escalas globais de proficiência definidas pelo Quadro europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação (2001 e 2017) para a competência comunicativa, no final do 7.º ano do 3.º ciclo do Ensino Básico, os alunos da disciplina de Espanhol devem atingir os seguintes níveis nas subcompetências de compreensão auditiva e audiovisual, compreensão escrita e interação e produção oral e escrita:

CAV A2.1 É capaz de compreender intervenções, instruções, expressões e palavras-chave relacionadas com áreas de prioridade imediata (sobre si próprio, a família, as compras, o meio circundante, a escola, etc.), desde que o discurso seja articulado de forma clara e pausada. É capaz de compreender e extrair as informações essenciais de gravações áudio e audiovisuais que tratem sobre assuntos previsíveis do quotidiano, sobre as suas experiências ou sobre as suas áreas de interesse, assim como formar uma ideia acerca do seu conteúdo global, sempre que o discurso seja bem estruturado, pausado, claro e com vocabulário frequente.
CE A2.2 É capaz de entender, identificar e isolar informações específicas em textos simples e curtos acerca de assuntos familiares redigidos com vocabulário muito frequente ou relacionado com as suas experiências e interesses. É capaz de procurar informações específicas e previsíveis em materiais simples do dia a dia, tais como publicidade, prospetos, ementas, inventários e horários. É capaz de entender sinais e avisos públicos e informações sobre serviços básicos, assim como orientações e instruções bem estruturadas.
IO / IE / PO / PE A1.2 É capaz de produzir expressões simples e isoladas sobre pessoas, lugares, serviços, experiências e gostos. É capaz de se descrever a si próprio ou a outro colega, descrever o que faz no dia a dia, os seus gostos e onde mora. É capaz de ler uma declaração muito curta e ensaiada previamente. É capaz de interagir de maneira simples, mas a comunicação depende totalmente da repetição a ritmo lento, da reformulação e das correções. É capaz de pedir ou transmitir informações pessoais, escrever um postal simples e pequeno ou escrever números e datas, nome, nacionalidade, morada, idade, data de nascimento, etc., como nas fichas de registo dos serviços online ou dos hotéis.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
COMUNICATIVA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

[Compreensão auditiva e audiovisual – Nível A2.2]

Identificar as ideias principais e a informação relevante explícita em mensagens e textos curtos, de géneros e suportes diversos, sobre experiências pessoais e situações do quotidiano, interesses próprios e temas da atualidade, sempre que sejam constituídos, essencialmente, por frases simples e vocabulário muito frequente e sejam articulados de forma clara e pausada.

[Compreensão escrita – Nível B.1.1]

Identificar as ideias principais e selecionar informação explícita de sequências descritivas, narrativas, explicativas e argumentativas, em textos curtos e médios de diversos géneros e suportes, sobre pessoas, experiências, produtos, serviços, situações do quotidiano, do mundo do trabalho e do lazer, e sobre temas da atualidade, sempre que as ideias sejam claras e bem estruturadas e predomine vocabulário frequente.

[Interação oral – Nível A2.1]

Interagir em conversas curtas, bem estruturadas e ligadas a situações familiares, nas quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano e experiências pessoais;
  • apresenta opiniões, gostos e preferências;
  • pronuncia, geralmente de forma compreensível, os recursos linguísticos trabalhados nas aulas.

[Produção oral – Nível A2.1]

  • Exprimir-se de forma simples em monólogos curtos preparados previamente, nos quais:
  • utiliza sequências descritivas (sobre o meio envolvente e situações do quotidiano) e narrativas (sobre experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados);
  • apresenta opiniões, gostos e preferências;
  • usa um léxico elementar e estruturas frásicas simples;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

[Interação escrita – Nível A2.1]

Escrever postais, mails e mensagens simples e curtas, em papel ou em aplicações digitais, nos quais:

  • pede e dá informações sobre o meio envolvente, situações do quotidiano e experiências pessoais;
  • exprime opiniões, gostos e preferências;
  • utiliza vocabulário elementar e estruturas frásicas simples;
  • articula as ideias com coerência para gerar uma sequência linear de informações.

[Produção escrita – Nível A2.1]

Escrever textos simples e curtos, em papel ou em aplicações digitais, sobre assuntos trabalhados nas aulas, nos quais:

  • descreve situações do quotidiano;
  • conta experiências pessoais e acontecimentos reais ou imaginários, presentes ou passados;
  • exprime opiniões, gostos e preferências;
  • utiliza vocabulário elementar e estruturas frásicas simples;
  • articula as ideias com coerência para gerar uma sequência linear de informações.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de compreensão auditiva, audiovisual e escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Formular hipóteses acerca do conteúdo, desenvolvimento e finalidade(s) dos documentos trabalhados, recorrendo a todos os elementos verbais e não-verbais e confirmando-as ou corrigindo-as após a sua audição/visionado/ leitura.
  • Inferir o significado de termos desconhecidos a partir do contexto e da análise das palavras (derivação, composição, famílias de palavras, palavras-chave).
  • Identificar as intenções comunicativas que os elementos prosódicos e quinésicos transmitem.
  • Identificar dificuldades de compreensão e procurar solucioná-las.
  • Utilizar o dicionário de uma forma seletiva.
  • Escolher o significado adequado de uma palavra, uma vez estudado o contexto em que ela se insere.
  • Valorizar a leitura como modo de suprir necessidades.
  • Avaliar os progressos próprios e dos colegas na compreensão de mensagens.

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de interação e produção oral, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Aproveitar todas as ocasiões com os colegas ou com possíveis interlocutores nativos para interagir em espanhol.
  • Repetir, reformular, parafrasear e resumir as ideias, quer do interlocutor quer as próprias, para assegurar a compreensão.
  • Gravar as suas produções e procurar conseguir maior fluência e correção.
  • Identificar as dificuldades nas atividades de interação e produção oral e propor medidas para as ultrapassar.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na produção e compreensão síncrona de mensagens.

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), nas atividades e tarefas de interação e produção escrita, adaptando-as aos novos documentos e situações trabalhados na aula.
  • Reconhecer a importância de ser capaz de se exprimir por escrito, em espanhol, como forma de satisfazer necessidades imediatas e concretas de comunicação.
  • Definir o que se pretende transmitir e a sua intencionalidade.
  • Explorar ideias, associar e recolher informação e utilizar meios convencionais e tecnológicos de comunicação para produzir textos escritos.
  • Localizar recursos e modelos.
  • Mostrar interesse na interação, transmitida pela escrita, com falantes de espanhol.
  • Valorizar e avaliar os progressos próprios e dos colegas na interação e produção escrita.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, F, H, I

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
INTERCULTURAL
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Observar e identificar elementos das tradições e dos comportamentos sociais e sociolinguísticos dos hispano- falantes e relacioná-los com os dos portugueses.
  • Expressar informações e conhecimentos relativos à língua, à sociedade e à cultura espanhola e/ou hispano- americana mediante produtos e experiências diversos (documentos digitais e audiovisuais, desenhos, mapas, cartazes, símbolos, esquemas, canções, jogos, artefactos, etc.).
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido do aluno:

  • Participar com recursos verbais e não-verbais na seleção, ampliação, transposição, exemplificação e ilustração de situações e temas para abordar na aula, relativamente a: aspetos sociais e culturais dos países onde se fala espanhol; o “eu” e os outros (descrição, interesses e preferências, experiências próprias e alheias, as relações humanas, a família, os amigos e outras pessoas da comunidade); a escola (formas de aprender e trabalhar, a escola em países hispanofalantes); educação para a cidadania; o consumo (alimentação, compras e serviços); os desportos e os tempos livres (férias, música, cinema, etc.); cuidados corporais e saúde; viagens, transportes e educação rodoviária; a geografia, a organização administrativa, as cidades mais importantes e os ecossistemas de Espanha; as relações entre Portugal e Espanha; etc.
  • Utilizar, ainda que de forma rudimentar, diferentes tecnologias na exploração, organização, criação, partilha e divulgação de ideias, produtos e experiências, em formatos diversos.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
ESTRATÉGICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Reconhecer a importância da competência estratégica no processo de aprendizagem da língua (motivação, contacto com a língua, planificação do trabalho, pesquisa de informação, assimilação e recuperação de conhecimentos e conceptualização).
  • Identificar as estratégias mais frequentes e eficazes para controlar os elementos afetivos, desenvolver as competências comunicativas, planificar o trabalho, compreender e assimilar os conteúdos linguísticos, realizar e avaliar atividades e tarefas, individualmente ou em grupo.
  • Utilizar diferentes estratégias e suportes técnicos nas fases de planificação e de realização de tarefas comunicativas de compreensão, interação e produção orais e escritas, avaliando a sua eficiência.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

O docente organiza atividades didáticas no sentido de o aluno:

  • Mobilizar as ações estratégicas do ano anterior (nível A2.1), relativas ao desenvolvimento da competência estratégica, adaptando-as aos novos objetivos e situações trabalhados na aula.
  • Motivar-se para comunicar de forma autêntica na nova língua.
  • Arriscar na comunicação e tentar ativar os poucos recursos que se possuem perdendo o medo ao erro e reconhecendo-o como necessário no processo de aprendizagem.
  • Observar modelos, deduzir regras e verificar hipóteses.
  • Ter consciência dos fins e interesses gerais e pessoais na aprendizagem do Espanhol.
  • Controlar os próprios progressos e erros através de um diário de aulas, anotando e analisando as causas e propondo soluções, assim como as metas e procedimentos de superação.
Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E, F, G, J

Educação Física

Introdução

As aprendizagens do 3.º Ciclo, a par das efetuadas no 2.º Ciclo, constituem o bloco estratégico da proposta curricular de Educação Física (EF), em que se estabelece a abordagem das matérias na sua forma característica e em toda a sua extensão. É nestes dois ciclos que se garante o essencial das aprendizagens da EF, antecipando o modelo flexível, de opções dos alunos ou turmas, preconizado para o ensino secundário.

O 9.º ano é dedicado à revisão das matérias, aperfeiçoamento e/ou recuperação dos alunos, tendo por referência a realização equilibrada e completa do conjunto de competências previstas para o 3.º ciclo.

As aprendizagens previstas referem-se a objetivos gerais, obrigatórios em todas as escolas, definindo as competências comuns a todas as áreas que se expressam através do seguinte:

  1. Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e o do grupo:
    1. Relacionar-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários;
    2. Aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s);
    3. Interessar-se e apoiar os esforços dos companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s);
    4. Cooperar nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na atividade da turma;
    5. Apresentar iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da atividade individual e do grupo, considerando também as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objetividade;
    6. Assumir compromissos e responsabilidades de organização e preparação das atividades individuais e ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes;
    7. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  2. Compreender as atividades físicas e as condições da sua prática e aperfeiçoamento como elementos de elevação cultural dos praticantes e da comunidade em geral, interpretando crítica e corretamente os acontecimentos na esfera da Cultura Física.
  3. Identificar e interpretar os fenómenos da industrialização, urbanismo e poluição como fatores limitativos da aptidão física das populações e das possibilidades de prática das modalidades da cultura física.
  4. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais, particularmente, de resistência geral de longa e de média duração; da força resistente; da força rápida; da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de deslocamento e de resistência; das destrezas geral e específica.
  5. Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da condição física de uma forma autónoma no seu quotidiano.
  6. Conhecer e interpretar fatores de saúde e risco associados à prática das atividades físicas e aplicar regras de higiene e de segurança.

Para além destas competências, comuns a todas as áreas, as aprendizagens essenciais de cada matéria, na área das atividades físicas, são enquadradas por objetivos gerais por subáreas (Jogos desportivos coletivos, Ginástica, Atletismo, Atividades rítmicas expressivas, Patinagem, etc.), apresentados nos quadros seguintes.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 9.o ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em 5 matérias e de nível ELEMENTAR numa matéria, de diferentes subáreas e de acordo com as seguintes condições de possibilidade.

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (duas matérias)

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo, nos JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), realizando com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

SUBÁREA GINÁSTICA (uma matéria)

Compor, realizar e analisar da GINÁSTICA (Solo, Aparelhos, Rítmica), as destrezas elementares de acrobacia, dos saltos, do solo e dos outros aparelhos, em esquemas individuais e/ou de grupo, aplicando os critérios de correção técnica, expressão e combinação, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

SUBÁREA ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS (uma matéria)

Apreciar, compor e realizar, nas ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), sequências de elementos técnicos elementares, em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições.

SUBÁREAS ATLETISMO, PATINAGEM, RAQUETAS e OUTRAS (duas matérias)

Realizar e analisar do ATLETISMO, saltos, corridas, lançamentos e marcha, cumprindo corretamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz.

Patinar adequadamente em combinações de deslocamentos e paragens, com equilíbrio e segurança, realizando as ações técnico-táticas elementares em jogo e as ações de composições rítmicas «individuais» e «a pares».

Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares, nos JOGOS DE RAQUETES (Badminton, Ténis e Ténis de Mesa), garantindo a iniciativa e ofensividade em participações «individuais» e «a pares», aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

OUTRAS

Realizar com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição em ATIVIDADE DE COMBATE (Luta), utilizando as técnicas elementares de projeção e controlo, com segurança (própria e do opositor) e aplicando as regras, quer como executante quer como árbitro.

Realizar PERCURSOS (Orientação) elementares, utilizando técnicas de orientação e respeitando as regras de organização, participação, e de preservação da qualidade do ambiente.

Nota - Para o nível INTRODUÇÃO, em cinco matérias, e de nível ELEMENTAR, numa matéria de diferentes subáreas, devem observar-se as seguintes condições:

  1. O ATLETISMO constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. Nas subáreas JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS, GINÁSTICA, PATINAGEM, RAQUETES e ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS, cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Na subárea OUTRAS, poderá ser considerada a Natação, uma matéria da subárea de ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO DA NATUREZA, uma matéria da subárea dos DESPORTOS DE COMBATE ou uma matéria da subárea dos JOGOS TRADICIONAIS E POPULARES.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • adquirir conhecimento, informação e outros saberes, com rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • selecionar informação pertinente que permita analisar e interpretar atividades físicas, utilizando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  • analisar situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realizar tarefas associadas à compreensão e mobilização dos conhecimentos;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • utilizar conhecimento, para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo situações de jogo, concursos e outras tarefas a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • elaborar sequências de habilidades;
  • elaborar coreografias;
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, etc.;
  • criar um objeto, texto ou solução, face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • analisar situações com diferentes pontos de vista; confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, etc.;
  • analisar factos, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar os seus desempenhos e o dos outros dando e aceitando sugestões de melhoria.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • elaborar de planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • desencadear ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas, que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;
  • identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolver na aprendizagem;
  • interpretar e explicar as suas opções;
  • descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e gosto proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem; apresentar iniciativas e propostas;
  • ser autónomo na realização das tarefas;
  • cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • reforçar o gosto pela prática regular de atividade física;
  • aplicar processos de elevação do nível funcional da aptidão física.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo /Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador/ Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, H, I, j)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicado (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa FITescola, para a sua idade e sexo.

Consulte o site da Plataforma FITescola para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar aptidão física e saúde e identificar os fatores associados a um estilo de vida saudável, nomeadamente o desenvolvimento das capacidades motoras, a composição corporal, a alimentação, o repouso, a higiene, afetividade e a qualidade do meio ambiente.

Interpretar a dimensão sociocultural dos desportos e da atividade física na atualidade e ao longo dos tempos, identificando fenómenos associados a limitações e possibilidades de prática dos desportos e das atividades físicas, tais como: o sedentarismo e a evolução tecnológica, a poluição, o urbanismo e a industrialização, relacionando-os com a evolução das sociedades.

Alemão

Introdução

A aprendizagem das línguas estrangeiras contribui de modo decisivo para a formação e o desenvolvimento pessoal, social, académico e profissional dos jovens e adultos do século XXI, no contexto de um mundo globalizado. Ser plurilingue torna-se essencial para garantir o exercício de uma cidadania informada e ativa e significa possuir competências recetivas, produtivas e de interação em várias línguas, com níveis de desempenho diferenciados.

A aprendizagem de uma língua estrangeira concorre para a construção das áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), uma vez que os alunos:

  • desenvolvem literacias que lhes permitem analisar e questionar criticamente a realidade, avaliando e selecionando informação, formulando hipóteses e tomando decisões fundamentadas no seu dia a dia;
  • se tornam mais conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia, pelo confronto com as realidades culturais das línguas estrangeiras, demonstrando responsabilidade, confiança e respeito pela diversidade cultural num mundo global em incessante transformação e na luta contra as diferentes formas de discriminação e exclusão social;
  • alargam o seu conhecimento nas áreas artística, humanística e científica, permitindo uma intervenção mais informada na defesa dos princípios, direitos, garantias e liberdades das sociedades democráticas e da sustentabilidade de Portugal e do mundo;
  • experienciam ainda situações dentro e fora da sala de aula que estimulam competências cognitivas, tais como o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a criatividade, assim como competências de trabalho colaborativo e estratégias para continuar a aprendizagem ao longo da vida.

A definição das Aprendizagens Essenciais (AE) para as línguas estrangeiras apoiou-se nas escalas de competências do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), nos programas em vigor e nas metas curriculares existentes. Atendendo às características próprias das competências de produção e de receção e às singularidades da aprendizagem de cada língua estrangeira no sistema educativo português, considerou-se conveniente subdividir os níveis comuns de referência em vários subníveis (por ex.: A1.1, A2.2) para facilitar a adaptação aos programas e contextos de aprendizagem.

A gestão do referencial AE apela à autonomia do professor, dado que uma das suas principais caraterísticas é a flexibilidade. Nesse sentido, a ordem sugerida nas “Áreas temáticas/situacionais” e nos domínios (de competência) poderá ser alterada de acordo com fatores que se considerem fundamentais no âmbito da prática pedagógica.

A matriz das AE apresenta descritores de desempenho que integram conhecimentos funcionais, discursivos, linguísticos, socioculturais e processuais e organiza-se em três domínios: a competência comunicativa, a competência intercultural e a competência estratégica.

  • A competência comunicativa inclui descritores para tarefas de compreensão, interação e produção, orais e escritas, com recurso a vários meios e suportes.
  • A competência intercultural apresenta descritores que visam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades e atitudes que conduzam o aluno a um maior autoconhecimento e, simultaneamente, a uma maior abertura a novas experiências culturais globais, proporcionando, assim, a aquisição de uma consciência intercultural.
  • A competência estratégica visa processos, verbais e não-verbais, que contribuem para o desenvolvimento de capacidades na gestão do processo de aprendizagem e de comunicação: a motivação, a consciência dos progressos e carências na aprendizagem e a superação de dificuldades, a aquisição de hábitos de trabalho autónomo e a participação responsável em projetos colaborativos.

Estas competências favorecem a interdisciplinaridade, visto que constituem um meio de acesso privilegiado aos conteúdos programáticos e a tarefas de outras disciplinas do currículo. A aprendizagem das línguas estrangeiras assume assim um papel dinâmico e ativo na realização de projetos interdisciplinares, no âmbito de iniciativas de escola ou de programas internacionais, tirando proveito da transversalidade dos conhecimentos e utilizando tecnologias e formatos diversos na organização, criação, divulgação e partilha de ideias, produtos e experiências.

Em suma, as AE das línguas estrangeiras visam desenvolver competências complexas na interação com as outras disciplinas do currículo, experiências e vivências em contexto educativo, assumindo as orientações do PA e contribuindo para a sua formação global enquanto cidadãos do século XXI.

Numa lógica de articulação vertical, as aprendizagens apresentadas seguem uma progressão em espiral, avançando a cada ano para um patamar superior de competência, reforçando e solidificando os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que foram trabalhados nos anos anteriores, num crescendo da complexidade da relação que se estabelece entre as novas aprendizagens e os conhecimentos anteriormente adquiridos. Assim, está assegurada a possibilidade ou necessidade de retrabalhar e aprofundar algumas áreas ou alguns aspetos.


A definição das AE para a disciplina de Alemão cruza as Metas de Aprendizagem para as Línguas Estrangeiras (2010), elaboradas com base no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), sobretudo no que respeita às escalas de competências, com o referencial curricular Programa de Alemão do Ensino Básico - 3.º Ciclo: Vol. I; Vol. II (1991). A matriz apoia-se em competências organizadas em três domínios que apresentam descritores de níveis de desempenho. A carga horária da disciplina e a falta de proximidade linguística com a língua materna justificam a seleção dos seguintes níveis do QECR para as aprendizagens essenciais:

Ensino Básico – 3.º Ciclo
7.º Ano 8.º Ano 9.º Ano
A1.1 A1.2 A2.1

No final do 8.º ano, ao atingir o nível A1.2, o aluno deve ser capaz de: compreender e usar frases isoladas e expressões frequentes/ enunciados simples em situações quotidianas de conteúdo previsível; comunicar de forma simples e direta, sobre assuntos familiares e habituais, com algum apoio (Adaptado de QECR, Escala Global, Nível A1 - Utilizador elementar; Conselho da Europa, 2001).

A competência comunicativa abrange a compreensão, a interação e a produção orais e escritas, articulando-se com a competência intercultural, essencial para a construção de uma identidade como cidadão global e para a promoção de valores, e com a competência estratégica, fundamental para a gestão do processo de aprendizagem e a comunicação em língua estrangeira. O percurso de formação assim definido reforça várias Áreas de Competências do PA nos domínios científico, humanístico, tecnológico e cultural e favorece a implementação de projetos interdisciplinares, articulando a aprendizagem do Alemão com outras disciplinas do currículo.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
Áreas temáticas/ situacionais
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes
  • Identificação e caraterização pessoais
  • Situações do quotidiano (família e amigos, hábitos e necessidades, etc.)
  • Relações interpessoais (amizades, encontros, etc.)
  • Meio envolvente (escola, comunidade local, etc.)
  • A atualidade / O mundo global / O mundo virtual
  • Portugal e os países de expressão alemã (particularidades geográficas, históricas e culturais; tradições; comportamentos sociais e linguísticos, etc.)
Organizador
Competência Comunicativa
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Compreensão oral e audiovisual

Identificar palavras-chave e frases simples em mensagens e textos simples e curtos* (em suportes físicos ou digitais diversos), desde que o discurso seja claro, pausado e cuidadosamente articulado.

* Anúncios/avisos, publicidade, canções, mensagens telefónicas, rimas, clips, podcasts, vídeos curtos, entre outros.

Compreensão escrita

Identificar palavras-chave e frases simples e inferir o sentido geral em mensagens e textos simples e curtos*, em suportes físicos e digitais diversos.

* Instruções/avisos, mapas/cartazes, horários, publicidade, correspondência, folhetos/catálogos, receitas, ementas, banda desenhada, entre outros.

Interação oral

Interagir de forma simples em conversas curtas, ligadas a situações familiares*, tendo em conta o discurso do interlocutor e respeitando as convenções sociais:

  • usa um repertório limitado de expressões e frases simples;
  • apoia-se em reformulações, repetições e correções;
  • utiliza estruturas gramaticais elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

* Pede e dá informações; refere hábitos; refere lugares e serviços; troca opiniões e exprime gostos e preferências; relata factos, concorda/ discorda; etc.

Interação escrita

Escrever mensagens simples e curtas, em suportes diversos (40-50 palavras), respeitando as convenções textuais e sociolinguísticas, adequando-as ao destinatário*:

  • utiliza vocabulário elementar e frases simples;
  • articula as ideias com conectores básicos de coordenação e subordinação.

* Pede e dá informações; refere hábitos; refere lugares e serviços; exprime opiniões, gostos e preferências; descreve factos, concorda/ discorda; etc.

Produção oral

Exprimir-se de forma simples, em monólogos curtos preparados previamente*:

  • usa um repertório limitado de expressões e de frases simples;
  • mobiliza estruturas gramaticais elementares;
  • pronuncia de forma suficientemente clara para ser entendido.

* Descreve o meio envolvente e situações do quotidiano; relata experiências pessoais e acontecimentos, presentes ou passados; exprime opiniões, gostos e preferências; etc.

Produção escrita

Escrever textos simples e curtos (40-50 palavras), em suportes variados, respeitando as convenções textuais, adequando-as ao destinatário*:

  • - utiliza vocabulário elementar e frases simples;
  • - articula as ideias com conetores básicos de coordenação e subordinação.

* Descreve o meio envolvente e situações do quotidiano; relata experiências pessoais e acontecimentos, presentes ou passados; exprime opiniões, gostos e preferências; etc.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Identificação de linguagens verbais e não verbais. Discriminação, seleção e associação de informação explícita.

Ordenação e hierarquização de informação. Formulação de hipóteses face a uma situação de comunicação e verificação.

Transposição de informação em ações ou em modalidades diversas.

Compreensão geral do sentido.

Compreensão de conceitos e de opiniões.

Tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, e mobilização do memorizado.

Incentivo à procura e aprofundamento de informação. Elaboração de planos gerais / esquemas.

Identificação da situação de comunicação.

Mobilização de linguagem verbal e não verbal para significar e comunicar.

Mobilização de recursos variados e conhecimentos elementares, em novas situações.

Interação e escrita integradas em projetos comunicativos.

Criação de textos variados, a partir de modelos integrados em projetos disciplinares e interdisciplinares.

Interação com os outros em diferentes contextos.

Pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva e aprofundamento de informações.

Escrita partilhada e em cooperação.

Revisão na escrita.

Planificação e elaboração de esquemas.

Autoavaliação e autocorreção.

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J

Organizador
Competência Intercultural
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Identificar particularidades geográficas, históricas e culturais dos países de expressão alemã.

Tomar consciência da diversidade cultural, identificando-a na sua cultura de origem e na(s) cultura(s) dos países germânicos, em referências, hábitos, atitudes e comportamentos, interpretando-os a partir da perspetiva do interlocutor (o Outro).

Desenvolver uma cidadania efetiva e responsável; revelar abertura progressiva do “eu” para o(s) Outro(s) e para um mundo global; envolver-se na comunidade, nomeadamente através da participação em projetos e/ou intercâmbios, desenvolvendo o aluno-cidadão.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Observação, identificação e recolha de elementos culturais da língua estrangeira.

Identificação e interpretação de traços identitários diversos no universo cultural da língua materna e da língua estrangeira.

Descritores do Perfil dos alunos

A, B, C, E,F, J

Organizador
Competência Estratégica
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Demonstrar uma atitude positiva e confiante na aprendizagem do Alemão.

Valorizar o uso da língua alemã como instrumento de comunicação dentro da aula, nomeadamente para solicitar esclarecimentos/ ajuda e colaborar com colegas na realização de tarefas e na resolução de problemas.

Usar os seus conhecimentos prévios em língua materna e outras línguas, a sua experiência pessoal, indícios contextuais e semelhanças lexicais e gramaticais para fazer previsões de sentido e comunicar de forma simples, recorrendo, quando necessário, a gestos, mímica e desenhos.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Recolha de informação sobre estratégias utilizadas no processo de aprendizagem e avaliação da sua eficácia.

Reconhecimento e análise dos pontos fortes e fracos das suas aprendizagens.

Utilização de recursos variados, em suporte papel ou digital, para realização de tarefas.

Reorientação do trabalho, individual ou em grupo, a partir de feedback do professor ou dos pares.

Descritores do Perfil dos alunos

C, D, E, F, G, I, J

Educação Física

Introdução

Assumindo como bloco estratégico da proposta curricular de Educação Física (EF) as aprendizagens desenvolvidas no 2.º e no 3.º ciclo, o 8.º Ano visa o aperfeiçoamento das matérias abordadas e a oportunidade de contactar com um conjunto de outras competências previstas para o 3.º ciclo.

Respeitando os diferentes níveis que, quando conjugados de forma integrada, definem as possibilidades de sucesso dos alunos, as matérias são abordadas na sua forma característica e em toda a sua extensão, devidamente enquadradas por objetivos gerais e por subáreas (Jogos desportivos coletivos, Ginástica, Atletismo, Atividades rítmicas expressivas, Patinagem, etc.)

As aprendizagens previstas referem-se a objetivos gerais, obrigatórios em todas as escolas, definindo as competências comuns a todas as áreas que se expressam através do seguinte:

  1. Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e o do grupo:
    1. Relacionar-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários;
    2. Aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s);
    3. Interessar-se e apoiar os esforços dos companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s);
    4. Cooperar nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na atividade da turma;
    5. Apresentar iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da atividade individual e do grupo, considerando também as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objetividade;
    6. Assumir compromissos e responsabilidades de organização e preparação das atividades individuais e ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes;
    7. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  2. Compreender as atividades físicas e as condições da sua prática e aperfeiçoamento como elementos de elevação cultural dos praticantes e da comunidade em geral, interpretando crítica e corretamente os acontecimentos na esfera da Cultura Física.
  3. Identificar e interpretar os fenómenos da industrialização, urbanismo e poluição como fatores limitativos da aptidão física das populações e das possibilidades de prática das modalidades da cultura física.
  4. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais, particularmente, de resistência geral de longa e de média duração; da força resistente; da força rápida; da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de deslocamento e de resistência; das destrezas geral e específica.
  5. Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da condição física de uma forma autónoma no seu quotidiano.
  6. Conhecer e interpretar fatores de saúde e risco associados à prática das atividades físicas e aplicar regras de higiene e de segurança.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 8.º ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em 6 matérias, de diferentes subáreas e de acordo com as seguintes condições de possibilidade.

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (uma matéria)

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo, nos JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), realizando com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

SUBÁREA GINÁSTICA (uma matéria)

Compor, realizar e analisar da GINÁSTICA (Solo, Aparelhos, Rítmica), as destrezas elementares de acrobacia, dos saltos, do solo e dos outros aparelhos, em esquemas individuais e/ou de grupo, aplicando os critérios de correção técnica, expressão e combinação, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

SUBÁREAS ATLETISMO, PATINAGEM, ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS e OUTRAS (quatro matérias)

Realizar e analisar do ATLETISMO, saltos, corridas, lançamentos e marcha, cumprindo corretamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz.

Patinar adequadamente em combinações de deslocamentos e paragens, com equilíbrio e segurança, realizando as ações técnico-táticas elementares em jogo e as ações de composições rítmicas «individuais» e «a pares». Apreciar, compor e realizar, nas ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), sequências de elementos técnicos elementares, em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições.

OUTRAS

Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares, nos JOGOS DE RAQUETAS (Badminton, Ténis e Ténis de Mesa), garantindo a iniciativa e ofensividade em participações «individuais» e «a pares», aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

Realizar com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição em ATIVIDADE DE COMBATE (Luta), utilizando as técnicas elementares de projeção e controlo, com segurança (própria e do opositor) e aplicando as regras, quer como executante quer como árbitro.

Realizar PERCURSOS (Orientação) elementares, utilizando técnicas de orientação e respeitando as regras de organização, participação, e de preservação da qualidade do ambiente.

Deslocar-se com segurança no MEIO AQUÁTICO (Natação), coordenando a respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.

Nota - Para o nível INTRODUÇÃO, em seis matérias de diferentes subáreas, devem observar-se as seguintes condições:

  1. O ATLETISMO constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. Nas subáreas JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS, GINÁSTICA, PATINAGEM e ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS, cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Nas OUTRAS, poderá ser considerada uma matéria dos JOGOS DE RAQUETES, a Natação, uma matéria da subárea de ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO DA NATUREZA ou uma matéria da subárea dos DESPORTOS DE COMBATE.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • adquirir conhecimento, informação e outros saberes, com rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • selecionar informação pertinente que permita analisar e interpretar atividades físicas, utilizando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  • analisar situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realizar tarefas associadas à compreensão e mobilização dos conhecimentos;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • utilizar conhecimento, para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo situações de jogo, concursos e outras tarefas a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • elaborar sequências de habilidades;
  • elaborar coreografias;
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, etc.;
  • criar um objeto, texto ou solução, face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • analisar situações com diferentes pontos de vista; confrontar argumentos, para encontrar semelhanças, diferenças, etc.;
  • analisar factos, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar os seus desempenhos e o dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • desencadear ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas, que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;
  • identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação, para se envolver na aprendizagem;
  • interpretar e explicar as suas opções;
  • descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e gosto proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem;
  • apresentar iniciativas e propostas;
  • ser autónomo na realização das tarefas;
  • cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • reforçar o gosto pela prática regular de atividade física;
  • aplicar processos de elevação do nível funcional da aptidão física.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo /Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador/ Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, H, I, j)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa FITescola, para a sua idade e sexo.

Consulte o site da Plataforma FITescola para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar aptidão física e saúde e identificar os fatores associados a um estilo de vida saudável, nomeadamente o desenvolvimento das capacidades motoras.

Identificar e interpretar os valores olímpicos e paralímpicos, compreendendo a sua importância para a construção de uma sociedade moderna e inclusiva.

Educação Física

Introdução

As aprendizagens do 3.º Ciclo, a par das efetuadas no 2.º Ciclo, constituem o bloco estratégico da proposta curricular de Educação Física (EF), antecipando o modelo flexível, de opções dos alunos ou turmas, preconizado para o ensino secundário.

No 7.º ano, a visão de uma abordagem por matérias, na sua forma caraterística e em toda a sua extensão, é enquadrada por objetivos gerais e por subáreas (Jogos desportivos coletivos, Ginástica, Atletismo, Atividades rítmicas expressivas, Patinagem, etc.), mas respeitando os diferentes níveis nas várias matérias, níveis esses que, quando conjugados de forma integrada, definem as possibilidades de sucesso dos alunos.

As aprendizagens previstas referem-se a objetivos gerais, obrigatórios em todas as escolas, definindo as competências comuns a todas as áreas que se expressam através do seguinte:

  1. Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e o do grupo:
    1. Relacionar-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel de parceiros quer no de adversários;
    2. Aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por ele(s);
    3. Interessar-se e apoiar os esforços dos companheiros com oportunidade, promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s) outro(s);
    4. Cooperar nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na atividade da turma;
    5. Apresentar iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da atividade individual e do grupo, considerando também as que são apresentadas pelos companheiros com interesse e objetividade;
    6. Assumir compromissos e responsabilidades de organização e preparação das atividades individuais e ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas inerentes;
    7. Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, aplicando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  2. Compreender as atividades físicas e as condições da sua prática e aperfeiçoamento como elementos de elevação cultural dos praticantes e da comunidade em geral, interpretando crítica e corretamente os acontecimentos na esfera da Cultura Física.
  3. Identificar e interpretar os fenómenos da industrialização, urbanismo e poluição como fatores limitativos da aptidão física das populações e das possibilidades de prática das modalidades da cultura física.
  4. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais, particularmente, de resistência geral de longa e de média duração; da força resistente; da força rápida; da velocidade de reação simples e complexa, de execução, de deslocamento e de resistência; das destrezas geral e específica.
  5. Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da condição física de uma forma autónoma no seu quotidiano.
  6. Conhecer e interpretar fatores de saúde e risco associados à prática das atividades físicas e aplicar regras de higiene e de segurança.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
ÁREA DAS ATIVIDADES FÍSICAS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

O aluno desenvolve as competências essenciais para o 7.º ano de escolaridade de nível INTRODUÇÃO em 5 matérias, de diferentes subáreas e de acordo com as seguintes condições de possibilidade.

SUBÁREA JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (uma matéria)

Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo, nos JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS (Basquetebol, Futebol, Andebol, Voleibol), realizando com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

SUBÁREA GINÁSTICA (uma matéria)

Compor, realizar e analisar da GINÁSTICA (Solo, Aparelhos, Rítmica), as destrezas elementares de acrobacia, dos saltos, do solo e dos outros aparelhos, em esquemas individuais e/ou de grupo, aplicando os critérios de correção técnica, expressão e combinação, e apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.

SUBÁREAS ATLETISMO, PATINAGEM, ATIVIDADES RÍTMICAS EXPRESSIVAS e OUTRAS (três matérias)

Realizar e analisar do ATLETISMO, saltos, corridas, lançamentos e marcha, cumprindo corretamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como praticante, mas também como juiz.

Patinar adequadamente em combinações de deslocamentos e paragens, com equilíbrio e segurança, realizando as ações técnico-táticas elementares em jogo e as ações de composições rítmicas «individuais» e «a pares».

Apreciar, compor e realizar, nas ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS (Dança, Danças Sociais, Danças Tradicionais), sequências de elementos técnicos elementares, em coreografias individuais e ou em grupo, aplicando os critérios de expressividade, de acordo com os motivos das composições.

OUTRAS

Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares, nos JOGOS DE RAQUETES (Badminton,

Ténis e Ténis de Mesa), garantindo a iniciativa e ofensividade em participações «individuais» e «a pares», aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.

Realizar com oportunidade e correção as ações do domínio de oposição em ATIVIDADE DE COMBATE (Luta), utilizando as técnicas elementares de projeção e controlo, com segurança (própria e do opositor) e aplicando as regras, quer como executante quer como árbitro.

Realizar PERCURSOS (Orientação) elementares, utilizando técnicas de orientação e respeitando as regras de organização, participação, e de preservação da qualidade do ambiente.

Deslocar-se com segurança no MEIO AQUÁTICO (Natação), coordenando a respiração com as ações propulsivas específicas das técnicas selecionadas.

Nota - Para o nível INTRODUÇÃO, em cinco matérias de diferentes subáreas, devem observar-se as seguintes condições:

  1. O ATLETISMO constitui-se, simultaneamente, como uma subárea e como uma matéria.
  2. Nas subáreas JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS, GINÁSTICA, PATINAGEM e ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS, cada uma das opções apresentadas entre parênteses é considerada como uma matéria.
  3. Nas OUTRAS, poderá ser considerada uma matéria dos JOGOS DE RAQUETES, a Natação, uma matéria da subárea de ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO DA NATUREZA ou uma matéria da subárea dos DESPORTOS DE COMBATE.
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • adquirir conhecimento, informação e outros saberes, com rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • selecionar informação pertinente que permita analisar e interpretar atividades físicas, utilizando os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.
  • analisar situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • realizar tarefas associadas à compreensão e mobilização dos conhecimentos;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares;
  • utilizar conhecimento, para participar de forma adequada e resolver problemas em contextos diferenciados.

Proporcionar atividades formativas, como por exemplo situações de jogo, concursos e outras tarefas a par ou em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • elaborar sequências de habilidades;
  • elaborar coreografias;
  • resolver problemas em situações de jogo;
  • explorar materiais;
  • explorar o espaço, ritmos, música, relações interpessoais, etc.;
  • criar um objeto, texto ou solução, face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • analisar situações com diferentes pontos de vista; confrontar argumentos, para encontrar semelhanças, diferenças, etc.;
  • analisar factos, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
  • analisar os seus desempenhos e o dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • realizar tarefas de síntese;
  • realizar tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • elaborar planos gerais, esquemas.

Proporcionar atividades formativas, em grupos homogéneos e heterogéneos, que possibilitem aos alunos:

  • aceitar opções, falhas e erros dos companheiros;
  • aceitar o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio;
  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões.

Proporcionar atividades formativas que possibilitem aos alunos:

  • saber questionar uma situação;
  • desencadear ações de comunicação verbal e não verbal pluridirecional.

Proporcionar atividades formativas, que possibilitem aos alunos, em todas as situações:

  • apreciar os seus desempenhos e os dos outros, dando e aceitando sugestões de melhoria;
  • identificar aspetos críticos que permitam a melhoria do seu desempenho;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • utilizar os dados da sua autoavaliação para se envolver na aprendizagem;
  • interpretar e explicar as suas opções;
  • descrever processos de pensamento e ação, usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema.

Proporcionar atividades formativas que, em todas as situações, criem oportunidades de:

  • cooperar com os companheiros na procura do êxito pessoal e do grupo;
  • cooperar, promovendo um clima relacional favorável ao aperfeiçoamento pessoal e gosto proporcionado pelas atividades;
  • aplicar as regras de participação, combinadas na turma;
  • agir com cordialidade e respeito na relação com os colegas e com o professor;
  • respeitar as regras organizativas que permitam atuar em segurança;
  • cumprir e fazer cumprir regras de arbitragem; apresentar iniciativas e propostas;
  • ser autónomo na realização das tarefas;
  • cooperar na preparação e organização dos materiais.

Proporcionar atividades formativas que impliquem, por parte do aluno:

  • conhecer e aplicar cuidados de higiene;
  • conhecer e aplicar as regras de segurança pessoal e dos companheiros;
  • conhecer e aplicar regras de preservação dos recursos materiais e do ambiente;
  • reforçar o gosto pela prática regular de atividade física;
  • aplicar processos de elevação do nível funcional da aptidão física.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo /Expressivo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador/ Sistematizador/ organizador (A, B, C, D, F, H, I, j)

Respeitador da diferença (A, B, E, F, H)

Questionador e Comunicador (A, B, D, E, F, G, H, I, J)

Autoavaliador/ Heteroavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador/ Cooperante/ Responsável/ Autónomo (B, C, D, E, F, G, I. J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)

Organizador
ÁREA DA APTIDÃO FÍSICA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Desenvolver capacidades motoras evidenciando aptidão muscular e aptidão aeróbia, enquadradas na Zona Saudável de Aptidão Física do programa FITescola, para a sua idade e sexo.

Consulte o site da Plataforma FITescola para conhecer os valores referentes à Zona Saudável da Aptidão Física.

Organizador
ÁREA DOS CONHECIMENTOS
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Relacionar aptidão física e saúde e identificar os benefícios do exercício físico para a saúde.

Interpretar a dimensão sociocultural dos desportos na atualidade e ao longo dos tempos, nomeadamente os jogos olímpicos e paralímpicos.

Ciências Naturais

Introdução

No 3.º ciclo do ensino básico, a disciplina de Ciências Naturais visa aprofundar as temáticas abordadas no 2.º ciclo, bem como despertar nos alunos a curiosidade acerca do mundo natural e o interesse pela Ciência. Com esta disciplina pretende se igualmente desenvolver uma compreensão geral e abrangente das principais ideias e estruturas explicativas das Ciências da Terra e da Vida, de aspetos da História e da Natureza da Ciência, de procedimentos da investigação científica, bem como questionar o comportamento humano perante o mundo e o impacto da ciência e da tecnologia no ambiente e nos seres vivos.

Ao longo do 3.º ciclo do ensino básico, os três temas —Terra em Transformação (7.º ano de escolaridade), Terra - um planeta com vida (8.º ano de escolaridade) e Viver melhor na Terra (9.º ano de escolaridade) — constituem-se como pilares de fundamentação para a compreensão das Ciências da Terra e da Vida. Assim, no 7.º ano de escolaridade espera-se que os alunos adquiram uma visão global sobre a Terra, através da abordagem das dinâmicas geológicas numa perspetiva multidimensional e interdisciplinar. No 8.º ano de escolaridade abordam-se aspetos relacionados com as condições necessárias para a existência de vida na Terra, exploram-se as dinâmicas entre os subsistemas terrestres, permitindo uma interpretação científica plural e inacabada da evolução da vida no planeta e um reconhecimento da importância dos saberes científicos na promoção da sustentabilidade do planeta Terra. No 9.º ano de escolaridade procura-se que o aluno adquira uma visão global sobre o corpo humano e sobre o modo como o conhecimento integrado do seu funcionamento permite ao Homem viver com melhor qualidade de vida.

Tendo em conta que esta é uma disciplina da escolaridade básica, pretende-se com a abordagem destas temáticas alargar os horizontes da aprendizagem, proporcionando aos alunos o acesso a produtos da ciência relevantes e aos seus processos, através da compreensão dos limites e das potencialidades da ciência e das suas aplicações tecnológicas na sociedade. Por outro lado, procura-se que os alunos tomem consciência do impacto da intervenção humana na Terra e da necessidade de adoção de comportamentos de cidadania ativa e justa, coerentes com um desenvolvimento sustentável.

Enfatizando a relevância da ciência nas questões do dia a dia e a sua aplicação na tecnologia, na sociedade e no ambiente, o ensino das Ciências Naturais, contextualizado em situações reais e atuais de onde podem emergir questões-problema orientadoras das aprendizagens, dá um particular contributo para o desenvolvimento das aprendizagens essenciais transversais (AET). Estas devem ser entendidas como orientadoras dos processos de tomada de decisão didática necessárias para a concretização das aprendizagens essenciais elencadas por domínio (AED), em concreto ao nível do “Raciocínio e resolução de problemas”, do “Pensamento crítico e pensamento criativo”, do “Saber científico, técnico e tecnológico” e do “Bem estar, saúde e ambiente”, contribuindo para o desenvolvimento do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). As temáticas abordadas na disciplina de Ciências Naturais constituem-se, também, como um campo privilegiado para a realização de trabalho de projeto e de trabalho colaborativo, permitindo o desenvolvimento de aprendizagens interdisciplinares elencadas no domínio do “Relacionamento interpessoal” e do “Desenvolvimento e autonomia pessoal”. A dimensão interdisciplinar constitui-se como essencial na concretização das AED desta disciplina, permitindo a rentabilização de contextos de aprendizagem e requerendo uma concertação de decisões pedagógicas. As estratégias de ensino devem ser selecionadas de forma intencional e integrada, tendo em conta as aprendizagens essenciais da disciplina (AET e AED) em cada ano de escolaridade e as áreas de competências que se pretendem desenvolver do PA. A concretização das AET requer que o professor tenha em conta:

  1. o nível de aprofundamento dos conceitos, devendo ser considerados os contextos dos alunos e das escolas, valorizadas as questões de âmbito local, nacional e global, as situações do dia a dia e as controvérsias sociais em torno de aplicações científicas e/ou tecnológicas;
  2. os processos de ensino centrados nos alunos para que estes se assumam como agentes ativos na construção do seu próprio conhecimento, pesquisando e organizando informação, analisando e interpretando dados, planificando e executando atividades práticas;
  3. a natureza da ciência, procurando, sempre que possível, adotar estratégias que evidenciem o processo de construção do conhecimento científico explorando as inter-relações entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o ambiente (CTSA);
  4. as atividades práticas devem ser valorizadas e consideradas como parte integrante e fundamental dos processos de ensino e de aprendizagem em todas as temáticas.

A avaliação das aprendizagens deve assumir um caráter essencialmente formativo e contínuo, para que o aluno tome consciência não só das suas potencialidades, mas também das suas dificuldades e procure ultrapassá-las através de uma reflexão sistemática baseada no feedback do professor. A avaliação deve incidir não apenas nos produtos, mas também nos processos de aprendizagem, funcionando como mecanismo de autoavaliação consciente para o aluno e como mecanismo de autorregulação do ensino para o professor. As tarefas e instrumentos de avaliação devem atender ao tipo de atividades de aprendizagem desenvolvidas e, ainda, ter em conta a situação de cada aluno, nomeadamente fatores de caráter individual e social.

As Aprendizagens Essenciais (AE) têm como referente os documentos curriculares em vigor, constituindo-se como as aprendizagens indispensáveis à construção significativa do conhecimento, bem como ao desenvolvimento de processos cognitivos e atitudes particularmente associados à ciência. Foram elaboradas tendo por referência uma escolaridade obrigatória de 12 anos, com a preocupação de dar aos alunos instrumentos para o prosseguimento de estudos, mas pensando igualmente que, para muitos, o 9.º ano de escolaridade representa o fim do contacto com a disciplina de Ciências Naturais. Neste sentido, visam proporcionar o desenvolvimento de competências que lhes permitam intervir de forma esclarecida em questões técnico-científicas que se colocam na sociedade atual, enquanto cidadãos ativos, bem como o interesse e a curiosidade pela ciência numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida.

A leitura deste documento pode ser feita sequencialmente, respeitando os temas e o respetivo desenvolvimento programático, e deve ter sempre presente a necessária articulação com o PA. No entanto, esta sequência pode ser alterada de acordo com a gestão curricular efetuada pelos professores, tendo em conta interesses locais, a atualidade de algumas temáticas e as características dos alunos. Esta organização pode facilitar as opções de gestão curricular não só ao nível da disciplina de Ciências Naturais como também na concretização da interdisciplinaridade.

Na disciplina de Ciências Naturais, no 7.º ano de escolaridade, abordam-se temáticas relacionadas com as transformações que têm ocorrido no planeta Terra ao longo do tempo geológico e contribuem para a educação científica dos alunos, ajudando-os a:

  1. compreender os fenómenos e os processos que estão associados às dinâmicas externa e interna da Terra;
  2. explorar a estrutura da Terra e as consequências da sua dinâmica interna;
  3. planear e implementar investigações práticas, baseadas na observação sistemática, na modelação e no trabalho laboratorial/experimental, para dar resposta a problemas relacionados com as dinâmicas do planeta Terra e com as evidências que ajudam a contar a sua história;
  4. assumir atitudes e valores que valorizem o contributo da geologia para a sustentabilidade da vida na Terra.

APRENDIZAGENS ESSENCIAIS TRANSVERSAIS

  • Selecionar e organizar informação, a partir de fontes diversas e de forma cada vez mais autónoma, valorizando a utilização de tecnologias digitais e integrando saberes prévios para construir novos conhecimentos.
  • Construir explicações científicas baseadas em conceitos e evidências científicas, obtidas através da realização de atividades práticas diversificadas – laboratoriais, experimentais, de campo – e planeadas para procurar responder a problemas formulados.
  • Construir modelos que permitam a representação e o estudo de estruturas, de sistemas e das suas transformações.
  • Reconhecer que a ciência é uma atividade humana com objetivos, procedimentos próprios, através da exploração de acontecimentos, atuais e/ou históricos, que documentam a sua natureza.
  • Aplicar as competências desenvolvidas em problemáticas atuais e em novos contextos.
  • Formular e comunicar opiniões críticas, cientificamente fundamentadas e relacionadas com a CTSA.
  • Articular saberes de diferentes disciplinas para aprofundar temáticas abordadas em Ciências Naturais.
Operacionalização das Aprendizagens Essenciais (AE)
Organizador
VIVER MELHOR NA TERRA
Conhecimentos, Capacidades e Atitudes

Distinguir saúde de qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Caracterizar as principais doenças provocadas pela ação de agentes patogénicos mais frequentes.

Relacionar as consequências do uso indevido de antibióticos com o aumento da resistência bacteriana.

Caracterizar, sumariamente, as principais doenças não transmissíveis, indicando a prevalência dos fatores de risco associados.

Interpretar informação sobre os determinantes do nível de saúde individual e comunitária, analisando a sua importância na qualidade de vida de uma população.

Explicar o modo como as "culturas de risco" podem condicionar as medidas de capacitação das pessoas, pondo em causa a promoção da saúde.

Analisar criticamente estratégias de atuação na promoção da saúde individual, familiar e comunitária, partindo de questões enquadradas em problemáticas locais, regionais ou nacionais.

Caracterizar o organismo humano como sistema aberto, identificando os seus níveis de organização biológica, as direções anatómicas e as cavidades, discutindo o contributo da ciência e da tecnologia para esse conhecimento.

Relacionar os elementos químicos mais abundantes no corpo humano com as funções desempenhadas.

Distinguir alimento de nutriente e nutriente orgânico de inorgânico, indicando as suas funções no organismo e identificando alguns nutrientes em alimentos.

Relacionar a insuficiência de elementos traço (ferro, flúor, iodo) com os seus efeitos no organismo.

Explicar o modo como alguns distúrbios alimentares - anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar - podem afetar o organismo humano.

Relacionar a alimentação saudável com a prevenção de doenças da contemporaneidade, reconhecendo a importância da dieta mediterrânica na promoção da saúde.

Caracterizar as etapas da nutrição, explicitando a função do sistema digestivo e a sua relação com o metabolismo celular.

Relacionar os órgãos do sistema digestivo e as respetivas glândulas anexas com as funções desempenhadas, explicitando as transformações físicas e químicas da digestão.

Explicar a importância do microbiota humano, indicando medidas que contribuam para o bom funcionamento do sistema digestivo.

Identificar os constituintes do sangue em preparações definitivas, relacionando-os com a função que desempenham no organismo.

Analisar possíveis causas de desvios dos resultados de análises sanguíneas relativamente aos valores de referência.

Relacionar o modo de atuação dos leucócitos com a função que desempenham no sistema imunitário.

Identificar a morfologia e a anatomia do coração de um mamífero, explicitando os seus principais constituintes e as respetivas funções.

Relacionar os constituintes do sistema cardiovascular com o ciclo cardíaco.

Caracterizar a variação da frequência cardíaca e da pressão arterial em algumas atividades do dia a dia, articulando com saberes de outras disciplinas (ex.: Educação Física).

Relacionar a estrutura dos vasos sanguíneos com as suas funções e comparar as características do sangue venoso e do sangue arterial na circulação sistémica e na circulação pulmonar.

Identificar as principais doenças do sistema cardiovascular, inferindo contributos da ciência e da tecnologia para a minimização das referidas doenças e explicitando a importância da implementação de medidas que contribuam para o seu bom funcionamento.

Distinguir os diferentes tipos de linfa, explicitando a sua função e a importância dos gânglios linfáticos, bem como a necessidade de efetivar medidas que contribuam para o bom funcionamento do sistema linfático.

Identificar os principais constituintes do sistema respiratório de um mamífero e as respetivas funções.

Distinguir respiração externa de respiração interna e descrever as alterações morfológicas ocorridas durante a ventilação pulmonar.

Comparar a hematose alveolar com a hematose tecidular e reconhecer a sua importância no organismo.

Discutir os efeitos do ambiente e dos estilos de vida no equilíbrio do sistema respiratório e na minimização da ocorrência de doenças, destacando as consequências da exposição ao fumo ambiental do tabaco e indicando medidas que contribuam para o seu bom funcionamento.

Explicar a importância da cadeia de sobrevivência no aumento da taxa de sobrevivência em paragem cardiovascular.

Efetuar o exame do paciente (adulto e pediátrico) com base na abordagem inicial do ABC (airway, breathing and circulation).

Implementar procedimentos do alarme em caso de emergência e executar procedimentos de suporte básico de vida (adulto e pediátrico), seguindo os algoritmos do European Resuscitation Council.

Simular medidas de socorro à obstrução grave e ligeira da via aérea e demonstrar a posição lateral de segurança.

Relacionar os constituintes do sistema urinário com a função que desempenham e caracterizar a anatomia e a morfologia do rim de um mamífero, explicitando as funções desempenhadas pelos seus constituintes.

Relacionar as características da unidade funcional do rim com o processo de formação da urina, identificando alguns fatores que condicionam a sua formação.

Caracterizar as funções da pele, explicitando medidas que podem contribuir para a eficácia da sua função excretora.

Discutir a importância da ciência e da tecnologia na minimização de problemas da função renal e o contributo do cidadão na efetivação de medidas que contribuam para a eficiência da função excretora.

Identificar os constituintes e as funções do sistema nervoso central e periférico e relacionar a constituição do neurónio com o modo como ocorre a transmissão do impulso nervoso.

Distinguir ato voluntário de ato reflexo, relacionando-os com o papel do sistema nervoso na regulação homeostática.

Discutir o contributo da ciência e da tecnologia na identificação de doenças do sistema nervoso e o contributo do cidadão na efetivação de medidas que contribuam para o seu bom funcionamento.

Distinguir glândulas de hormonas e de células-alvo, identificando algumas glândulas endócrinas (hipófise, hipotálamo, pâncreas/ilhéus de Langerhans, ovário, placenta, suprarrenal, testículo, tiróide) e as principais hormonas por elas produzidas.

Explicar a importância do sistema neuro-hormonal no organismo e o contributo da ciência e da tecnologia na identificação de doenças associadas, discutindo medidas que podem contribuir para o seu bom funcionamento.

Comparar as estruturas dos órgãos reprodutores humanos com as funções desempenhadas, e explicar, sumariamente, os processos da espermatogénese e da oogénese.

Caracterizar a coordenação ovárica e uterina, identificando o período fértil num ciclo menstrual.

Distinguir as células reprodutoras humanas, a nível morfológico e a nível fisiológico, e o processo de fecundação do processo de nidação.

Discutir questões relacionadas com o aleitamento materno e outras alternativas.

Discutir o papel da ciência e da tecnologia na identificação de infeções sexualmente transmissíveis e o contributo do cidadão na implementação de medidas que contribuam para o bom funcionamento do sistema reprodutor.

Analisar criticamente as vantagens e as desvantagens dos diferentes métodos contraceptivos.

Discutir o contributo da ciência e da tecnologia na evolução do conhecimento genético e das suas aplicações na sociedade e interpretar informação relativa a estruturas celulares portadoras de material genético.

Explicar a relação entre os fatores hereditários, a informação genética e o modo como a reprodução sexuada condiciona a diversidade intraespecífica e a evolução das populações.

Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos alunos

Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:

  • necessidade de rigor, articulação e uso consistente de conhecimentos;
  • seleção de informação pertinente;
  • organização sistematizada de leitura e estudo autónomo;
  • análise de factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados;
  • tarefas de memorização, verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber, bem como a mobilização do memorizado;
  • estabelecer relações intra e interdisciplinares.

Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:

  • imaginar hipóteses face a um fenómeno ou evento;
  • conceber situações onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
  • imaginar alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
  • criar um objeto, texto ou solução face a um desafio;
  • analisar textos ou outros suportes com diferentes pontos de vista, concebendo e sustentando um ponto de vista próprio;
  • fazer predições;
  • usar modalidades diversas para expressar as aprendizagens (por exemplo, imagens);
  • criar soluções estéticas criativas e pessoais.

Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:

  • mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contra-argumentos, rebater os contra-argumentos);
  • organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados;
  • discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, incluindo conhecimento disciplinar específico;
  • analisar textos com diferentes pontos de vista;
  • confrontar argumentos para encontrar semelhanças, diferenças, consistência interna;
  • problematizar situações;
  • analisar factos, teorias, situações, identificando os seus elementos ou dados, em particular numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia progressiva;
  • incentivo à procura e aprofundamento de informação;
  • recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo.

Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:

  • aceitar ou argumentar pontos de vista diferentes;
  • promover estratégias que induzam respeito por diferenças de características, crenças ou opiniões;
  • confrontar ideias e perspetivas distintas sobre abordagem de um dado problema e ou maneira de o resolver, tendo em conta, por exemplo, diferentes perspetivas culturais, sejam de incidência local, nacional ou global.

Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:

  • tarefas de síntese;
  • tarefas de planificação, de revisão e de monitorização;
  • registo seletivo;
  • organização (por exemplo, construção de sumários, registos de observações, relatórios de visitas segundo critérios e objetivos);
  • elaboração de planos gerais, esquemas;
  • promoção do estudo autónomo com o apoio do professor, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • saber questionar uma situação;
  • organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
  • interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento prévio.

Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:

  • ações de comunicação uni e bidirecional;
  • ações de resposta, apresentação, iniciativa;
  • ações de questionamento organizado.

Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:

  • realizar autoanálise;
  • identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
  • descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
  • considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
  • a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo.

Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:

  • colaborar com outros, apoiar terceiros em tarefas;
  • fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
  • apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo).

Promover estratégias que induzam:

  • ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
  • posicionar-se perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
  • disponibilidade para o autoaperfeiçoamento.
Descritores do Perfil dos alunos

Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)

Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Autoavaliador (transversal às áreas)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)