As Aprendizagens Essenciais da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) foram definidas tendo por base os documentos curriculares em vigor, nomeadamente o Programa, as Metas Curriculares, a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, bem como os Referenciais de Educação, nomeadamente, o Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz, o Referencial de Educação para o Desenvolvimento e o Referencial para a Dimensão Europeia da Educação. Com efeito, as preocupações contidas nestes documentos, assim como no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, transversais à sociedade e de pleno encontro às finalidades de uma formação integral da pessoa, como se pretende no âmbito da Educação Cristã, não poderiam deixar de estar presentes nos documentos produzidos para o ensino-aprendizagem desta disciplina.
Assim sendo, as Aprendizagens Essenciais levarão a uma maior agilidade na construção dos conhecimentos, das capacidades e das atitudes, por parte dos vários intervenientes no processo de ensino-aprendizagem.
Na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica o currículo desenvolve-se em espiral, sendo os conhecimentos, as capacidades e as atitudes trabalhados com maior profundidade ao longo do tempo, na medida em que a capacidade de cognição dos alunos evolua. Esta forma de organizar as aprendizagens, defendida por Jerome Bruner, possibilita atender à especificidade facultativa da disciplina e permite aos alunos que a frequentam de forma descontínua atingir as metas, adquirindo as capacidades e desenvolvendo os valores propostos para o ano de escolaridade respetivo.
Relativamente ao ensino secundário, pretende-se que as aprendizagens realizadas no decurso dos três anos, numa sequência de unidades letivas, possam levar os alunos à estruturação do agir ético e moral a partir da experiência religiosa e da visão cristã da vida, tornando possível que progridam de forma equilibrada à plenitude do humano. No entanto, tendo em conta que se trata de uma disciplina de frequência facultativa, pretende-se que em cada ano exista uma mesma linha base de aprendizagens, adaptadas a cada faixa etária e à sua capacidade reflexiva.
As Aprendizagens Essenciais que se indicam para este ciclo não foram definidas por ano de escolaridade, mas para todo o ciclo, em consonância com o Programa da disciplina, que apresenta dez unidades letivas sem determinar o ano a que se destinam. A opção foi a de proporcionar ao docente a possibilidade de organizar a lecionação segundo o itinerário que julgar melhor servir os interesses formativos dos alunos na sua realidade concreta.
Embora, no Programa, as aprendizagens surjam adaptadas à capacidade reflexiva de cada faixa etária, deve ter-se em especial consideração a capaciade dos alunos para argumentar, levantar questões, afirmar pontos de vista e apresentar propostas.
Se, por um lado, o espaço para o debate deva ser garantido, por outro lado, às questões apresentadas não poderá deixar de ser proporcionado o enquadramento adequado, para que as abordagens que daí venham a ser suscitadas resultem em aprendizagens verdadeiramente significativas e estruturantes. Revestem-se, assim, de particular importância, para a lecionação da EMRC neste ciclo, as referências cuja definição das Aprendizagens Essenciais pretende constituir.
Estas aprendizagens não deverão ignorar as principais temáticas, que o Programa agrupa em três tipos de problemáticas:
i) as problemáticas em torno da «Vida», mediante a abordagem das Unidades Letivas «A Arte Cristã», «Amor e Sexualaidade» e «Valores e Ética Cristã»; ii) as problemáticas relacionadas com a «Vida Coletiva», tratadas nas Unidades Letivas «Política Ética e Religião», «Ética e Economia» e «A Civilização do Amor»; iii) uma «Leitura sobre as realidades vividas e estudadas», de certo modo, uma síntese dos doze anos de escolaridade proporcinada pelas Unidades «A Comunidade dos Crentes em Cristo», «Ciência e Religião» e «A Religião como Modo de Habitar e Transformar o Mundo».
Considerando as temáticas abordadas no 3.º ciclo, particularmente no 9.º ano, assim como os interesses e o desenvolvimento intelectual dos alunos ao longo do ensino secundário, recomenda-se que o primeiro conjunto de aprendizagens seja desenvolvido no 10.º ano. Pela sua finalidade sintética e conclusiva, fará todo sentido que as temáticas relaivas ao terceiro conjunto sejam desenvolvidas no 12.º.
Tendo em vista uma adequada articulação das aprendizagens neste ciclo com as desenvolvidas no ciclo anterior, sugerem-se as seguintes possibilidades, para cada uma das Unidades Letivas:
Unidade Letiva | Ciclo de Ensino | Ano/Unidade Letiva |
UL 1 – Política, Ética e Religião | Ensino Secundário | Unidade Letiva 2 - Valores e Ética Cristã Unidade Letiva 3 – Ética e Economia |
UL 2 - Valores e Ética Cristã | 3.º Ciclo |
9.º Ano: Unidade Letiva 1 – A Dignidade da Vida Humana 9.º Ano: Unidade Letiva 3 – O Projeto de Vida |
UL 3 – Ética e Economia | 3.º Ciclo | 8.º Ano:Unidade Letiva 4 - Écologia e Valores |
Ensino Secundário |
Unidade Letiva 1 - Política, Ética e Religião Unidade Letiva 2 - Valores e Ética Cristã |
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UL 4 – A civilização do Amor | 3.º Ciclo | 7.º Ano: Unidade Letiva 4 – A Paz Universal |
Ensino Secundário |
Unidade Letiva 2 – Valores e Ética Cristã Unidade Letiva 9 – A Arte Cristã |
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UL 5 – A Religião como Modo de Habitar e Transformar o Mundo | 3.º Ciclo |
7.º Ano: Unidade Letiva 2 – As Religiões 8.º Ano: Unidade Letiva 2 – O Ecumenismo 9.º Ano: Unidade Letiva 2 - Deus, o grande Mistério |
Ensino Secundário |
Unidade Letiva 8 – A Comunidade dos Crentes em Cristo Unidade Letiva 9 – A Arte Cristã |
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UL 6 – Um sentido para a Vida | 3.º Ciclo | 8.º Ano: Unidade Letiva 3 – A Liberdade |
9.º Ano: Unidade Letiva 3 – O Projeto de Vida | ||
UL 7 – Ciência e Religião | 3.º Ciclo | 7.º Ano: Unidade Letiva 1 – As Origens |
UL 8 – A Comunidade dos Crentes em Cristo | 3.º Ciclo |
7.º Ano: Unidade Letiva 2 – As Religiões 8.º Ano: Unidade Letiva 2 – O Ecumenismo 9.º Ano: Unidade Letiva 2 - Deus, o grande Mistério |
Ensino Secundário | Unidade Letiva 5: A Religião como Modo de Habitar e Transformar o Mundo | |
UL 9 – A Arte Cristã | Ensino Secundário | Unidade Letiva 5: A Religião como Modo de Habitar e Transformar o Mundo |
UL 10 – Amor e Sexualidade | 3.º Ciclo |
7.º Ano: Unidade Letiva 3 – Riqueza e Sentido dos Afetos 8.º Ano: Unidade Letiva 1 – O Amor Humano 9.º Ano: Unidade Letiva 1 – A Dignidade da Vida Humana |
Com o percurso realizado na disciplina de EMRC ao longo de toda a escolaridade obrigatória, pretende-se que o aluno construa, gradualmente, uma chave de leitura religiosa da pessoa, da vida e da história, a partir do olhar que lhe é oferecido pelo cristianismo e que dessa leitura resultem posicionamentos esclarecidos e responsáveis, não apenas no tocante à experiência religiosa, mas também no cuidado de si, do outro e do mundo.
Para além das Aprendizagens Essenciais identificadas para cada unidade letiva do Programa, ao longo do ensino secundário, o aluno deverá desenvolver um conjunto de competências transversais a outras disciplinas:
Interpretar informação, planear e conduzir pesquisas (A; B; C; D;I);
Utilizar de modo proficiente linguagens e símbolos (A; B; D; F; H; I; J);
Compreender a necessidade de fontes, históricas e outras, para a produção de conhecimento (A; B; C; D; F; I);
Colaborar em diferentes contextos comunicativos, utilizando ferramentas analógicas e digitais (A; B; C; D; E; H; I);
Reconhecer a importância dos valores de cidadania para a formação de uma consciência cívica e de uma intervenção responsável na sociedade (A; B; C; D; E; F; G; I);
Relacionar sempre que possível as aprendizagens da disciplina de EMRC com os dados das outras ciências, valorizando um Património de conhecimento comum que se reflete na história dos Povos e no uso dos Valores nas relações humanas (A; B; C; D; E; F; G; H, I;J);
Promover respeito entre diferentes culturas, a justiça e a paz (A; B; C; D; E; F; G; H; I);
Estabelecer consigo próprio e com os outros uma relação harmoniosa e salutar (A; C; E; F; G; J).
Explicitar o conceito de política, relacionando-o com a ética e a religião e apresentando o seu papel na construção da comunidade; (Hist., Fil., C. Polít.)
Mobilizar critérios éticos para apreciar, com sentido crítico, diferentes sistemas do exercício do poder; (Hist., Fil., C. Polít.)
Diferenciar as configurações de sociedade enquanto massa e enquanto povo; (Sociol.)
Apresentar os critérios bíblicos da autoridade política e a experiência das primeiras comunidades cristãs;
Participar na vida da comunidade, segundo os valores evangélicos da verdade, da justiça, da liberdade e da paz; (CD)
Identificar os princípios essencias da Doutrina Social da Igreja e o seu contributo para o desenvolvimento de uma sociedade justa, capaz de promover a dignidade de cada ser humano, no diálogo com as várias instituições do mundo contemporâneo;
Estabelecer uma relação de primazia da comunidade civil perante a comunidade política; (C. Polít.)
Reconhecer o sentido da participação dos cristãos na política como uma responsabiliade no serviço à comunidade, à pessoa e à verdade;
Construir, a partir da visão cristã, argumentos sobre uma ética da gratuidade, assumindo responsabilidades e gestos de solidariedade na promoção humana. (CD, Fil.)
Promover estratégias que envolvam aquisição de conhecimento, informação e outros saberes, relativos aos conteúdos das AE, que impliquem:
- Uso consistente de conhecimentos específicos da disciplina;
- seleção de informação pertinente, priviligiando as fontes bíblicas, do Magistério e da reflexão teológica;
- Organização de estudo autónomo;
- análise de conceitos, teorias e situações, relacionados com as problemáticas abordadas, identificando os seus elementos;
- tarefas de verificação e consolidação, associadas a compreensão e uso de saber;
- estabelecer relações intra e interdisciplinares;
Promover estratégias que envolvam a criatividade dos alunos:
- - conceber situações, dentro e fora a da sala de aula, onde determinado conhecimento possa ser aplicado;
- - imaginar alternativas a uma forma tradicional de abordar uma situação-problema;
- - criar um objeto, texto ou mural perante um desafio colocado pelos assuntos debatidos;
- - conceber iniciativas e pontos de vista próprios;
- - usar modalidades diversas para expressar conhecimentos e valores;
Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico e analítico dos alunos, incidindo em:
- mobilizar o discurso (oral e escrito) argumentativo (expressar uma tomada de posição, pensar e apresentar argumentos e contraargumentos, rebater os contra-argumentos) fundamentado em critérios ético-morais;
- organizar debates que requeiram sustentação de afirmações, elaboração de opiniões ou análises de factos ou dados;
- discutir conceitos ou factos numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar;
Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:
- tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com autonomia;
- incentivo à procura e aprofundamento de informação;
- recolha de dados e opiniões para análise de temáticas em estudo;
Promover estratégias que requeiram/induzam por parte do aluno:
- promover estratégias que induzam conhecimento, respeito e cooperação perante a diferença;
- confrontar ideias e perspetivas distintas sobre um dado problema e ou maneira de o resolver, tendo em conta diferentes perspetivas culturais, sociais e/ou religiosas;
Promover estratégias que envolvam por parte do aluno:
- tarefas de síntese;
- tarefas de planificação, de revisão e de monitorização em trabalhos de pesquisa individual ou em grupo;
- registo seletivo;
- organização (por exemplo, registo de dados segundo critérios e objetivos);
- promoção do estudo autónomo com o apoio do professor à sua concretização, identificando quais os obstáculos e formas de os ultrapassar;
Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:
- saber questionar uma situação;
- organizar questões para terceiros, sobre conteúdos estudados ou a estudar;
- interrogar-se sobre o seu próprio conhecimento prévio;
Promover estratégias que impliquem por parte do aluno:
- ações de comunicação uni e bidirecional;
- ações de resposta, apresentação, iniciativa;
- ações de questionamento organizado;
Promover estratégias envolvendo tarefas em que, com base em critérios, se oriente o aluno para:
- se autoanalisar;
- identificar pontos fracos e fortes das suas aprendizagens;
- descrever processos de pensamento usados durante a realização de uma tarefa ou abordagem de um problema;
- considerar o feedback dos pares para melhoria ou aprofundamento de saberes;
- a partir da explicitação de feedback do professor, reorientar o seu trabalho, individualmente ou em grupo;
Promover estratégias que criem oportunidades para o aluno:
- colaborar com os seus pares de modo a participar ativamente na resolução de problemas;
- fornecer feedback para melhoria ou aprofundamento de ações;
- apoiar atuações úteis para outros (trabalhos de grupo);
- colaborar com os outros promovendo interajuda;
Promover estratégias e modos de organização das tarefas que impliquem por parte do aluno:
- a assunção de responsabilidades adequadas ao que lhe for pedido;
- organizar e realizar autonomamente tarefas;
- assumir e cumprir compromissos, contratualizar tarefas;
- dar conta a outros do cumprimento de tarefas e funções que assumiu;
Promover estratégias que induzam:
- ações solidárias para com outros nas tarefas de aprendizagem ou na sua organização /atividades de entreajuda;
- posicionar-se perante situações dilemáticas de ajuda a outros e de proteção de si;
- disponibilidade para o autoaperfeiçoamento;
- à autoestima e ao respeito pelos outros.
Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado (A, B, G, I, J)
Criativo (A, C, D, J)
Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)
Indagador/ Investigador (C, D, F, H, I)
Respeitador da diferença/ do outro (A, B, E, F, H)
Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)
Questionador (A, F, G, I, J)
Comunicador (A, B, D, E, H)
Autoavaliador (transversal às áreas)
Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)
Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)
Cuidador de si e do outro (B, E, F, G)
Apresentar uma definição dos conceitos de «ética» e de «moral»; (Fil.)
Explicitar o que são valores morais e as suas principais características; (Fil.)
Organizar uma hierarquia de valores; (Fil.)
Identificar as principais tipologias da ética; (Fil.)
Compreender diversos modos de aquisição de valores na pessoa humana; (Port., Fil., Psicol.)
Estabelecer um diálogo entre cultura e fé, identificando os princípios do cristianismo; (Port.)
Entender o ser humano enquanto imagem e semelhança de Deus como categoria fundante da dignidade humana e da ética; (Fil.)
Reconheccer a mensagem bíblica como fundamento e inspiração para o agir cristão;
Mobilizar critérios éticos para a tomada de decisões em ordem a uma vida com sentido.(Fil., Sociol.)
Perceber a definição de economia e a finalidade da atividade económica; (Econ.)
Identificar a relação entre a ética e a economia; (Econ., Fil.)
Compreender a ética do comportamento humano e os princípios morais reguladores da atividade económica; (Fil.)
Reconhecer que a ética cristã defende a dignidade humana e a justiça social;
Perceber o valor do trabalho; (Hist.)
Analisar as causas e as consequências dos atentados à dignidade do trabalho; (Hist., Fil., Geog.)
Conhecer o Pensamento Social da Igreja sobre as questões económico-sociais; (Hist.)
Identificar causas da pobreza e das desigualdades sociais; (Geog., Fil.)
Promover uma atitude de denúncia e de luta contra a pobreza e a injustiça; (Geog., Fil.)
Valorizar a necessidade de globalização da solidariedade; (Fil.)
Mobilizar critérios éticos perante a atividade publicitária; (Econ., Fil., Geog.)
Apresentar a visão cristã da economia e da sociedade na opção pelos pobres e no cuidado da natureza; (Econ., Fil., Geog.)
Assumir compromissos em ordem à construção de uma economia mais justa. (Fil.)
Explicitar o conceito de civilização como cosmovisão e como cultura;( Hist., Fil.)
Apresentar uma perspetiva sobre os princípios, valores e finalidades das grandes civilizações, a partir dos critérios de uma “civilização do amor” apresentados pelo pensamento cristão; (Hist., Fil.)
Descrever, sucintamente, o percurso de elaboração da categoria “civilização do amor”;
Articular uma conceção do que é ser pessoa, segundo o personalismo cristão, com o que se entende ser a construção da civilização do amor;
Apresentar a mensagem bíblica acerca do amor como elemento constitutivo da proposta cristã para a civilização do amor;
Mobilizar conhecimentos sobre as tradições religiosas para constatar que a “regra de ouro” se encontra presente nas várias religiões;
Valorizar o amor ao próximo, como princípio das relações interpessoais e como critério de ação das instituições prestadoras de cuidados à pessoa; (CD)
Argumentar sobre a importância do diálogo como suporte para a construção da paz, mobilizando conhecimentos sobre o contributo dos cristãos na promoção do diálogo à escala global;
Assumir-se promotor dos valores de uma civilização do amor, como sejam a verdade, a bondade, a justiça, a liberdade e a paz. (CD)
Explicitar o significado de crença e de fé religiosa como atitude de confiança ligada ao transcendente; (Fil.)
Indicar manifestações da dimensão simbólica na atividade humana e no discurso religioso; (Fil., Port.)
Identificar manifestações do sagrado na organização do tempo e do espaço social; (Sociol.)
Articular uma perspetiva sobre a dimensão do sagrado a partir da compreensão do Deus da bíblia como Aquele que atende e se faz próximo dos mais frágeis;
Identificar funções desempenhadas pelo simbólico e pelo religioso na construção do tecido social e cultural das sociedades desde os primórdios da humanidade; (Sociol., Hist., Fil.)
Caracterizar o processo de constituição e o património espiritual das principais tradições religiosas; (Hist.)
Apresentar a novidade do cristianismo no contexto da “viragem axial” e da diversidade religiosa do mundo helenizado e romanizado; (Hist., Fil.)
Evidenciar traços da memória cristã na construção das culturas europeias; (Hist.)
Interpretar a secularização, a desinstitucionalização e a individualização nas religiões; (Sociol.)
Assinalar novas geografias e novas formas de religião nas sociedades pós-industriais; (Geog., Hist.)
Estabelecer implicações entre religião, cidadania e interculturalidade, explicitando o contributo das sabedorias e das civilidades religiosas para construção das sociedades; (Sociol., Hist., CD)
Apresentar o papel do cristianismo numa ética partilhada face aos dinamismos da globalização, designadamente na defesa da dignidade da pessoa, na promoção da paz, e na procura do bem comum;
Participar de forma esclarecida no diálogo ecuménico e inter-religioso e cooperar na promoção dos valores universais da verdade, da liberdade, da justiça e da paz; (CD)
Apresentar razões para as suas opções em matéria religiosa. (Fil.)
Compreender o desejo do ser humano na procura da felicidade e na busca de sentido para a existência; (Fil.)
Reconhecer o ser humano como “um ser em situação” e “um ser em relação”; (Fil.)
Reconhecer, à luz da mensagem cristã, a vocação e o sentido da vida como dádiva para os outros através de escolhas em liberdade;
Compreender que as opções fundamentais requerem discernimento e se baseiam em critérios de coerência e de responsabilidade;
Referir os valores evangélicos que dão sentido à vida e que afirmam que toda a vida tem sentido;
Assumir atitudes de gratuidade e dom de si, como construtoras de sentido. (Psicol.)
Reconhecer que, nas sociedades atuais, a ciência e a tecnologia interferem com partes essenciais da vida das pessoas; (Geog., TIC, FQ, BG)
Levantar questões sobre a manipulação da ciência para com a realidade quando a reduz a mero objeto de estudo para interesses particulares; (Fil.)
Reconhecer os limites que se colocam à investigação científica com base em critérios ético-morais assentes no princípio da dignidade de cada ser humano desde a sua conceção à morte natural;
Enunciar interrogações próprias do ser humano às quais a ciência não responde; (Fil.)
Compreender o religioso como como resposta à procura de sentido da existência humana; (Fil.)
Diferenciar os âmbitos da ciência e da religião enquanto atividades que o ser humano desenvolve ao responder a diferentes necessidades; (Sociol., Hist.)
Entender os relatos bíblicos da criação como resposta à constante interrogação humana sobre a origem do universo, observando já neles uma certa coerência entre a fé religiosa das origens e o conhecimento dos desenvolvimentos evolucionistas; (Fil., Hist.)
Articular ciência e teologia como domínios do saber autónomos, mas cooperantes e complementares;
Articular o pensamento cristão sobre a pessoa humana, enquanto ser único, livre, racional e espiritual, e o conhecimento oferecido pelas ciências; (Fil.)
Mobilizar conhecimentos de índole religiosa para o debate sobre questões suscitadas pelos saberes de outras disciplinas;
Distinguir, na aplicação das descobertas científicas, entre o que é tecnicamente possível e o eticamente aceitável. (Geog., TIC, FQ, BG., Fil.)
Perceber que a Igreja é uma realidade social e cultural que pode ser analisada do ponto de vista sociológico, histórico, organizacional e psicológico; (Hist., Fil., Geog. Psicol.)
Caracterizar, sucintamente, as grandes etapas da história da Igreja e o seu contributo para a construção das sociedades; (Hist., Fil.)
Enunciar as verdades da fé que a Igreja Católica professa; (Hist.)
Explicitar os aspetos essenciais da identidade e da missão da Igreja à luz dos documentos conciliares Lumen Gentium e Gaudium et Spes;
Apontar as implicações do acreditar na Igreja; (Fil.)
Articular uma compreensão acerca do que é a Igreja a partir das noções de Povo de Deus, Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo;
Entender a Igreja como uma comunidade de crentes, na diversidade de carismas, serviços e ministérios;
Reconhecer que, apesar das suas fraquezas no tempo, a Igreja permanece um povo que procura ser fiel ao Evangelho; (Hist.)
Mobilizar conhecimentos acerca da missão humanizadora da Igreja para participar em iniciativas que promovam a dignidade individual e o bem comum. (Hist., Fil., Geog.)
Reconhecer a arte modo de interpretação do mundo, de compreensão da condição humana e de expressão da espiritualidade;
Mencionar funções e características específicas da arte cristã; (Hist.)
Identificar exemplos relevantes do património artístico criados com um fundamento religioso; (Hist.)
Verificar, no património artístico português, traços distintivos da arte cristã na arquitetura, na pintura e na escultura; (Hist.)
Identificar formas de arte e modalidades da produção artística orientadas para o quotidiano da prática religiosa; (Hist.)
Evidenciar a relevância do património artístico da Igreja na cultura; (Hist. Filos.)
Reconhecer a memória cristã na génese da criação musical do Ocidente;
Explicitar, sucintamente, o papel da música na experiência cristã ao longo ao longo do tempo; (Ed. Musical)
Apresentar o significado da expressão “literatura cristã”; (Port.)
Distinguir os géneros e as grandes temáticas da literatura cristã ao logo do tempo. (Hist.)
Reconhecer que a sexualidade humana envolve todas as dimensões da pessoa e se distingue pelo afeto, o amor e a comunhão; (Psicol.)
Articular uma compreensão da fidelidade e da abstinência sexual com a construção de um projecto de vida assente em decisões livres e responsáveis;
Identificar formas de entender a sexualidade que a empobrecem e que atentam contra a dignidade da pessoa, na sociedade atual; (CD)
Apresentar fundamentos éticos para a vivência do amor humano, a partir da mensagem cristã;
Identificar e denunciar comportamentos e situações de desrespeito, exploração e degradação da pessoa pela via sexual; (CD)
Mobilizar critérios éticos, a partir de uma perspectiva que tem em conta a dignificação da pessoa, para assumir em liberdade e responsabilidade as suas escolhas sexuais;
Articular um entendimento do namoro, do matrimónio e do celibato, com o chamamento de cada ser humano a uma vida de amor fecundo;
Sustentar, a partir da mensagem cristã, que o exercício da paternidade e maternidade responsáveis comporta o reconhecimento do valor da vida humana desde o momento sua conceção, recusa o aborto e valoriza os métodos naturais na regulação dos nascimentos.